Harvey

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Cap 7
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O Fordismo é um modo de vida total e não apenas um sistema econômico. Do ponto de vista de
Weber e Marx o Fordismo é capitalismo. Para Harvey é uma fase do capitalismo.
As diferentes fases do capitalismo são definidas dos diferentes regimes de acumulação e modo de
regulamentação.
Regime de acumulação: è a procura por equilíbrio, coerência entre os investimentos para o
crescimento do consumo e das forças produtivas. Sem isso ocorrem crises no capitalismo. O
capitalismo se transforma, pois é dinâmico. Essas transformações levam a novos regimes de
acumulação e modos de regulamentação.
Modo de regulamentação: É uma moldagem para manter o regime de acumulação. Isso é feito por
leis, normas, costumes, valores, intervenções do estado, educação social, publicidade e etc.
(Parágrafo 2)
Para um regime crie coerência é necessário que se supere 2 dificuldades: (Parágrafo 4)
o Dificuldade de ajustar a produção à demanda. (Parágrafo 5 e 6)
o Como manter a disciplina dos trabalhadores e manter os rendimentos. (Parágrafos 6 e 7)
(Parágrafo 8)  Introdução da idéia do Cap 8
Cap 8
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1 – Implementação das novas tecnologias criadas pelo Fordismo, como a linha de montagem.
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2 – Apresentações da idéia de Ford de que a produção em massa significava a necessidade da
implementação de um consumo em massa, com uma política de controle e gerência do trabalho e
com um novo tipo de sociedade (Modo de vida total e não apenas um sistema econômico).
Demonstração da tentativa de Ford de por em prática o aumento dos salários e a “educação” dos
trabalhadores (modificação da sociedade). (Ver Pag 131)
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3 – Ocorreram duas dificuldades para a prática do Fordismo:
o A dificuldade de introduzir o consumo em massa: Foi necessária a intervenção do Estado
para chegar a esse consumo em massa (Isso vai se resolver apenas em 45, com o
keynesianismo e o plano de Roosevelt), superando assim a dificuldade de ajuste e demanda.
Essa intervenção do estado foi dificultada devido ao medo de uma intervenção do estado no
modo fascista, comunista e nazista. (Parágrafo 3)
o A forma de trabalho degradante, onde o operário não tem poder sobre nada que faz. Isso
levava a mão de obra imigrante e grande rotatividade. Esse problema só foi resolvido com a
guerra, pois os trabalhadores passam a se esforçar para vencer o inimigo. (Parágrafos 1 e 2)
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4 – Maturidade como regime de acumulação plenamente acabado e distintivo em 1945 e suas
conseqüências.
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5 – O tripé do sistema econômico Fordista:
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O Estado deveria garantir a demanda através da utilização dos impostos e investimentos em
infra-estrutura, o que leva ao aumento do emprego e a um Estado de bem estar social que
simplifica o crescimento da demanda.
As grandes corporações têm o papel de gerar o aumento da produtividade e do crescimento
econômico, para elevar cada vez mais os salários e baixar os preços dos produtos, levando
assim a um aumento dos impostos.
Os trabalhadores organizados (sindicatos) devem cooperar com os princípios fordistas em
troca de aumento de salário e + direito sociais gerados pelo Estado.
6 – Problemas e crises do Fordismo
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Introdução ao Cap 9
Cap 9
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6 – Continuação
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Novos movimentos sociais estouram no auge do fordismo devido a um aumento do salário
real dos trabalhadores sindicalizados. Esses sindicatos lideravam os homens brancos,
heterossexuais e adultos. Para defender seus interesses eles excluíam mulheres, negros,
imigrantes, outras etnias, homossexuais, que em combate a essa repressão realizam esses
novos movimentos sociais.
Esses excluídos ficavam sem o acesso ao que os sindicalizados tinham as vantagens do
capitalismo e da sociedade de consumo. Elas não conseguiam salários tão altos como os dos
sindicalizados e, portanto não chegavam a obter os benefícios do fordismo.
Os novos movimentos sociais não são apenas de maiorias. Ocorre também uma rebelião dos
estudantes e dos trabalhadores sindicalizados. Não têm a mesma explicação essas
revoluções. Eles ocorrem devido à luta dos estudantes contra forma burocrática de
organização e a autoridade dos serviços públicos, e os trabalhadores reclamavam por
estarem presos pelo poder disciplinar (estudantes também levam isso em conta em suas
críticas).
Todos estes movimentos lutavam contra a forma de controle social. Essa é a primeira crise
do fordismo. (Pag 132, 133 e 134)
Uma segunda crise ocorreu com a crise da demanda, devido ao fim da reconstrução do pósguerra, a consolidação do fordismo (produção) do Japão e na Europa ocidental, política de
substituição das importações (aumento da concorrência). Isso leva a uma saturação do
mercado.
Isso quebra com o tripé do fordismo, pois o estado não consegue garantir a demanda. Isso
leva a diminuição dos investimentos em longo prazo das corporações, e os trabalhadores
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7 - Acumulação Flexível (Pag 140, 141 e 143)
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lutam contra o controle social. Eles percebem que se tentarem manter seus papeis do tripé
não vai levar ao crescimento econômico. Esses problemas levam a uma inflação crescente na
sociedade, e a crise de superprodução. (questão da rigidez)(Pag 135 e 136)
Essa crise leva a renovação do capitalismo, que cria diferentes modos de controle social. Isso
ocorre através de algumas idéias da própria contra cultura, criando um novo regime de
acumulação. (Pag 135, 136 e 137)
Com a crise, a rigidez é quebrada e aparece a acumulação flexível. O estado tem a
preocupação com o equilíbrio das contas e não com o crescimento econômico. O estado
corta os gastos com o bem-estar-social. Fim do motor da economia e do papel keynesiano.
Isso cria um mercado de competição entre as pessoas, onde o estado pratica apenas o fator
regulador. O próprio estado passa a agir como uma empresa, competindo contra elas e
contras outros estados.
8 - Flexibilização dos papeis
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8.1 - Trabalhadores (Pag 143 e 144)
 Eles são os que perdem mais. Os patrões percebem que o aumento de salário não
esta aumentando a produção e a satisfação dos funcionários e por isso eles passam
a realizar uma automação e uma mudança organizacional, que levam a novas formas
de controle e a diminuição dos custos do trabalho.
 As mudanças levam ao desemprego estrutural e a uma diminuição do poder dos
sindicatos. Os patrões se aproveitam disso e criam novos contratos sociais, a
precarização do trabalho e a flexibilidade dos trabalhadores.
 Isso leva ao surgimento de três tipos de trabalhadores:
 Trabalhadores centrais
 Trabalhadores fixos
 Trabalhadores temporários
 Ocorre uma democratização, pois muitos funcionários padrões (homem branco
adulto) saíram de um pleno emprego para uma condição precarizada.
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8.2 - Corporações (Pag 145, 146, 148, 149, 150, 151 e 152)
 Ocorre a terceirização de processos antes feitos dentro da empresa. Isso leva a
criação de pequenas empresas familiares, onde o proprietário cria relações pessoais
com os funcionários. Essa situação gera uma mistura entre as relações pessoais e a
relação de capital, dificultando a unidade dos trabalhadores. Outro problema é que
a subcontratação acaba minando a organização da classe trabalhadora, pois os
funcionários não trabalham para a empresa que os explora, não podendo assim
reclamar.
 As empresas diminuíram os investimentos (devido a não garantia de demanda pelo
estado) e os custos através da reengenharia e da automação (isso leva a demições).
Após isso, as empresas passam a produzir em pequenos lotes, para se adaptar ao
mercado, e também a focar a produção no cliente (parte do cliente para fazer a
produção), levando a uma relação de longo prazo. Isso faz a empresa necessitar ser
mais flexível. A subcontratação é uma das mudanças que permite essa flexibilização.
 As vantagens das grandes empresas e a coordenação desse novo sistema são
mantidas devido ao acesso privilegiado as informações das grandes empresas e ao
mercado financeiro, que integram e desregulamentavam os mercados globais. Isso
permitiu o surgimento de grandes investidores e dos pequenos investidores.
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8.3 - Estado (Pag 157, 158 e 159)
 O Estado passa a perder o controle sobre o capital financeiro e acaba ficando
submetido a ele, pois ele precisa atrair esse capital para conseguir crescimento
econômico. Para isso, o Estado baixa os impostos, precariza o trabalho e o bem estar
social.
 O Estado passa a ser neoliberal. Ele passa a ser um regulador do mercado (regula a
competição entre as pessoas), chegando até a realizar intervenções em épocas de
crise.
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