Força Aérea e Marinha da Colômbia trabalham juntas para

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Força Aérea e Marinha da Colômbia trabalham juntas para
combater o tráfico de drogas
Operações para combater o uso ilegal do espaço marítimo pelos traficantes de drogas estão entre as
prioridades da Marinha da Colômbia.
Marian Romero/Diálogo
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9 agosto 2016
CAPACITAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO
Em 2016, a Marinha da Colômbia apreendeu 72 toneladas de alcaloides em decorrência de seu trabalho de
inteligência e de sua colaboração com a Força Aérea da Colômbia e das forças armadas de toda a região. (Foto:
Marinha da Colômbia)
Operações conjuntas realizadas pela Marinha e Força Aérea da Colômbia (FAC) mostraram-se eficazes no
fechamento das rotas do tráfico de drogas. Em apenas duas operações em junho, as autoridades
apreenderam mais de uma tonelada de cloridrato de cocaína em diferentes áreas das águas territoriais da
Colômbia no Caribe.
O serviço de inteligência da Marinha da Colômbia, juntamente com informações das Investigações de
Segurança Interna dos EUA (HSI, da sigla em inglês), permitiram que estações da Guarda Costeira nas
cidades de Santa Marta e Cartagena interceptassem as embarcações em uma operação. Entretanto, nos
dois casos, o 3o Comando de Combate Aéreo da FAC orientou do ar as unidades de resposta rápida da
Marinha.
"A parceria com a FAC tem sido extremamente benéfica porque fornece inteligência do ar que, se fosse da
água, seria mais lenta e menos precisa. A área de vigilância que uma aeronave cobre é 10 vezes maior do
que a de um navio. Ela também fornece as coordenadas exatas da localização da embarcação suspeita, o
que torna as interceptações mais eficientes", disse o Almirante-de-Esquadra Leonardo Santamaria,
comandante da Marinha da Colômbia.
O Alte Esq Santamaria explicou que as forças armadas de todos os países afetados têm trabalhado juntas
no combate ao tráfico internacional de drogas para administrar de forma abrangente a situação e evitar o
chamado efeito bexiga - no qual o ar dentro de uma bexiga de látex que seja espremido se move para uma
área diferente mas nunca vai embora- com a erradicação de plantações e supressão do tráfico de drogas
na América Latina.
Até agora, neste ano, as operações conjuntas entre a Marinha e a FAC resultaram na imobilização de nove
embarcações. Isso contribuiu para que a Marinha apreendesse 72 toneladas de alcaloides até agora em
todas as suas operações, com e sem o apoio de outras instituições.
Apoio da FAC
Como as costas da Colômbia se confrontam tanto com o mar do Caribe como com o Oceano Pacífico, o
imenso espaço marítimo sob a responsabilidade da Marinha levou à necessidade dessa parceria.
A Marinha e a Força Aérea da Colômbia começaram a trabalhar em conjunto em operações de
interceptação naval em 2007. Desde então, a colaboração vem se fortalecendo cada vez mais. Embora o
sucesso da colaboração conjunta não fique evidente no número de embarcações detidas a cada ano
devido ao fato de os dados atuais ainda não mostrarem uma tendência específica, a metodologia de
comunicação e a logística tornam essa parceria uma estratégia importante no combate ao tráfico de
drogas.
"O uso ilegal do espaço aéreo no tráfico de drogas caiu em 99 por cento; assim, tomou-se a decisão de
incluir missões contra o tráfico marítimo ilegal como um dos pontos da doutrina da FAC", explicou o Coronel
Iván Darío Bocanegra, diretor de Defesa Aérea da FAC. "Essa mudança otimizou o uso do nosso espaço
aéreo e nos permitiu aumentar nosso uso dos meios e recursos disponíveis para executar operações de
defesa nacional."
As operações de interceptação naval são realizadas tanto ao longo da costa como em alto mar, dependendo da rota
escolhida pelos traficantes. No Caribe, os traficantes se dirigem diretamente para a América Central ou México e, no
Pacífico, podem também pegar uma rota direta ou se desviar para as Ilhas Galápagos, do Equador, numa tentativa
de se evadirem das autoridades colombianas. (Foto: Marinha da Colômbia)
O Acordo de Negação de Ponte Aérea entre a FAC e o governo dos Estados Unidos referente à
interceptação de tráfico aéreo ilícito entrou em vigor em 2003.Conhecido como Acordo ABD (da sigla em
inglês), ele possibilitou que as autoridades rastreassem e analisassem alvos aéreos, desativassem pistas
de pouso ilegais usadas pelos traficantes de drogas, entre outras estratégias, que, por sua vez, levaram à
eliminação de quase 100 por cento do tráfico aéreo de drogas. Com esse resultado positivo, o acordo foi
expandido em 2007 para incluir os recursos aéreos da FAC como suporte na repressão ao tráfico marítimo
ilegal de narcóticos e substâncias psicotrópicas, conhecido como SSIMT (da sigla em inglês).
A interceptação naval é o processo de abordar, inspecionar e revistar uma embarcação suspeita de
envolvimento em atividade ilegal. Se for confirmada a suspeita, as pessoas a bordo da embarcação são
detidas, e a carga ilegal é apreendida. A Marinha da Colômbia é responsável por essa parte da operação.
O trabalho de inteligência é realizado pela Marinha, embora também possa ser feito pela polícia ou pelo
Comando Sul dos EUA. Com base nessas informações, a FAC voa sobre uma determinada parte do
oceano para encontrar do ar a embarcação ilegal, quer seja uma lança veloz ou um semissubmersivel.
Uma vez avistado o alvo, o piloto transmite as coordenadas exatas e age como guia para uma embarcação
da Marinha executar a interceptação.
"As operações são executadas o mais discretamente possível. Voamos alto o suficiente para não gerarmos
ruído que possa alertar os criminosos. Em geral, quando se sentem acuados, eles jogam a mercadoria na
água para reduzir a pena", explicou o Cel Bocanegra. "O sucesso das operações de SSIMT está na
comunicação entre todas as forças armadas envolvidas e na coordenação orquestrada pela Marinha da
Colômbia."
Patrulhando os dois oceanos
"Historicamente, as drogas vêm sendo traficadas principalmente por mar. Os bandidos têm preferido viajar
por mar, mesmo que demore muito mais que um avião, porque isso lhes permite carregar mais peso com
um custo menor", disse o Alm. Santamaría. "Uma lancha veloz pode ser carregada com 1,5 tonelada e um
semissubmersível, com 6 toneladas, mas um avião só pode carregar alguns quilos. É por isso que a
maioria dos problemas ocorre no mar."
Lanchas velozes são difíceis de detectar do ar devido ao seu pequeno porte. Contudo, a
Força Aérea da Colômbia possui aeronaves e radares especiais que conseguem detectar
movimento abaixo da superfície da água, permitindo-lhes encontrar semissubmersíveis.
(Foto: Marinha da Colômbia)
A Força Aérea da Colômbia não é a única organização que patrulha o vasto espaço marítimo. Ela também
tem o apoio de todos os países da América Central e dos Estados Unidos. Acordos de defesa voltados para
o combate ao tráfico de drogas têm possibilitado obter um controle mais eficaz.
O desafio dessas operações é continuar a padronizar a doutrina e fornecer treinamento conforme
necessário às forças-tarefa para executar interceptações cada vez mais precisas, bem como reduzir a
quantidade de drogas traficadas por mar.
"Com o impulso dos acordos que vimos implementando já há muitos anos, estabelecemos frentes efetivas
para neutralizar as embarcações dos criminosos. Criamos uma unidade doutrinária e estabelecemos uma
rede de recursos para detectar taticamente os inimigos", disse o Alte Esq Santamaría. "Cada operação de
interceptação utiliza os recursos disponíveis ao longo da rota da embarcação ilegal. Pode ser uma
aeronave de um país, um barco ou navio de outro e assim por diante, até a conclusão da missão final."
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