Colégio Alternativo EJA – Modalidade Ead Semi Presencial Biologia – Professora Gabriele Alves Origem da Vida Criacionismo e fixismo: teoria que considera que todos os seres vivos foram criados a partir de intervenção divina. Várias culturas e religiões seguem esta ideia. E, até pouco tempo atrás, esta era uma ideia também aceita no meio científico. Até o século XVIII a maior parte dos cientistas acreditava que cada espécie havia surgido na Terra independentemente, sem parentesco entre si e que suas características permaneciam inalteradas ao longo do tempo. A estas ideias, damos o nome de teoria fixista. Panspermia ou cosmogenia: hipótese que diz que a vida teve origem em outro planeta e foi trazida para o planeta Terra carregada por meteoros que trazia formas de vida bastante simples. Atualmente esta é uma teoria desacreditada, principalmente pelo fato de que ela transfere o “problema” da origem da vida para outro planeta. Abiogênese ou geração espontânea, Franceso Redi: hipótese que afirma que os seres vivos podem surgir da matéria bruta. Dizia-se que algumas substâncias possuíam “força vital” capaz de produzir seres vivos. Esta hipótese foi inúmeras vezes testada e supostamente corroborada pelo surgimento “inexplicável” de moscas sobre a carne, ratos em trapos sujos, decomposição de matéria orgânica etc. O cientista italiano Franceso Redi (1626 – 1698) foi o primeiro a questionar essa ideia, realizando o experimento a seguir: Porém, com a invenção do microscópio foi possível visualizar a existência de microrganismos e a teoria da abiogênese voltou a ganhar força, afirmando-se que somente seres muito simples poderiam surgir a partir da matéria inanimada. Em 1862, o cientista francês Louis Pasteur realizou um novo experimento para questionar a abiogênese, veja a seguir: Com este experimento, Louis Pasteur conseguiu comprovar que mesmo existindo condições essenciais à vida (ar, água e nutrientes) os seres vivos não podem surgir a partir da matéria bruta. Teoria de Oparin e Haldane: Na década de 30, trabalhando de forma independente, o cientista russo Aleksander I. Oparin e o cientista escocês John B. S. Haldane chegaram à mesma conclusão: a vida havia surgido na Terra primitiva, a partir de matéria sem vida através de reações químicas que ocorreram durante um longo período de tempo. Esta é a teoria mais aceita atualmente. Segundo esta teoria, a Terra primitiva era muito quente, com temperatura média de 50ºC, uma vez que a atmosfera era muito fina e não tinha uma composição de gases diferente da atual (havia metano, amoníaco, hidrogênio e vapor de água). Dessa maneira, as radiações ultravioletas passavam diretamente para a superfície do planeta. Há evidências de que havia pouquíssimo oxigênio livre. As fortes descargas elétricas das tempestades juntamente com a radiação do Sol promoveram uma série de reações químicas que degradaram as substâncias existentes e as reorganizaram em novas moléculas, dentre elas, substâncias orgânicas como os aminoácidos. Em 1953, o cientista americano Stanley Muller realizou um experimento que ajuda a apoiar a teoria de Oparin e Haldane. Nele, o cientista simula as características da Terra primitiva e consegue produzir moléculas orgânicas. Veja a imagem a seguir: Com o decorrer de quase um bilhão de anos, esses elementos químicos orgânicos mais complexos se organizaram formando uma estrutura chamada de coacervado. Um coacervado que tivesse conseguido aprisionar uma molécula de ácido nucléico e de proteínas teria sido o primeiro ser vivo da Terra. Este ser vivo teria sido capaz de possuir metabolismo e reprodução, dando origem a todos os demais seres vivos. Ao que tudo indica esses primeiros seres vivos eram heterotróficos, uma vez que a fotossíntese é um processo extremamente complexo que envolve muitas enzimas que provavelmente ainda não existiam. Logo, os primeiros seres vivos provavelmente se alimentavam de moléculas livres no ambiente e é provável que estes seres fossem anaeróbios, uma vez que havia pouco oxigênio livre. Lamarck: naturalista francês, foi o primeiro a propor uma teoria sintética da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, no livro Filosofia Zoológica. Ele dizia que formas de vida mais simples surgem a partir da matéria inanimada por geração espontânea e progridem a um estágio de maior complexidade e perfeição. “..se o ambiente sofre modificações, os organismos procuram adaptar-se a ele.”Segundo Lamarck, portanto, o princípio evolutivo estaria baseado em duas leis fundamentais: -Lei do uso ou desuso: no processo de adaptação ao meio, o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que elas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem; Um exemplo clássico da lei do uso e do desuso é o crescimento do pescoço da girafa. Segundo Lamarck: Devido ao esforço da girafa para comer as folhas das arvores mais altas o pescoço do mesmo acabou crescendo. -Lei da transmissão dos caracteres adquiridos: alterações no corpo do organismo provocadas pelo uso ou desuso são transmitidas aos descendentes. Mesmo estando enganado quanto às suas interpretações, Lamarck merece ser respeitado, pois foi o primeiro cientista a questionar o fixismo e defender idéias sobre evolução. Ele introduziu também o conceito da adaptação dos organismos ao meio, muito importante para o entendimento da evolução. Seleção Natural, Charles Darwin: elaborar sua teoria evolucionista ocorreram durante a viagem ao redor do mundo, como naturalista do navio inglês H. S. S. Beagle. Durante os cinco anos que durou a viagem, iniciada em 1831, Darwin visitou diversos locais da America do Sul (inclusive o Brasil) e da Austrália, além de vários arquipélagos tropicais. Indivíduos de mesma espécie apresentam variabilidade entre si; Indivíduos de mesma espécie competem entre si pelos mesmos recursos; seleção natural dos mais aptos, pois desta maneira serão preservadas as características que permitam à espécie reproduzir-se e sobreviver Neodarwinismo: reafirma as ideias de Darwin e explica que a origem da variabilidade genética são as mutações e a recombinação gênica. ***Primeiros seres vivos – heterotróficos (necessitam de fonte de alimento) e anaeróbicos (vivem na ausência de oxigênio). Logo passaram a ser autotróficos (produzem seu próprio alimento) e aeróbico (necessitam de oxigênio para sobreviver).