oftalmologia clínica médica - Sistema de Controle de Matrículas

Propaganda
oftalmologia
clínica médica
volume 6
Daniel Cruz Nogueira
José Paulo Ladeira
Autores
Carolina dos Santos Lázari
Graduada em medicina pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Especialista em Infectologia pelo Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Ex preceptora do Programa de Residência
Médica em Infectologia da FMUSP. Médica Infectologista do Serviço de Extensão ao Atendimento a Pacientes com HIV/
AIDS da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do HC-FMUSP.
Daniel Cruz Nogueira
Graduado em medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Especialista em Oftalmologia pela
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Fellow em Retina pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Membro do Hospital dos Olhos de Dourados - Dourados - MS.
Fernanda Maria Santos
Graduada pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Clínica
Médica pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e em Hematologia e Hemoterapia pelo Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
José Paulo Ladeira
Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Especialista em Clínica Médica, Medicina
Intensiva e Medicina de Urgência pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(HC-FMUSP). Médico plantonista das Unidades de Terapia Intensiva do Hospital Sírio-Libanês e do Hospital Alemão
Oswaldo Cruz.
Leandro Arthur Diehl
Graduado em medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Especialista em Endocrinologia e Mestre em Medicina e Ciências da Saúde pela UEL, onde foi docente de Endocrinologia e responsável pelos ambulatórios de Tireoide
e Obesidade do Hospital das Clínicas. Membro da Comissão de Jovens Lideranças da SBEM e Membro Ativo da Latin-American Thyroid Society (LATS).
Rodrigo Antônio Brandão Neto
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC). Especialista em Clínica
Médica, Emergências Clínicas e Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (HC-FMUSP), onde é médico assistente da disciplina de Emergências Clínicas.
Assessoria Didática
Fabrício Martins Valois
Graduado em medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Especialista em Clínica Médica no Conjunto Hospitalar do
Mandaqui. Especialista em Pneumologia e Doutorando em Pneumologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde é
Pneumologista do Grupo de Transplante Pulmonar. Professor da disciplina de Semiologia da UFMA.
Gustavo Malavazzi
Graduado em medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC). Especialista em Oftalmologia pela Santa Casa de São
Paulo e em Catarata pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde é orientador no Instituto da Catarata.
Liang Shih Jung
Graduado e Especialista em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde é medico assistente
do Instituto de Catarata.
Lincoln Lemes Freitas
Graduado e Especialista em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Doutor em Ciências Médicas pela Universidade da Califórnia. Atualmente é diretor científico do setor de Catarata da Oftalmologia da UNIFESP.
Natália Corrêa Vieira de Melo
Graduada em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Especialista em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Nefrologia pelo HC-FMUSP. Doutoranda em Nefrologia pela Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Wilson Takashi Hida
Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE). Especialista em Oftalmologia pela Santa Casa
de Misericórdia de São Paulo, onde é assistente do Setor de Catarata. Research Fellow do Setor de Catarata e pós-graduado pelo HC-FMUSP. Médico do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS).
APRESENTAÇÃO
Antes mesmo do ingresso na faculdade, o estudante que opta pela área da Medicina
deve estar ciente da necessidade de uma dedicação extrema, de uma notável facilidade
nas relações humanas e de um profundo desejo de ajudar o próximo. Isso porque tais
qualidades são cada vez mais exigidas ao longo dos anos, sobretudo durante o período
de especialização e, mais tarde, de reciclagem de conhecimentos.
Para quem busca uma especialização bem fundamentada e consistente, em
especialidades que exijam pré-requisito, nota-se a dificuldade no ingresso nos principais
centros e programas de Residência Médica, devido ao número expressivo de formandos,
a cada ano, superior ao de vagas disponíveis, o que torna imperioso um material didático
direcionado e que transmita total confiança ao aluno.
Considerando essa realidade, foi desenvolvida a Coleção R3, com capítulos
baseados nos temas cobrados nas provas dos principais concursos com pré-requisito em
Cirurgia Geral, e questões, dessas mesmas instituições, selecionadas e comentadas de
maneira a oferecer uma compreensão mais completa das respostas.
Todos os volumes são preparados para que o candidato obtenha êxito no processo
seletivo e em sua carreira.
Bons estudos!
Direção Medcel
A medicina evoluiu, sua preparação para residência médica também.
ÍNDICE
OFTALMOLOGIA
Capítulo 1 - Conceitos gerais .................... 19
1. Introdução ....................................................................43
2. Ceratites infecciosas .....................................................43
3. Ceratites intersticiais ....................................................45
4. Ceratites imunológicas .................................................45
5. Resumo .........................................................................46
1. Anatomia ......................................................................19
2. Equipamentos oftalmológicos ......................................22
Capítulo 7 - Cristalino .............................. 47
Capítulo 2 - Erros de refração................... 25
1. Introdução ....................................................................25
2. Conceitos ......................................................................25
3. Tipos de lentes..............................................................26
4. Ametropia.....................................................................27
5. Ambliopia .....................................................................29
6. Resumo .........................................................................29
Capítulo 3 - Pálpebras .............................. 31
1. Introdução ...................................................................31
2. Blefarite ........................................................................32
3. Hordéolo.......................................................................32
4. Calázio ..........................................................................32
5. Anomalias da margem palpebral ..................................33
6. Tumores benignos palpebrais .......................................33
7. Tumores malignos palpebrais .......................................34
8. Resumo .........................................................................34
Capítulo 4 - Conjuntiva ............................ 35
1. Introdução ....................................................................35
2. Conjuntivite ..................................................................35
3. Conjuntivite por gonococos ..........................................37
4. Conjuntivite alérgica .....................................................37
5. Conjuntivites autoimunes.............................................38
6. Pterígio .........................................................................38
7. Distúrbios do olho seco ................................................38
8. Resumo .........................................................................39
Capítulo 5 - Esclera e episclera ................. 41
1. Introdução ....................................................................41
2. Episclerite .....................................................................41
3. Esclerite ........................................................................41
4. Resumo .........................................................................42
Capítulo 6 - Córnea .................................. 43
1. Introdução ....................................................................47
2. Catarata ........................................................................47
3. Etiologia ........................................................................47
4. Classificação .................................................................48
5. Tratamento ...................................................................48
6. Resumo .........................................................................49
Capítulo 8 - Glaucoma ............................. 51
1. Introdução ....................................................................51
2. Glaucoma primário de ângulo aberto ou glaucoma
crônico simples ............................................................52
3. Glaucoma de PIO normal..............................................52
4. Glaucoma primário de ângulo fechado .......................52
5. Glaucomas secundários ................................................53
6. Resumo .........................................................................53
Capítulo 9 - Uveítes ................................. 55
1. Introdução ....................................................................55
2. Classificação anatômica ...............................................55
3. Classificação clínica.......................................................55
4. Classificação etiológica .................................................55
5. Achados clínicos ...........................................................55
6. Tratamento ...................................................................57
7. Etiologias ......................................................................58
8. Resumo .........................................................................60
Capítulo 10 - Retina ................................. 61
1. Introdução ....................................................................61
2. Descolamento ..............................................................61
3. Doença macular relacionada à idade ...........................61
4. Retinopatia diabética....................................................62
5. Retinopatia hipertensiva ..............................................63
6. Oclusão arterial ...........................................................63
7. Oclusão venosa ............................................................63
8. Retinopatia da prematuridade .....................................64
9. Resumo .........................................................................64
Capítulo 11 - Órbita ................................. 65
Capítulo 2 - Choque ................................. 97
1. Introdução ....................................................................65
2. Celulite orbitária ...........................................................65
3. Tumores benignos orbitários ........................................66
4. Doença ocular tireoidiana ............................................66
5. Resumo .........................................................................67
1. Introdução ....................................................................97
2. Oferta e consumo de oxigênio......................................97
3. Monitorização hemodinâmica por cateter
de Swan-Ganz ............................................................100
4. Choque hipovolêmico e reposição volêmica..............103
5. Choque cardiogênico ..................................................107
6. Choque obstrutivo ......................................................109
7. Choque distributivo ....................................................109
8. Resumo .......................................................................113
Capítulo 12 - Tumores malignos .............. 69
1. Tumores malignos de pálpebra ....................................69
2. Tumores malignos de órbita .........................................70
3. Tumores malignos do bulbo ocular ..............................70
4. Resumo .........................................................................72
Capítulo 13 - Estrabismo .......................... 73
1. Introdução ....................................................................73
2. Diagnóstico ...................................................................73
3. Tipos de estrabismo .....................................................73
4. Tratamento ...................................................................74
5. Resumo .........................................................................74
Capítulo 14 - Traumatismos oculares ....... 75
1. Introdução ....................................................................75
2. Diagnóstico ...................................................................75
3. Tratamento ...................................................................76
4. Resumo .........................................................................77
Capítulo 15 - Manifestações oculares na
SIDA ...........................................................79
PNEUMOLOGIA
Capítulo 1 - Tromboembolismo
pulmonar .............................................. 115
1. Introdução e definições ..............................................115
2. Etiologia e fatores de risco .........................................115
3. Achados clínicos .........................................................116
4. Exames complementares............................................117
5. Avaliação de probabilidade pré-teste e uso racional dos
exames complementares ...........................................119
6. Diagnóstico diferencial ...............................................120
7. Tratamento .................................................................120
8. Prevenção ...................................................................122
9. Resumo ......................................................................123
INFECTOLOGIA
Capítulo 1 - Sepse .................................. 125
1. Definição.......................................................................79
2. Classificação .................................................................79
3. Etiologia ........................................................................79
4. Quadro clínico ..............................................................79
5. Diagnóstico laboratorial e tratamento .........................80
6. Resumo .........................................................................81
1. Introdução ..................................................................125
2. Manifestações clínicas ................................................126
3. Diagnóstico etiológico ................................................127
4. Tratamento .................................................................128
5. Febre de origem indeterminada ................................129
6. Resumo .......................................................................130
CLÍNICA MÉDICA
Capítulo 2 - Principais antimicrobianos .. 131
MEDICINA INTESIVA
Capítulo 1 - Distúrbio do equilíbrio
ácido-básico ............................................ 85
1. Introdução ....................................................................85
2. Controle respiratório e metabólico do equilíbrio ácidobásico ...........................................................................85
3. Diagnóstico laboratorial dos distúrbios ácido-básicos..86
4. Abordagem sistemática para diagnóstico dos distúrbios
ácido-básicos ...............................................................87
5. Desordens ácido-base específicas ................................91
6. Resumo .........................................................................95
1. Antibióticos.................................................................131
2. Antifúngicos ................................................................141
3. Antiparasitários ..........................................................145
4. Antivirais .....................................................................147
CARDIOLOGIA
Capítulo 1 - Parada cardiorrespiratória .. 149
1. Introdução ..................................................................149
2. Manobras de suporte básico de vida .........................149
3. Manobras de suporte avançado de vida ....................153
4. Cuidados após a reanimação ......................................156
5. Fatores prognósticos ..................................................156
6. Resumo .......................................................................157
Capítulo 2 - Hipertensão arterial
sistêmica ............................................... 159
Parte 5 - Trombofilias
1. Introdução ..................................................................230
Resumo...........................................................................234
1. Introdução ..................................................................159
2. Fisiopatologia ............................................................159
3. Fatores de risco ..........................................................160
4. Diagnóstico .................................................................160
5. Classificação ...............................................................162
6. Avaliação ....................................................................162
7. Tratamento .................................................................164
8. Tratamento farmacológico .........................................165
9. Hipertensão arterial resistente ...................................168
10. Emergência hipertensiva ..........................................168
11. Resumo .....................................................................172
NEFROLOGIA
ENDOCRINOLOGIA
Casos clínicos ........................................ 263
Capítulo 1 - Distúrbios hidroeletrolíticos:
potássio, sódio e cálcio .......................... 237
1. Introdução ..................................................................237
2. Distúrbios do potássio ................................................237
3. Distúrbios do sódio .....................................................247
4. Distúrbios do cálcio ....................................................255
5. Resumo .......................................................................262
Capítulo 1 - Doenças da hipófise ............ 173
1. Introdução ..................................................................173
2. Hipopituitarismo.........................................................174
3. Diabetes insipidus .......................................................177
4. Tumores hipofisários ..................................................179
5. Hiperprolactinemia e prolactinoma ...........................180
6. Acromegalia ................................................................182
7. Doença de Cushing .....................................................185
8. Tireotrofinomas ..........................................................185
9. Tumores clinicamente não funcionantes ....................185
10. Apoplexia hipofisária ................................................185
11. Resumo .....................................................................186
Capítulo 2 - Doenças das suprarrenais ... 189
1. Introdução ..................................................................189
2. Insuficiência adrenal...................................................189
3. Síndrome de Cushing ..................................................197
4. Síndrome de Nelson ...................................................202
5. Hiperplasia adrenal congênita ....................................202
6. Hiperaldosteronismo ..................................................204
7. Feocromocitoma ........................................................205
8. Tumores e massas adrenais ........................................209
9. Resumo .......................................................................210
HEMATOLOGIA
Capítulo 1 - Hemostasia e trombose ...... 211
Parte 1 - Abordagem inicial da hemostasia e trombose
1. Introdução e fisiologia da coagulação ........................211
Parte 2 - Distúrbios da hemostasia primária
1. Introdução ..................................................................216
Parte 3 - Distúrbios da hemostasia secundária
1. Introdução e considerações gerais .............................225
Parte 4 - Distúrbio da hemostasia terciária
1. Introdução ..................................................................229
Questões
OFTALMOLOGIA
Capítulo 1 - Conceitos gerais ..........................................283
Capítulo 2 - Erros de refração .........................................283
Capítulo 3 - Pálpebras.....................................................283
Capítulo 4 - Conjuntiva ...................................................283
Capítulo 5 - Esclera e episclera .......................................284
Capítulo 6 - Córnea .........................................................284
Capítulo 7 - Cristalino .....................................................284
Capítulo 8 - Glaucoma ....................................................284
Capítulo 9 - Uveítes ........................................................285
Capítulo 10 - Retina ........................................................285
Capítulo 11 - Órbita ........................................................287
Capítulo 12 - Tumores malignos .....................................288
Capítulo 13 - Estrabismo ................................................288
Capítulo 14 - Traumatismos oculares .............................288
Capítulo 15 - Manifestações oculares na SIDA ...............289
MEDICINA INTENSIVA
Capítulo 1 - Distúrbio do equilíbrio ácido-básico ...........290
Capítulo 2 - Choque ........................................................291
PNEUMOLOGIA
Capítulo 1 - Tromboembolismo pulmonar .....................296
INFECTOLOGIA
Capítulo 1 - Sepse ...........................................................300
Capítulo 2 - Principais antimicrobianos ..........................302
CARDIOLOGIA
Capítulo 1 - Parada cardiorrespiratória ..........................306
Capítulo 2 - Hipertensão arterial sistêmica ....................308
Outros temas ..................................................................311
ENDOCRINOLOGIA
Capítulo 1 - Doenças da hipófise ....................................313
Capítulo 2 - Doenças das adrenais..................................317
HEMATOLOGIA
Capítulo 1 - Hemostasia e trombose ..............................321
NEFROLOGIA
Capítulo 1 - Distúrbios hidroeletrolíticos: potássio,
sódio e cálcio ..................................................................325
Comentários
OFTALMOLOGIA
Capítulo 1 - Conceitos gerais ..........................................333
Capítulo 2 - Erros de refração .........................................333
Capítulo 3 - Pálpebras.....................................................333
Capítulo 4 - Conjuntiva ...................................................334
Capítulo 5 - Esclera e episclera .......................................334
Capítulo 6 - Córnea .........................................................334
Capítulo 7 - Cristalino .....................................................334
Capítulo 8 - Glaucoma ....................................................334
Capítulo 9 - Uveítes ........................................................335
Capítulo 10 - Retina ........................................................335
Capítulo 11 - Órbita ........................................................337
Capítulo 12 - Tumores malignos .....................................338
Capítulo 13 - Estrabismo ................................................338
Capítulo 14 - Traumatismos oculares .............................338
Capítulo 15 - Manifestações oculares na SIDA ...............338
MEDICINA INTENSIVA
Capítulo 1 - Distúrbio do equilíbrio ácido-básico ...........339
Capítulo 2 - Choque ........................................................341
PNEUMOLOGIA
Capítulo 1 - Tromboembolismo pulmonar .....................345
INFECTOLOGIA
Capítulo 1 - Sepse ...........................................................348
Capítulo 2 - Principais antimicrobianos ..........................350
CARDIOLOGIA
Capítulo 1 - Parada cardiorrespiratória ..........................353
Capítulo 2 - Hipertensão arterial sistêmica ....................354
Outros temas ..................................................................357
ENDOCRINOLOGIA
Capítulo 1 - Doenças da hipófise ....................................358
Capítulo 2 - Doenças das adrenais..................................361
HEMATOLOGIA
Capítulo 1 - Hemostasia e trombose ..............................365
NEFROLOGIA
Capítulo 1 - Distúrbios hidroeletrolíticos: potássio,
sódio e cálcio ................................................................. 369
Referências bibliográficas ...................... 375
volume 6
OFTALMOLOGIA
CAPÍTULO
1
Conceitos gerais
Daniel Cruz Nogueira
1. Anatomia
B - Vias lacrimais
O olho é o órgão responsável pelo início do processo visual. O raio luminoso deve atravessar uma série de meios
transparentes sofrendo refrações antes de alcançar a retina, que transforma a luz em impulsos elétricos conduzidos
pelo nervo óptico até o lobo occipital do encéfalo, no qual
a visão é formada.
O olho ocupa de 1/5 a 1/3 da cavidade orbitária, envolto
parcialmente e movimentado por tecidos acessórios – fáscia, gordura, músculos, vasos, nervos, conjuntiva e glândulas (Figuras 1 e 3). Os anexos oculares são: pálpebras, cílios,
supercílios, glândulas lacrimais, vias lacrimais e músculos.
As vias lacrimais (Figura 1) são formadas pela produção
e escoamento da lágrima. A produção é realizada pela glândula lacrimal principal, localizada na porção superolateral
anterior da órbita. As glândulas acessórias são pequenas e
adjacentes à principal. O escoamento é feito pelos pontos
lacrimais superior e inferior, ambos na porção medial das
pálpebras, destes, a lágrima passa para os canalículos, que
se juntam e formam o canalículo comum, desembocando
no saco lacrimal. Este é localizado na fossa do osso lacrimal
e a lágrima continua pelo ducto nasolacrimal que se abre no
meato nasal inferior.
A - Pálpebras
As pálpebras são divididas em superiores e inferiores, e
nelas se inserem os cílios, que têm como função a proteção
ocular. A epiderme palpebral, semelhante à pele da face, é
a mais fina do corpo humano. Nela estão os cílios, cujos folículos apresentam glândulas sudoríparas apócrinas (glândulas de Moll) e sebáceas (glândulas de Zeis). Em uma região
chamada “junção mucocutânea”, a epiderme modifica-se
abruptamente para epitélio pavimentoso estratificado não
queratinizado, abaixo do qual se encontra o tarso palpebral,
uma estrutura fibroelástica em cujo interior se encontram
as glândulas de Meibomius (ou também chamadas “glândulas meibomianas” ou “glândulas tarsais”).
O músculo orbicular é inervado pelo nervo facial (VII)
e sua função é fechar as pálpebras. O músculo levantador
da pálpebra é inervado pelo nervo oculomotor (III), com a
função de levantar a pálpebra superior.
O suprimento sanguíneo é principalmente das artérias
oftálmica, zigomática e angular.
Figura 1 - Olho e estruturas periorbitais
19
OFTALM O LO GIA
C - Bulbo ocular
O comprimento do olho é de aproximadamente 24mm,
com formato aproximado de uma esfera, mas com a metade anterior um pouco mais protrusa, devido ao aumento
da curvatura da córnea. O olho pode ser dividido, grosso
modo, em 3 túnicas:
- Fibrosa (a mais externa): formada por esclera e córnea;
- Vascular ou úvea (a média): formada por íris, corpo
ciliar e coroide;
- Neurossensorial (interna): formada pela retina.
O interior do bulbo ocular pode ser dividido em 3 câmaras (Figuras 3 e 4):
- Câmara anterior: localizada entre a face posterior da
córnea e a face anterior da íris;
- Câmara posterior: entre a face posterior da íris e a anterior do cristalino;
- Câmara
vítrea: é a maior câmara do olho, situa-se
atrás do cristalino e é preenchida por um gel, chamado
humor vítreo.
D - Córnea
É a porção anterior do bulbo, corresponde a 1/6 da túnica fibrosa, é transparente e com alto poder de refração
da luz, cerca de 2/3 do poder refracional do olho (Figura 3).
A córnea mede 11,5mm de diâmetro na vertical e
12mm na horizontal e é formada pelas seguintes camadas
(Figura 2):
- Epitélio: estratificado, escamoso e não queratinizado.
A renovação do epitélio ocorre principalmente pelas
stem cells, que se localizam no limbo, com migração
celular centrípeta, mas também ocorre pela membrana basal do epitélio;
- Camada de Bowman: camada acelular do estroma;
- Estroma: corresponde a 90% da espessura da córnea,
composto principalmente por fibrilas de colágeno;
- Membrana de Descemet: fina trama de fibrilas de colágeno;
- Endotélio: consiste em uma camada única de células
hexagonais que não se regeneram. Tem o papel fundamental de manter a deturgescência (estado de baixa
hidratação) corneana.
A córnea é avascularizada, e junto com a deturgescência
e a organização colágena é responsável pela transparência.
A oxigenação chega principalmente do ar atmosférico, dissolvido na lágrima. Os nutrientes e também o O2 chegam
pelo humor aquoso e pelos vasos perilimbicos. Embora seja
avascular, a córnea é ricamente inervada por ramo oftálmico do trigêmeo.
20
Figura 2 - Histologia da córnea
E - Esclera, episclera, tenon e conjuntiva
A esclera (branco do olho) corresponde a 5/6 da superfície do bulbo, é formada por tecido conjuntivo denso de
fibras colágenas, pouco vascularizada, mas sua porção externa (episclera) é mais vascularizada. Logo acima da episclera, está a cápsula de tenon, que é um tecido elástico e
vascularizado. Ainda mais externamente à tenon, e na porção anterior do bulbo, está a conjuntiva bulbar, palpebral e
o fórnix (transição entre as 2 anteriores). Por meio do limbo
a esclera se liga à córnea e os músculos extraoculares se
inserem nela.
F - Íris
É um tecido que limita a câmara anterior da posterior,
está entre a córnea e o cristalino, e funciona como um diafragma óptico, deixando mais ou menos luz entrar no interior do olho através de um orifício central, a pupila, que
pode variar de 0,5 a 8mm de diâmetro, dependendo das
condições de iluminação. O diâmetro da pupila é controlado pelo sistema nervoso autônomo, por intermédio de 2
diferentes músculos lisos: o esfíncter da pupila, com fibras
circulares concêntricas à pupila, inervado por fibras parassimpáticas (colinérgicas) provenientes do nervo oculomotor (III), que, quando estimuladas, contraem-se, levando
à miose; e o músculo dilatador da pupila, que apresenta
fibras musculares radiais, inervado por fibras simpáticas
(adrenérgicas), provenientes do plexo simpático cervical,
que, quando estimuladas, levam à midríase.
A íris apresenta as seguintes camadas (do anterior para
o posterior do olho):
- Epitélio simples;
- Estroma da íris;
volume 6
CLÍNICA MÉDICA
MEDICINA INTENSIVA
CAPÍTULO
1
Distúrbio do equilíbrio ácido-básico
1. Introdução
Doenças sistêmicas estão frequentemente associadas
a distúrbios no equilíbrio ácido-básico. Em algumas situações, essas alterações podem resultar em risco de morte,
caso não sejam identificadas precocemente e adequadamente tratadas. Portanto, torna-se imprescindível o reconhecimento precoce dos desequilíbrios ácido-básicos e o
tratamento das complicações. Em terapia intensiva, 90%
dos pacientes têm algum distúrbio ácido-básico.
O metabolismo do organismo produz ácidos. Citaremos
alguns exemplos:
- Metabolismo dos lipídios: produção de ácidos graxos;
- Metabolismo das proteínas: produção dos aminoácidos;
- Metabolismo dos carboidratos: produção de ácido pirúvico;
- Exercícios físicos: produção de ácido lático.
Ácidos são definidos como substâncias que, em solução,
dissociam-se em íons H+ e em ânions (Cl-, SO4-2). Bases, por
sua vez, são substâncias que, em solução, se combinam
com H+ e o removem do meio. Pela definição de Lewis, ácido é um potencial receptor de um par de elétrons, e base é
um potencial doador de um par de elétrons. A maioria das
alterações ácido-básicas tem origem no interior da célula, e
exteriorizam-se por meio de distúrbios na composição do
líquido extracelular. Os valores normais do pH no sangue
arterial (meio extracelular) variam entre 7,35 a 7,45, no intracelular, o valor do pH varia entre 7 e 7,2. A relação entre
o pH e a concentração de íons H+ é feita em escala logarítmica, de modo que variações discretas nos valores de pH
expressam grandes oscilações na concentração de H+. Por
exemplo, uma mudança no pH de 7 para 7,2 representa variação mais significativa na concentração de H+ do que uma
José Paulo Ladeira / Kelly Roveran Genga
mudança no pH de 7,2 para 7,4, muito embora a variação
absoluta de 0,2 seja a mesma em ambas as situações.
2. Controle respiratório e metabólico do
equilíbrio ácido-básico
A relação entre o dióxido de carbono (CO2) e o H+ pode
ser representada pela equação de dissociação do ácido carbônico:
CO2 + H2O ' H2CO3 ' H+ + HCO3-
De acordo com tal reação, aumentos na concentração de
hidrogênio [H+] fazem com que a reação se desloque para a
esquerda e, do mesmo modo, diminuições na concentração
de hidrogênio [H+] levem ao desvio da reação para a direita.
Há uma estreita relação entre a pressão parcial do
CO2 (pCO2) e o pH. Para cada elevação aguda da pCO2 de
10mmHg acima ou abaixo de 40mmHg, o pH deve variar
em, aproximadamente, 0,07 a 0,08 unidade.
A pCO2 está diretamente relacionada com a ventilação
alveolar, o que torna possível corrigir, de forma rápida, alterações no pH de origem respiratória aumentando ou reduzindo a ventilação alveolar.
O organismo trabalha com sistemas tampão (Tabela
1) para manter a homeostase em seus diversos compartimentos. Tampões são substâncias capazes de remover ou
restituir íons H+ de acordo com a necessidade, mantendo a
composição do líquido extracelular e impedindo variações
abruptas no pH. Geralmente, os tampões são formados
por um ácido fraco e seu respectivo sal, ou por uma base
igualmente fraca e seu sal correspondente. Alterações no
sistema extracelular provocam modificações no sistema intracelular e, após algum tempo, no sistema ósseo, levando
85
MED I C I NA IN T E N S IV A
o organismo a um estado de equilíbrio. O bicarbonato é o
principal tampão presente no líquido extravascular.
- Hemoglobina (para hemácias).
O valor normal do ânion-gap é entre 8 e 12.
Aumentos no ânion-gap acima de 12mEq/L, representam
acúmulo de ânions não mensuráveis. Acidose metabólica
associada a um ânion-gap normal, pode ocorrer devido ao
aumento na concentração de Cl- (acidose hiperclorêmica).
Outra definição importante é a de excesso de bases ou
base excess, que corresponde à quantidade de ácido ou
base necessárias para adicionar em uma amostra de sangue in vitro, restabelecendo o pH da amostra para 7,40, enquanto a PaCO2 é mantida em 40mmHg.
Basicamente com fosfato e cálcio, alterações
crônicas podem provocar uma remodelação
óssea devido à “necessidade” do organismo
em manter sua homeostase.
3. Diagnóstico laboratorial dos distúrbios
ácido-básicos
Tabela 1 - Principais sistemas tampão do organismo
Tampões do
extracelular
Tampões do
intracelular
Tampão ósseo
Ânion-gap = Na+ - (Cl- + HCO3-)
- Bicarbonato (principal tampão);
- Proteínas (principalmente a albumina);
- Fosfato.
- Fosfato (orgânico e inorgânico, sendo este
último o principal tampão);
- Bicarbonato;
- Proteínas;
Quando ocorrem as alterações ácido-básicas, primeiramente ocorre um distúrbio primário (variações das concentrações de HCO3 ou CO2). Tais variações são detectadas por
quimiorreceptores periféricos, com consequente alteração
da ventilação pulmonar. Além disso, as concentrações de
íons hidrogênio e de bicarbonato são reguladas pela excreção urinária, ou seja, o rim também alterará a excreção dessas substâncias a depender do desequilíbrio ácido-básico
presente. O organismo, então, lança mão dos mecanismos
compensatórios, que são distúrbios secundários que visam à conservação do pH em níveis próximos dos normais.
Órgãos como pulmões e rins atuam nessa fase, além dos
sistemas tampão. A ventilação alveolar é inversamente relacionada com mudanças na PaCO2 arterial e diretamente
proporcional ao PCO2 produzido. Em relação ao rim, temos
que tal órgão possui 2 importantes funções: a reabsorção
do bicarbonato filtrado e a excreção dos ácidos não voláteis. De forma geral, após uma alteração no equilíbrio ácido-básico ocorrem:
- Resposta imediata: feita pelo sistema tampão (tamponamento), responsável pelo controle do pH em curto
tempo;
- Resposta respiratória: por meio da alteração na ventilação, na qual ocorre após minutos a horas;
- Resposta renal: por meio da alteração na excreção de
bicarbonato, na qual leva horas a dias para ocorrer.
Figura 1 - Diferentes sistemas-tampão
Em geral, alterações na concentração de bicarbonato,
acima ou abaixo do valor normal (24mmol/L), refletem alterações de origem metabólica. Na avaliação do componente
metabólico do equilíbrio ácido-básico, é importante calcular o chamado ânion-gap (subtração entre ânions e cátions
não mensuráveis):
Numa situação de equilíbrio, temos que:
Na+ + K+ + cátions não mensuráveis = Cl- + HCO3- + ânions
não mensuráveis.
86
O diagnóstico correto de distúrbios do metabolismo
ácido-básico envolve a análise detalhada da gasometria arterial. A análise do pH pode revelar:
- Acidemia: pH abaixo de 7,35, que indica que o sangue
está com pH acidótico;
- Alcalemia: pH acima de 7,45, que indica que o sangue
está com pH alcalótico.
O fato de o pH estar fora da faixa de normalidade revela a existência de distúrbios no metabolismo ácido-básico;
porém, o fato de haver acidemia não necessariamente leva
à existência de acidose pura. Podem coexistir 2 ou mesmo
volume 6
CASOS CLÍNICOS
CASOS CLÍNICOS
Oftalmologia
MEDCEL
Considere uma paciente, J.L.S., de 33 anos, referindo
conjuntivite há 2 semanas, com piora visual há 5 dias em
ambos os olhos. O quadro clínico iniciou-se como lacrimejamento, prurido, secreção amarelo-clara, com piora ao
acordar, fotofobia e vermelhidão dos olhos, com princípio
no olho direito e passando para o esquerdo após 2 dias.
No começo, usou colírios Moura Brasil, Maxitrol e água
boricada, mas parou com a medicação devido à melhora
da irritação após 5 dias de tratamento. Vem percebendo
que a visão de ambos os olhos está diminuindo progressivamente. Preocupada, procurou o oftalmologista. Nega
antecedentes patológicos e oculares.
- Acuidade visual: OD: 0,6/OE: 0,7;
- Biomicroscopia de ambos os olhos: semelhante entre si
(veja foto do OD);
- Pálpebras, cílios: s.p.;
- Conjuntiva: sem folículos ou papilas, sem hiperemia;
- Córnea: infiltrados subepiteliais difusos comprometendo
o eixo visual;
- Câmara anterior, íris, cristalino e vítreo anterior: s.p.;
- Mapeamento de retina: s.p.;
- Tonometria: 12mmHg em ambos os olhos.
1.
c) Qual o tratamento inicial das conjuntivites?
CASOS CLÍNICOS
d) E, nesse caso, o que fazer?
MEDCEL
Uma paciente de 32 anos, referindo dor e inchaço das
pálpebras esquerdas e visão dupla há 3 dias (Figura), associada a mal-estar geral e febre, refere sinusite há 7 dias,
tratando apenas com anti-inflamatórios orais (sic). Nega
antecedentes oculares e refere sinusites de repetição.
2.
Perante o quadro clínico, responda:
a) Qual a hipótese diagnóstica?
b) Comente sobre o tratamento que a paciente realizou
para essa conjuntivite.
265
C ASO S C L Í N ICO S
RESPOSTAS
a) Qual a principal alteração presente no ultrassom?
Oftalmologia
Caso 1
b) Que exames laboratoriais devem ser solicitados para a
investigação diagnóstica inicial da paciente?
O resultado dos exames solicitados foi o seguinte: hemograma: Hb = 12g/dL; Ht = 36%; leucócitos = 6.500/mm3;
plaquetas = 156.000/mm3; ureia = 65mg/dL; creatinina =
1,4mg/dL; Na = 135mEq/L; K = 2,5mEq/L; Ca = 8,8mg/dL;
P = 3,5mg/dL; Cl = 115mg/dL; pH = 7,1; PO2 = 100; PCO2 =
25; HCO3 = 15mEq/L; BE = -15; urina I: pH = 7/densidade =
1.010; proteína = 0,6g/dL; leucócitos = 8/campo; eritrócitos = 3/campo. Urocultura = estéril; Naurinário = 160mEq/24h;
Clurinário = 210mEq/L; Kurinário = 58mEq/24h.
c) A partir dos resultados dos exames, calcule o ânion-gap
plasmático e o ânion-gap urinário da paciente.
d) Diante dos resultados dos exames laboratoriais e do
ânion-gap plasmático e do ânion-gap urinário, qual o
fator etiológico mais provável para a alteração ultrassonográfica do paciente?
e) Que tratamento deve ser instituído ao paciente?
a) Infiltrados subepiteliais decorrentes à ceratoconjuntivite adenoviral.
b) A paciente utilizou o colírio Maxitrol (dexametasona,
polimixina B, neomicina). Na conjuntivite adenoviral,
em sua fase inicial, não se devem usar corticoides, pois
inibem a sensibilização do hospedeiro ao vírus, com isso
o olho se torna “imunossuprimido” e a infecção se torna
mais virulenta. O corticoide está indicado em conjuntivites quando ocorrem pseudomembranas conjuntivais,
infiltrados subepiteliais e nos casos em que a resposta
inflamatória for muito exacerbada, mas, neste caso,
nunca antes de 3 dias do início da infecção. Antibióticos
para conjuntivites virais não estão indicados, pois podem piorar a reação alérgica ocular.
Água boricada (ácido bórico), comumente usada pelos
clínicos gerais e oftalmologistas mais antigos, está contraindicada para qualquer tipo de afecção ocular, pois
aumenta a resposta alérgica ocular, variando de casos
brandos às conjuntivites tóxicas ao ácido bórico. O efeito benéfico desse ácido é diminuir a temperatura ocular
quando em contato com os olhos, porém este efeito é
melhor e possível sem efeitos colaterais com compressas de água gelada nos olhos. Colírio Moura Brasil (cloridrato de nafazolina vasoconstritor, sulfato de zinco e
ácido bórico adstringentes, borato de sódio e timerosal conservantes), ótimo colírio quando se está com os
olhos muitos vermelhos e se precisa gravar uma entrevista, pois o efeito é fugaz e o medicamento tem muitas
substâncias alérgicas aos olhos. Não trata nenhuma enfermidade ocular, apenas vasoconstrição.
c) O tratamento inicial de qualquer tipo de conjuntivite
consiste em compressa gelada nos olhos (8 vezes, ou
mais, ao dia) e colírios lubrificantes. Para as adenovirais
que sugiram pseudomembranas, infiltrados subepiteliais ou até mesmo casos estritos de resposta inflamatória exacerbada após 3 dias de início de infecção, o uso
controlado de corticosteroides está indicado. Para as
infecções bacterianas, devem-se usar antibióticos.
d) Usar colírios de corticoides visando diminuir a resposta
inflamatória do hospedeiro à lesão provocada pelo adenovírus, pois neste momento não há infecção ativa. É
um tratamento das sequelas deixadas por uma virulência exacerbada prévia. Fazer medidas da acuidade visual
e acompanhar o caso, regredindo o uso dos corticoides
aos poucos.
Caso 2
a) Flogismo nas pálpebras superior e inferior esquerdas e
restrição da movimentação ocular esquerda. Note que
274
volume 6
QUESTÕES
1
OFFTALMOLOGIA
OFTALMOLOGIA
A
Conceitos gerais
Pálpebras
2012 MEDCEL
1. Sobre as camadas da córnea, qual tem o papel fundamental de manter a deturgescência corneana?
a) epitélio
b) camada de Bowman
c) estroma
d) membrana de Descemet
e) endotélio
2010 UNIFESP CLÍNICA CIRÚRGICA
4. Com relação à ptose palpebral, assinale a alternativa falsa:
a) a correção em crianças deve ser precoce
b) a suspensão frontal não deve ser a 1ª escolha nos casos
congênitos
c) a ptose aguda pode ser causada pela lesão traumática
do nervo facial
d) o excesso cutâneo pode ou não ser ressecado
e) pode ser causada pela desinserção do músculo levantador da pálpebra superior
… Tenho domínio do assunto … Refazer essa questão
… Reler o comentário
… Encontrei dificuldade para responder
Erros de refração
2006 UNIFESP
2. Qual o tratamento da ambliopia?
a) óculos e cirurgia eventual
b) oclusão
c) colírios que borram a imagem e óculos para leitura de
perto
d) não há tratamento após os 3 anos de idade
e) estimulação visual com flashes de luz alternados
… Tenho domínio do assunto … Refazer essa questão
… Reler o comentário
… Encontrei dificuldade para responder
2002 UNIFESP
3. Qual a ametropia que faz o usuário de óculos aos 50
anos ver melhor de perto sem o uso da correção óptica?
a) presbiopia
b) hipermetropia
c) miopia
d) astigmatismo hipermetrópico
e) astigmatismo misto
… Tenho domínio do assunto … Refazer essa questão
… Reler o comentário
… Encontrei dificuldade para responder
… Tenho domínio do assunto … Refazer essa questão
… Reler o comentário
… Encontrei dificuldade para responder
Conjuntiva
2004 HSPE SP
5. A conjuntivite gonocócica do recém-nascido é uma doença grave e que pode levar à cegueira. A suspeita diagnóstica é forte em caso de:
a) secreção purulenta intensa e bilateral
b) parto cesárea
c) secreção discreta e bilateral, mucopurulenta
d) secreção purulenta unilateral
e) opacidade de córnea bilateral
… Tenho domínio do assunto … Refazer essa questão
… Reler o comentário
… Encontrei dificuldade para responder
2004 HSPE SP
6. Secreção conjuntival unilateral, com desconforto e vermelhidão na conjuntivite, é suspeita de:
a) conjuntivite bacteriana aguda
b) ceratite herpética
c) conjuntivite viral aguda
283
volume 6
COMENTÁRIOS
1
OFTALMOLOGIA
Questão 1. A córnea mede 11,5mm de diâmetro na vertical e 12mm na horizontal e é constituída pelas seguintes
camadas:
- Epitélio: estratificado, escamoso e não queratinizado. A
renovação do epitélio ocorre principalmente pelas células
tronco, que se localizam no limbo, com migração celular
centrípeta, mas também ocorre pela membrana basal do
epitélio;
- Camada de Bowman: camada acelular do estroma;
- Estroma: corresponde a 90% da espessura da córnea,
composto, principalmente, por fibrilas de colágeno;
- Membrana de Descemet: fina trama de fibrilas de colágeno;
- Endotélio: consiste em uma camada única de células
hexagonais que não se regeneram; tem o papel fundamental de manter a deturgescência (estado de baixa hidratação) corneana.
Gabarito = E
Erros de refração
Questão 2. Ambliopia é a diminuição da acuidade visual
de um olho em relação ao outro devido à falta de estímulo visual na infância (até cerca de 7 anos de idade ocorre
amadurecimento cortical). Nem o olho nem o córtex têm
alteração anatômica; ocorre apenas uma alteração na funcionalidade, em razão da anisotropia (diferença significativa de refração de um olho ao outro) ou do estrabismo.
O tratamento de escolha para ambliopia é a prescrição da
correção óptica e a oclusão do olho dominante, ou oclusão
alternada. Também existe a penalização do olho dominante
com colírios mediáticos (borram a imagem), embora menos
usada. A alternativa “c” está errada devido à correção, que
é para longe e não para perto.
Gabarito = B
Questão 3. Essa questão induz o candidato a marcar a alternativa “a” . Porém, presbiopia é a perda da capacidade visual para perto, decorrente da idade, e se inicia por volta dos
40 anos. Um paciente de 50 anos já possui presbiopia, que
é corrigida com o uso de lentes positivas, para compensar a
acomodação perdida. Um paciente míope necessita de lentes negativas para ter uma visão de longe. Se este paciente
tiver 50 anos, vai continuar precisando destas lentes para
continuar tendo uma boa visão de longe, mas vai precisar
de uma adição de lentes positivas para enxergar de perto
(já é presbita). E se somarmos uma lente negativa com uma
positiva? Não ficará mais próximo de 0? Por exemplo, se o
paciente em questão for míope de -2.0 e presbita de +2.0,
sem óculos ele enxergará perfeitamente de perto (+2.0 -2.0
= 0), mas de longe continuará precisando de seus óculos
de míope. Todas as demais alternativas piorarão a visão de
perto.
Gabarito = C
Pálpebras
Questão 4. A ptose é um posicionamento anormalmente
baixo da pálpebra superior, que pode ser congênito ou adquirido. Classifica-se em:
- Ptose neurogênica: causada por defeito inervacional ou
paralisia do 3º nervo (oculomotor). É a mais frequente em
crianças;
- Ptose miogênica: causada por miopatia do músculo levantador da pálpebra;
- Ptose aponeurótica: causada por um defeito da aponeurose do músculo levantador da pálpebra. Frequentemente
decorrente de alterações degenerativas relacionadas à
idade. É a mais prevalente nos idosos;
- Ptose mecânica: causada por efeito gravitacional de uma
massa ou cicatriz.
A correção em crianças deve ocorrer o mais precocemente
possível, pois a ptose pode estar cobrindo parcialmente ou
totalmente a visão de um olho, podendo levar à ambliopia
333
COMENTÁRIOS
Conceitos gerais
Download