Seminário de Inicia ção Científica da UNIFAL-MG – Edi ção 2012 Georges Balandier e a antropologia política: um breve estudo sobre algumas obras traduzidas em língua portuguesa. João Gabriel Rodrigues e Figueiredo; Lucas Cid Gigante *[email protected] (Instituto de Ciências Humanas e Letras – Unifal-MG) Palavras-chave: poder, teoria política, antropologia política, Georges Balandier. Introdução Tendo como base de análise algumas obras do antropólogo Georges Balandier traduzidas em língua portuguesa (sobretudo “O Poder em Cena”), o presente trabalho procura evidenciar os principais conceitos utilizados pelo autor para construir sua teoria sobre o poder e a política. Resultados e discussão Através da análise das referidas obras, verificou-se que o autor trabalha o conceito de poder sob seu aspecto teleológico. Ao se manifestar nos homens, este poder divino e transcendente se transforma em autoridade, em relação política, conflituosa. Nesse sentido, toda sociedade se edifica pelos caminhos do conflito, sendo que o grande truque político consiste na capacidade de ocultar essa faceta caótica através de uma ordem idealizada que rege tanto as coisas do mundo como as coisas do céu. É assim que o poder e a política formariam um casal cuja união é o próprio fundamento da vida social e do cosmos. É importante destacar que os resultados desta pesquisa estão parcialmente concluídos. Além disso, a fase redacional ainda não se iniciou. Espera-se concluí-la em janeiro ou fevereiro de 2013. Conclusões O poder aparece como algo sobrenatural cuja função é criar imagens idealizadas de toda e qualquer sociedade. Desse modo, só existe poder no plano ideal e divino. A perfeição imaginada pelos homens nunca se verifica no mundo natural, na sua política. Portanto, esta noção pressupõe que o poder não está nem naqueles que detêm riquezas materiais nem tampouco naqueles que encarnam posições de prestígio, como os chefes de Estado. O poder cria personagens e narrativas mitológicas que orientam a vida social enquanto a política recria ou recompõe o quadro dos atores que encenarão determinados papéis. Agradecimentos À minha mãe, Lourdes Donizetti Rodrigues, pelas radicais inconstâncias que me fazem pensar; à minha tia, Maria Helena Rodrigues, pelo apoio incondicional; à minha prima, Walderez Aparecida Rodrigues, pelas fantasias radiantes; aos meus grandes amigos, pelas doces loucuras que alimentam minh’alma. Ao meu xará “João” Sebastian Bach, que, através de suas magníficas melodias e harmonias, combinadas com odores de incensos, me propiciou sublimes momentos de paz e serenidade, sem as quais a realização sensorial deste trabalho não seria possível. Aos grandes senhores, Carlos Tadeu Siepierski, Lucas Cid Gigante e Adriano Santos, meus amigos acadêmicos. Agradeço sobretudo à Fapemig, cujo incentivo foi imprescindível para a realização desta pesquisa. Referências bibliográficas Balandier, Georges. Antropo-lógicas. São Paulo: Cultrix, Editora da Universidade de São Paulo, 1976. ________________. Antropologia política. Lisboa: Editorial Presença, 1987. ________________. As dinâmicas sociais: sentido e poder. São Paulo, Rio de Janeiro: Difel, Difusão Editorial S.A., 1976. ________________. O poder em cena. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1982.