Situação epidemiológica da LV no Brasil e Fluxograma para manejo de pacientes com LV Lourdes Amélia de Oliveira Martins GT-Leishmanioses / UVTV / CGDT / DEVIT Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde [email protected] 30 de setembro de 2015 Situação Epidemiológica da LV no Brasil Casos de leishmaniose visceral no Brasil, 1980 a 2014 3.453 casos Fonte: SVS/MS. Casos de leishmaniose visceral por regiões brasileiras, 2005 a 2014 58,6% NE Fonte: SVS/MS. Casos de leishmaniose visceral por UF, Brasil, 2003 a 2013 2012-2013 2009-2011 2006-2008 2003-2005 Fonte: SVS/MS. Casos de LV por UF de infecção, Brasil, 2012 e 2013 2012 Fonte: SVS/MS. 2013 Casos de LV, segundo faixa etária, Brasil, 2014 42,6% Fonte: SVS/MS. Casos de leishmaniose visceral segundo sexo e faixa etária, Brasil, 2005 a 2014 64,9% Fonte: SVS/MS. Casos de coinfecção LV/HIV segundo sexo e faixa etária, Brasil, 2005 a 2014 Fonte: SVS/MS. Casos e percentual de coinfecção LV e HIV por local de residência, Brasil, 2001 a 2014 6,8 % LV/HIV Fonte: SVS/MS. Número de casos de coinfecção LV/HIV por Região, Brasil, 2005 a 2014 Fonte: SVS/MS. Taxa de Letalidade por LV, Brasil, 2005 a 2014 Fonte: SVS/MS. Letalidade por LV • 1994: 3,4% • 2003: 6,7% Mato Grosso – 10% Belo Horizonte – 22% • 2014: 6,9% • Óbitos podem está relacionados a: –Diagnóstico tardio ( frequente em focos recentes) –Comorbidades –Complicações: infecções e fenômenos hemorrágicos detecção precoce de condições de risco - mortalidade Óbitos e letalidade por faixa etária, Brasil, 2005 a 2014 Fonte: SVS/MS. Sinais e sintomas clínicos da leishmaniose visceral Síndrome Clínica • Febre • Esplenomegalia com ou sem • Hepatomegalia •Sinais de anemia •(pancitopenia) LV - Quadro clínico FORMAS de APRESENTAÇÃO • Aguda, grave, rapidamente evolutiva: baço pouco aumentado • Evolução lenta e caráter insidioso: esplenomegalias mais exuberantes, comprometimento grave do estado geral Todo paciente com Hepato e/ou esplenomegalia febril pode ter leishmaniose visceral Espectro clínico da LV • Infecção (assintomático) • Doença: – Período inicial – Período de estado – Período final Fonte: Manual de Vigilância e Controle da LV, 2006 (SVS/MS) Espectro clínico da LV • INFECÇÃO (assintomático) Não indicado tratamento Fonte: Manual de Vigilância e Controle da LV, 2006 (SVS/MS) e Dra Marcia Hueb (UFMT) Espectro clínico da LV • DOENÇA: Período inicial Fonte: Manual de Vigilância e Controle da LV, 2006 (SVS/MS) e Dra Marcia Hueb (UFMT) Período Inicial Fonte: Manual de Vigilância e Controle da LV, 2006 (SVS/MS) e Dra Marcia Hueb (UFMT) Espectro clínico da LV • DOENÇA: Período de estado Fonte: Manual de Vigilância e Controle da LV, 2006 (SVS/MS) e Dra Marcia Hueb (UFMT) Período de Estado Fonte: Manual de Vigilância e Controle da LV, 2006 (SVS/MS) e Dra Marcia Hueb (UFMT) Espectro clínico da LV • DOENÇA: Período final Complicações – infecções, sangramentos, disfunção de outros órgãos Fonte: Manual de Vigilância e Controle da LV, 2006 (SVS/MS) e Dra Marcia Hueb (UFMT) A avaliação inicial do paciente com diagnóstico suspeito ou confirmado de LV deverá ser direcionado à identificação dos casos com maior risco de evoluir para óbito. Fatores prognósticos •Estudos sobre sinais e sintomas Evolução desfavorável •Fatores associados à resposta desfavorável ao Sbv Seaman, 1996; Collin, 2004 (Sudão): < 2 e > 45 anos; os listados + grande esplenomegalia e sangramentos Werneck, 2003: anemia , febre> 60 dias, diarréia, icterícia Santos, 2002: também < 1 ano de idade, co-morbidades e infecções Costa, 2007: <1 ano e > 40 anos, dispneia, icterícia, reação neutrofílica, plaquetopenia, infecções, hemotransfusões Fonte: Dra Marcia Hueb (UFMT) sangramentos, HIV/aids, sepse e Leishmaniose Visceral Grave • Primeiro manual Objetivo: identificar os pacientes com maior probabilidade de evoluir para gravidade, ou que já apresentavam sinais de gravidade, e orientar medidas terapêuticas mais eficazes • ALERTA E GRAVIDADE Leishmaniose visceral: Recomendações clínicas para redução de letalidade MANUAL ATUAL • Principal objetivo: redução da letalidade por meio do diagnóstico e do tratamento eficazes e oportunos • ESCORES Home page: www.saude.gov.br/svs Critérios de indicação da anfotericina B lipossomal para pacientes com leishmaniose visceral Fonte: SVS/MS. Diagnóstico laboratorial para leishmaniose visceral Diagnóstico laboratorial • Sorológico – RIFI – IT LEISH • Parasitológico • Molecular (PCR) (Sem técnica padronizada no Brasil) LV - Critérios de Cura • Essencialmente clínicos: – Melhora do apetite e do estado geral – Desaparecimento da febre – Redução da hepatoesplenomegalia Fluxograma e protocolo de tratamento para pacientes com leishmaniose visceral Em formação... Fonte: SVS/MS. Em formação... NÃO It Leish Fonte: SVS/MS. Em formação... Fonte: SVS/MS. Em formação... SIM It Leish Fonte: SVS/MS. Em formação... • Resposta favorável ao tratamento: Melhora do estado geral, desaparecimento da febre (1° semana) Melhora dos parâmetros hematológicos (2° semana) Redução do volume do baço e fígado • Seguimento pós tratamento: Acompanhamento durante 6 meses No 1° mês, semanalmente Posteriormente, consulta agendada no 2°, 3° e 6° mês. Pode ocorrer em nível ambulatorial Fonte: SVS/MS. Critérios de indicação da anfotericina B lipossomal para pacientes com leishmaniose visceral * * Fonte: SVS/MS. Opções para tratamento da leishmaniose visceral em pacientes coinfectados pelo HIV Opções para profilaxia secundária em pacientes com leishmaniose visceral coinfectados pelo HIV Com base em evidências científicas e na experiência de experts, recomenda-se a profilaxia secundária para todos os pacientes com menos de 350 linfócitos T CD4/mm3, usando-se um dos seguintes esquemas, a cada duas semanas (intervalo mais estudado) ou a cada 4 semanas: • Anfotericina B lipossomal 3 a 5 mg/kg; • Antimoniato de N-metil glucamina 20mg de Sbv/Kg (máximo 3 ampolas); • Isotionato de pentamidina 4mg/kg do sal; • Desoxicolato de anfotericina B 1 mg/Kg (máximo de 50mg). Fonte: SVS/MS. Desafios para LV – Desconhecimento claro dos fatores de risco para predição da ocorrência de casos humanos. – Alta letalidade de LV em alguns municípios. – Diagnóstico tardio para LV. – Arsenal limitado de drogas atualmente disponíveis – Toxicidade dos medicamentos – Falta de evidências científicas quanto ao protocolo de tratamento e de profilaxia secundária ideal para os pacientes com LV coinfectados pelo HIV. Perspectivas para LV – Finalização da revisão do Manual de Vigilância e Controle da LV (definição de indicadores de áreas prioritárias em nível municipal) e do Manual LV: recomendações clínicas para redução da letalidade – Implantação do IT LEISH em todo o país. – Realização do inquérito de óbitos por LV (ficha de investigação de óbito revisada). – Fortalecimento da integração entre vigilância e assistência. – Realização das análises das principais causas de óbitos em pacientes com LV a partir do relacionamento das bases de dados do Sinan com o SIM. – Realização de um estudo multicêntrico para o tratamento de pacientes com LV coinfectados pelo HIV utilizando anfotericina B lipossomal. – Padronização e validação do protocolo de PCR para diagnóstico da LV humana e canina. Manuais sobre tratamento da LV Curso EAD LV (Parceria com OPAS/OMS) Link: http://157.86.152.51/ Fonte: SVS/MS. • Manual de recomendações para diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com a coinfecção Leishmania-HIV: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_rec omendacoes_diagnostico_leishmania_hiv.pdf • Manual LV: recomendações clínicas para redução da letalidade: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/leishmanios e_visceral_reducao_letalidade.pdf PUBLICAÇÕES SVS Obrigada!! GT-Leishmanioses: Francisco Edilson Lourdes Martins Lucas Donato Márcia Sousa Rafaella Albuquerque