7 ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DE SOJA

Propaganda
~
7 ESTÁDIOS
DESENVOLVIMENTO
DE
DA CULTURA
DE SOJA
Norman Neumaier
Alexandre
L. Nepomuceno
José Renato B. Farias
Tetsuji Oya
1. 1. Introdução
Todas
rendimento
potencial
as cultivares
máximo,
genético
condições
ótimas,
ra, praticamente
podem
Assim,
o produtor
possam
só pode ser expresso
deve estar atento
é necessário
de como a sua lavoura
Conhecendo
derá, no menor
a plAnta
prazo
possível,
possam estar para ocorrer,
vés do uso da descrição
soja poderá,
também,
ciclo da cultura
e tentar
danos aconteçam
O objetivo
informações,
surgem
ou se tornem
visando
capítulo
a safra.
para, se possível,
anteci-
os problemas
Para que práticas
em que irão proporcioque o produtor
de soja cresce
identificar
detenha
e se deele po-
os problemas
ocorrendo.
que
Atra-
de desenvolvimento
os problemas
solucioná-Ios
deste
durante
ou que já estejam
localizar
sob
de lavou-
com a qual trabalha,
dos estádios
Esse
das mais variadas
corretamente
nos momentos
eficiência,
conhecimento
naturais
de soja possa apresentar.
ser aplicadas
senvolve.
identificar
de
em sua plenitude
Problemas
e normalmente
pelo menos,
nar máxima
determinado.
as quais, nos ambientes
surgir
que sua lavoura
seu potencial
o qual é geneticamente
não existem.
ordens
par ou,
de soja possuem
a tempo,
no decorrer
de
do
antes que seus
permanentes.
é apresentar
a determinação
precisa
uma série
de
dos vários está-
21
dios de desenvolvimento
nados
de soja e expor
e à fenologia
ao crescimento
ções e fatos,
volvimento
postas
mais
da lavoura,
florescimento,
etc.)
atmosfera)
pelo homem
aplicação
1.2.
naquela
de agroquímicos,
que a lavoura
uma linguagem
volvimento
nicação
unificada
agiliza
entre
de soja. Portanto,
desenvolvimento
indivíduo
ou uma lavoura
22
inteira
utilizada
proposta
no mundo
Algumas
foram
porque
inteiro
períodos
de desen-
facilita
envolvidos
a comu-
com a cultura
dos estádios
uma terminologia
única,
à metodologia
qualde
(1977)
é a
todas
adaptadas
ser
estádios
& Caviness
e apresenta
modificações,
dos
de
um único
e ser capaz de descrever
Fehr
da
O uso de
dos estádios
de descrição
por
adicionadas
da cultura.
ser capaz de descrever
A metodologia
desenvolvimento
ai. (1977),
e universal,
dos vários
de descrição
deve apresentar
precisa
racterísticas.
públicos
a metodologia
objetiva,
cultivar.
o ciclo
o seu entendimento
observações,
de desenvolvimento
na descrição
os diversos
desenvolvida
de soja
para a descrição
durante
o ambiente
etc.).
dos estádios
atravessa
das res-
com
semeadura,
colheita,
de soja é essencial
do desen-
emergência,
atividade
Estádios de desenvolvimento
planta
mais
(e.g.:
(e.g.:
tanto
qualquer
lavoura
A caracterização
quer
relações,
com
a base
o entendimento
e feno lógicas
como
relacio-
Essas informa-
e abrangente
facilitando
e suas
fatos
proporcionarão
profundo
morfo-fisiológicas
(solo,
da cultura.
uma vez internalizados,
para o conhecimento
alguns
essas
de Ritchie
original
caet
(Fehr &
Caviness,
1977),
à descrição
neste capítulo,
do estádio
O sistema
os estádios
vegetativos
são designados
por Fehr e Caviness
desenvolvimento
e estádios
Com exceção
R5.
proposto
de
pela letra
ficam
específicos,
em
Os estádios
de índices
divide
estádios
vegetativos
pela letra
R.
e VC (cotilédone),
numéricos
que identi-
nessas duas fases de desenvolvi-
da planta.
1.2.1.
Estádios vegetativos
A caracterização
dem ao estádio
dos estádios
completamente
parte da haste onde a folha
determinação
enquanto
dos estádios
se desenvolve
vegetativos
Os nós cotiledonares
deles possui (ou possuía)
siderados,
unifolioladas
um deles,
unifoliolada.
ocupam
e, por isso, são considerados
nós acima dos unifoliolados
como
não são con-
folhas
verdadei-
dos cotiledonares
possui
da
Para a determinação
e são, também,
também,
Nós opostos
se desprender
na haste e cada um
(ou possuíam)
acima
para a
é permanente,
os nós cotiledonares
ras. Os nós imediatamente
da
O nó é a
e é usado
podendo
um cotilédone.
pois não possuem
nós das folhas
nó (superior)
porque
são opostos
V1 em diante,
que suce-
desenvolvida.
que a folha é temporária,
dos estádios
vegetativos
VC é feita com base no último
haste com uma folha
e cada
soja
VE (emergência)
são seguidas
haste.
(1977)
V e os reprodutivos
as letras VeR
mento
de
reprodutivos.
dos estádios
estádios
para dar maior detalhamento
opostos
(ou possuía)
a mesma
na haste
uma folha
posição
um nó apenas.
são alternados,
são os
ocupam
na haste
Todos
os
diferen-
23
tes
posições
na haste
e possuem
(ou
possuíam)
folhas
trifolioladas.
As folhas
jovens
desenvolvimento,
os folíolos
até a abertura
considerada
folíolos
se assemelham
se desenvolverem,
separam
possuem
a cilindros
completa
completamente
e os bordos
mente
acima
não mais se tocam.
abertos
dos folíolos
quando
e se assemelham
1-1). Ao
e os bordos
dos mesmos.
desenvolvida
aberta
desenvolvida
(Figura
se desenrolam
mente
tamente
que, no início de seu
Uma folha
quando
é
está total-
da folha do nó imediata-
A folha
apical
seus folíolos
aos das folhas
está comple-
já se encontram
abaixo
dela.
-------~-...•
Figura
se
1-1. Folha de soja com folíolos
cujos
bordos
".
~
não mais
se tocam.
o estádio
gência
dos cotilédones,
considerada
curvo
24
vegetativo
em VE.
se endireita,
denominado
VE representa
isto é, uma plântula
Logo
após
recém emergida
a emergência,
pára de crescer,
a emer-
os cotilédones
é
o hipocótilo
se abrem
(expondo
o epicótilo)
considerada
emergida
acima da superfície
de 90°,
e se expandem.
Uma planta
quando encontra-se
do solo e os mesmos
ou maior, com seus respectivos
pode ser
com os cotilédones
formam
um ângulo
hipocótilos
(Figura 1-
2).
Figura 1-2. Plântulas
o
tádio
estádio
de soja em estádio
vegetativo
denominado
em que os cotilédones
abertos e expandidos.
VC representa
se encontram
unifolioladas
Nesse estádio,
a plântula
das reservas
dos cotilédones
para o suprimento
cotilédones
precoce
nutricionais.
o final
ainda
é dependente
de suas ne-
do estádio
VE,
os
perdem cerca de 70% de seu peso seco. A perda
de um dos cotilédones
nal da planta,
mentos
Até
em VC quan-
não mais se tocam
1-3).
cessidades
o es-
completamente
Uma planta é considerada
do os bordos de suas folhas
(Figura
VE (emergência).
pouco
mas a perda de ambos
afeta
o rendimento
pode reduzir
fi-
os rendi-
em até 9%.
25
Figura 1-3. Plântulas de soja em estádio VC (cotilédone).
A partir do VC, as subdivisões
são
numeradas
seqüencialmente
V6, ... Vn, onde Vn é o último
completamente
V1 quando
foliar)
estiverem
do os bordos
planta
dos folíolos
(Figura
e a absorção
De modo
quando
unifolioladas
(opostas,
uma planta
estiver
os bordos
da folha trifoliolada
não mais se tocarem
estádio,
infectadas
spp. começam
fixação
biológica
até atingir
26
a fixar
nó
não
a fotossíntese
pelas raízes da
atinge
o estádio
completamente
dos folíolos
(Figura
(FBN) aumenta
Em V2,
está em
de sustentá-Ia.
pela bactéria
em R5.
com folha
trifoliolada
V2
de-
da segun-
1-5).
Nesse
Bradyrhizobium
o N do ar. Nos estádios
de nitrogênio
seu máximo
folha
já são capazes
V5,
isto é, quan-
Nesse estádio,
folha trifoliolada
V4,
no primeiro
de água e nutrientes
ou seja, quando
as plantas
V3,
uma plântula
da primeira
semelhante,
a primeira
V2,
desenvolvidas,
1-4).
em desenvolvimento
senvolvida,
Assim,
completamente
mais se tocarem
das folhas
(V1,
vegetativos
nó, no topo da planta,
desenvolvida).
as folhas
dos estádios
seguintes,
a
gradativamente
o crescimento
das
raízes laterais na camada superficial do solo é intenso e continuará intenso até V5.
Figura 1-4. Plantas de soja em estádio V1.
Figura 1-5.
Planta de soja em estádio V2.
27
Na seqüência,
da folha trifoliolada
tece quando
se tocarem
o estádio
completamente
os bordos
(Figura
V3 se caracteriza
pela segun-
desenvolvida,
da terceira
o que acon-
folha trifoliolada
não mais
para V4,
1-6).
E assim,
sucessivamente,
V5, V6, ... Vn, conforme
ilustrado
na Tabela
ções normais,
e o seguinte
decorrido
o tempo
entre os estádios vegetativos
os estádios
Mesmo
perdas drásticas
vegetativos
de grãos
Figura
28
entre um estádio
Em condivegetativo
varia de três a cinco dias, sendo o maior tempo
entre os finais.
mento
decorrido
1-1.
causam
(Tabela
1-6.
iniciais e o menor tempo
de área folia r durante
pequenas
reduções
1-2).
Planta de soja em estádio
V3.
no rendi-
Tabela 1.1. Descrição sumária dos estádios vegetativos
de soja
Estádio
Denominação
VE
Emergência
Cotilédones acima da superfície do solo
VC
Cotilédone
Cotilédones completamente
V1
Primeiro nó
Folhas unifolioladas
senvolvidas
V2
Segundo nó
Primeira folha trifoliolada
te desenvolvida
V3
Terceiro nó
Segunda folha trifoliolada completamente desenvolvida
V4
Quarto nó
Terceira folha trifoliolada
te desenvolvida
V5
Quinto nó
Quarta folha trifoliolada
desenvolvida
completamente
V6
Sexto nó
Quinta folha trifoliolada
desenvolvida
completamente
Enésimo nó
Ante-enésima folha trifoliolada
tamente desenvolvida
Descrição
abertos
completamente
de-
completamen-
completamen-
V ...
Vn
comple-
Obs: Nó cotiledonar não é considerado.
Nós unifoliolares são considerados como um nó, já que são
opostos e ocupam a mesma altura na haste.
Uma folha é considerada completamente desenvolvida quando os bordos dos trifólios da folha seguinte (acima) não mais
se tocam.
Tabela 1.2.
Estádio
V4
V7-8; R1
R4
R5
Reduções (%) no rendimento de grãos causadas por
perdas de área foliar em soja (cv. Bragg) (adaptado de
Gazzoni, 1974)
33
4,5
4,9
15,4
18,6
Desfolhamento (%)
67
13,4
5,9
19,9
47,2
100
12,6
8,3
44,4
79,3
29
1.2.2.
Estádios reprodutivos
Os estádios
Tabela
1-3,
reprodutivos,
descrevem
florescimento-maturação.
mostrados
sumariamente
detalhadamente
São denominados
o
período
pela letra R se-
guida dos números um até oito. Os estádios reprodutivos
gem quatro
distintas
fases
do desenvolvimento
da planta,
ou seja, florescimento
da vagem
(R3 e R4), desenvolvimento
maturação
da planta
O início
que ocorre
qualquer
porção
principal
vertical
de novas
média,
da planta.
elevada até
(R4) e início
do desenvolvimento
grãos
(R5).
área foliar,
acarretam
dos
Reduções
de
nesse estádio,
pequenas
ções no rendimento
redu(Tabe-
la 1-2).
Figura 1-7.
Planta de soja
em R1.
30
flor aberta,
em
da primeira
(Figura
flores
para ambas
do desenvolvimen-
to das vagens
R1
1-7).
Normalmente,
abertas
a
média da hasse dá, a partir
as extremidades
da haste
É nesse estádio que a taxa de crescimento
das raízes aumen-
ta e se mantém
o final
principal
pelo estádio
em um dos nós da porção
te. O aparecimento
dessa
é descrito
o aparecimento
flor aparece
do grão (R5 e R6) e
(R7 e R8).
nó da haste
primeira
abran-
reprodutivo
(R1 e R2), desenvolvimento
do florescimento
com
na
Tabela 1.3. Descrição sumária dos estádios reprodutivos de soja
w
-"
Estádio
Denominação
Descrição
R1
Início do florescimento
Uma flor aberta em qualquer nó da haste principal
R2
Florescimento pleno
Uma flor aberta num dos 2 últimos nós da haste principal com
folha completamente desenvolvida
R3
Início da formação da vagem
Vagem com 5 mm de comprimento num dos 4 últimos nós da
haste principal com folha completamente desenvolvida
R4
Vagem completamente
desenvolvida
Vagem com 2 cm de comprimento num dos 4 últimos nós da
haste principal com folha completamente desenvolvida
R5
Início do enchimento do grão
Grão com 3 mm de comprimento em vagem num dos 4 últimos
nós da haste principal, com folha completamente desenvolvida
R6
Grão verde ou vagem cheia
Uma vagem contendo grãos verdes preenchendo as cavidades
da vagem de um dos 4 últimos nós da haste principal, com folha completamente desenvolvida
R7
Início da maturação
Uma vagem normal na haste principal com coloração de madura
R8
Maturação plena
95% das vagens com coloração de madura
Obs: Últimos nós se referem aos últimos nós superiores.
Uma folha é considerada completamente desenvolvida quando os bordos dos trifólios da folha seguinte
(acima) não mais se tocam.
o
florescimento
que se caracteriza
pleno é representado
pela presença
dos dois nós superiores
lha completamente
inicia-se
rápida
e de nutrientes
estádio
R6.
vegetativos
iniciam
e constante
na planta
da planta.
os órgãos
vegetativos
É, também,
rapidamente,
A medida
estão
Figura 1-8. Planta de soja
em R2.
32
acontece
que os órgãos
com foseca (MS)
nos órgãos
reprodutivos
do florescimento,
gradualmente
reprodutivos.
completando
o
de desti-
Nesse estádio,
o seu desenvolvi-
que a taxa de FBN aumenta
elevada
dos grãos.
em um
que dura até após o início do
muda
nesse estádio
da planta,
R2,
1-8). Nesse estádio,
de matéria
a partir
nos órgãos
e se mantém
do enchimento
principal
(Figura
esse acúmulo
de MS e de nutrientes
no e passa a ocorrer
final
inteira,
À princípio,
de uma flor aberta,
acumulação
o seu desenvolvimento
acúmulo
mento.
da haste
desenvolvida
pelo estádio
até atingir
seu pico,
no
o
início do desenvolvimento
das vagens, ou estádio
R3, é caracterizado
pela presença de vagens de 5 mm de
comprimento,
em um dos quatro nós superiores da haste principal da planta, com uma folha completamente
desenvolvida
(Figura 1-9).
Esse estádio é crucial no estabelecimento
do
número de vagens por planta, um dos mais importantes
componentes do rendimento.
Esse componente
é sensível às condições de ambiente, tanto que o abortamento
de vagens é
conspícuo
em condições
de estresse.
A compensação
do
abortamento
de vagens é restrita porque os componentes
que
poderiam compensá-Ia
- número de grãos por vagem e peso
de grão - possuem seus limites máximos geneticamente
determinados.
Conseqüentemente,
qualquer estresse drástico
durante o R3 pode afetar o rendimento
de grãos de forma
irreversível.
em
6~
5 '"
4 '"
3-§
2-=
1-=:
O
~
-A~
Figura 1-9.
~
Q.~
'"
Planta de soja em R3.
33
o
estádio
pletamente
R4, denominado
desenvolvida,
se caracteriza
gens com 2 cm de comprimento,
riores da haste principal
mente
desenvolvida
(Figura
das vagens
Abortamento
fo anterior,
após
com uma folha
1-10).
Nesse
R6
irá
reduzir
o rendimento
a exemplo
do explicado
em R4.
5
4
3
2
1
O
34
Planta de soja em R4.
cres-
dos grãos.
no período compreendido
pode ocorrer
1-10.
de va-
também
ocorre intenso
em
6
Figura
com-
completa-
estádio,
e o início do desenvolvimento
de vagens,
também
pela presença
do rendimento,
Qualquer estresse que aconteça
R4 e logo
de vagem
em um dos quatro nós supe-
da planta,
crucial para determinação
cimento
de estádio
entre
de grãos.
no parágra-
o
Início
caracteriza
do enchimento
pela presença
dos grãos,
de uma vagem
grão de 3 mm de comprimento,
riores
da haste
mente
principal
desenvolvida
tenso
enchimento
dos grãos
nas
hastes
também
para os grãos
o início do estádio
ta/dia)
atinge
R6.
de acúmulo
ao final)
determinantes
dade
nutrientes
nos
se torna
dos
são
durante
da planta,
Para que ocorra
dia (Figura
de água pela soja,
subdivisões
Entretanto,
da metade
de grãos
mas a outra
de 26%
granação
fase,
de Fehr e Caviness
dos estádios
propõem
- grãos
granação);
original
para melhor
et aI. (1977)
R5,1
o está-
dos
vem
da
metade
de nutrienestar úmido.
é de 6 a 8 mm/
1-12).
A proposta
senta
do
A disponibili-
a absorção
nesta
(dias
todo
tes do solo pelas raízes e a FBN, o solo necessita
A necessidade
(g/plan-
Uma seca nessa
cerca
para o enchimento
sua
os principais
o rendimento.
porque
e
até após
a taxa
e a duração
grãos
sua
nos pecíolos
e inicia-se
o rendimento.
partes
atinge
do mesmo.
a encher,
Estresses
crucial
de outras
vem do solo e da FBN.
máximo
grãos
drasticamente
necessários
translocação
e
no final
que continuam
do rendimento.
de água
de nutrientes
nas folhas,
do enchimento
reduzir
in-
Nessa fase da cultura,
dio R5 e início do R6 diminuem
fase pode
ocorre
que a planta
seu
de MS
completa-
estádio,
decresce
de MS e de nutrientes
translocação
início
estádio
FBN, que rapidamente
O acúmulo
Nesse
um
nós supe-
uma folha
e redistribuição
É nesse
MS para os grãos.
máxima
com
1-11).
R5, se
com pelo menos
em um dos quatro
da planta,
(Figura
ou estádio
sua subdivisão
ao tato
R5,2 - granação
a 50%;
de 76%
R5,4
-
a 100%.
não apre-
de desenvolvimento
detalhamento
perceptíveis
(1977)
do estádio
em cinco
(o equivalente
de 11 % a 25%;
granação
(Figura
da soja.
R5, Ritchie
sub-estádios:
a 10%
da
R5,3 - granação
de 51 % a 75%;
R5,5
-
1-13).
35
Figura
1-11.
Planta
de soja em R5.
ET (mm/dia)
8 ,----------------------------------------,
6
4
2
o
L- __ -L
S
~
__ ~
_L
R1
V2
Estádios
Figura
1-12.
Consumo
36
_L __ ~
R5
R7
de Desenvolvimento
de água pela soja (Evapotranspiração,
ET) ao longo
de Berlato
L_ __ ~
de seu desenvolvimento
et al.. 1986).
(adaptado
-=
o
2
--::=
=,
3
4
---:::::::
=
5
6 --
Figura
R 5,0
1-13.
5,1
Subdivisões
5,4
5,3
5,2
do estádio
5,5
R5 (adaptado
de Ritchie
etal.,1977).
o
estádio
de vagem
R6, denominado
cheia,
que contenha
da vagem,
é caraterizado
grão verde
preenchendo
pal da planta,
com
(Figura
Nesse estádio,
1-14).
cimento
atinge
o máximo
de acúmulo
grãos.
folha
peso total
começam
de vagens,
tanto
a diminuir,
R6, para a planta
toda,
máximo
acúmulo
de MS e de nutrientes
atingido
ao final
mente
das
do R6.
nulo ao final
folhas
senescentes
amarelecimento
acelerada
e a queda
Nesse
dos
nós
estádio
que
seu cresa planta
ainda com altas taxas
na planta
como
nos
logo após o início do
de R6, para os grãos.
O crescimento
do R6.
princi-
desenvolvida
já estabilizou
esse
e, ao final
a cavidade
da haste
completamente
de MS e de' nutrientes,
Essas taxas
totalmente
a planta
ou
de uma vagem
nós superiores
É durante
em estatura.
de grão verde
pela presença
em um dos quatro
uma
de estádio
na planta
inteira
é
das raízes é pratica-
estádio,
inferiores
das folhas
O
inicia-se
da
continuam
a queda
haste.
O
de forma
até o R8.
37
em
6
5';
4 ~
3 ""
2~
1 -:
O ""
Figura
A maturação
1-14.
fisiológica
estádio
R7 e se caracteriza
normal
com coloração
haste principal
gem
Nessa
condição,
de umidade
ocorrência
38
e/ou
de soja em R6.
de soja é atingida
da planta
pelo aparecimento
de vagem
da planta
sua maturação
MS e os grãos
Planta
(Figura
madura,
1-15).
em qualquer
cessa
as vagens
perdem
sua coloração
de estresses,
se encontram
durante
nó da
Os grãos de soja atin-
quando
e já são perfeitamente
no
de uma vagem
fisiológica
os grãos
.~
viáveis
e após
com
o acúmulo
cerca
como
de
verde.
de 60%
sementes.
esse estádio,
A
como
chuvas
afetar
excessivas
e ataques
o rendimento
severos
e, principalmente,
de percevejos,
a qualidade
podem
dos grãos
(ou sementes).
Figura 1-15.
o
último
(Figura 1-16).
estádio
de desenvolvimento
Denominado
za pela presença
de maturação
ainda necessitam
de maturação
de 95 % das vagens
de vagens maduras.
minado
Planta de soja em R7.
plena, se caracteri-
apresentando
Apesar desse estádio
de colheita,
de soja é o R8
coloração
ser, também,
após atingir
de alguns dias para atingir
deno-
R8, os grãos
15% de umidade
39
ou menos.
Figura
1.2.3.
1-16.
Estádios de desenvolvimento
Os estádios
plantas
individuais
podem,
uma lavoura
gênea,
é, ser toda
isto
semeada
na mesma
um número
diversos
determinados
lavoura.
40
razoável
pontos
data.
inteira.
a lavoura
toda
cultivar
de 10 plantas)
da lavoura,
para cada ponto
uma
basta fazer a leitura
(mínimo
feitas
para
deve ser homo-
de apenas
Para tanto,
Após
descritos
e devem servir para
Essa lavoura
composta
representativos
Considera-se
acima
perfeitamente,
de plantas
ao acaso.
as médias
de uma lavoura
de desenvolvimento
caracterizar
lam-se
Planta de soja em R8.
todas
em
ou em pontos
as leituras,
amostrado
de
calcu-
e a média
num determinado
da
está-
dio. quando mais de 50% das plantas
tram naquele
1.3.
amostradas
estádio.
Tipo de crescimento
As cultivares
crescimento:
A grande
de soja podem
determinado,
maioria
apresentar
indeterminado
das cultivares
apresenta
seguintes
tipo
brasileiras
determinado,
três tipos
de
e semideterminado.
16; BRS 66; BRS 137; BRS 154; FT-Abyara;
etc.)
se encon-
de soja (ex.:
BR
FEPAGRO-RS 10;
que é caracterizado
pelos
atributos:
• após o início do florescimento,
a planta cresce pouco
e não mais ramifica;
• o florescimento
ocorre
praticamente
po, em toda a extensão
•
desenvolve
planta,
vagens
• as folhas
do topo
às demais
• apresenta
no topo
ao mesmo
da planta
em tamanho;
um racemo
tem-
da planta;
e grãos
praticamente
ao mesmo
e na base da
tempo;
são praticamente
iguais
e
longo e com muitas
vagens
no
nó terminal.
Apenas
algumas
tam tipo indeterminado
FT-Cometa;
seguintes
etc.).
poucas
cultivares
(ex.: FT 2000;
brasileiras
apresen-
OCEPAR 3-Primavera;
O tipo indeterminado
é caracterizado
pelos
atributos:
• até o início do florescimento,
de da estatura
final das plantas
após esse estádio,
crescimento
apenas cerca de meta-
a planta
(produção
é atingida,
portanto,
ainda apresenta
de nós na haste
grande
principal),
41
podendo
dobrar
• o florescimento
para cima
ocorre
até a maturação;
de forma
na planta.
desenvolvidas
topo
sua estatura
Assim,
escalonada,
pode-se
na base e, ao mesmo
de baixo
ter vagens
tempo,
bem
flores
no
e dos grãos ocorre
de
da planta;
• o desenvolvimento
baixo
para
inferior
das vagens
cima.
As vagens
das plantas
e os grãos
são mais
da metade
adiantados
do que os
de cima;
• as plantas
crescem
florescimento,
e se ramificam,
a formação
mesmo
das vagens
durante
o
e o enchimen-
to dos grãos;
•
as folhas
demais
do topo
partes
Apesar
possuem
Existem,
maiores
ainda,
determinado
isto
como
final do ano de 1999,
descrita
como
protegidas
Ministério
1.4.
tempo,
taxas
vagens.
entre
pois
da Agricultura
Comentários
das
a maturação
os grãos
das va-
de crescimento.
do indeterminado.
Nacional
o surgimento
alcançam
é, apresentam
não existia
do Serviço
das
de soja de tipo de crescimen-
sem i-determinada,
A classificação
42
todas
cultivares
to sem i-determinado,
tipo
de tempo
ao mesmo
que as folhas
e
poucas
e o das apicais,
aproximadamente
gens apicais
apresenta
da diferença
basais
menores
da planta;
• o nó terminal
vagens
são
nenhum
atributos
tanto
Entretanto,
registro
até o
de cultivar
na lista das registradas
de Proteção
e do Abastecimento
do
e/ou
de Cultivares,
do
(SNPC/MAA).
finais
dos estádios
de desenvolvimento
de soja,
proposta
por Fehr e Caviness
(1977),
o estádio
de desenvolvimento
em que se encontra
ou uma lavoura
de soja. A exatidão
identifica
agentes
extensionistas
e escrita,
tações
das assistências
e produtores,
uniformizando
subjetivas
Quando
se trata
Brasil,
como
não há espaço
insignificantes
pode ter graves
Assim,
mo,
recomenda
executá-Ia,
da classificação
mite perfeito
com
falando
dos estádios
e privada,
margens
no
por
mais
de agroquímicos
em
não apropriado
ecológicas,
linguagem.
sa-
que o agrôno-
e o produtor,
de desenvolvimento
eliminando
de lu-
praticada
necessário
a mesma
as interpre-
dúbias,
(econômicas,
prática,
oral
esses públicos.
sojicultura
de desenvolvimento
alguma
entendimento,
entre
A aplicação
é absolutamente
estejam
pública
interpretações
conseqüências
nitárias).
que
as da atual
em estádio
para pesqui-
e eliminando
econômica
para
dos está-
as comunicações
existentes
que pareçam.
uma lavoura
técnicas
a linguagem
de atividade
cro tão estreitas,
necessária
pois facilita
porventura
uma planta
na identificação
dios não só é útil, mas absolutamente
sadores,
precisamente
que
irá
A utilização
de soja per-
a possibilidade
de er-
ros de interpretação.
1.5. Bibliografia consultada
BERLATO, M.A.; MATZENAUER,
R.; BERGAMASCHI,
H.
Evapotranspiração
máxima da soja e relações com a
evapotranspiração
calculada
pela equação de Penman,
evaporação
de tanque "classe A" e radiação solar global.
Agronomia Sulriograndense,
Porto Alegre, v.22, n.2,
p.243-59,
1986.
43
FEHR, W.R.;
CAVINESS,
C.E.
Stages of soybean
development.
Ames: lowa State University of Science
and Technology,
1977.
11 p. (Special Report 80).
GAZZONI, D.L. Avaliação do efeito de três níveis de
desfolhamento
aplicados em quatro estádios de crescimento de dois cultivares de soja (G/ycine max (L.) Merrill}
sobre a população e a qualidade do grão.
UFRGS, 1974.
70p. Tese Mestrado.
Porto Alegre:
RITCHIE, S.W.; HANWAY, J.J.; THOMPSON, H.E.;
BENSON, G.O. How a soybean plant develops.
Ames:
lowa State University of Science and Technology,
1977.
20p.
44
(Special
Report,
53).
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