~ 7 ESTÁDIOS DESENVOLVIMENTO DE DA CULTURA DE SOJA Norman Neumaier Alexandre L. Nepomuceno José Renato B. Farias Tetsuji Oya 1. 1. Introdução Todas rendimento potencial as cultivares máximo, genético condições ótimas, ra, praticamente podem Assim, o produtor possam só pode ser expresso deve estar atento é necessário de como a sua lavoura Conhecendo derá, no menor a plAnta prazo possível, possam estar para ocorrer, vés do uso da descrição soja poderá, também, ciclo da cultura e tentar danos aconteçam O objetivo informações, surgem ou se tornem visando capítulo a safra. para, se possível, anteci- os problemas Para que práticas em que irão proporcioque o produtor de soja cresce identificar detenha e se deele po- os problemas ocorrendo. que Atra- de desenvolvimento os problemas solucioná-Ios deste durante ou que já estejam localizar sob de lavou- com a qual trabalha, dos estádios Esse das mais variadas corretamente nos momentos eficiência, conhecimento naturais de soja possa apresentar. ser aplicadas senvolve. identificar de em sua plenitude Problemas e normalmente pelo menos, nar máxima determinado. as quais, nos ambientes surgir que sua lavoura seu potencial o qual é geneticamente não existem. ordens par ou, de soja possuem a tempo, no decorrer de do antes que seus permanentes. é apresentar a determinação precisa uma série de dos vários está- 21 dios de desenvolvimento nados de soja e expor e à fenologia ao crescimento ções e fatos, volvimento postas mais da lavoura, florescimento, etc.) atmosfera) pelo homem aplicação 1.2. naquela de agroquímicos, que a lavoura uma linguagem volvimento nicação unificada agiliza entre de soja. Portanto, desenvolvimento indivíduo ou uma lavoura 22 inteira utilizada proposta no mundo Algumas foram porque inteiro períodos de desen- facilita envolvidos a comu- com a cultura dos estádios uma terminologia única, à metodologia qualde (1977) é a todas adaptadas ser estádios & Caviness e apresenta modificações, dos de um único e ser capaz de descrever Fehr da O uso de dos estádios de descrição por adicionadas da cultura. ser capaz de descrever A metodologia desenvolvimento ai. (1977), e universal, dos vários de descrição deve apresentar precisa racterísticas. públicos a metodologia objetiva, cultivar. o ciclo o seu entendimento observações, de desenvolvimento na descrição os diversos desenvolvida de soja para a descrição durante o ambiente etc.). dos estádios atravessa das res- com semeadura, colheita, de soja é essencial do desen- emergência, atividade Estádios de desenvolvimento planta mais (e.g.: (e.g.: tanto qualquer lavoura A caracterização quer relações, com a base o entendimento e feno lógicas como relacio- Essas informa- e abrangente facilitando e suas fatos proporcionarão profundo morfo-fisiológicas (solo, da cultura. uma vez internalizados, para o conhecimento alguns essas de Ritchie original caet (Fehr & Caviness, 1977), à descrição neste capítulo, do estádio O sistema os estádios vegetativos são designados por Fehr e Caviness desenvolvimento e estádios Com exceção R5. proposto de pela letra ficam específicos, em Os estádios de índices divide estádios vegetativos pela letra R. e VC (cotilédone), numéricos que identi- nessas duas fases de desenvolvi- da planta. 1.2.1. Estádios vegetativos A caracterização dem ao estádio dos estádios completamente parte da haste onde a folha determinação enquanto dos estádios se desenvolve vegetativos Os nós cotiledonares deles possui (ou possuía) siderados, unifolioladas um deles, unifoliolada. ocupam e, por isso, são considerados nós acima dos unifoliolados como não são con- folhas verdadei- dos cotiledonares possui da Para a determinação e são, também, também, Nós opostos se desprender na haste e cada um (ou possuíam) acima para a é permanente, os nós cotiledonares ras. Os nós imediatamente da O nó é a e é usado podendo um cotilédone. pois não possuem nós das folhas nó (superior) porque são opostos V1 em diante, que suce- desenvolvida. que a folha é temporária, dos estádios vegetativos VC é feita com base no último haste com uma folha e cada soja VE (emergência) são seguidas haste. (1977) V e os reprodutivos as letras VeR mento de reprodutivos. dos estádios estádios para dar maior detalhamento opostos (ou possuía) a mesma na haste uma folha posição um nó apenas. são alternados, são os ocupam na haste Todos os diferen- 23 tes posições na haste e possuem (ou possuíam) folhas trifolioladas. As folhas jovens desenvolvimento, os folíolos até a abertura considerada folíolos se assemelham se desenvolverem, separam possuem a cilindros completa completamente e os bordos mente acima não mais se tocam. abertos dos folíolos quando e se assemelham 1-1). Ao e os bordos dos mesmos. desenvolvida aberta desenvolvida (Figura se desenrolam mente tamente que, no início de seu Uma folha quando é está total- da folha do nó imediata- A folha apical seus folíolos aos das folhas está comple- já se encontram abaixo dela. -------~-...• Figura se 1-1. Folha de soja com folíolos cujos bordos ". ~ não mais se tocam. o estádio gência dos cotilédones, considerada curvo 24 vegetativo em VE. se endireita, denominado VE representa isto é, uma plântula Logo após recém emergida a emergência, pára de crescer, a emer- os cotilédones é o hipocótilo se abrem (expondo o epicótilo) considerada emergida acima da superfície de 90°, e se expandem. Uma planta quando encontra-se do solo e os mesmos ou maior, com seus respectivos pode ser com os cotilédones formam um ângulo hipocótilos (Figura 1- 2). Figura 1-2. Plântulas o tádio estádio de soja em estádio vegetativo denominado em que os cotilédones abertos e expandidos. VC representa se encontram unifolioladas Nesse estádio, a plântula das reservas dos cotilédones para o suprimento cotilédones precoce nutricionais. o final ainda é dependente de suas ne- do estádio VE, os perdem cerca de 70% de seu peso seco. A perda de um dos cotilédones nal da planta, mentos Até em VC quan- não mais se tocam 1-3). cessidades o es- completamente Uma planta é considerada do os bordos de suas folhas (Figura VE (emergência). pouco mas a perda de ambos afeta o rendimento pode reduzir fi- os rendi- em até 9%. 25 Figura 1-3. Plântulas de soja em estádio VC (cotilédone). A partir do VC, as subdivisões são numeradas seqüencialmente V6, ... Vn, onde Vn é o último completamente V1 quando foliar) estiverem do os bordos planta dos folíolos (Figura e a absorção De modo quando unifolioladas (opostas, uma planta estiver os bordos da folha trifoliolada não mais se tocarem estádio, infectadas spp. começam fixação biológica até atingir 26 a fixar nó não a fotossíntese pelas raízes da atinge o estádio completamente dos folíolos (Figura (FBN) aumenta Em V2, está em de sustentá-Ia. pela bactéria em R5. com folha trifoliolada V2 de- da segun- 1-5). Nesse Bradyrhizobium o N do ar. Nos estádios de nitrogênio seu máximo folha já são capazes V5, isto é, quan- Nesse estádio, folha trifoliolada V4, no primeiro de água e nutrientes ou seja, quando as plantas V3, uma plântula da primeira semelhante, a primeira V2, desenvolvidas, 1-4). em desenvolvimento senvolvida, Assim, completamente mais se tocarem das folhas (V1, vegetativos nó, no topo da planta, desenvolvida). as folhas dos estádios seguintes, a gradativamente o crescimento das raízes laterais na camada superficial do solo é intenso e continuará intenso até V5. Figura 1-4. Plantas de soja em estádio V1. Figura 1-5. Planta de soja em estádio V2. 27 Na seqüência, da folha trifoliolada tece quando se tocarem o estádio completamente os bordos (Figura V3 se caracteriza pela segun- desenvolvida, da terceira o que acon- folha trifoliolada não mais para V4, 1-6). E assim, sucessivamente, V5, V6, ... Vn, conforme ilustrado na Tabela ções normais, e o seguinte decorrido o tempo entre os estádios vegetativos os estádios Mesmo perdas drásticas vegetativos de grãos Figura 28 entre um estádio Em condivegetativo varia de três a cinco dias, sendo o maior tempo entre os finais. mento decorrido 1-1. causam (Tabela 1-6. iniciais e o menor tempo de área folia r durante pequenas reduções 1-2). Planta de soja em estádio V3. no rendi- Tabela 1.1. Descrição sumária dos estádios vegetativos de soja Estádio Denominação VE Emergência Cotilédones acima da superfície do solo VC Cotilédone Cotilédones completamente V1 Primeiro nó Folhas unifolioladas senvolvidas V2 Segundo nó Primeira folha trifoliolada te desenvolvida V3 Terceiro nó Segunda folha trifoliolada completamente desenvolvida V4 Quarto nó Terceira folha trifoliolada te desenvolvida V5 Quinto nó Quarta folha trifoliolada desenvolvida completamente V6 Sexto nó Quinta folha trifoliolada desenvolvida completamente Enésimo nó Ante-enésima folha trifoliolada tamente desenvolvida Descrição abertos completamente de- completamen- completamen- V ... Vn comple- Obs: Nó cotiledonar não é considerado. Nós unifoliolares são considerados como um nó, já que são opostos e ocupam a mesma altura na haste. Uma folha é considerada completamente desenvolvida quando os bordos dos trifólios da folha seguinte (acima) não mais se tocam. Tabela 1.2. Estádio V4 V7-8; R1 R4 R5 Reduções (%) no rendimento de grãos causadas por perdas de área foliar em soja (cv. Bragg) (adaptado de Gazzoni, 1974) 33 4,5 4,9 15,4 18,6 Desfolhamento (%) 67 13,4 5,9 19,9 47,2 100 12,6 8,3 44,4 79,3 29 1.2.2. Estádios reprodutivos Os estádios Tabela 1-3, reprodutivos, descrevem florescimento-maturação. mostrados sumariamente detalhadamente São denominados o período pela letra R se- guida dos números um até oito. Os estádios reprodutivos gem quatro distintas fases do desenvolvimento da planta, ou seja, florescimento da vagem (R3 e R4), desenvolvimento maturação da planta O início que ocorre qualquer porção principal vertical de novas média, da planta. elevada até (R4) e início do desenvolvimento grãos (R5). área foliar, acarretam dos Reduções de nesse estádio, pequenas ções no rendimento redu(Tabe- la 1-2). Figura 1-7. Planta de soja em R1. 30 flor aberta, em da primeira (Figura flores para ambas do desenvolvimen- to das vagens R1 1-7). Normalmente, abertas a média da hasse dá, a partir as extremidades da haste É nesse estádio que a taxa de crescimento das raízes aumen- ta e se mantém o final principal pelo estádio em um dos nós da porção te. O aparecimento dessa é descrito o aparecimento flor aparece do grão (R5 e R6) e (R7 e R8). nó da haste primeira abran- reprodutivo (R1 e R2), desenvolvimento do florescimento com na Tabela 1.3. Descrição sumária dos estádios reprodutivos de soja w -" Estádio Denominação Descrição R1 Início do florescimento Uma flor aberta em qualquer nó da haste principal R2 Florescimento pleno Uma flor aberta num dos 2 últimos nós da haste principal com folha completamente desenvolvida R3 Início da formação da vagem Vagem com 5 mm de comprimento num dos 4 últimos nós da haste principal com folha completamente desenvolvida R4 Vagem completamente desenvolvida Vagem com 2 cm de comprimento num dos 4 últimos nós da haste principal com folha completamente desenvolvida R5 Início do enchimento do grão Grão com 3 mm de comprimento em vagem num dos 4 últimos nós da haste principal, com folha completamente desenvolvida R6 Grão verde ou vagem cheia Uma vagem contendo grãos verdes preenchendo as cavidades da vagem de um dos 4 últimos nós da haste principal, com folha completamente desenvolvida R7 Início da maturação Uma vagem normal na haste principal com coloração de madura R8 Maturação plena 95% das vagens com coloração de madura Obs: Últimos nós se referem aos últimos nós superiores. Uma folha é considerada completamente desenvolvida quando os bordos dos trifólios da folha seguinte (acima) não mais se tocam. o florescimento que se caracteriza pleno é representado pela presença dos dois nós superiores lha completamente inicia-se rápida e de nutrientes estádio R6. vegetativos iniciam e constante na planta da planta. os órgãos vegetativos É, também, rapidamente, A medida estão Figura 1-8. Planta de soja em R2. 32 acontece que os órgãos com foseca (MS) nos órgãos reprodutivos do florescimento, gradualmente reprodutivos. completando o de desti- Nesse estádio, o seu desenvolvi- que a taxa de FBN aumenta elevada dos grãos. em um que dura até após o início do muda nesse estádio da planta, R2, 1-8). Nesse estádio, de matéria a partir nos órgãos e se mantém do enchimento principal (Figura esse acúmulo de MS e de nutrientes no e passa a ocorrer final inteira, À princípio, de uma flor aberta, acumulação o seu desenvolvimento acúmulo mento. da haste desenvolvida pelo estádio até atingir seu pico, no o início do desenvolvimento das vagens, ou estádio R3, é caracterizado pela presença de vagens de 5 mm de comprimento, em um dos quatro nós superiores da haste principal da planta, com uma folha completamente desenvolvida (Figura 1-9). Esse estádio é crucial no estabelecimento do número de vagens por planta, um dos mais importantes componentes do rendimento. Esse componente é sensível às condições de ambiente, tanto que o abortamento de vagens é conspícuo em condições de estresse. A compensação do abortamento de vagens é restrita porque os componentes que poderiam compensá-Ia - número de grãos por vagem e peso de grão - possuem seus limites máximos geneticamente determinados. Conseqüentemente, qualquer estresse drástico durante o R3 pode afetar o rendimento de grãos de forma irreversível. em 6~ 5 '" 4 '" 3-§ 2-= 1-=: O ~ -A~ Figura 1-9. ~ Q.~ '" Planta de soja em R3. 33 o estádio pletamente R4, denominado desenvolvida, se caracteriza gens com 2 cm de comprimento, riores da haste principal mente desenvolvida (Figura das vagens Abortamento fo anterior, após com uma folha 1-10). Nesse R6 irá reduzir o rendimento a exemplo do explicado em R4. 5 4 3 2 1 O 34 Planta de soja em R4. cres- dos grãos. no período compreendido pode ocorrer 1-10. de va- também ocorre intenso em 6 Figura com- completa- estádio, e o início do desenvolvimento de vagens, também pela presença do rendimento, Qualquer estresse que aconteça R4 e logo de vagem em um dos quatro nós supe- da planta, crucial para determinação cimento de estádio entre de grãos. no parágra- o Início caracteriza do enchimento pela presença dos grãos, de uma vagem grão de 3 mm de comprimento, riores da haste mente principal desenvolvida tenso enchimento dos grãos nas hastes também para os grãos o início do estádio ta/dia) atinge R6. de acúmulo ao final) determinantes dade nutrientes nos se torna dos são durante da planta, Para que ocorra dia (Figura de água pela soja, subdivisões Entretanto, da metade de grãos mas a outra de 26% granação fase, de Fehr e Caviness dos estádios propõem - grãos granação); original para melhor et aI. (1977) R5,1 o está- dos vem da metade de nutrienestar úmido. é de 6 a 8 mm/ 1-12). A proposta senta do A disponibili- a absorção nesta (dias todo tes do solo pelas raízes e a FBN, o solo necessita A necessidade (g/plan- Uma seca nessa cerca para o enchimento sua os principais o rendimento. porque e até após a taxa e a duração grãos sua nos pecíolos e inicia-se o rendimento. partes atinge do mesmo. a encher, Estresses crucial de outras vem do solo e da FBN. máximo grãos drasticamente necessários translocação e no final que continuam do rendimento. de água de nutrientes nas folhas, do enchimento reduzir in- Nessa fase da cultura, dio R5 e início do R6 diminuem fase pode ocorre que a planta seu de MS completa- estádio, decresce de MS e de nutrientes translocação início estádio FBN, que rapidamente O acúmulo Nesse um nós supe- uma folha e redistribuição É nesse MS para os grãos. máxima com 1-11). R5, se com pelo menos em um dos quatro da planta, (Figura ou estádio sua subdivisão ao tato R5,2 - granação a 50%; de 76% R5,4 - a 100%. não apre- de desenvolvimento detalhamento perceptíveis (1977) do estádio em cinco (o equivalente de 11 % a 25%; granação (Figura da soja. R5, Ritchie sub-estádios: a 10% da R5,3 - granação de 51 % a 75%; R5,5 - 1-13). 35 Figura 1-11. Planta de soja em R5. ET (mm/dia) 8 ,----------------------------------------, 6 4 2 o L- __ -L S ~ __ ~ _L R1 V2 Estádios Figura 1-12. Consumo 36 _L __ ~ R5 R7 de Desenvolvimento de água pela soja (Evapotranspiração, ET) ao longo de Berlato L_ __ ~ de seu desenvolvimento et al.. 1986). (adaptado -= o 2 --::= =, 3 4 ---::::::: = 5 6 -- Figura R 5,0 1-13. 5,1 Subdivisões 5,4 5,3 5,2 do estádio 5,5 R5 (adaptado de Ritchie etal.,1977). o estádio de vagem R6, denominado cheia, que contenha da vagem, é caraterizado grão verde preenchendo pal da planta, com (Figura Nesse estádio, 1-14). cimento atinge o máximo de acúmulo grãos. folha peso total começam de vagens, tanto a diminuir, R6, para a planta toda, máximo acúmulo de MS e de nutrientes atingido ao final mente das do R6. nulo ao final folhas senescentes amarelecimento acelerada e a queda Nesse dos nós estádio que seu cresa planta ainda com altas taxas na planta como nos logo após o início do de R6, para os grãos. O crescimento do R6. princi- desenvolvida já estabilizou esse e, ao final a cavidade da haste completamente de MS e de' nutrientes, Essas taxas totalmente a planta ou de uma vagem nós superiores É durante em estatura. de grão verde pela presença em um dos quatro uma de estádio na planta inteira é das raízes é pratica- estádio, inferiores das folhas O inicia-se da continuam a queda haste. O de forma até o R8. 37 em 6 5'; 4 ~ 3 "" 2~ 1 -: O "" Figura A maturação 1-14. fisiológica estádio R7 e se caracteriza normal com coloração haste principal gem Nessa condição, de umidade ocorrência 38 e/ou de soja em R6. de soja é atingida da planta pelo aparecimento de vagem da planta sua maturação MS e os grãos Planta (Figura madura, 1-15). em qualquer cessa as vagens perdem sua coloração de estresses, se encontram durante nó da Os grãos de soja atin- quando e já são perfeitamente no de uma vagem fisiológica os grãos .~ viáveis e após com o acúmulo cerca como de verde. de 60% sementes. esse estádio, A como chuvas afetar excessivas e ataques o rendimento severos e, principalmente, de percevejos, a qualidade podem dos grãos (ou sementes). Figura 1-15. o último (Figura 1-16). estádio de desenvolvimento Denominado za pela presença de maturação ainda necessitam de maturação de 95 % das vagens de vagens maduras. minado Planta de soja em R7. plena, se caracteri- apresentando Apesar desse estádio de colheita, de soja é o R8 coloração ser, também, após atingir de alguns dias para atingir deno- R8, os grãos 15% de umidade 39 ou menos. Figura 1.2.3. 1-16. Estádios de desenvolvimento Os estádios plantas individuais podem, uma lavoura gênea, é, ser toda isto semeada na mesma um número diversos determinados lavoura. 40 razoável pontos data. inteira. a lavoura toda cultivar de 10 plantas) da lavoura, para cada ponto uma basta fazer a leitura (mínimo feitas para deve ser homo- de apenas Para tanto, Após descritos e devem servir para Essa lavoura composta representativos Considera-se acima perfeitamente, de plantas ao acaso. as médias de uma lavoura de desenvolvimento caracterizar lam-se Planta de soja em R8. todas em ou em pontos as leituras, amostrado de calcu- e a média num determinado da está- dio. quando mais de 50% das plantas tram naquele 1.3. amostradas estádio. Tipo de crescimento As cultivares crescimento: A grande de soja podem determinado, maioria apresentar indeterminado das cultivares apresenta seguintes tipo brasileiras determinado, três tipos de e semideterminado. 16; BRS 66; BRS 137; BRS 154; FT-Abyara; etc.) se encon- de soja (ex.: BR FEPAGRO-RS 10; que é caracterizado pelos atributos: • após o início do florescimento, a planta cresce pouco e não mais ramifica; • o florescimento ocorre praticamente po, em toda a extensão • desenvolve planta, vagens • as folhas do topo às demais • apresenta no topo ao mesmo da planta em tamanho; um racemo tem- da planta; e grãos praticamente ao mesmo e na base da tempo; são praticamente iguais e longo e com muitas vagens no nó terminal. Apenas algumas tam tipo indeterminado FT-Cometa; seguintes etc.). poucas cultivares (ex.: FT 2000; brasileiras apresen- OCEPAR 3-Primavera; O tipo indeterminado é caracterizado pelos atributos: • até o início do florescimento, de da estatura final das plantas após esse estádio, crescimento apenas cerca de meta- a planta (produção é atingida, portanto, ainda apresenta de nós na haste grande principal), 41 podendo dobrar • o florescimento para cima ocorre até a maturação; de forma na planta. desenvolvidas topo sua estatura Assim, escalonada, pode-se na base e, ao mesmo de baixo ter vagens tempo, bem flores no e dos grãos ocorre de da planta; • o desenvolvimento baixo para inferior das vagens cima. As vagens das plantas e os grãos são mais da metade adiantados do que os de cima; • as plantas crescem florescimento, e se ramificam, a formação mesmo das vagens durante o e o enchimen- to dos grãos; • as folhas demais do topo partes Apesar possuem Existem, maiores ainda, determinado isto como final do ano de 1999, descrita como protegidas Ministério 1.4. tempo, taxas vagens. entre pois da Agricultura Comentários das a maturação os grãos das va- de crescimento. do indeterminado. Nacional o surgimento alcançam é, apresentam não existia do Serviço das de soja de tipo de crescimen- sem i-determinada, A classificação 42 todas cultivares to sem i-determinado, tipo de tempo ao mesmo que as folhas e poucas e o das apicais, aproximadamente gens apicais apresenta da diferença basais menores da planta; • o nó terminal vagens são nenhum atributos tanto Entretanto, registro até o de cultivar na lista das registradas de Proteção e do Abastecimento do e/ou de Cultivares, do (SNPC/MAA). finais dos estádios de desenvolvimento de soja, proposta por Fehr e Caviness (1977), o estádio de desenvolvimento em que se encontra ou uma lavoura de soja. A exatidão identifica agentes extensionistas e escrita, tações das assistências e produtores, uniformizando subjetivas Quando se trata Brasil, como não há espaço insignificantes pode ter graves Assim, mo, recomenda executá-Ia, da classificação mite perfeito com falando dos estádios e privada, margens no por mais de agroquímicos em não apropriado ecológicas, linguagem. sa- que o agrôno- e o produtor, de desenvolvimento eliminando de lu- praticada necessário a mesma as interpre- dúbias, (econômicas, prática, oral esses públicos. sojicultura de desenvolvimento alguma entendimento, entre A aplicação é absolutamente estejam pública interpretações conseqüências nitárias). que as da atual em estádio para pesqui- e eliminando econômica para dos está- as comunicações existentes que pareçam. uma lavoura técnicas a linguagem de atividade cro tão estreitas, necessária pois facilita porventura uma planta na identificação dios não só é útil, mas absolutamente sadores, precisamente que irá A utilização de soja per- a possibilidade de er- ros de interpretação. 1.5. Bibliografia consultada BERLATO, M.A.; MATZENAUER, R.; BERGAMASCHI, H. Evapotranspiração máxima da soja e relações com a evapotranspiração calculada pela equação de Penman, evaporação de tanque "classe A" e radiação solar global. Agronomia Sulriograndense, Porto Alegre, v.22, n.2, p.243-59, 1986. 43 FEHR, W.R.; CAVINESS, C.E. Stages of soybean development. Ames: lowa State University of Science and Technology, 1977. 11 p. (Special Report 80). GAZZONI, D.L. Avaliação do efeito de três níveis de desfolhamento aplicados em quatro estádios de crescimento de dois cultivares de soja (G/ycine max (L.) Merrill} sobre a população e a qualidade do grão. UFRGS, 1974. 70p. Tese Mestrado. Porto Alegre: RITCHIE, S.W.; HANWAY, J.J.; THOMPSON, H.E.; BENSON, G.O. How a soybean plant develops. Ames: lowa State University of Science and Technology, 1977. 20p. 44 (Special Report, 53).