TAP PORTUGAL OS TRABALHADORES DIZEM NÃO À PRIVATIZAÇÃO A culminar o período neste início de mês em que a TAP foi novamente assediada por alguma imprensa que tratou, mais uma vez, com excessivo relevo vários episódios da sua operação – que de todo não deveriam ter acontecido – surgem as declarações do Ministro da Economia, e do seu Secretário de Estado dos Transportes que, para não destoar, vieram novamente induzir forte perturbação no interior da empresa. A avaliar por essas declarações, tudo se resume a: privatizar ou não privatizar. Para estes governantes qualquer conversa, seja a propósito do que for, acaba sempre no privatizar ou não privatizar. Mas afinal a TAP é uma empresa útil e necessária ao País ou é uma coisa que foi concebida com o objectivo de privatizar? É até doentia a forma como se referem à TAP, mostrando o preconceito ideológico contra tudo o que é público, e revelando o incontido desejo de a entregar ao grande capital estrangeiro. Nestas declarações ficam bem evidentes as falsidades que nos andaram – e andam permanentemente – a vender ao longo dos tempos, dizendo que a TAP ou era privatizada ou ia, inexoravelmente, à falência porque não tinha capital. Passemos então a citar o Sr. Secretário de Estado: “a TAP vale mais do que valia no passado, a empresa continua tão segura como era antes, continua mais segura do ponto de vista económico-financeiro, tem hoje uma posição de tesouraria, de dinheiro em caixa, muito mais confortável do que tinha em 2012 e 2013, cresce em número de voos, em passageiros, em número de cidades que serve". Fim de citação. Afinal em que ficamos Sr. Secretário de Estado? Afinal o capital não fez assim tanta falta. E se fez, então competia ao governo enquanto representante do Estado Português, accionista único da empresa, tê-lo colocado. Essa é a função dos representantes de qualquer estado democrático que têm por obrigação, entre outras, a defesa do património público e da economia nacional. Se não é por razões ideológicas então porquê privatizar? Como é bem evidente para todos, graças aos sacrifícios dos trabalhadores, a TAP é hoje um património bem mais valioso do que antes era porque não foi privatizada, e o seu valor será ainda maior se os trabalhadores conseguirem evitar que esse crime económico se consuma. A TAP é hoje a última grande empresa em mãos portuguesas. Perante o desespero de não conseguirem vencer a resistência daqueles que lutam contra a privatização, alguns jornais, investidos na função de criadores de factos, dedicam-se a fabricar notícias em catadupa, criando o ambiente propício para o governo avançar com a venda rápida, nas costas dos trabalhadores e do povo português. O SITAVA apela aos trabalhadores para estarem mobilizados para qualquer acção que se torne necessária, se o governo tentar consumar este atentado contra a TAP e a economia nacional. UNIDOS SOMOS MAIS FORTES ϭϱͲϬϵͲϮϬϭϰwww.sitava.pt DIRECÇÃO