P OL IC L ÍNIC A P IQ UE T C A RNEIRO Ano I • Abril / Maio de 2010 • Edição No 8 Grupo Chama contra a hipertensão Na manhã do último dia 29 de abril, a Clínica de Hipertensão Arterial e Doenças Metabólicas Associadas (Chama) realizou uma ação voltada para os pacientes da Policlínica Piquet Carneiro. A equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros e nutricionistas verificou a pressão arterial, índice de massa corporal, peso e glicose de 152 pacientes no Hall da Policlínica Piquet Carneiro. “Este evento é muito importante para chamar a atenção da população para o problema da hipertensão, obesidade e diabetes que muitas vezes estão presentes sem que o homem ou a mulher percebam, pois frequentemente não causam sintomas nas fases iniciais. A ação não teve como objetivo fazer diagnósticos, pois as condições (ambiente, barulho, tempo de espera, ansiedade etc) não são favoráveis para isso, mas em muitos casos serve como alerta para a necessidade de uma avaliação mais completa em uma consulta marcada. Além disso, ele auxilia na divulgação do Ambulatório da Clínica de Hipertensão e Doenças Metabólicas Associadas que tem servido como referência na PPC para acompanhamento dos pacientes com esses problemas”, afirma o cardiologista Mario Fritsch, coordenador do projeto Chama. A hipertensão é a elevação constante da pressão arterial, responsável por levar o oxigênio para os tecidos do corpo. Seja por um fator genético, falta de cuidados com a alimentação ou idade avançada, a hipertensão arterial, conhecida também como pressão alta, é difícil de ser detectada a partir dos sintomas que costumam ser dor de cabeça e tonturas. De acordo com o cardiologista, a maneira mais eficaz de obter um diagnóstico de hipertensão é com o aferimento da pressão. “Para ser considerado hipertenso, o paciente tem que estar com a pressão arterial acima de Equipe do grupo Chama 140x90mmHg (milímetros de mercúrio) em pelo menos duas consultas”, explica. O aparelho de aferição também deverá estar calibrado e ser revisto com frequência. Para saber como está a pressão arterial, o paciente também deve fazer a sua parte: são necessários cinco minutos de repouso, não tomar café e não fumar nos 30 minutos anteriores à medição, além de manter os braços esticados na altura do coração e as pernas descruzadas durante a aferição. O não tratamento da hipertensão pode comprometer diretamente o coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008, a hipertensão é a doença crônica mais diagnosticada por médicos ou profissionais da saúde, representando 14% das enfermidades sinalizadas na avaliação. “Esse percentual se deve à longevidade dos brasileiros, pois a hipertensão costuma ocorrer com o avanço da idade.”, afirma Fritz. Para o tratamento são ministrados medicamentos diuréticos, betabloqueadores, antagonistas de cálcio e inibidores do sistema renina-angiotensina. A melhora na qualidade de vida também é essencial para o sucesso do tratamento contra a hipertensão: é importante seguir uma dieta saudável com ingestão de alimentos naturais, praticar exercícios e não fumar. “É interessante destacar que o ideal é adicionar pouco sal no preparar os alimentos e retirar o saleiro da mesa. É também importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas, de temperos e alimentos industrializados, carnes salgadas ou defumadas, alimentos embutidos e enlatados e queijos salgados como parmesão, prato, mussarela, provolone. Além disso, preferir o uso de temperos naturais como limão, alho, cebola, salsa, orégano, hortelã e alecrim e consumo de alimentos naturais, como frutas, verduras, legumes.”, aconselha Ana Rosa Cunha, nutricionista do grupo Chama-Nut, que atua em conjunto com o grupo Chama. O não tratamento da hipertensão pode comprometer diretamente o coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos. O Projeto Chama faz parte do ambulatório de Clínica Médica e atende na Policlínica Piquet Carneiro nas segundas, quartas e sextas-feiras, na parte da manhã. A equipe conta com oito médicos, cinco nutricionistas e dois fisioterapeutas. Mais informações pelo telefone 2587-8094. Policlínica comemora 43 anos Ela começou como Posto de Atendimento Médico São Francisco Xavier e já era o maior ambulatório da América Latina. Em 1995, se tornou Policlínica Piquet Carneiro, e passou a investir também em ensino e pesquisa. Porém, a trajetória de uma instituição não é marcada apenas pelos seus fatos, mas também pelas mãos que desenvolvem cada conquista. Nesta linha do tempo, são relatados seus 43 anos a partir da história de quem fez acontecer. “Comecei a trabalhar no antigo IAPC (Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Comerciários), que ficava no Centro, como motorista de ambulância e caminhão em 1967. Quando este prédio da Avenida Marechal Rondon ficou pronto para abrigar o Posto de Atendimento Médico São Francisco Xavier, fui transferido para cá logo que a mudança começou. No primeiro dia de mudança, ocorreu uma enchente muito forte, ninguém podia entrar, nem com caminhão de mudança. O primeiro diretor, José Eulálio, pediu para que colocássemos uma mesa na calçada e ele começou a atender os pacientes que procuravam o posto. Nunca vi coisa igual! Alguns dias depois, começou a funcionar os atendimentos na área de Clínica Médica, com o nome de Serviço de Pronto Atendimento. Prestei um concurso e consegui fazer ascensão de carreira e fui promovido para agente administrativo, assumindo também a função de chefe da manutenção, posto que atuei por 22 anos. Já recebi um diploma de honra ao mérito pelos serviços prestados no PAM e a biblioteca da Associação leva o meu nome. Fui homenageado ainda vivo! Depois de aposentado, me candidatei à presidência da Associação de Funcionários e fui eleito. Atualmente sou primeiro-secretário e venho aqui todos os dias, sem nenhum vínculo empregatício e fins lucrativos. Estou na unidade porque aqui é a minha vida e sempre foi a extensão da minha casa, já que eu ficava mais tempo aqui do que lá. Fiz amigos que não encontrei em nenhum outro lugar, que me apoiam na saúde e na doença. ” Jorge Barbosa, 82 anos, primeiro-secretário da Associação de Funcionários. “Minha primeira impressão quando cheguei aqui em 1977 foi muito ruim porque achava que não ia ter a possibilidade de praticar uma boa medicina. Mas não foi nada disso. O Posto se tornou uma paixão tão grande que nesses 33 anos ainda não me aposentei e tenho comprovado a cada dia que posso fazer uma boa medicina sim! Vou deixar aqui o melhor que pude fazer e ainda estou trabalhando dentro de mim a ideia de me aposentar. A Policlínica é diferente de todos os lugares que trabalhei e trabalho. O que mais me marcou na Policlínica foi a possibilidade de acompanhar as crianças que atendi há tempos atrás. Boa parte voltava com seus filhos dizendo que trouxeram o ’meu’ netinho para eu conhecer. Ver uma geração passar por aqui e ver que você realmente fez coisas boas não tem preço!” Lorina de Freitas Ruiz Perez, 63, cardiologista 1967 1977 1980 “Fui transferida para a Policlínica na década de 80, como técnica em enfermagem. Gostei muito daqui e depois de me aposentar em 2002, pedi permissão para a Coordenadoria de Enfermagem para continuar trabalhando e consegui a autorização! Trabalho como voluntária na área de ginecologia com a doutora Maria Augusta e eu não deixo ela, nem ela deixa a mim. A equipe de enfermagem também me trata super bem. Adoro a PPC. Venho trabalhar de terça a quinta-feira sempre com muita satisfação.” Elza Machado Torres, 79, Técnica em Enfermagem “Frequento a Policlínica há praticamente 20 anos, pois minha mãe começou a trabalhar aqui na porta vendendo salgados na época em que nasci. Passei boa parte da minha infância brincando com os filhos dos funcionários e por ter uma grande ligação com a unidade, resolvi, na adolescência, que queria trabalhar aqui. Em 2008, meu pai começou a trabalhar na PPC como vigilante e logo depois foi a minha vez: consegui um emprego no Serviço de Pronto Atendimento por ser muito comunicativo e entender que o público que vem à Policlínica Piquet Carneiro precisa ser atendido com todo carinho e atenção. Após 1 ano, fui para o Setor de Marcação de Consultas, porém, como faço faculdade de administração, achei que no arquivo médico poderia atuar com o que aprendo na universidade. Ou seja, a Policlínica sempre fez parte da minha vida.” Erick Fernandes Brandão, 20 anos, assistente administrativo do Arquivo Médico. “Estou aqui há 28 anos e a Policlínica foi meu único setor de trabalho em empresas terceirizadas. Comecei trabalhando com faxina, mas hoje sou encarregada, ou seja, coordeno os funcionários da empresa terceirizada Construir, que colabora na limpeza e manutenção da Policlínica. O que mais gosto daqui é poder atuar em parceria com as 58 pessoas que trabalham diretamente comigo. Qualquer limpeza ou evento organizado, sempre pergunto ‘você acha que vai dar certo?’, acho essa conduta muito importante! Gosto de trabalhar aqui porque sou apaixonada pela Policlínica e gosto sempre de vê-la bem limpinha e me sinto como se fizesse parte daqui. Já recebi até homenagem do dia das mães! Foi muito emcionante! Desejo que a PPC tenha muita sorte e felicidade, para que eu possa levar meus netos para serem atendidos aqui, assim como trouxe meus filhos.” Elmira Xavier, 53 anos, encarregada da Construir 1982 1990 “Minha história com a Policlínica começou quando eu tinha 10 anos. Foi aqui que ganhei meu primeiro óculos doado pelo Serviço Social e também minha primeira consulta ginecológica. Lembro que junto com minha irmã, brincávamos muito por aqui, mas não imaginava que um dia iria se tornar o meu local de trabalho. Quando fui chamada para a vaga de auxiliar administrativo da Policlínica Piquet Carneiro, não a relacionei com o Posto de Atendimento São Francisco Xavier que eu tanto frequentei na infância. Foi uma grande surpresa. Fui contratada e depois de alguns meses comecei a trabalhar como pedagoga na área de Recursos Humanos, atuando com o desenvolvimento de pessoas e no setor de Comunicação Social. A Policlínica para mim foi um presente de Deus, tanto pelo companheirismo das pessoas, quanto pela possibilidade de trabalhar na área que eu tenho mais afinidade.” Cintia Ibraim Menino, 28 anos, Pedagoga 2010 Vacinação contra Influenza A (H1N1) Programa de Asma Brônquica A Policlínica Piquet Carneiro é um dos pólos de vacinação contra a Influenza A (H1N1) no Rio de Janeiro. Nos primeiros 21 dias de campanha, a unidade alcançou a marca de 1.814 pessoas vacinadas. O pediatra e responsável pela saúde comunitária Gilson Castello Branco e a chefe de enfermagem Luciana Nogueira, ambos do setor de vacinação, esclarecem abaixo dúvidas sobre a estratégia de prevenção do Ministério da Saúde. Voltado para crianças e jovens, o Programa de Asma Brônquica, coordenado pela pediatra Conceição Moraes, acaba de firmar parceria com o Ambulatório de Tabagismo. “Os fumantes que moram na mesma casa dos pacientes asmáticos são convidados à realizar tratamento contra tabagismo”, afirma Conceição. A asma, conhecida também como bronquite, bronquite alérgica e bronquite asmática é uma doença inflamatória das vias aéreas. Seus principais sintomas são chiado no pulmão, tosse seca e falta de ar. De acordo com uma pesquisa realizada em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), duas mil pessoas morrem por ano de asma, que apesar de não ter cura, é possível que o paciente, a partir da realização do tratamento, consiga diminuir a incidência de crises e melhore seu desempenho respiratório. Para evitar crises, é necessário arejar bem o ambiente, forrar travesseiros e colchões com capas plásticas ou de napa, limpar os ambientes semanalmente com pano úmido, evitar banhos muito quentes, não usar inseticidas em spray ou espiral, evitar tapetes, carpetes e cortinas, praticar esportes, dar preferência ao ar livre, retirar de casa objetos que facilitem o acúmulo de poeira (bichos de pelúcia, brinquedos e livros em excesso) e plantas dos dormitórios, evitar mofo, umidade e animais de pêlo dentro de casa, lavar com frequência as roupas de cama e não fumar. São proibidos também o contato com roupas de lã, ceras, desodorantes e tintas. Criado em julho de 2008, o Programa atende atualmente 98 pacientes de 0 a 18 anos, às quintas-feiras, no setor de pediatria. Nas primeiras quintas-feiras do mês, Conceição ministra palestras para pacientes de primeira vez acompanhados por responsáveis. Além das explicações habituais, o encontro conta com a maquete de uma casa mobiliada (imagem abaixo), em que o público aprende de forma interativa os cuidados que devem ter em sua residência. Por que a Policlínica está vacinando contra a Influenza A (H1N1)? Estamos vacinando porque é um importante serviço de prevenção para crianças, adultos e idosos da região. Quem não pode tomar a vacina? Pessoas que fazem usos de medicamentos que contenham imunodepressores, cortisona por um tempo maior que duas semanas e que estejam com febre. Quem não se vacinar na sua etapa, pode se vacinar depois? Não. Elas terão que aguardar a próxima campanha. Quais são os principais sintomas da vacina? As reações comuns são febre, mal estar, cefaléia e demais sintomas parecidos com o de uma gripe comum. Como proceder caso haja reação? Para evitar dores locais, é necessário aplicar compressas de gelo nas primeiras 24 horas. Depois deve-se aplicar com água morna, se a dor ainda não desaparecer. Caso ocorra maiores reações, é importante procurar um médico. Essa vacina protege também contra a gripe comum? Não. Inclusive, a vacinação contra a Influenza A (H1N1) para idosos portadores de doenças crônicas foi ministrada na mesma época que a da gripe comum para a mesma faixa etária. Quem já contraiu a Influenza A (H1N1) deve tomar a vacina? Sim, pois é difícil comprovar com exatidão quem realmente contraiu a gripe. Há pessoas que tiveram e nem sabem e outras que acham que tiveram, mas não chegaram a ser examinadas. Como as pessoas que não estão no grupo de risco podem se prevenir contra a doença? A pessoa que tomar a vacina vai acabar auxiliando a eliminar o vírus do ambiente, uma vez que ele não terá como se proliferar. Mesmo as pessoas que não forem vacinadas também estarão protegidas. Reitor: Ricardo Vieiralves Vice-Reitora: Christina Maioli Diretor da Policlínica Piquet Carneiro: João José Caramez • Comunicação Social: Cíntia Ibraim Menino, Márcia Mayer Diniz e Shenara Pantaleão Estagiários: Gabriele Estevam Guimarães e Maurício Damião Santos Diretoria de Comunicação Social • Direção: Sonia Virgínia Moreira Coordenação de Publicações: Carlos Moreno Reportagem e edição: Shenara Pantaleão Projeto Gráfico e editoração: Rafael Bezerra Versão On-line: Renato Gomes • Tiragem: 1.000 exemplares • Impressão: Gráfica UERJ Divulgue seu evento: 21 2587-8018 / 8019 e [email protected]