superação - Home Doctor

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HD news
REVISTA
nº19 • Agosto 2015
superação
Histórias de pessoas que
transformaram os desafios
em oportunidades
página 18
obesidade
Confira
a versão
digital
De acordo com dados de uma recente pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde,
52,5% dos brasileiros apresentam sobrepeso e 17,9% são considerados obesos.
Alimentação inadequada e sedentarismo são os grandes vilões do problema
www.homedoctor.com.br
06
Foto: Divulgação
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índice
10
Muhm,
de Porto
Alegre
MATÉRIA DE CAPA
TURISMO
OBESIDADE | 06
Alimentação inadequada e sedentarismo são os grandes vilões da obesidade, que atinge aproximadamente
18% da população brasileira
SAÚDE
MUSEUS DE MEDICINA | 10
Um roteiro fora do convencional por museus de medicina do Brasil e do mundo
SUPERAÇÃO
Bruno Landgraf | 16
MITOS DO ENVELHECIMENTO | 18
O que é verdade, o que é mito, o que pode ser feito
e o que deve ser evitado para se ter qualidade de vida
na terceira idade
Ex-goleiro do São Paulo que ficou tetraplégico e foi paciente da Home Doctor
é, hoje, promessa de medalha nos jogos
paralímpicos de 2016
expediente
Home Doctor News é uma publicação trimestral da Home Doctor
Rua Capitão Francisco Teixeira Nogueira, 154 - Água Branca - São Paulo/SP - CEP 05037-030
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2
Editora Conteúdo
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Arte: Francisco Yukio Porrino
Reportagem:
Abgail Cardoso • [email protected]
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Tiragem: 4.000 exemplares
Revisão: Gabriela Artemis
revista HDNews • agosto 2015
carta ao leitor
Foto: Ricardo Benichio
Agosto/2015 Edição 19
Dr. Emilio De Fina Jr.
Sócio-Diretor da Home Doctor
A
Mercado em expansão
no a ano, os serviços de Atenção Domiciliar vêm
ganhando o reconhecimento dos pacientes, dos
médicos e do mercado. Com benefícios para todas as partes envolvidas, o atendimento domiciliar proporciona conforto e segurança para as pessoas
com problemas de saúde – evitando, por exemplo, as
temidas infecções. Ao mesmo tempo, representa uma
solução para a falta de leitos nos hospitais, a um custo
significativamente menor.
Em um mercado que vem se expandindo a taxas
de 3% a 5% ao ano, a Home Doctor se consolida como
uma empresa com larga experiência, alicerçada numa
atuação de 21 anos. Contamos com 2.500 profissionais capacitados, equipamentos de ponta e um processo logístico que nos permite oferecer aos pacientes
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todos os recursos necessários para o seu atendimento.
Defendemos, porém, uma regulamentação para todas
essas atividades, com regras claras que definam responsabilidades e proporcionem a todas as pessoas o
acesso a um atendimento humano, de qualidade.
Para você, que acompanha o nosso trabalho, trazemos nesta edição informações sobre a atuação da
empresa, notícias de nossos parceiros, além de reportagens de interesse geral, tanto em temas relacionados com saúde – como é o caso da obesidade e do
envelhecimento da população – quanto na área de
turismo, com indicações de museus que fogem dos
roteiros tradicionais de viagens. Esperamos que esta
edição seja para você uma companhia agradável.
Boa leitura!
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Foto: Divulgação
HDNEWS | notas
da revista HD News, listamos alguns lugares considerados
pequenos oásis de relaxamento, onde é possível fugir do
barulho das buzinas e aliviar o estresse do dia a dia.
Jardim Botânico: estufas, lagos, trilhas e jardins em meio
a uma vegetação remanescente da Mata Atlântica fazem
desse lugar uma excelente opção de passeio. Av. Miguel
Stéfano, 3.031. Tel.: 11 5067-6000.
Praça do Pôr do Sol: os visitantes podem apreciar uma
das mais belas vistas do pôr do sol da cidade, no bairro de
Pinheiros. Rua Desembargador Ferreira França, S/Nº.
Mudança
climática
Mais uma descoberta dos danos
causados pelo aquecimento global.
Informações de um artigo publicado
pela revista científica Science alertam que abelhas do gênero Bombus,
presentes no mundo inteiro, estão
sumindo em várias regiões. “É a mudança climática global que contribui
consistentemente para a redução
cumulativa da área ocupada pelas
abelhas”, concluem os autores do
estudo. Alana Pindar, pesquisadora
da Universidade de Ottawa (Canadá),
que participou da descoberta, afirma
que existe uma razão prática para se
preocupar. “Com menos polinização,
as colheitas são afetadas, deixando
alimentos mais caros e mais difíceis
de cultivar”, destaca.
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revista HDNews • agosto 2015
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Correria, trânsito, barulho, péssima qualidade do ar, asfalto por todos os lados e cor predominantemente cinza no horizonte. São Paulo é uma cidade apaixonante, com milhares de
opções de entretenimento, mas também um lugar com poucos
espaços de convivência, calmos e tranquilos. Nessa edição
Parque do Pico do Jaraguá: trilha com 1.450 metros de
extensão cercada de vegetação para ver uma das mais belas vistas da cidade. Rua Antônio Cardoso Nogueira, 539.
Ajuda de peso
Um jogo on-line desenvolvido por psicólogos das universidades britânicas de Exeter e Cardiff pode ajudar as pessoas a perder
peso, diminuindo a vontade de “beliscar” ao longo do dia. O game
usa técnicas de treinamento de cérebro para mudar o comportamento das pessoas, pedindo que elas evitem apertar uma tecla
quando uma comida não saudável aparece na tela. Segundo os
pesquisadores, esse treinamento ajuda a associar comidas não
saudáveis com o “parar de comê-las”. Realizado com 41 adultos,
o estudo mostra que os participantes perderam cerca de 0,7 kg e
consumiram aproximadamente 220 calorias a menos ao dia, durante a semana de treinamento. Os diários alimentares nos seis meses
seguintes sugerem que o grupo manteve os hábitos de alimentação
mais bem apreendidos com o jogo.
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Tempo para relaxar
Mosteiro de São Bento: paz e tranquilidade no coração
de São Paulo. Aos domingos de manhã, as missas são celebradas ao som de cantos gregorianos ritmados por um
imponente órgão alemão de 1954. Largo São Bento, S/Nº.
Tel.: 11 3328-8799.
Apetite saudável
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Universidades de Portugal, da Grécia e da Grã-Bretanha
se uniram para realizar um teste sobre como introduzir legumes
e verduras na alimentação das crianças. Publicado pelo British
Journal of Nutrition, o estudo An exploratory trial of parental
advice for increasing vegetable acceptance in infancy (em português, Um teste de recomendações aos pais para aumentar a
aceitação de vegetais na infância) envolveu 139 famílias.
De acordo com os pesquisadores, evidências sugerem
que introduzir legumes e verduras nas duas primeiras semanas em que a criança começa a receber alimentos além do
leite materno é fundamental para que ela passe a gostar dos
novos sabores. Adultos, conforme o estudo, podem demorar
até 14 vezes mais.
FONTE DA JUVENTUDE
Uma pesquisa publicada no jornal The North American
Menopause Society revela: avós que cuidam dos netos uma
vez por semana são mais ativas mentalmente. O efeito benéfico é observado especialmente após a menopausa. Foram
aplicados três testes diferentes de avaliação de capacidade
mental para 186 mulheres australianas, com 57 ou 58 anos.
Das 120 que eram avós, aquelas que passaram um dia por
semana cuidando dos netos tiveram o melhor desempenho.
Mas, ao contrário, ficar tempo demais com as crianças pode
até ser prejudicial. As que cuidavam dos netos cinco ou mais
dias por semana foram significativamente pior nos testes de
memória e velocidade de processamento piores.
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Se você fica arrumando mil motivos para fugir da atividade física, poderá ficar inspirado com a história do médico
Drauzio Varella, que lançou em maio seu 13o livro: Correr – O
exercício, a cidade e o desafio da maratona. Na obra, Varella,
hoje com 72 anos, relata sua experiência. Médico, voluntário
numa prisão, autor de diversos best-sellers, pesquisador do
uso medicinal de plantas amazônicas e colunista de jornal,
Drauzio só começou a correr aos 50 anos. O empurrão veio
de um colega de escola. Encontraram-se ocasionalmente e o
médico ouviu o seguinte comentário: “Ano que vem, 50 anos,
idade em que começa a decadência do homem”. Ex-fumante
que havia deixado o cigarro há 13 anos, ele definiu um desafio pessoal: preparar-se para a Maratona de Nova York. Desde
então, acumulou 20 competições no currículo (oito de Nova
York e duas de Boston).
No livro, ele conta como foram esses primeiros 42 km,
compartilha as dificuldades que enfrentou para deixar o sedentarismo e ter a disciplina para acordar às 5h30 para treinar. O
livro foi publicado pela Companhia das Letras, tem 208 páginas e custa R$ 29,90 (impresso) e R$ 19,90 (e-book).
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Experiência
inspiradora
Prevenção de câncer
A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço
promoveu o mês de prevenção do câncer de cabeça e pescoço, com a campanha Julho Verde. O objetivo é chamar a atenção para o assunto e incentivar o combate ao tabagismo e ao
consumo excessivo de bebidas alcoólica, que estão entre as
causas do problema. Os principais tipos de câncer de cabeça
e pescoço são o de boca, faringe, laringe e tireoide (com mais
predominância entre as mulheres). Se diagnosticados em fase
inicial, os pacientes têm 90% de chances de cura.
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HDNEWS | Matéria de capa
Sem peso na
Por Abgail Cardoso
consciência
De acordo com
dados de uma
pesquisa do
Ministério da Saúde,
52,5% dos brasileiros
apresentam
sobrepeso e 17,9%
são considerados
obesos. Alimentação
inadequada e
sedentarismo são os
grandes vilões
do problema
S
edentarismo, consumo excessivo de álcool, alimentação fora de casa e, principalmente, aumento
da ingestão de fast-food, de alimentos industrializados e ultraprocessados, como congelados, refrigerantes, salgadinhos e biscoitos. A soma desses e de
outros maus hábitos não poderia dar em outra coisa
senão uma população cada vez mais acima do peso. De
acordo com os resultados de uma pesquisa divulgada
em abril pela Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco
e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, os brasileiros estão
engordando a cada ano. Menos de 5% da população
tem déficit de peso, o que é bom. Porém, mais da metade têm sobrepeso (52,5%), crescimento de quase 10
pontos percentuais desde 2006 (primeiro ano da pes-
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revista HDNews • agosto 2015
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quisa), quando o índice estava em 42,6%, e
de quase 2 pontos em relação a 2013, que
registrou 50,8%.
A pesquisa 2014 Vigitel apontou ainda
que, entre os que estão acima do peso, 17,9%
têm IMC (índice de massa corpórea) igual ou
maior que 30, ou seja, estão obesos. Esse indicador se manteve praticamente estável em
relação a 2013 (17,5%), mas subiu 6,1 pontos
nos últimos oito anos. O estudo realizado
anualmente pelo Ministério da Saúde desde
2006 inclui informações de 41 mil entrevistas feitas em 26 capitais e no Distrito Federal,
e traça um panorama da saúde do brasileiro com base em perguntas sobre hábitos da
população em relação a fumo, consumo de
bebidas alcoólicas, alimentação e prática de
atividades físicas. Entre os índices positivos,
revelou aumento de exercícios físicos regulares (de 29,9% em 2009 para 35,3%) e queda
de 31% para 25,4% do hábito de ver televisão
por mais de três horas diárias.
O avanço da obesidade no Brasil é ainda
mais impactante se compararmos com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 1974. Naquele ano, 28,7%
das mulheres e 18,5% dos homens brasileiros
estavam com excesso de peso. A proporção
de obesos era de 8% das mulheres e 2,8% dos
homens. “O excesso de peso e a obesidade
aumentam as chances de uma série de problemas, como diabetes, hipertensão arterial,
colesterol alto e acidente vascular cerebral”,
avisa o endocrinologista Francisco Tostes,
da Clínica Santa Helena, no Rio de Janeiro.
Segundo o especialista, a evolução da sociedade, que passa um tempo maior na prática
de jogos eletrônicos em detrimento de atividades ao ar livre e pelo aumento no consumo
de produtos industrializados e redução de
frutas e verduras, indica um futuro preocupante. “A tendência é que tenhamos, nas próximas gerações, adultos jovens com doenças
que eram mais comumente vistas a partir da
quinta década de vida”, projeta.
Orientação profissional
Segundo o Ministério da Saúde, o desafio de países desenvolvidos é não migrar da
desnutrição para o excesso de peso. O percentual de crianças entre 5 e 9 anos de idade
com sobrepeso está em 33,5% no país. Entre
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HDNEWS | Matéria de capa
Com taxa bastante inferior em obesidade (IMC maior
que 30), o Brasil é o terceiro entre os integrantes do Brics
(países emergentes considerados subdesenvolvidos). A
África do Sul (65,4%) e Rússia (59,8%). Em relação aos
vizinhos da América do Sul, a taxa de obesidade no Brasil
se mostra a menor: Chile tem índice de 25,1%, Paraguai
22,8%, Argentina 20,5% e Uruguai, 19,9%.
Confira abaixo:
homens
mulheres
total em (%)
Adultos com excesso de peso (imc acima de 25)
Foto: Divulgação
Aumento da
obesidade
os adolescentes, o índice é de 20,5%. Caracterizada por
um estado inflamatório que desencadeia alterações metabólicas que aumentam os riscos de problemas do coração, derrame, doenças da circulação, colesterol alto,
diabetes e alguns tipos de câncer, a obesidade é considerada uma doença. “Certamente, há uma influência
genética, mas a alimentação ruim e o sedentarismo são
as principais causas, podendo levar a problemas articulares e transtornos psicossociais”, afirma Tostes.
Para reverter esse quadro, além de hábitos saudáveis
e exercícios, o paciente pode precisar de suporte medicamentoso. “A prescrição de remédios é de responsabilidade médica, que deve avaliar individualmente se há indicação. O uso de substâncias sem supervisão pode causar
danos à saúde do indivíduo, como hipertensão, arritmias,
dentre outros”, alerta o endocrinologista. Segundo ele,
dietas milagrosas não são sustentáveis e podem ser perigosas. “O correto é procurar orientação profissional para
que se faça reeducação alimentar.” Uma equipe multidisciplinar oferecerá ao paciente maior segurança e eficácia.
Muitas vezes, psicólogos/psiquiatras e educadores físicos
também podem compor a equipe.
Há casos, porém, que precisam de uma intervenção,
a cirurgia bariátrica, que passou a ser reconhecida pelo
Conselho Federal de Medicina como uma especialidade. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariá-
56,5
52,5
49,1
20
0
6
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
47
43
39
Panorama
nos Brics
Rússia
África do Sul
65,4%
China
59,8%
BRASIL
17,9%
25%
Índia
11%
fonte: Vigitel
infográfico atualizado em 15/04/2015
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revista HDNews • agosto 2015
Tostes, da Clínica Santa Helena: " dietas
milagrosas não são sustentáveis"
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Lara, da Clínica DietNet:
"alimentação equilibrada garante
saúde e metabolismo adequado"
trica e Metabólica, o Brasil é o segundo país no mundo que mais
realiza esse procedimento, atrás apenas dos Estados Unidos. Em
2014, foram feitos 88 mil procedimentos, 80 mil em 2013 e 72 mil
em 2012. Apenas 10% são realizados via SUS. No país, a maioria
dos pacientes é operada por laparoscopia, principalmente nas
cirurgias realizadas dentro dos padrões da Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS).
Problemas emocionais
Para a nutricionista e coach de bem-estar Lara Natacci, da clínica DietNet Assessoria e Consultoria em Nutrição, além de fazer
refeições equilibradas e praticar exercícios, para não engordar é
fundamental melhorar a relação com a comida. É preciso diferenciar a fome emocional da fome fisiológica. Só assim, vamos
ter sucesso na hora de perder peso”, afirma. Em geral, comemos
quando sentimos fome. Mas para algumas pessoas comer é uma
resposta a uma emoção, como ansiedade, tristeza, estresse, raiva,
culpa. Segundo a nutricionista, é muito comum as pessoas associarem comida a um alívio imediato para problemas emocionais.
O pior é que esses sentimentos não melhoram depois da comida. “Aí vêm a frustração e a sensação de fracasso. Será preciso
muito mais do que força de vontade para mudar essa ‘programação’ do cérebro. É necessário buscar orientação psicológica para
mudar o comportamento compulsivo e também um acompanhamento nutricional e atividades físicas”, afirma. Lara explica que
defendeu uma dissertação nessa área, mostrando que ansiedade
e estresse são fatores importantes para desencadear o descontrole alimentar e a maior ingestão de carboidratos, laticínios e gorduras. Fazer uma lista com atividades a serem realizadas quando
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Mudança
de hábito
Preocupada com o aumento do sobrepeso e da obesidade e suas consequências,
a Home Doctor criou um Programa de Emagrecimento, em parceria com a FisioQuality
Saúde, para pacientes com sobrepeso ou
obesos com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Os pacientes recebem
acompanhamento domiciliar para auxiliar no
controle do peso e incentivar hábitos saudáveis na dieta, nas atividades físicas, no autocuidado e na maneira de lidar com os fatores
psicológicos da vida moderna, como estresse
e ansiedade. São intervenções presenciais e
telefônicas de uma equipe multiprofissional
formada por enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta e psicólogo.
A proposta é monitorar os participantes
e estimular uma mudança de hábitos para
emagrecimento e melhora da qualidade de
vida. Os pacientes obtêm muito sucesso em
redução do risco cardíaco, mensurado pela
circunferência abdominal e diminuição do
IMC, além de uma redução significativa de
peso. E o mais importante: 100% dos participantes deixam a vida sedentária.
surgir a vontade de atacar a geladeira é uma
estratégia simples e eficiente para driblar o
círculo vicioso comer-prazer-emoção negativa-comer. “Caso sinta-se sozinho, ligue para
um amigo ou vá visitá-lo. Ouça uma música,
dê uma volta, brinque com uma criança ou
animal de estimação, leia um livro ou tome
um banho”, sugere. Cada pessoa deve encontrar algo prazeroso para fazer. Se a necessidade não for orgânica, a fome vai passar.
De acordo com a nutricionista, a boa
saúde começa no prato. “Alimentação equilibrada garante saúde e um metabolismo
adequado. Por isso, é muito importante
montar refeições e lanches balanceados”,
alerta Lara, que afirma não existir alimento proibido. “Se não, vira objeto de desejo.
Podemos reservar uma ou duas refeições da
semana para comer algo de que gostamos,
como pizza, churrasco. O importante é não
exagerar e não fazer disso um hábito.”
9
HDNEWS | Turismo
Roteiro de
descobertas
Por Inês Caravaggi
No Brasil e no mundo, museus
de medicina e Ciência expõem a
história de pessoas, técnicas e
equipamentos utilizados para
diferentes tratamentos de
saúde ao longo dos séculos
N
em só de artes plásticas ou de antiguidades históricas se resumem os museus em funcionamento no
Brasil e no mundo. Em meio a milhares de acervos referentes aos mais diversos temas – o Guia
dos Museus Brasileiros reserva um capítulo exclusivo
dedicado à Medicina, com espaços abertos à visitação
em várias cidades. Quem é da área ou se interessa pelo
tema pode iniciar um roteiro especial pela cidade de
São Paulo, conhecendo o Museu Histórico Professor
Carlos da Silva Lacaz, da Faculdade de Medicina da
USP (www2.fm.usp.br/museu/). Criado em 1977, a instituição leva o nome do médico-fundador da faculdade
e reúne documentos e objetos desde o século 19 – entre
eles, microscópios, transfusores, seringas e autoclaves.
Em seu acervo, estão, por exemplo, equipamentos
construídos no Hospital das Clínicas, como a primeira
máquina coração-pulmão artificial, de 1958, e o primeiro
marca-passo, da década de 1960. Ainda na cidade de São
Paulo, a Associação Paulista de Medicina também mantém um museu (apm.org.br/museu-da-medicina.aspx),
com uma coleção de cerca de mil peças, incluindo livros
raros, painéis com a história da medicina e equipamentos como um microscópio binocular Leitz, fabricado na
Alemanha antes da Segunda Guerra Mundial.
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revista HDNews • agosto 2015
No Sul do país, em Porto Alegre, uma das opções é
o Museu da História da Medicina do Rio Grande do Sul
(Muhm) – www.muhm.org.br –, criado pelo Sindicato
Médico do estado (Simers) em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA). São mais de 2.500 objetos e cerca de 5 mil
livros, periódicos e catálogos que mostram a evolução
nas várias formas de tratar as doenças ao longo dos anos.
Uma das curiosidades é a máscara de Ombredanne,
usada na primeira metade do século 20 para anestesiar
pacientes pela inalação de éter.
Em maio, o Muhm inaugurou uma exposição especial, Os segredos da anatomia – um olhar atento sobre a base
da vida humana. Com corpos reais, projeção de fotos e
jogos interativos de perguntas e respostas sobre anatomia, a mostra ficará aberta até fevereiro de 2016, sendo
recomendada para maiores de 12 anos. Para dar suporte
e promover a troca de experiências entre as várias instituições desse tipo, o Simers liderou o projeto para a criação da Rede Brasileira de Museus de Medicina, apoiada
pela Federação Nacional dos Médicos. Para participar
da Rede, basta realizar um cadastro gratuito no site
www.redemuseusmedicina.org.br e informar dados básicos de localização, agenda de visitas, histórico e acervo.
O Museu da Vida (www.museudavida.fiocruz.br),
localizado no Rio de Janeiro e vinculado à Fundação
Oswaldo Cruz, está entre os cadastrados. O local, que
recebe visitas anuais de 200 mil pessoas, se propõe a divulgar a história da saúde brasileira e os impactos do
progresso científico no cotidiano por meio de exposições permanentes e atividades interativas. Documentos,
fotos e objetos pessoais estão reunidos nas salas onde
funcionavam o laboratório e o escritório do sanitarista
Oswaldo Cruz, pioneiro no estudo de doenças tropicais.
Uma das exposições que podem ser visitadas é o Parque
da Ciência, instalado numa área aberta de 2.400 metros
quadrados, onde é possível “escalar” uma célula gigante
e entender o funcionamento do olho humano.
(Muhm) instrumento
de anestesia do
século passado
Foto: Divulgação
exposição no Muhm,
em Porto Alegre: 2.500
objetos e 5 mil livros
Pelo mundo
Além dos espaços no Brasil, é possível incluir interessantes museus de medicina e saúde nos roteiros
de viagens internacionais. Em Chicago, nos Estados
Unidos, funciona o Museu Internacional da Ciência
Cirúrgica (www.imss.org). Numa mansão de 1917, o
acervo é organizado de acordo com as especialidades
médicas. Entre as várias curiosidades, estão crânios de
diferentes períodos com sinais de calcificação pós-perfuração, indicando que, na Antiguidade, para aliviar a
pressão que causava dores de cabeça, era realizada uma
perfuração na caixa craniana. Em Washington, também
nos Estados Unidos, está o Museu Nacional de Saúde e
Medicina, que apresenta várias exposições simultâneas
– permanentes e temporárias. A instituição reúne documentos que mostram a prática da medicina desde a
guerra civil americana até a estrutura hospitalar montada pela Força Aérea Americana no Iraque.
Na Europa, a cidade de Londres concentra vários
museus temáticos de medicina, agrupados pela instituição Museums of Health and Medicine, uma estrutura
semelhante à da Rede Brasileira de Museus de Medicina. No site www.medicalmuseums.org, é possível
conferir a programação e agendar visitas a 24 centros
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HDNEWS | Turismo
Fotos: Divulgação
Cape Medical,
África do Sul:
reprodução de
um consultório
médico de 1900
Museu de Ciência
CirúrgiCa de Chicago:
construção de 1917
de exposições. Um deles é o The Old Operating Theatre
Museum (www.thegarret.org.uk), um anfiteatro utilizado
no século 19 por estudantes que quisessem acompanhar
procedimentos cirúrgicos. Outro é o The Anaesthesia Heritage Centre (www.aagbi.org), com mais de 2 mil objetos
e documentos reunidos pela Associação de Anestesistas da
Grã-Bretanha e da Irlanda.
O roteiro europeu inclui instituições em Paris, França, e no
Porto, em Portugal. Na capital francesa, funciona o Museu da
História da Medicina (www.biusante.parisdescartes.fr/),
instalado no segundo andar da sede da Universidade Paris
Descartes. Entre instrumentos, gravuras e fotografias, destaque
para o estojo de homeopatia do Dr. Paul Gachet, médico do
impressionista Van Gogh, que dedicou a ele uma tela hoje exposta no Museu D´Orsay.
Em Portugal, a Faculdade de Medicina da Universidade
do Porto mantém o Museu de História da Medicina Maximiano Lemos (www.museumaximianolemos.med.up.pt),
aluno e depois diretor dessa faculdade. Em oito salas, é
apresentada a evolução da medicina desde a pré-história.
Instrumentos, documentos e objetos, além de uma vasta
biblioteca, compõem o acervo do lugar. No roteiro internacional, também vale uma visita ao The Cape Medical
Museum (www.cmmuseum.co.za), em Cape Town, na Áfri-
12
revista HDNews • agosto 2015
Museu DA História da Medicina, de
Paris: instrumentos, gravuras e
fotografias históricas
ca do Sul. No local, foram reproduzidos ambientes reais que simulam um consultório médico de
1900, além de um quarto de um hospital e um anfiteatro para a realização de cirurgias.
Para saber mais
Para encontrar mais informações sobre os museus de
medicina no Brasil – endereço, dias e horários de visitação – acesse o Cadastro Nacional de Museus do
Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e digite o nome
da instituição. Se preferir, é possível pesquisar também
por estado (unidade da Federação).
www.sistemas.museus.gov.br/cnm/pesquisa/filtrarUf
Pioneirismo
no Brasil
Responsável pelo
fornecimento de gases
medicinais e equipamentos
para a Home Doctor,
White Martins investe em
soluções inovadoras para o
segmento de home care
P
resente no Brasil há mais de 100 anos, a White Martins atende todas as regiões do país e oferece produtos e serviços para setores como o metal mecânico,
alimentos e bebidas, meio ambiente, petroquímico,
siderúrgico e médico-hospitalar. É representante da Praxair, uma das maiores do setor de gases medicinais e industriais do mundo. Primeira indústria no Brasil a obter
a autorização de funcionamento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a produção de gases
medicinais com grau farmacêutico, a White Martins tem
uma história marcada pelo pioneirismo e inovação, atributos que considera seus diferenciais de mercado. “Em
saúde, inovação representa a possibilidade de salvar mais
vidas e trazer bem-estar aos pacientes”, pontua Marcelo
Gomes, gerente de marketing.
Nesse segmento, vem expandindo ano a ano sua linha de produtos e serviços destinados ao atendimento
domiciliar. “Mantemos um intenso programa de desenvolvimento de tecnologias e soluções visando a um tratamento médico ainda mais seguro, completo e personalizado”, afirma Gomes. Segundo ele, a empresa conta
com uma estrutura integrada para proporcionar maior
conforto, segurança e flexibilidade aos clientes domiciliares. “A robustez da nossa rede permite atender todo
o Brasil por meio de parcerias com empresas especializadas, secretarias, planos de saúde e laboratórios.”
Com a Home Doctor, a White Martins mantém
uma parceria em âmbito nacional para fornecimento
de gases medicinais com grau farmacêutico e equipamentos de última geração, como concentradores,
CPAPs, BiPAPs, ventiladores, oxímetros, entre outros.
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HDNEWS | Parceria
Marcelo
Gomes,
gerente de
marketing
“Existe uma preocupação comum às
duas empresas de contribuir para a
melhoria da qualidade da assistência à
saúde dos pacientes”, explica.
Equipe multidisciplinar
A White Martins representa muito na evolução do
setor de saúde. Marcelo Gomes lembra que a empresa
instalou a primeira rede centralizada de gases medicinais (tubulação nos hospitais) no país. Também foi pioneira na entrega de gases no estado líquido, utilizando
tanque criogênico estacionário. Outros importantes
marcos que fizeram parte de sua trajetória foram a criação de produtos para gasoterapia e a implantação do
processo de geração de ar medicinal sintético (fabricado no próprio hospital). Na terapia intensiva, iniciou a
aplicação de misturas de óxido nítrico para o tratamento da hipertensão pulmonar primária.
Para os tratamentos de atenção domiciliar, a White
Martins conta com modernas soluções e equipamentos
nas áreas de oxigenoterapia, ventilação e terapia do
sono. Fornece gases, acessórios, serviços e uma completa linha de máquinas de última geração, disponíveis
para venda e locação. “Contamos com uma Central
de Relacionamento com atendentes capacitados para
orientar pacientes, familiares e médicos, fornecendo
informações sobre os equipamentos e a assistência técnica”, informa. Outra vantagem é uma equipe multidisciplinar formada por técnicos, fisioterapeutas e engenheiros clínicos dedicados a atender os pacientes em
sua residência com atenção e segurança.
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HDNEWS | HD em ação
Foto: Divulgação
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Entidades assistenciais, hospitais e albergues receberam 1.009 peças arrecadadas na Campanha do Agasalho,
realizada na unidade paulista da Home Doctor, em parceria com o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São
Paulo. A campanha foi a primeira ação do Projeto Cuidar,
que tem por objetivo trazer para a Home Doctor atitudes
que beneficiem a sociedade e o meio ambiente. O símbolo
do projeto é a “Árvore da Vida”, escolhido por representar
força, vida longa e sabedoria. “Queremos desempenhar um
papel de conscientização, incentivando o amor, o respeito e
a cidadania”, explica Dr. José Eduardo Ramão, Sócio-Diretor
da Home Doctor.
Já estão previstos novos passos para o projeto, entre eles a
implantação de postos de coleta de óleo de cozinha e de pilhas
e baterias. Estão sendo programadas, também, ações baseadas no princípio dos 3 Rs de gestão sustentável de resíduos sólidos (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), incentivando a diminuição
do uso de plásticos e do número de impressões.
Clássicos no camarote
Desde novembro do ano passado, a Home Doctor vem
convidando colaboradores, parceiros e clientes para eventos no
camarote da empresa no Allianz Parque. É com muito prazer que
a empresa recebe esse público tão especial!
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revista HDNews • agosto 2015
Grupo de corrida
Uma das dificuldades para começar e levar adiante uma
atividade física é a falta de motivação. Treze funcionários da
Home Doctor encontraram uma forma de superar esse desafio: se juntaram e formaram um grupo de corrida. Às segundas
e quartas, após o trabalho, os colegas dirigem-se ao Parque
da Água Branca – ponto que está mudando para o Pacaembu
– e de lá partem para duas horas de corrida. Em quatro meses,
o grupo emagreceu 90 quilos, reduziu o IMC e o risco cardíaco
pela circunferência abdominal. A prática tem supervisão da
Assessoria Esportiva Wellness Running, que possui educador
físico, fisioterapeuta e nutricionista do esporte. Todos estão
satisfeitos com os resultados. Uma das mais empolgadas com
sua evolução é a médica Melissa Morais, que eliminou 23 quilos e agora exibe exames de sangue dentro da normalidade.
“Eu era totalmente sedentária, com alto risco cardiovascular e
nenhum controle alimentar. A corrida é hoje minha arma mais
eficiente contra o estresse e a irritação do dia a dia. O início
não é fácil! A tendência é buscar desculpas e utilizar compromissos para faltar aos treinos, mas, quando você decide
que merece uma vida melhor, consegue criar uma rotina e se
organizar. A partir daí, passa a observar os resultados e viver
os benefícios do seu esforço”, conta.
Fotos: Divulgação
Arraiá Home Doctor
Credenciamento Mapfre Saúde com Equipe
Comercial Home Doctor
Aldemir Júnior (SulAmérica), Sérgio Castro
(Home Doctor), Tânia Miranda (Home Doctor)
e Silvio Farias (SulAmérica)
Com muita animação, comida típica, música ao vivo, sorteios de brindes, touro mecânico, correio elegante e quadrilha,
colaboradores, parceiros e clientes participaram do Arraiá Home
Doctor. A festança ocorreu no Centro Operacional da empresa,
no bairro da Água Branca, em São Paulo, em 3 de julho.
Paula Feitoza (Home Doctor), Tânia
Miranda (Home Doctor), Fátima da Silva
(Central Nacional Unimed) e Luis Freitas
(Hospital Paulistano)
Soluções
em debate
O Sócio-Diretor da Home Doctor,
Dr. Ari Bolonhezi, foi presidente de
mesa do 2º Fórum para a Cadeia de
Atenção Domiciliar – evento organizado pelo Grupo Informa e IBC (International Business Communications).
Além de presidir o Fórum, realizado
em 11 de agosto, em São Paulo, Bolonhezi participou de uma mesa de
discussão com o objetivo de sugerir
soluções e melhorias para o setor de
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atenção domiciliar. Durante o evento,
os participantes debateram a insuficiência de regulamentação, que impede
o desenvolvimento do segmento, e organizaram um documento oficial que
será encaminhado à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Completaram a mesa de discussão Márcia
Oka, do Hospital Santa Catarina, e
Adriana Carneiro, da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais).
Padrão de
qualidade
Em 9 e 10 de junho, a Home Doctor recebeu uma visita de manutenção
da ONA (Organização Nacional de Acreditação) e manteve a Acreditação em
Nível de Excelência, o Nível III, a posição mais alta dessa avaliação. A certificação da Home Doctor ocorreu em
2009, e avaliações periódicas são feitas para que a estrutura, os processos
e os resultados da instituição estejam
de acordo com o padrão de qualidade
exigido pela entidade.
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HDNEWS | Superação
A volta por cima
Por Abgail Cardoso
Paciente da
Home Doctor
por dois
anos, Bruno
Landgraf,
ex-goleiro
do São Paulo
que ficou
tetraplégico
após acidente
de carro é,
hoje, uma das
promessas
nos Jogos
Paralímpicos
de 2016
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revista HDNews • agosto 2015
A
os 11 anos de idade, ainda menino, Bruno
Landgraf das Neves começou na base do
São Paulo Futebol Clube. Rapidamente,
por conta de seu talento, despontou como
goleiro e chegou a ser reserva de Rogério Ceni
e um forte candidato a seu sucessor. Entre diversas conquistas, foi campeão mundial sub-17
em 2003, numa final contra a Espanha, e foi
considerado o melhor goleiro da competição.
Em 2005, ficou em terceiro lugar no campeonato mundial sub-20.
Seu próximo objetivo era disputar os
Jogos Olímpicos de 2008, na China, mas um
acidente de automóvel não só o deixou fora
da competição como pôs fim a sua promissora
trajetória no futebol. Em 11 de agosto de
2006, Bruno, aos 20 anos, perdeu o controle
do carro que dirigia nas proximidades de
São Paulo, na BR-116. O veículo capotou
várias vezes. O esportista teve um grave
deslocamento da coluna. Dois amigos que
estavam com ele, o goleiro Weverson, reserva
no time titular do São Paulo, e a jogadora de
vôlei Natália Manfrim, do time Osasco, ambos
com 19 anos, morreram.
Fotos: Divulgação
Em busca de
reabilitação, descobriu
a vela e se encantou
pela modalidade
Landgraf não se lembra do acidente. Soube o que aconteceu
pelos relatos de testemunhas. “O pior de tudo foi a perda da
vida dos meus amigos”, diz. Mas era o momento de enfrentar
a nova realidade. Foi submetido a uma cirurgia na cervical e
11 dias depois passou por nova intervenção para fixar placas e
parafusos. Após a primeira, seus pais contam que ele não sentia
as pernas, apenas os braços. Mas perdeu todos os movimentos
depois da segunda cirurgia. “Tive de usar aparelhos para
respirar e fiquei hospitalizado durante oito meses e 12 dias”,
lembra. Nesse período, fazia fisioterapias para reabilitação.
Na volta para casa, novos desafios. Ele ficou tetraplégico
em decorrência do acidente. “Precisava de muitos cuidados,
mas estava tranquilo porque o São Paulo Futebol Clube me
deu todo apoio e fechou uma parceria com a Home Doctor”,
lembra. Bruno e a família contaram com os serviços da
empresa de atenção domiciliar durante dois anos. “Todos
me ajudaram muito. O médico vinha uma vez por semana.
As enfermeiras e auxiliares me orientaram bastante. Algumas
foram amigas, além de ótimas profissionais. Com o apoio dessa
equipe, pude recuperar parte dos movimentos”, afirma.
Jogos Paralímpicos
Também foi em busca de reabilitação que Bruno acabou
encontrando uma nova oportunidade no mundo do esporte e
que virou sua paixão. Começou fazendo natação e, em 2008,
foi convidado para praticar vela na Represa de Guarapiranga,
em São Paulo. “Hoje a atividade faz parte da minha vida
e me ajuda a cada dia.” De acordo com ele, no início, era
difícil ficar muito tempo no barco, mas, com esforço, foi
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Dedicação e otimismo para enfrentar
os desafios foram fundamentais
recuperando a força e, agora, passa horas
navegando. Por sugestão de seu treinador,
Landgraf conseguiu uma parceira, Elaine
Cunha, também tetraplégica, e passou a se
preparar para disputar a classe Skud 18, que
é mista. A dupla disputou as Paralimpíadas
de Londres em 2012. Embora tenha ficado
em último lugar, ele considera a participação
um sonho realizado.
Atualmente, ele e a família moram no Rio
de Janeiro, e sua parceira na vela é Marinalva
de Almeida, com quem treina no Clube
Naval Charitas, em Niterói. “Estamos nos
preparando muito bem e utilizamos todos os
meios que temos pra melhorar”, avisa. Dez
anos depois do acidente que mudou o curso
de sua vida, Bruno vai representar o Brasil nos
Jogos Paralímpicos, no Rio de Janeiro, e tem
boas chances de conquistar uma medalha.
Além de atleta da vela, ele está cursando
a faculdade de Direito. Forma-se em 2017,
e seu plano é atuar na área de esportes e de
direito dos cadeirantes. Sua agenda inclui
ainda fisioterapia, natação e exercícios de
reabilitação. Superação é uma palavra sempre
presente no caminho de Bruno, que encara
os problemas e as dificuldades com otimismo.
Ele postou em seu perfil no Facebook: “Que
sejamos capazes de enxergar algo de bom em
cada momento ruim que nos acontecer.”
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HDNEWS | Saúde
Mitos do envelhecimento
O
Brasil está envelhecendo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca
de 21 milhões de pessoas no país têm 60 anos ou
mais – o que representa 11,1% da população. Em
10 anos, essa proporção deve subir de forma significativa: estima-se que, em 2025, o total de idosos atingirá
a casa dos 30 milhões, o que fará do Brasil o sexto país
com a maior quantidade de idosos no mundo. Esse é
um processo já vivenciado em outras partes, como o
Japão, que concentra o maior número de idosos do planeta, a Alemanha e os Estados Unidos.
E, quando se fala em envelhecimento, vários conceitos e preconceitos se misturam. A partir desta edição, vamos esclarecer, com o apoio de especialistas, o
que é verdade, o que é mito, o que pode ser feito e o
que deve ser evitado para que as pessoas possam ter
qualidade de vida à medida que a idade avança.
Velhice é sinônimo de doença?
“Não”, garante José Antônio Maluf de Carvalho,
gerente de pacientes com condições crônicas e idosos
do Hospital Albert Einstein. O médico – que lidera
o projeto para que o Albert Einstein obtenha o Selo
Hospital Amigo do Idoso (leia boxe) – lembra que há
patologias do envelhecimento, condições crônicas que
se sobrepõem em pacientes idosos. Entre elas, hipertensão arterial, insuficiência coronariana e diabetes.
Mas, na maioria dos casos, os problemas de saúde
na velhice são resultado do estilo de vida que se levou
ao longo dos anos. “O sedentarismo, o estresse, uma
alimentação inadequada, o tabagismo são hábitos que
se instalam precocemente e, se não forem modificados,
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terão um impacto tardio forte, comprometendo a qualidade de vida.”
Contudo, existe, também, um grande número de
idosos saudáveis, que continuam ativos e produzindo.
“Temos um exemplo recente: a artista plástica Tomie
Ohtake, que morreu com 102 anos, e até poucos meses atrás era ágil, mentalmente privilegiada e estava
produzindo arte”, destaca. O que se prega, segundo o
médico, é o envelhecimento ativo, a partir de hábitos
saudáveis, que incluem uma dieta adequada, atividades
físicas, laços afetivos – dentro e fora da família.
“É importante que o idoso não se isole nem seja
isolado. É preciso que continue a ter uma participação
social, Seja em um trabalho remunerado, seja em uma
atividade voluntária, que continue a ser desafiado intelectualmente”, orienta.
Os idosos são todos iguais?
Este outro mito é uma forma simplista de resumir
o processo de envelhecimento. “Os idosos são todos diferentes”, contrapõe o médico, lembrando que é nessa
faixa etária que a mulher é radicalmente diferente do
homem. “O envelhecimento é principalmente feminino. A longevidade é maior entre as mulheres. Uma das
razões é que o homem, 40 anos atrás, era mais exposto
ao estresse”, explica. Dois outros fatores reforçam essas
diferenças. Um deles é o padrão genético – especialmente depois dos 80 anos, é ele que faz uma pessoa
ser diferente da outra. Há também a biografia de cada
um, os desafios vividos, as atividades, a experiência, os
aprendizados em contextos diversos, levando cada pessoa a ter um modo particular de existir.
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TODA VEZ
QUE OLHAMOS
PARA ESTATÍSTICAS,
QUEREMOS VER
UMA CRIANÇA
VIVENDO MELHOR.
95,1
Educação, saúde e proteção.
Não é tão complicado melhorar a vida
de uma criança. Mas é preciso querer.
É preciso lutar por isso. Provocar a reação
da sociedade, conscientizar e mobilizar.
É isso que a Fundação Abrinq tem feito
nos últimos 25 anos. Porque só com respeito
e oportunidades vamos mudar a história
das próximas gerações.
84,6
76,6
Percentual de crianças de 0 a 3 anos fora
das creches. A taxa de cobertura em creche
no Brasil (%) é a razão entre o número de crianças
em idade escolar (de 0 a 3 anos) e o número
de matrículas nessa etapa de ensino. O gráfico
refere-se à diferença da taxa de cobertura em
creche em relação à população de 0 a 3 anos.*
2000
*Fonte: IBGE/PNAD 2013
2006
2013
TRADIÇÃO EM
CUIDAR BEM
Há mais de 20 anos
trabalhamos para oferecer
tratamento e cuidado
especial, levando carinho
e respeito aos nossos
pacientes e seus familiares.
Internação Domiciliar de baixa e alta complexidade
Atendimento Domiciliar
Programas de Promoção da Saúde
Expertise em atendimentos pediátricos e
de ventilação mecânica
APH
Remoções
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