modernização agrícola e a estratégia de apropriação do território

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Simpósio de Geografia da UDESC
2º SEMINÁRIO NACIONAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
ÁREA TEMÁTICA: DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL,
AGRICULTURA E MEIO RURAL
MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA E A ESTRATÉGIA DE APROPRIAÇÃO DO
TERRITÓRIO PELO CAPITAL NO SUDOESTE GOIANO
Jesiel Souza Silva1
Resumo
O processo de transformação capitalista da agricultura, intensificada no território brasileiro
a partir da década de 1960 causou significativas modificações nas bases técnicas e
produtivas, levando a um aumento significativo da produção agrícola para exportação e
consequentemente contribuindo para o crescimento da economia brasileira. Baseada na
transformação da base técnica, com maior uso de insumos e equipamentos, causou também
transformações nas relações sociais de produção. Utilizando-se de dados secundários, este
artigo objetiva analisar as transformações sociais, ambientais e econômicas, a partir da
intensificação dos processos de apropriação do capital ocorridos na região Sudoeste
Goiano. O processo de modernização no campo, que faz parte do processo de
modernização do território, provocou grandes transformações nas relações de produção no
espaço usado no Sudoeste Goiano.
Palavras-chave: modernização agrícola; complexo agroindustrial; configuração territorial.
.
Abstract
The process of capitalist transformation of agriculture, intensified in the Brazilian territory
from 1960 caused significant changes in the technical and production bases, leading to a
significant increase in agricultural production for export and thus contributing to the
growth of the Brazilian economy. Based on the transformation of the technical base, with
greater use of inputs and equipment, also caused changes in social relations of production.
Using secondary data, this article aims to analyze the social, environmental and economic
transformations, from the intensification of the capital appropriation processes occurring in
the region Southwest Goiás. The process of modernization in the field, which is part of the
modernization of the planning process, caused major changes in production relations in
space used in Southwest Goiás.
Keywords: agricultural modernization; agroindustrial complex; territorial configuration.
1
Geógrafo, Mestre em Agroecologia e Desenvolvimento Rural, Doutorando em Geografia-UnB e Professor
do Instituto Federal Goiano, Campus Rio Verde. E-mail: [email protected]
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
Florianópolis, Santa Catarina
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Introdução
No Brasil, o processo de modernização agrícola, se apresentou de maneira
excludente, beneficiando a produção destinada a exportação atendendo principalmente os
interesses da elite agrária, além de causar grandes impactos ambientais pelo uso de
produtos químicos, sintéticos e tóxicos sem os cuidados necessários. No âmbito social,
contribuiu para o desemprego no campo e consequentemente o êxodo rural. Neste processo
de modernização agrícola no Brasil, o Estado teve fundamental importância,
principalmente nas áreas de cerrado, onde vários programas governamentais contribuíram
para que ocorresse a introdução de novas culturas, como a soja, o milho, o sorgo, o
algodão; e para a valorização do preço das terras, decorrentes da modernização do
território ocorrido através da moderna infraestrutura implantada na região. Contudo estes
benefícios foram reduzidos a uma pequena parcela da população vistos que estes
programas atenderam principalmente as grandes propriedades.
No estado de Goiás, a modernização agrícola modificou a estrutura fundiária
através da intensificação da produção de culturas produzidas em larga escala e técnicas
sofisticadas de produção. Juntamente com este processo ocorreu uma nova configuração
social econômica no estado, pautada nas novas tramas do capital, desigualdades sociais,
concentração de renda e terra e exclusão dos pequenos agricultores (MATOS E PESSOA,
2010). Essa modernização causa a diferenciação de espaços, onde uns se transformarão em
espaços modernizados, com atrativos populacionais, enquanto outros serão polos de
repulsão populacional. Para Chaveiro (2010), Goiás apresenta uma profunda concentração
demográfica em alguns municípios, sendo claro que, a urbanização acelerada gerou uma
rede urbana concentrada e desigual, não somente em relação ás formas, tamanho e relações
das cidades e suas interações, mas também em seus conteúdos.
A região do Sudoeste Goiano concentra a maior parte da produção agrícola do
estado de Goiás e nos últimos anos se tornou um polo industrial com a instalação de alguns
complexos industriais nas três principais cidades da região: Jataí, Mineiros e Rio Verde.
Estes projetos industriais, instalados principalmente a partir do final da década de 1990,
demandaram grandes quantidades de matéria-prima, destacando-se a produção de aves,
suínos e grãos e intensificou o uso da terra nos municípios desta região. O Sudoeste de
Goiás é a região de Goiás que apresenta os melhores índices de desenvolvimento
econômico e social do estado de Goiás, sendo Rio Verde o município mais populoso desta
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região, acompanhado por Jataí e Mineiros, e estes se destacam entre os municípios mais
promissores de Goiás.
Desta forma, objetiva-se neste artigo, analisar a influência do processo de
apropriação do capital na região do Sudoeste Goiano e sua influência na
desterritorialização camponesa neste território. Como metodologia deste estudo, além de
um levantamento bibliográfico, foi realizado um levantamento dos dados secundários da
microrregião Sudoeste de Goiás, através de instituições governamentais, dentre as quais, o
Ministério do Desenvolvimento Agrário, Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Secretaria de Planejamento do
Estado de Goiás e Ministério da Agricultura.
A Região Sudoeste Goiano e a Modernização do Território
A região Sudoeste de Goiás é uma das dez regiões de planejamento do estado de
Goiás, que têm como objetivo principal priorizar investimentos governamentais conforme
as necessidades socioeconômicas das regiões. É formada por 26 municípios com a
predominância com centros urbanos abaixo de 100 mil habitantes. Esta microrregião se
localiza na mesorregião Sul de Goiás. De acordo com a Secretaria de Planejamento de
Goiás (2012), entre os maiores diferenciais competitivos da região, está à proximidade com
grandes centros consumidores, como a região Metropolitana de Goiânia, Entorno do
Distrito Federal e Triângulo Mineiro; o grande potencial rodoviário; o expressivo parque
industrial instalado; comércio e serviços fortes e; infraestrutura tecnológica desenvolvida.
Além disso, a região apresenta uma vasta riqueza em recursos naturais que se tornaram
grandes atrativos turísticos, como águas quentes, cachoeiras, Parque Nacional das Emas,
etc.
Esta região conta com uma ocupação bastante antiga, concentrando a maior parte
da produção agropecuária do estado, e que recentemente vem se destacando como um polo
de atração de projetos agroindustriais que demandam grande quantidade de matéria-prima,
como grãos, aves e suínos. Isso tem levado a um uso mais intenso das terras dos
municípios que compõe esta região (CARMO et al, 2002). O Sudoeste de Goiano ocupa
uma posição de destaque no cenário estadual e nacional na produção de grãos, considerada
um “celeiro”, pois contribui com aproximadamente com 44% da produção de grãos do
estado de Goiás (SEPLAN, 2003). Isso ocorre muito em razão do relevo da região,
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basicamente composto por chapadões com a ocorrência de serras com encostas escarpadas
(CARMO et al, 2002).
Figura 1: Localização Geográfica do Sudoeste Goiás
Fonte: Superintendência de Estatística, Pesquisa e Indicação Socioeconômica - SEPIN, 2012.
A utilização de extensas áreas para a agricultura comercial tem causado o
empobrecimento do bioma Cerrado, um problema que se agrava em razão do caráter
predatório do modelo agropecuário inserido no bioma, se tornando assim o problema
central da ocupação territorial (SILVA, 2010). Para Ribeiro e Binsztok (2008), nesta
região, são comuns os problemas de degradação que atingem os solos, a água e a
biodiversidade, chamados de problemas de degradação que levarão aos problemas de
“segunda geração”.
Estes são os chamados “problemas de primeira geração”, diretamente causados
pela prática agrícola em si, como o uso intenso de agrotóxicos, a redução da
diversidade biológica e os desequilíbrios ecológicos. Existem, também, os
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“problemas de segunda geração”, que surgem como desdobramento dos
primeiros ou em consequência da tentativa de solucioná-los. A ocorrência da
segunda geração de problemas traduz a gravidade dos impactos gerados, que se
manifestam não apenas local e momentaneamente e dão a real dimensão do
comprometimento ambiental gerado por práticas de exploração inadequadas. Os
problemas se desdobram e alcançam elementos, espaços e indivíduos que,
aparentemente e espacialmente, não estão envolvidos com a exploração agrícola
(RIBEIRO &BINSZTOK, 2008, p. 01).
Pires (2008), afirma que esta região tem seu desenvolvimento ligado pelo
desenvolvimento das vias rodoviárias, que conectou esta porção do território goiano à
economia do Triângulo Mineiro e à economia paulista. Desde a década de 1980, a
microrregião Sudoeste Goiano vem apresentando crescimento na produção de grãos e nas
últimas décadas se tornou umas das regiões mais produtivas do país em cereais. Já na
década de 1990, a região assistiu a um maciço crescimento a partir da introdução da
agroindústria, as quais se deslocaram para a região no objetivo de melhorar a eficiência de
transporte de cargas, favorecendo uma aproximação da matéria-prima dos processos de
transformação e beneficiamento que a agroindústria exige.
Existem profundas diferenças nos municípios que compõe esta região, pois pela
seletividade da aplicação de capitais, alguns municípios desfrutam de excelente
infraestrutura pública e privada, enquanto outros estão sempre na espera, mostrando uma
diferenciação interna que é constantemente recriada (SILVEIRA & BARREIRA). Porém,
longe de estar apenas entre os municípios que compõe esta região, esta diferenciação é
também intra-municipal, ou seja, dentro dos próprios municípios, dentro das cidades, onde
há a presença de uma população empobrecida vivendo em moradias sub-humanas em
periferias de cidades consideradas “produtivas” ou “promissoras” como Rio Verde, Jataí e
Mineiros, municípios que produz riqueza e ao mesmo tempo gera a pobreza, justificando
assim a afirmação marxista de que o modo de produção capitalista produz um
desenvolvimento desigual e combinado.
A densidade demográfica da Região Sudoeste Goiano é de 8,32 habitantes por
quilômetros quadrados, sendo a estadual 17,42 hab/km². Rio Verde é a cidade mais
populosa da região com 158.818 habitantes, o que representa 2,71% da população do
Estado. O segundo município mais populoso é Jataí com 85.491 habitantes, seguida de
mineiros com 47.500 habitantes (SEPLAN, 2011).
Porém existe uma dinâmica
populacional de migração intensa entre os municípios que compões esta região. Enquanto
alguns municípios perdem população, mesmo tendo grandes extensões de terras
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agricultáveis, mas os centros urbanos carecem de infraestrutura; outros municípios maiores
recebem ainda mais pessoas.
Na classificação dos municípios goianos por Chaveiro (2007), encontramos então
na região Sudoeste de Goiás, municípios deprimidos e municípios indomáveis: enquanto os
deprimidos, não dão oportunidades para as pessoas se desenvolverem a produção de sua
existência, favorecendo a migração; “há lugares indomáveis em que as suas condições
sociais e econômicas os transformam em centros de afluxos da população, levando-os a
uma taxa de crescimento vertiginoso, implicando, também, na sua instabilidade”
(CHAVEIRO, 2007, p. 1).
A tendência é os grandes centros urbanos atraírem mais população e, portanto,
aumentar as desigualdades; e as pequenas cidades perderem população,
transformando-se em forças de retração. Os centros urbanos que crescem
demasiadamente passam a sofrer os problemas advindos do crescimento, desde
os ambientais passando pelos estruturais, como a dificuldade na oferta de
emprego, de moradia, de transporte até os existenciais, como o medo e a
violência. Vão se tornando espaços indomáveis. E as pequenas cidades, ao
perderem a vitalidade social e econômica pelo balanço migratório negativo,
tornam-se espaços deprimidos (Chaveiro, 2010, p. 28/29).
Assim fica claro que a modernização do território não foi estendida de forma
homogênea em toda a região, ficando assim, em meio a este processo modernizante,
cidades que ainda dispõe de equipamentos urbanos simples que não atendem as demandas
de sua população. Estas áreas menos desenvolvidas continuam subordinadas no contexto
econômico, político e cultural aos municípios prósperos e com um maior índice de
desenvolvimento econômico. Ocorre, assim, uma nova configuração territorial no Sudoeste
de Goiás, com uma intensificação do uso dos recursos naturais do território, ao mesmo
tempo em que aumentou a obra dos homens, como estradas, casas, depósitos, fábricas,
cidades etc.. Segundo Santos (2004), a configuração territorial cada vez mais é resultado de
uma produção histórica.
Esta apropriação do território pelo capital cria transformações sociais, ambientais e
econômicas, de formas visíveis - mudança na configuração territorial - e de formas não
visíveis, mas que estão inseridas nas relações sociais. Esse processo todo só foi possível a
partir de uma construção de infraestruturas (fixos), para permitir a circulação (fluxos) de
produção, pessoas e informação. Considerando-se que, de acordo com Mendonça (2004), a
modernização da agricultura deve ser pensada a partir da modernização do território, então
a modernização agrícola representou também a modernização dos fixos, que em tese seria
a modernização a partir da constituição de uma rede de infraestrutura. Nesse contexto,
Matos e Pessoa (2010) destacam que a modernização do território para o capital deve ser
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constante, permitindo assim os fluxos. Porém a modernização desses territórios leva
também ao desempoderamento de alguns atores, como os trabalhadores, camponeses e
pequenos produtores.
Segundo Pedroso (2005), na região a produção de grãos se destaca em razão de ter
sofrido desde a década de 1960, “uma forte e acelerada mudança em sua base produtiva,
com o importante apoio do Estado, como provedor das políticas públicas e dos fundos
necessários para essa execução”. O POLOCENTRO2 e o PRODECER3, dois programas
governamentais, foram muito importantes para a transformação da área do cerrado e
significou melhoria de infraestrutura para a região Sudoeste de Goiás.
A região Sudoeste Goiano foi uma das doze áreas de Cerrado beneficiadas pelo
POLOCENTRO, que teve como principal objetivo o desenvolvimento e modernização das
atividades agropecuárias na região Centro-Oeste e oeste do Estado de Minas Gerais. Este
Programa foi criado dentro do II PND (Programa Nacional de Desenvolvimento) sendo
uma das causas da povoação e inserção da região Centro-Oeste no mercado nacional. Fazia
parte deste programa toda infraestrutura adequada visando o desenvolvimento do capital,
ou seja, transformar a área do cerrado, substituindo as técnicas até então existente por
novas técnicas e novos mercados econômicos. Porém este programa acentuou a
concentração fundiária, beneficiando a produção em larga escala, principalmente através
de créditos e de assistência técnica, enquanto para as pequenas propriedades praticamente
ficou sem recursos e benefícios.
As
políticas
estatais
de
modernização
do
território
impulsionaram
o
desenvolvimento do capitalismo na região do Sudoeste Goiano, condicionando o território
a uma nova dinâmica econômica de configuração socioespacial, pautado em uma
mecanização das atividades agrícolas e na concentração fundiária, corroborando com
Matos e Pessoa (2010), que afirma que a consolidação da modernização agrícola só foi
possível porque foi articulada por e com políticas públicas direcionadas para o
desenvolvimento agropecuário do país, com a implantação de infraestrutura, programas e
desenvolvimento de pesquisas.
Rio Verde, Jataí e Mineiros e a Instalação do Complexo Agroindustrial da Perdigão
2Programa
3Programa
de Desenvolvimento dos Cerrados (instituído pelo Decreto nº 75320 de 29 de janeiro de 1975)
de Cooperação Nipo-Brasileira para Desenvolvimento dos Cerrados
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Os municípios de Rio Verde, Jataí e Mineiros a partir da década de 1980, se
firmaram dentro da microrregião do Sudoeste de Goiás como um polo de produção
agropecuária através de investimentos em tecnologia. Nas últimas décadas, a
territorialização do capital tem se intensificado ainda mais com a instalação de empresas
multinacionais do ramo agroindustrial, atraídas pelos incentivos do Estado e pela
modernização constante, favorecendo o acúmulo do capital.
Nestes municípios, o território se configura cada vez mais especializado na
produção de soja, milho e cana-de-açúcar, induzindo uma infraestrutura moderna que vem
servindo de atrativo para diversas multinacionais. Essa modernização tem sido
acompanhada por um aparato produtivo, como insumos, fertilizantes, máquinas agrícolas
de modernas, intensificação do suo de máquinas, armazenamentos de grãos, tecnificação
além de apresentar também uma especialização do trabalho.
Localizados em áreas de Cerrado brasileiro, Rio Verde, Jataí e Mineiros foram
beneficiados por programas do financiados pelo governo federal e estadual que possuíam
objetivo principal a incorporação de terras com preços relativamente baixos por meio a
intensificação do uso de capital, da correção da acidez dos solos característicos das áreas
de Cerrado, da mecanização da produção agrícola, possibilitada pelo fornecimento de
créditos e implantação de infraestrutura básica. Desta forma, estes municípios se tornaram
grandes potenciais para a expansão da agricultura devido a sua localização, solo, clima e
relevo propício à mecanização e consequente introdução do pacote tecnológico da
Revolução Verde em um período que este modelo estava em grande expansão pelos países
subdesenvolvidos.
Além de ser o município com maior número de habitantes, Rio Verde tem
apresentado nas últimas décadas um contínuo crescimento econômico, sustentado
principalmente pelo desenvolvimento de sua agricultura e pela agregação de valor aos
produtos agropecuários. Entre 2000 e 2004 a arrecadação de ICMS cresceu 81,6%,
alcançando a cifra de 66,3 milhões (SEPLAN, 2005). No ano 2000, foi instalado o maior
complexo agroindustrial da América Latina, pela empresa perdigão e que transformou
definitivamente o perfil socioeconômico do município. Em termos econômicos, as
estatísticas do PIB municipal mostram um salto de R$ 642,740 milhões em 1999 para R$
1.435,3 milhões em 2002, garantindo ao município o título de 3º maior PIB goiano e
fazendo com que a renda média da população (PIB per capita) também aumentasse de
maneira admirável, variando de R$ 5.572,00 para R$ 11.557,00 nesse mesmo período
(SEPLAN, 2005).
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Com uma produção destinada principalmente a exportação, o complexo
agroindustrial acabou provocando a migração de várias pessoas de outras cidades e regiões
do país para o município de Rio Verde, causando assim uma modificação sócio espacial no
município e consequentemente no espaço urbano local. Para Queiroz e Calaça (2005, p.
01), a instalação da agroindústria Perdigão em Rio Verde “reflete os processos de
transformação territorial, social, política e econômica caracterizada pela rápida e singular
configuração territorial na apropriação e uso das áreas do Cerrado Goiano”, que ocorreu
pela incorporação de tecnologias agrícolas modernas, pelas ações do capital e do Estado
através de políticas de infraestrutura e incentivos fiscais, que contribuíram para a
territorialização de agroindústrias intensificada nos anos de 1980.
O município de Jataí, conta com uma área territorial de 7.174 km² (IBGE; 2005),
sendo seu território cortado por três importantes rodovias federais: a BR-364, a BR-060 e a
BR-158. A BR-364 é responsável pelo escoamento de sua produção de grãos aos principais
portos brasileiros, pois interliga Jataí ao Porto de São Simão da Hidrovia Tietê-Paraná.
Trata-se da única cidade do país servida por três rodovias, localizada a 323 km da capital.
Dos três municípios aqui analisados, Jataí ocupa uma posição intermediária: não tem uma
infraestrutura como a cidade de Rio Verde, mas apresenta uma estrutura melhor do que a
cidade de Mineiros. A economia de Jataí fundamenta-se principalmente na agricultura,
pecuária e agroindústria. Na agricultura se destacam a produção de milho, soja e sorgo. Na
pecuária evidenciam-se a criação de bovinos, aves e a produção de leite que está em
processo de expansão acelerada. O município é detentor da maior produtividade de grãos
por hectare/ano plantado; da maior produção de milho e o nono produtor de soja do país.
Na bovinocultura de corte e leiteira se destaca o aprimoramento genético a sua maior
expressão, sem nada a dever a outros estados nessa área (SEPLAN, 2005).
Jataí tem importantes indústrias no ramo de esmagamento e processamento de soja,
como a Louis Dreyfus Commodities, que atua no processamento de soja e comercialização
de óleo e subprodutos, a NESTLÉ com semiprocessamento de leite; Perdigão
Agroindustrial com o abate de aves, a Raízen no setor sucroalcooleiro e a Usina Eco Diesel
no esmagamento de matéria-prima como o girassol com a produção de biocombustível. O
agronegócio do município é considerado um dos mais expressivos em nível nacional. O
município de Jataí tem a sua economia estimulada também pelo rebanho bovino. Para a
SEPAN (2007), o município de Jataí ostenta o maior valor adicionado do setor
agropecuário de Goiás, R$ 437,4 milhões, participando com 5,53% do total do setor no
Estado.
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Já o Município de Mineiros possui uma população de 63.581 habitantes (IBGE,
2010) e se localiza geograficamente em uma das maiores altitudes brasileiras com uma
variação de 700 a 1100m, na Serra dos Caiapós, situado na zona do Alto Araguaia na
microrregião Sudoeste de Goiás, limitando-se com os municípios de Caiapônia, Chapadão
do Céu, Doverlândia, Jataí, Perolândia, Portelândia, Santa Rita do Araguaia e Serranópolis
em Goiás e ainda com os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Localizado a
433 km de Goiânia, com uma área de 8.896 km², em sua maioria formada por terras planas
e agriculturáveis (SILVA, 2006), Mineiros ostenta um dos maiores divisores de água da
América do Sul, no município brotam inúmeras nascentes d´água, formando importantes
rios, como o Rio Araguaia, Rio Verde, Formoso e Jacuba (SOUZA, 2007).
O município de Mineiros é caracterizado pela forte influência da agricultura
“moderna” e grandes investimentos agroindustriais e tem despertado a atenção de vários
empreendimentos no ramo de abates de animais e aves nos últimos anos. Souza (2007),
afirma que desde abril de 2006, o Marfrig Frigorífico e Comércio de Alimentos Ltda, está
presente no município, quando adquiriu o Frigoestrela. O frigorífico possui uma
capacidade de abate de 2.000 animais/dia e emprega aproximadamente 2.000
colaboradores diretos. Cerca de 70% de sua produção é destinada ao mercado externo
principalmente o Mercado Comum Europeu, o Oriente Médioe a Rússia. Um dos fatores
de atração para a instalação de grandes unidades de armazenamentos de grãos é o fato de o
município estar localizado próximo aos grandes centros produtores. As principais unidades
de armazenamentos de grãos instaladas no município são: Bunge, Comigo, Coinbra,
Gradual, Caramuru, Granol e Comiva (SILVA, 2006).
No ano de 2007, a agroindústria Perdigão, inaugurou o Complexo Agroindustrial de
Mineiros, com uma unidade com capacidade para processar 81 mil toneladas anuais de
produtos à base de carne de aves pesadas, o equivalente a 24 mil cabeças de peru e 140 mil
cabeças de frango e ave Chester por dia. Deste total, menos 80% deste volume se destinam
ao mercado externo (SEPLAN, 2009), reforçando a tese de a maior parte da produção da
empresa é destinada a exportação. Porém, a instalação da empresa representou um grande
crescimento na arrecadação.
A Perdigão tem a capacidade de mexer com toda a cadeia produtiva, visto que sua
atuação vai desde o plantio do milho e soja até o processo de produção de ração para os
animais, sua criação, abate, industrialização e depois a venda, atuando tanto no campo
quanto na cidade (SILVEIRA e BARREIRA, 2012), através do modelo de integrados, que
segundo Queiroz e Calaça (2005), surge a partir de contratos firmados entre os produtores
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e a agroindústria onde prevalecem as necessidades da empresa, que adota critérios para os
produtores.
Para maximizar os lucros e minimizar os custos, a ideologia deste novo modelo é a
eficiência em todo o processo e para isso utiliza de uma tecnologia moderna, padronização
nos processos de produção, além de parcerias firmadas com instituições de pesquisas. Este
sistema de integrados é, porém excludente, pois em sua seleção ele exclui os pequenos
produtores, substituindo os médios e grandes produtores em empresários, o que gera uma
concentração de renda e ausências de políticas compensatórias. Isso reflete de várias
maneiras: em âmbito regional, a instalação da Perdigão leva a uma transformação na
reorganização do espaço, que é composto por uma elevada produção de grãos e ainda
industrialização de carne; no âmbito econômico, aumenta a competitividade entre a
exportação de grãos e carne e; em ambiental mostra uma dificuldade no manejo dos
resíduos, odor e poluição da água, solo, causando danos a natureza (QUEIROZ E
CALAÇA, 2005).
Territorialização do Capital e a Desterritorialização Camponesa
Os pacotes tecnológicos introduzidos pela Revolução Verde possibilitaram o
processo de agroindustrialização principalmente no município de Rio Verde a partir da
década de 1980, e posteriormente nos municípios de Jataí e Mineiros, constituindo uma
complexa cadeia produtiva, e o processo de territorialização do capital nesta região através
do chamado agronegócio. Para Mendonça e Silva (2011), as áreas de chapadas no estado
de Goiás antes ocupada pelo Cerrado foram capturadas pela lógica da produção do capital.
Além do Estado, diversos agentes locais tem contribuído para o desenvolvimento
tecnológico destes municípios. Projetos de investimentos científicos e tecnológicos em
diversas culturas como soja, milho, sorgo, algodão, arroz e trigo, têm sido desenvolvidos
nestes municípios através de empresas públicas, privadas e mistas.
As políticas agrícolas materializadas nos créditos fundiários foram direcionadas a
abastecer o mercado externo, principalmente a soja e milho, estando o cultivo destas
culturas vinculado ao processo de expansão do capitalismo no campo, que trouxe a
necessidade de atender principalmente aos interesses do mercado externo por meio da
produção de matéria-prima. Assim, foram instalados modernos silos para o armazenamento
dos grãos produzidos, tanto de soja, quanto de milho e outros produtos.
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Este processo de modernização agrícola e a inserção do capital agroindustrial nestes
municípios não foram diferentes do que ocorreu em outras regiões do país, pois favoreceu
apenas uma pequena parcela de produtores, ou seja, principalmente os grandes
proprietários de terras, que tinham acesso ao crédito subsidiado e condições de implantar
técnicas modernas na produção agrícola, e que expropriou um grande número de
agricultores familiares e camponeses, que não possuíam condições suficientes para
implantar modernas técnicas em sua produção. Muitos destes pequenos proprietários
tiveram como única alternativa vender suas propriedades, ocorrendo uma maior
concentração fundiária nesta região, favorecendo o aumento populacional nas cidades e os
problemas urbanos, como desemprego.
Para Mendonça e Silva (2011), a partir da década de 1980, com o processo de
territorialização do capital via agronegócio, a forma de agricultura camponesa, que no
passado era reconhecida como atividade responsável pelo abastecimento interno da
população brasileira, é capturada e desarticulada pelo agronegócio, passando a resistir nas
franjas das chapadas e nos fundos de vales.
Este esvaziamento populacional do campo é resultado do êxodo rural causado pela
expansão da tecnologia no campo e a mecanização, que levou a concentração de terras e à
liberação da mão de obra no campo, ou seja, os benefícios advindos da mecanização da
agricultura ficaram restritos a uma reduzida parcela da população, representada pelos
produtores latifundiários, detentores de recursos disponíveis para a modernização agrícola.
De acordo com Ribeiro (2005, p. 158), neste processo existe um bônus econômico, que é
de acesso restrito:
(...) o bônus econômico, resultado da agricultura em curso na região, é privilégio
de poucos; não há correspondente social do crescimento econômico verificado,
ou seja, não há uma transferência de renda para os setores da sociedade que não
estão diretamente envolvidos com o setor agroindustrial.
Já o processo de migração rural-urbano ainda foi intensificado pela saída de
produtores que estavam empregados nas grandes propriedades e que a partir do estatuto da
terra, foram despedidos pelos grandes proprietários de terras que a partir de então passaram
e empregar em suas propriedades um tipo novo de trabalhador: os boias-frias. Para
Mendonça e Silva (2011, p. 3), “os trabalhadores da terra são expulsos da terra e se retiram
para as áreas urbanas em um processo de maior precarização da vida e das relações
sociais”.
Santos (1993, p.10), aponta que esta nova dinâmica espacial resultante da
modernização do campo, cada vez mais os trabalhadores da agricultura capitalizada vivem
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nas cidades, pois o campo brasileiro moderno repele os pobres, passando o campo a
adquirir um importante para a reprodução do capital onde passamos a ver “um campo que
acolhe o capital novo e o difunde rapidamente, com tudo o que isso acarreta, isto é, novas
formas tecnológicas, novas formas ocupacionais, rapidamente instaladas” (SANTOS,
1993, p. 40). Desta forma, o campo apresentou-se favorável á territorialização do capital,
fundamentado na modernização agrícola ocorrido na região.
Nos últimos anos, o setor sucroalcooleiro tem investido em sua expansão de
industrialização no Brasil e a os municípios de Jataí e Mineiros tem sido alvo deste setor,
que além de se beneficiar de programas do Governo, como o Programa de
Desenvolvimento Industrial de Goiás - Produzir, se beneficiou também de terras propícias
para a cultura da cana-de-açúcar, ocupando principalmente áreas de pastagens e utilizando
também do arrendamento, com preços considerados baixos em relação a outros estados do
Brasil. Desta forma, além de ser a região mais importante na produção de grãos, a
expansão do setor sucroalcooleiro, tem transformado esta, em uma das mais importantes
também neste setor.
O processo de modernização no campo, que faz parte do processo de modernização
do território, provocou grandes transformações nas relações de produção no espaço usado
do município de Rio Verde, Jataí e Mineiros. O crescimento econômico nesta região com a
instalação destes complexos agroindustriais serviu de atração para grande contingentes
populacionais, agravando assim os problemas sociais nos centros urbanos, vistos que estas
cidades não estavam preparadas com infraestruturas adequadas para receber este grande
número de imigrantes de várias regiões do país. Rio Verde é o município que mais sofreu
com este processo, tendo ocorrido na cidade um rápido “inchaço”, que provocou uma
reestruturação em seu quadro demográfico. Segundo o Censo Demográfico do ano de
2010, Rio Verde possui 176.424 habitantes, o que representa uma taxa de 51,36% se
comparado com a população do município em 2000. Isso justifica a heterogeneidade da
região no que se refere à densidade populacional, onde 75,85% da população estão
concentradas nos seis municípios considerados mais desenvolvidos economicamente.
Ao mesmo tempo em que os complexos industriais favoreceram um crescimento
econômico para esta região, causou também o aumento da ocupação das áreas inadequadas
causando empobrecimento do solo e contaminação da água além de inúmeros outros
problemas ambientais que vem se agravando nos últimos anos com o aumento da
produção. Desta forma, a modernização do território ocorrida nestes municípios, foi apenas
suficiente para a entrada e intensificação do capital, mas não suficiente para fornecer
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infraestrutura aos trabalhadores em termos de moradia, segurança, saneamento básico, etc,
sendo esta modernização apenas no âmbito das bases produtivas. A territorialização do
capital no Sudoeste de Goiás, assim como em diversas regiões do país, submeteu os
camponeses a processo de desterritorialização e conseqüentemente reterritorialização em
áreas distintas, áreas marginais de produção e em geral nas periferias dos centros urbanos.
Considerações Finais
As transformações ocorridas no cerrado brasileiro nas últimas décadas causaram
grandes mudanças sociais e ambientais, onde se destaca a perda e/ou empobrecimento do
solo, poluição de mananciais e aqüíferos por agrotóxicos, concentração de renda, e êxodo
rural, que em muitos casos está diretamente ligado com os problemas urbanos. Porém ao
mesmo tempo em que houve um crescimento econômico, através da introdução de novas
empresas multinacionais e constituição dos complexos agroindustriais, houve também o
aumento da pobreza instalada principalmente nas periferias das cidades consideradas
“prósperas” e grandes produtoras de grãos, criando ao mesmo tempo, riqueza para poucos
e gerando pobreza e misérias para muitos. A região Sudoeste Goiano acompanhando
estas transformações se tornou nos últimos anos uma das principais regiões produtivas
agropecuárias do Brasil, principalmente em razão das extensões de terras agricultáveis,
investimentos em infraestrutura e a introdução de novas tecnologias na agricultura. Este
processo de modernização agrícola gerou uma nova dinâmica espacial nestes municípios,
condicionado pela diversificação produtiva e serviços oferecidos, aumento dos fluxos de
comunicação e transporte, pelo intenso processo de êxodo rural causado pela expropriação
dos camponeses e produtores familiares, que sem condições de implantar as técnicas
modernas em sua produção, disseminadas pela Revolução Verde e consequentemente pela
modernização agrícola, foram desterritorializados e migraram-se principalmente para as
cidades ou áreas de produção marginais: bordas, vertentes, fundos de vale ou ares de solos
frágeis.
A implantação dos complexos agroindustriais em Rio Verde, Jataí e Mineiros,
provocou uma (re) organização no espaço geográfico. Estas transformações sócioespaciais, fruto da revolução verde e materializada na modernização agrícola instalada na
região, que provocou uma concentração na produção de grãos e favoreceu a instalação de
empresas vinculadas ao setor agrícola, formando assim os complexos agroindustriais.
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Este processo modernizador foi um dos principais motivos para o aumento do valor da
terra no Sudoeste Goiano. A atividade agroindustrial também foi responsável pela
valorização das terras no Sudoeste Goiano, o que representou mais um fator de exclusão
para agricultores descapitalizados. Este aumento no valor da terra, juntamente com a
incapacidade dos produtores familiares e camponeses de aderir ao pacote da Revolução
Verde, levou também a expropriação de produtores camponeses que foram “empurrados”
para áreas marginais. Desta forma, a modernização agrícola como expansão capitalista no
campo se intensificou desterritorializando o camponês e o seu modo de produção causando
uma reorganização do espaço rural e urbano.
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