aula 4 – a sociedade medieval

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HISTÓRIA
PROFESSOR: JOÃO ALEXANDRE C. L. LOPES
ISOLADA DE
AULA 4 – A SOCIEDADE MEDIEVAL
Formação da estrutura feudal
As estruturas feudais começaram a se delinear
no contexto da crise romana do século III. Suas
principais características são: o retomo ao campo e o
abandono do comércio como principal atividade
econômica; a concentração de terras, ou o predomínio
de grandes propriedades; e o predomínio do trabalho
servil. .
A estrutura política fundamentava-se na
relação de susserania e vassalagem, caracterizada
pela dependência e pelo compromisso de fidelidade
firmado entre dois senhores. Era um pacto militar no
qual o vassalo se colocava sob a dependência e
proteção do suserano, a quem jurava fidelidade
política e militar. O vassalo recebia um feudo sobre o
qual exercia autoridade exclusiva. A figura do rei,
também denominado suserano maior, não foi extinta,
mas o monarca deixou de exercer seu poder em várias esferas da vida do reino. A descentralização
política levou ao desaparecimento da moeda única
para todo o reino, à desarticulação do exército nacional e à formação de milícias particulares a serviço dos
senhores feudais.
A economia feudal baseava-se na atividade
agrícola e a terra era o principal fator de riqueza. Nas
vastas extensões de terra, denominadas feudos,
praticavam-se a agricultura, a caça e a criação de
animais. A propriedade era dividida em domínio ou
manso senhorial, que pertencia exclusivamente ao
senhor feudal; manso servil, onde os servos
praticavam a agricultura para sua subsistência; e
manso comunal, formado pelos bosques e pastagens.
A sociedade era composta por dois grupos: os
proprietários e os trabalhadores, que, em geral, eram
servos da gleba. Na classe dos proprietários estavam
os nobres e o clero; o restante da sociedade era
formada, basicamente, por servos. Cada um desses
grupos exercia uma função claramente definida na
sociedade feudal: "os que rezam (clero), os que
combatem (nobres), os que trabalham (servos)."
A sociedade era estamental, ou seja, nela não
havia mobilidade social. O senhor feudal era o único
proprietário do feudo e tinha o direito de controlar a
vida das pessoas que viviam em suas terras. O clero,
que era a outra parcela do estamento dominante,
tomou-se muito rico a partir do momento em que
passou a receber doações dos católicos. Dividia-se em
alto clero e baixo clero. Como a Igreja católica erá
uma grande proprietária de terras, muitos bispos e
cardeais exerciam as funções de senhores feudais.
Os servos realizavam o trabalho que
sustentava a estrutura feudal e estavam presos à
terra em que viviam. Pagavam diversos e pesados
impostos, como a corvéia (trabalho gratuito no manso
senhorial), talha (parcela da produção do manso servil
destinada ao senhor), tostão de Pedro (pagamento
feito à Igreja) e as banalidades (pagamento pelo uso
do moinho, do fomo e do celeiro). Submetidos a
tantos encargos, os servos viviam na miséria, e a
desnutrição permanente explica o grande número de
epidemias.
O catolicismo
No decorrer da Idade Média, o clero católico
alcançou grande prestígio social, e os padres exerciam
controle sobre o pensamento e o comportamento das
demais pessoas. Ao lado desse poder político, crescia
o poder econômico. As doações dos fiéis tornaram
possível a construção de uma imensa fortuna, que se
espalhava por várias regiões. O celibato clerical
(imposto no século XI, mas já praticado) acabou por
favorecer a garantia dos benefícios recebidos se
tornassem propriedade da instituição após a morte do
clérigo,
que ele não teria herdeiros legítimos –
impedindo a reividicação de sua parte na herança.
Outro
fator
que
contribuiu
para
o
fortalecimento da Igreja foi o desaparecimento das
instituições de Estado que ordenavam a vida social e
civil. Com o fim do Império Romano, a Igreja assumiu
o papel das instituições públicas: eram os padres que
educavam,
arbitravam
as
questões
legais,
informavam,
orientavam
a
economia,
enfim,
conduziam a vida social.
ALTA IDADE MÉDIA
Texto Reflexivo
As características típicas da Idade Média não
fizeram o homem desse período menos competente,
pois a cultura medieval, se comparada com a do
mundo greco-romano, foi redefinida: “A ciência
perdeu a vitalidade e a velha união com a filosofia se
dissolveu. [...] A filosofia contraiu nova aliança, dessa
vez com a teologia; durante séculos a vida
intelectual se processaria sob a orientação da Igreja.
[...] É cabível indagar da História se há alguma razão
válida para supor que o gênio humano chamejou com
menos brilho quando os homens, por boas razões
pessoais e da época, transferiram o pensamento
especulativo da ciência-filosofia para a teologiafilosofia. Presumivelmente, os homens do [...]
princípio da Idade Média nasceram com a mesma
capacidade
de
pensar,
inquirir
e
evoluir
intelectualmente que os homens de qualquer outra
época. A questão, então, não é se tinham capacidade,
mas se podiam ou desejavam usa-la, e como a
usavam”.
BARK, William Carroll. Origens da Idade Média. 3. ed.
Rio de Janeiro, Zahar, 1974. p. 102-3.
OS IMPÉRIOS MEDIEVAIS
Com o fim da autoridade romana sobre o
Império do Ocidente, os povos germânicos ocuparam
as terras que antes eram propriedade de Roma. A
entrada dos germânicos no território romano ocorreu
de duas formas:
. migrações, que foram incentivadas pelos romanos
porque os jovens germânicos auxiliavam o exército
no controle das fronteiras;
. invasões, feitas com violência e muita destruição,
com o objetivo de expulsar os romanos e ocupar as
terras.
Embora a política na Idade Média seja
identificada pela fragmentação do poder, naquele
período ocorreram, também, a formação de impérios,
como vamos analisar a seguir.
O Império Franco
A expansão dos francos começou durante a
dinastia merovíngia, a primeira a governar o reino;
mas foi sob o poder da dinastia carolíngia que o reino
tornou-se um império. Carlos Magno, que governou
de 768 a 814, por meio de um grande número de
guerras deconquista, ampliou ainda mais o território
sob o domínio franco e consolidou o poder de seu
reino. A fim de obter apoio político e militar, Carlos
Magno distribuía entre os nobres as terras
conquistadas nas guerras de expansão. As terras
eram cedidas em troca do compromisso de fidelidade
e apoio militar ao rei, prática que derivou no compromisso de suserania e vassalagem firmado entre os
senhores feudais.
Os reis francos eram aliados da Igreja
católica, fato que favoreceu as duas instituições: o
apoio do papa fortaleceu a autoridade do rei; o papa,
por sua vez, encontrou nos reis francos apoio político
e militar contra os imperadores bizantinos e, a partir
do século VII, contra os árabes que se expandiam
pelo mundo em uma cruzada de difusão do islamismo.
No ano 800, Carlos Magno recebeu do papa
Leão III a bandeira do Santo Sepulcro e foi aclamado
"Imperador do Romanos". O Império Franco tinha um
forte caráter de imperium christianum (império cristão) herdado dosDizanhnos. AcrecÍitava-se que o imperador era escolhido por Deus e sua missão era
propagar a fé cristã, governar como um rei e pregar
como um sacerdote.
A sociedade carolíngia apresentava muitos
traços da sociedade feudal: a terra era o grande fator
de riqueza e poder, os pequenos produtores
colocavam-se sob a proteção de um grande
proprietário e já predominava o trabalho servil.
Os Impérios Medievais
Com o fim da autoridade romana sobre o
Império do Ocidente, os povos germânicos ocuparam
as terras que antes eram propriedade de Roma. A
entrada dos germânicos no território romano ocorreu
de duas formas:
a) migrações, que foram incentivadas pelos
romanos porque os jovens germânicos auxiliavam o
exército no controle das fronteiras;
b) invasões, feitas com violência e muita
destruição, com o objetivo de expulsar os romanos e
ocupar as terras.
Embora a política na Idade Média seja
identificada pela fragmentação do poder, naquele
período ocorreram, também, a formação de impérios,
como vamos analisar a seguir.
Em meados do século IX houve uma guerra
entre os três netos de Carlos Magno, Luís, Carlos
e Lotário, que disputavam o trono. Em 843 d.C.,
foi assinado um acordo de paz, o Tratado de
Verdum, que dividiu o Império em três partes.
Luís herdou a Germânia, onde hoje existe a
Alemanha, e deu início à formação do Sacro
Império Romano Germânico. O império era
controlado
por
cinco
famílias
que
compartilhavam o poder e as terras. A Germânia
expandiu-se e conquistou o Reino da Itália, da
Sicília e parte da Pomerânia, da Silé$ia e da
Áustria. O império sobreviveu até O início do
Século XIX, quando foi destruído pelas guerras
napoleônicas.
O Império Romano do Oriente
Em 330 d.C., a cidade grega de Bizâncio
recebeu do imperador romano Constantino o nome de
Constantinopla. O Império Romano do Oriente é
chamado também de Império Bizantino em uma
referência a Bizâncio.
O governante bizantino (basileu) era chefe de
Estado (césar) e da Igreja (papa), por isso sua forma
de governo foi denominada cesaropapismo. O basileu
de maior destaque foi Justiniano, que governou de
527 a 565. Foi responsável pela elaboração do corpus
Juris Civilis (Corpo do Direito Civil), também chamado
de Código de Justiniano - uma compilação das leis
romanas que tinha como principal objetivo organizar
administrativamente o Estado e reforçar seu poder.
Justiniano governou a favor das classes ricas e
destinou à maioria da população, formada por empregados assalariados, servos e escravos, muito trabalho e o peso dos impostos. Após a sua morte, o
Império do Oriente seguiu um processo irreversível de
retorno à sua origem cultural grega. No século VII, o
grego substituiu o latim como idioma oficial e
Constantinopla voltou a ser chamada de Bizâncio.
A nova igreja foi denominada Igreja cristã
ortodoxa grega. Os cristãos do Oriente questionavam
alguns aspectos da doutrina romana, atitude
considerada heresia pelo papado. Duas questões
tornaram-se sérias: o monofisismo (sobre a natureza
humana ou divina de Jesus) e o iconoclastismo I
condenação do culto a imagens sacras). O choque
doutrinário provocou, em 1054, o Cisma do Oriente,
que foi a divisão da Igreja católica entre o papado de
Roma e o patriarcado de Constantinopla.
Em 1453, Constantinopla foi dominada pelos
turcos-otomanos, fato que marcou o fim do Império
do Oriente.
Resumo Do Império Bizantino
1.1CARACTERÍSTICAS
a) desenvolvimento comercial
b) centralização imperial
c) manteve-se após a crise do escravismo
1.2 MAIOR IMPERADOR:JUSTINIANO(527-565)
a) derrota a revolta de nika
b) reconquista da parte ocidental do império
c) conteve o avanço húngaro
d) afirmação do cesaropapismo
e) corpo do direito civil
1.2 DECADÊNCIA
a) altos imposto
b) perda de territórios(árabes e búlgaros)
c) movimento iconoclasta
d) ataques de peste
1.3 CULTURA
a) arquitetura(catedral de Santa Sofia)
b) direito
I- Código de Justiniano
II- Digesto
III- Institutas(princípios do direito)
IV- Novas ou Autênticas(novas leis)
c) INDÚSTRIA
I- manufaturas
II- artesanato
O Império Árabe
Na Arábia coexistiam duas civilizações: ao sul
viviam grupos sedentários, que se dedicavam à
agricultura e ao comércio; ao norte ficavam os
beduínos, nômades que viviam no deserto praticando
o pastoreio e, em épocas de crise, saqueando
populações sedentárias. O contato com hebreus e
cristãos fez com que os beduínos adotassem uma
divindade suprema, que eles chamavam de Alá, o
primeiro passo para a criação de uma nova religião
monoteísta - o islamismo.
Segundo a tradição islâmica, no século VII,
Maomé recebeu a missão de pregar a vontade de Alá,
afirmado como deus único, eterno, criador de tudo o
que existe. Mas a nova doutrina encontrou resistência
dos I sacerdotes de Meca, cidade de peregrinação,
onde está o templo da Caaba, que os árabes
visitavam para cultuar a Pedra Negra (considerada sagrada) e outros ídolos.
Em virtude dessa oposição, em 622 Maomé
transferiu-se para Yatrib, que passou a ser chamada
Medina. Esse fato é conhecido como hégira
(emigração), e 622 passou a ser considerado o
primeiro ano do calendário islâmico. Em 630, quando
já havia consolidado seu poder político e religioso,
Maomé formou um exército e invadiu Meca; destruiu
os ídolos que ficavam na Caaba, preservando apenas
a Pedra Negra.
O islamismo defende a tese da predestinação,
segundo a qual as pessoas ocupam no mundo um
lugar determinado por Alá, crença muito útil à elite
econômica que explora as classes pobres. A doutrina
islâmica está formulada no Corão, ou Alcorão, o livro
sagrado dos muçulmanos.
O Jíhad - ou Guerra Santa - foi usado como"
pretexto para o expansionismo árabe: a invasão de
outros países era justificada pelo dever de todo
muçulmano expandir a fé em Alá. Os árabes iam em
busca de terras férteis para onde pudessem exportar
seu excedente populacional e das quais pudessem
extrair' riquezas; também pretendiam controlar o
comércio feito através do Mar Mediterrâneo.
RESUMO DA ALTA IDADE MÉDIA
1. Alta Idade Média
1.1. Formação dos Reinos Bárbaros
a) Reinos de curta duração
IVândalos (429-534)
IIOstrogodos (493-553)
IIIVisigodos (419-711)
IVBurgúndios (443-534)
VAnglos, Saxões, Jutos (450-1035)
b) Reino Franco
IMerovíngeos (481-751)
IICarolíngeos (751-843)
SISTEMA FEUDAL
1. Características
a) Produção auto-suficiente
b) Sociedade estamental
c) Poder fragmentado
1.2.Formação do Feudalismo
a) elementos romanos
b) elementos germânicos
1.3.Regime de propriedade
a) Posse Coletiva
b) Manso Senhorial ou reserva
c) Manso Servil ou Tenência
1.4.Regime de trabalho (servil)
a) Córveia
b) Redevances
c) Prestações
1.5.Relações Sociais
a)Situação do servo
b)Relação susserano
c)-Proibição da usura
1.6.doutrinas heréticas
a)Gnosticismo
b)Montanismo
c)Arianismo
d)Nestorianismo
e)Monoficismo
AULA 4 - HORA DE DIVERSÃO!
01- Jacques Le Golf e George Duby, especialistas
em Idade Média, dividem a sociedade em três
grandes
ordens.
A
1ª
compreendia
os
integrantes do clero, a 2ª reunia os senhores
feudais, e a última era constituída pelos servos.
Sobre a sociedade feudal é correto afirmar que:
a) havia uma grande mobilidade social, apesar das
rígidas tradições e vínculos jurídicos determinando a
posição social de cada indivíduo.
b) a honra e a palavra tinham importância
fundamental, sendo os senhores feudais ligados por
um complexo sistema de obrigações e tradições.
c) os suseranos deviam várias obrigações aos seus
vassalos, por exemplo, o serviço militar.
d) os servos, como os escravos, não tinham direito à
própria vida, viviam presos à terra e dela não podiam
sair.
e) os vilões constituíam uma parcela de senhores
feudais que procuravam por outro senhor mais
poderoso, jurando-lhe fidelidade e obediência.
02- Afirma-se sobre a Civilização muçulmana:
I. Os muçulmanos sempre consideraram Maomé como
o criador do Islamismo, cujo princípio básico, retirado
do Judaísmo da época de Abraão, diz que Jeová é o
único Deus, e Maomé, seu profeta.
II. Durante o 1º califado, os princípios básicos da
religião muçulmana foram transcritos no livro sagrado
Alcorão, ou Corão, que é o conjunto de narrativas e
mandamentos dos ensinamentos de Maomé.
III. Maomé, ao impor a sua religião aos árabes,
contribuiu para a unificação política da Península
Arábica e, ao impor rituais, crenças e práticas
cotidianas, facilitou a criação de uma organização
social única.
Deve-se concluir, a respeito dessas afirmações,
que
a) todas são corretas.
b) nenhuma é correta.
c) apenas I e II são corretas.
d) apenas II e III são corretas.
e) apenas I e III são corretas.
03- Analise o quadro abaixo:
Inglês:
Sunday(dia do Sol)
Monday(dia da Lua)
Tuesday(dia de Tiwaz, deus
protetor das assembléias na
mitologia germânica)
Wednesday (dia de Woden,
chefe germânico)
Thursday (dia de Thor, deus
dos raios na mitologia germânica)
Friday (dia de Freya, deusa do
amor na mitologia germânica)
Saturday (dia de Saturno, pai
de Júpiter na mitologia romana)
Italiano:
Domenica(dia do Senhor)
Lunedì(dia da Lua)
Martedì (dia de Marte, deus
da guerra na mitologia romana)
Mercoledì (dia de Mercúrio,
deus do comércio na mitologia
romana)
Giovedì (dia de Júpiter, deus
do Céu na mitologia romana)
Venerdì (dia de Vênus, deusa
do amor na mitologia romana)
Sabato(dia do repouso, derivado
do hebraico shabat)
Quadro adaptado de FRANCO JÚNIOR, Hilário, A Idade
Média, nascimento do Ocidente, p. 124.
A respeito da denominação dos dias da semana
é correto afirmar que:
a) Ilustra a originalidade da cultura ocidental,
baseada exclusivamente no cristianismo e na
mitologia romana.
b) Ilustra preponderância da cultura céltica na
articulação de elementos de diversas culturas que se
enraizaram na Europa durante o período medieval.
c) Ilustra o processo de síntese cultural constitutivo
do período medieval com características variáveis, de
acordo com as regiões da Europa Ocidental.
d) Ilustra a impermeabilidade da cultura medieval às
influências externas.
e) Ilustra a preponderância da cultura judaica na
constituição da Europa medieval.
04- "Inspiramos-te, assim como inspiramos Noé
e os profetas que o sucederam; assim, também
inspiramos Abraão, Ismael, Isaac, Jacó e as
tribos, Jesus, Jonas, Aarão, Salomão, e
concedemos os Salmos a Davi. E enviamos
alguns mensageiros, que te mencionamos, e
outros, que não te mencionamos; e Allah falou a
Moisés diretamente... Ó adeptos do Livro, não
exagereis em vossa religião e não digais de
Allah senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de
Maria, foi tão somente um mensageiro de Allah e
o seu Verbo, que Ele enviou a Maria, e um
Espírito d’Ele." Alcorão, 4:163-164 e 171. O
significado dos versículos do Alcorão Sagrado
com comentários, p. 137-138.
A respeito do Islão é correto afirmar:
a) A religião muçulmana, apesar das influências do
judaísmo e do cristianismo, significou uma ruptura
com a tradição monoteísta ao estabelecer Alá como
divindade superior a um conjunto de gênios e
divindades secundárias.
b) A religião muçulmana surgiu no século VII, a partir
das pregações de Maomé realizadas na Palestina,
entre as tribos judaicas que haviam renegado o Livro
Sagrado.
c) A pregação de Maomé, registrada no Alcorão,
ajudou a reverter a tendência à fragmentação política
e cultural dos povos árabes, fornecendo as bases
religiosas para a expansão islâmica, a partir do século
VII.
d) A pregação de Maomé foi registrada no Alcorão,
primeiro livro sagrado escrito em hebraico e traduzido
para o árabe, grego e latim, o que facilitou sua
divulgação
na
Península
Arábica,
Palestina,
Mesopotâmia e Ásia Menor.
e) A transferência da capital do império islâmico para
Damasco, durante a dinastia Omíada, e para Bagdá,
com a dinastia Abássida, provocou uma revalorização
da cultura tribal árabe e a retomada dos valores
panteístas dos primeiros califas.
05- Com a chamada Partilha de Verdun, de 843,
o império de Carlos Magno foi dividido entre
seus três netos: Lotário, Carlos e Luís. A esse
respeito podemos afirmar:
a) Nesse acordo preservava-se a unidade políticoinstitucional, uma das características do sistema
feudal em processo de estruturação.
b) A partilha marca o início do processo de síntese
romano-germânico, que redundaria no aparecimento
de diversos pequenos reinos durante a Alta Idade
Média.
c) O resultado é o esboço da futura divisão européia,
uma vez que os domínios de Carlos e Luís darão
origem
aos
reinos
francês
e
germânico
respectivamente.
d) Nesse momento consagra-se a divisão da
cristandade, em razão da aproximação de Lotário e
Carlos com o papado e de Luís com o patriarcado de
Constantinopla.
e) O Tratado de Verdun marcou o fim dos conflitos
entre os poderes seculares e eclesiásticos, verificado
desde o início da Idade Média.
06- "Durante muito tempo, pensou-se que a Festa
dos Loucos, celebrada na altura da festa dos SantosInocentes (28 de Dezembro) e da Circuncisão (1º de
janeiro), não era mais do que uma sobrevivência das
festas pagãs do solstício de Inverno e das calendas de
janeiro (...) Na realidade, a Festa dos Loucos aparece
apenas no século XII e num contexto urbano
completamente novo (...) Quaisquer que sejam as
tradições antigas que presidiram ao seu nascimento, o
Carnaval é, como a Festa dos Loucos, uma inovação
da cidade medieval."
(SCHMITT.
Jean-Claude.
História
das
Superstições.Trad. Mira-Sintra-Mem Martins, EuropaAmérica, 1997. p. 158)
A respeito da cultura urbana medieval podemos
afirmar:
a) Manifestou-se também nas festas que foram
integradas ao calendário anual, orientado pelas
perspectivas do tempo clerical.
b) Desenvolveu-se paralelamente à cultura religiosa
oficial e manteve-se completamente independente dos
poderes clericais e seculares.
c)
Realizou
uma
profunda
mudança
de
comportamento e mentalidade, ao eliminar a
Quaresma e
ao instituir festas marcadas por divertimentos e
excessos.
d) Floresceu durante a Alta Idade Média e declinou a
partir do ano mil, quando se verificou uma aguda
retração dos núcleos urbanos.
e) Foi duramente reprimida pelos poderes senhoriais e
eclesiásticos que se mostraram capazes de banir as
manifestações culturais de origem pagã.
07- "Quando Joana D'Arc chegou, a 29 de abril de
1429, os habitantes da cidade estavam prestes a
capitular, pois os ingleses tinham-se apoderado das
fortalezas e dos castelos que rodeavam Orléans. A 4
de maio, Joana, com os seus soldados, tomou
primeiro o castelo (...) Na manhã de 8 de maio, a
Donzela verificou que os ingleses haviam abandonado
os outros castelos. Orléans estava libertada e os seus
habitantes aclamaram em delírio Joana D'Arc, que se
sentia feliz por ter cumprido a promessa feita ao seu
rei." (Gabalda e Beaulieu).
Tendo o trecho acima como base, assinale a
altemativacorreta.
a) A tomada de Orléans define o fim da Guerra dos
Cem Anos, consolidando a unidade e a monarquia
francesas;
b) Joana D'Arc, camponesa de Domremy, recebeu
como recompensa pelo feito o titulo de nobreza e,
portanto, o direito às terras nas quais anteriormente
vivia;
c) nacionalismo emergente, reforçado pelo significado
desse feito, foi capitalizado pelos reis da dinastia
Valois para consolidar a monarquia francesa;
d) Joana D'Arc, aristocrata de nascimento e posses,
foi condenada à fogueira posteriormente, tornando-se
símbolo do nacionalismo francês;
e) A derrota dos ingleses em Orléans marca o fim da
Guerra dos Cem anos, mas não define, de imediato, a
unidade e a monarquia francesas.
08- "O problema que mais inquietou o Homem
medieval foi o da reafirmação da fé." (Aquino et al.)
Do ponto de vista histórico-filosòfico, a corrente
de pensamento que representa a Idade Média é
o/a:
a) Estoicismo;
b) Escolástica;
c) Idealismo;
d) Materialismo;
e) Existencialismo.
09- Ao longo de toda a ldade Média e da
Moderna, a Sicilia foi invadida e ocupada por
bizantinos,
muçulmanos,
normandos
e
espanhòis. Na Antigüidade, por sua:
a) fertilidade e posição estratégica no Mediterrâneo
Ocidental, a ilha foi disputada e dominada por gregos,
cartagineses
e
romanos.
b) fertilidade e posição estratégica, a ilha tornou-se o
centro da dominação etrusca no Mediterrâneo
Ocidental.
c) aridez e pobreza, a ilha, apesar de visitada por
gregos, cartagineses e romanos, não foi por estes
dominada.
d) extensão e fertilidade, a ilha foi disputada pelas
cidades gregas até cair sob domínio ateniense depois
da
Guerra
do
Peloponeso.
e) proximidade do continente, aridez e ausência de
riquezas minerais, a ilha foi dominada somente pelos
romanos.
10- "Foi de vital importância o fato de que, a partir do
século XII, nobres e burgueses passaram a morar na
parte cercada pelas muralhas das cidades. Os
interesses e prazeres das duas classes tornaram-se
assim semelhantes..."
(Jacob Burckhardt, 1860)
Sobre esse fenômeno, pode-se afirmar que:
a) ocorreu em todos os lugares da Europa onde se
desenvolveram cidades, pondo fim à dominação social
da nobreza.
b) ocorreu em todas as cidades maritimas, de Lisboa
a Hamburgo, passando pela ltália do Norte e Flandres.
c) foi interrompido pela nobreza, a partir da crise do
século XIV, depois de ter se desenvolvido na Baixa
ldade Média.
d) marcou as mais importantes cidades italianas,
constituindo um dos fatores sociais do Renascimento.
e) marcou as mais importantes cidades européias,
constituindo um dos fatores da criação das
Universidades medievais.
11- "Os próprios céus, os planetas e este centro [a
Terra] Respeitam os graus, a precedência e as
posições.
Como poderiam as sociedades,
Os graus nas escolas, as irmandades nas cidades,
O comércio pacífico entre praias separadas,
A primogenitura e o direito de nascença,
Os privilégios da idade, as coroas, cetros, lauréis,
Manter-se em seu lugar certo - não fossem os graus?
Estes versos de Shakespeare lda peça Troilo e
Cressida) revelam uma visão de mundo:
a) moderna e liberal, ao tratarem das cidades, do
comércio e, virtualmente, até do novo continente.
b) medieval e aristocrática, ao defenderem privilégios,
graus e hierarquias como decorrentes de uma ordem
natural.
c) universal e democrática, ao se referirem a valores
e concepções que ultrapassam seu pròprio tempo
histórico.
d) clássica e monarquista, ao mencionarem
instituições, como a monarquia e o direito de
primogenitura, que eram características do mundo
greco-romano.
e) particularista e elitista, ao expressarem
hierarquias, valores e graus exdusivos da Inglaterra
do século XVI.
12- Os termos abaixo estão associados
feudalismo.
I
II
0 0 Vassalagem
1 1 Suserania
2 2 Colonato
3 3 Precarium
4 4 Gentium
ao
13- (UFRN) No ato de 786, Carlos Magno afirmou:
"A nossa função é, segundo o auxílio da divina
piedade, [...] defender com as armas e em todas as
partes a Santa Igreja de Cristo dos ataques dos
pagãos e da devastação dos infiéis". .
In: PINSKY, Jaime (org.). O modo de produção feudal.
2. ed. São Paulo: Global. 1982. p. 101.
Esse fragmento de texto expressa a orientação
política do Império Carolíngio no governo de
Carlos Magno. O objetivo dessa política pode ser
definido como um(a):
a) esforço para estabelecer uma aliança entre os
carolíngios e a Igreja bizantina para fazer frente ao
crescente poderio papal.
b) intenção de anexar a Península Ibérica aos
domínios do papado, com a finalidade de impedir o
avanço árabe.
c) desejo de subordinar os domínios bizantinos à
dinastia carolíngia, no intuito de implantar uma
teocracia centralizada no imperador.
d) tentativa de restaurar o Império Romano, com
vistas!
e) a promover a união da cristandade da Europa
ocidental.
14. (Cesumar-PR) O Islamismo, ou islão (que
significa submissão a Alá), tem por base o Corão, ou
Alcorão,
livro
sagrado
dos
muçulmanos,
ou
maometanos. O Corão constitui uma espécie de
código de moral e justiça, definindo também normas
de comportamento social. Entre as determinações
está o Hajj, ou peregrinação à Caaba pelo menos.
uma vez na vida, desde que a saúde e os meios
permitam, orar cinco vezes ao dia voltado para Meca,
jejuar no mês de Ramadã (mês da hégira julho), dar
esmoIas e guardar as sextas-feiras.
VICENTINO, Cláudio. História Geral. São Paulo:
Scipione, 1997.
O texto relata um dos aspectos da religiosidade
islâmica, a qual tem sido debatida depois dos
atentados nos Estados Unidos (11/9/2001), e
da retaliação ao Afeganistão. Sobre o mundo
muçulmano desde a sua formação e conceito, é
correto afirmar:
a) Maomé é considerado o filho legítimo de Alá, o
Deus islâmico, renegando a imagem e os dogmas
associados à palavra de Cristo e ao cristianismo.
b) A fundação do Islã está fundamentada no
sincretismo religioso. O cristianismo e o judaísmo
deram as bases ao islamismo.
c) Os muçulmanos formaram um imenso império
territorial, o qual alcançou as terras da África, Ásia e
Europa Ocidental. A convivência pacífica com os
cristãos limitou a ação devastadora da Guerra Santa.
d) As cruzadas representaram a ação cristã contra os
islâmicos, fato que foi combatido pelo papa, principal
opositor das cruzadas nos séculos XI e XIII.
e) Ao condenar as Cruzadas, o papa Urbano II
Fundamentava o espírito pacífico do crsitianismo e a
necessidade de convivência pacífica entre os povos.
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