SEMINÁRIO MUNICIPAL ESTRATÉGIA DE ELIMINAÇÃO DA SÍNDROME DA RÚBEOLA CONGÊNITA 18 de julho de 2008 Ministério da Saúde Fundação Oswaldo Cruz Situação da Rubéola no Brasil e as lições aprendidas na Campanha de Vacinação de mulheres em 2001 Maria de Lourdes de Sousa Maia Médica sanitarista Coordenadora da Assessoria Clínica Bio-Manguinhos/Fiocruz 18 de julho de 2008 1 Controle da Rubéola no Brasil 1. Situação epidemiológica 2. Estratégias para o Controle da Rubéola e Prevenção da SRC. 3. Lições Aprendidas Vigilância Epidemiológica da Rubéola e SRC 1992 ⇒ vigilância epidemiológica integrada do sarampo e rubéola no Brasil. 1996 ⇒ inclusão da rubéola e SRC na lista de DNC/MS. 1997 ⇒ incidência da rubéola: 20,6 por 100.000 habitantes; até 1999, maior taxa de incidência (exceto < 1 ano) em crianças de 1 a 9 anos de idade (15,0/ 100.000 hab.). 1999 a 2000 ⇒ aumento da incidência de rubéola > 12 anos: faixa etária de 15 - 29 anos aumentou de 7,0 para 13,0/100.000 hab. (GT-Exantemáticas / SVS/ MS, 2003). 1999: Plano de Erradicação do Sarampo e Controle da Rubéola e SRC ⇒ aumento dos casos de rubéola com confirmação laboratorial. ⇒ Surtos de rubéola (faixa etária de 12-39 anos): Acre, 2000 (Lanzieri TM et al,2003) ; SP (2001), município do RJ(out.2001); RJ, MG,MS (2006,2007), RS(2007) 2 Histórico da Vacinação contra a Rubéola 1992 a 2000 Implantação gradual da vacinação Tríplice viral - Sarampo, Rubéola e Caxumba Crianças (1 - 11 anos) Mulheres (pós-parto/pós-aborto e campanhas) 2001 - Campanha de Vacinação de MIF em 13 UFs (05 a 17/11/2001) 2002 - Campanha de Vacinação de MIF em 11 UFs (15/06 a 05/07/2002) Estraté Estratégias de Controle e Incidê Incidência Anual da Rubé Rubéola - Brasil, 1992 – 2008 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Incidência/100.000 hab. 25 20 MIF_DF 15 10 CAMPANHA DE SEGUIMENTO** E MIF_RN MIF_PR MIF_13 UF CAMPANHA DE SEGUIMENTO** CAMPANHA DE VACINAÇÃO HOMENS E MULHERES** MIF_11 UF IMPLANTAÇÂO DA VTV – 1 a 11 anos 5 0 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 Ano **Vacina DV e VTV Fonte: SVS/MS 3 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA RUBÉOLA (até ano 2000) Taxa de incidência da rubéola por faixa etária e por ano. Brasil, 1997 – 2000. Taxa por 100.000 35 30 25 1997 1998 1999 2000 20 15 10 5 0 <1 a 1-4 5-9 10 - 14 15 - 19 20 - 29 30+ Idade em anos Fonte: COVER/CGVEP/CENEPI/MS Distribuição dos Casos de Rubéola no Brasil 2000 a 2007* n.:15.413 600 49% 550 n.:8.672 500 450 400 Campanha dupla viral (SR) 95% CV Início: 05/11/2001 e 2002 350 300 250 200 150 100 50 0 1 16 31 46 2000 9 24 39 2001 2 17 32 47 10 25 40 2002 2003 2 17 32 2004 47 10 25 40 2005 3 18 33 18 11 26 2006 41 2007* Fonte: COVERCGDT/DEVEP/SVS/MS * Dados Preliminares 4 Evolução do Surto de Rubéola, Brasil, 2007 Jan Fev Jun Jul Nov Mar Abr Mai Ago Set Out Dez Fonte: COVERCGDT/DEVEP/SVS/MS Distribuição dos Casos de Rubéola por Município Brasil – 2007* N.: 8.672 Fonte: COVERCGDT/DEVEP/SVS/MS *Dados preliminares 5 Taxa de incidência por faixa etária segundo sexo. Brasil, 1997 – 2007. Mulheres Incidência por 100.000 Homens 28 28 24 24 20 20 16 16 12 12 8 8 4 4 0 1997 1999 2001 10 - 19 20 - 29 2003 30 - 39 2005 40 a e + 2007* 0 1997 1999 10 - 19 2001 20 - 29 2003 30 - 39 2005 2007* 40 a e + Fonte: COVER/CGDT/DEVEP/SVS/MS SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA RUBÉOLA 6 80 4 60 3 40 2 N=17 20 0 1 Incidência por 100.000 Casos confirmados Incidência e número de casos confirmados de SRC. Brasil, 1997 - 2007* 0 1997 1999 2001 Confirmados 2003 2005 2007 Incidência •Crianças <1 ano, fonte: IBGE Fonte: SVS/MS Custo emocional, social e econômico da síndrome de rubéola congênita Evolução de um caso de SRC até 40 anos de idade 7 Distribuição dos genótipos do vírus autóctone da rubéola nas Américas, 1985-2006 Genótipos mais freqüentes: 1a 1D 1C 1D • • 1E 1C (encontrado somente na América) 1E e 1g (associados a casos importados) 1E 1E 1C 1C 1E 1C 1E 1B 1C 1C 1B 1C 2B 1g 1C Países com informação de genótipo 1C 1E 2B Países sem informação de genótipo Fonte: CDC, FIOCRUZ, PAHO N C JP 9 0 1 D S A I-1 J P 9 4 1 D T1 4 C H 0 2 1 E M -1 M A L 0 1 1 E U S A 02 1j T o c h ig i J P N 0 4 1 j 99 TS 1 0 C H 0 0 1 F TS 3 8 C H 0 0 1 F T O -3 3 6 J P 6 7 1 a R A 2 7 -3 U S 6 4 I-3 4 IS 8 8 1 B I-9 IS 7 5 1 B I-1 3 IS 7 9 1 B IT A 9 2 1 i IT A 9 1 1 i R V i B LR 05 1h 99 93 T o m 9 -6 1 R U S 0 5 1 h RV i U G A 01 1G 93 R V i C A N 05 1G 99 RV i B LR 04 1G 99 P -3 1 P A N 9 9 1 C B UR US 91 1C Q U I E LS 02 1C 93 Cend B E L 63 1a HP V 77 U S 61 1a 99 99 100 C74 RUS 97 2c C74 97 2C C4 67 2C 100 B RD 1 CH 79 2A B R D2 C H 80 2A I-1 1 IS 6 8 2 B TS 3 4 C H 0 0 2 B T A N IN D 0 0 2 B 97 1866 07 M S 984 06 CE 1040 07 RS 991 06 R J 2037 07 CE 292 06 M G 65 07 M G 0 .0 1 8 8.000.000 % homens nao vacinados % Homens nao vacinados 6.000.000 5.000.000 60 4.000.000 40 3.000.000 2.000.000 20 1.000.000 0 0 0a5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 a 25 26 a 30 31 a 35 36 a 40 5.000.000 80 % mulheres nao vacinadas 4.500.000 Num mulheres nao vacinadas 4.000.000 3.500.000 60 3.000.000 2.500.000 40 2.000.000 1.500.000 20 1.000.000 Num mulheres non vacinadas 100 % mulheres non vacinadas Estimativa de número e porcentagem pessoas não vacinadas* contra rubéola por faixa etária e sexo, Brasil, 2007 7.000.000 Num homens nao vacinados 80 Num homens nao vacinados 100 500.000 0 **Vacina DV e VTV Fonte: SVS/MS 0 0a5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 a 25 26 a 30 31 a 35 36 a 40 grupo etario Eliminação da rubéola e da SRC nas Américas Definição • É a interrupção da transmissão endêmica do vírus da rubéola em todos os países por mais de 12 meses e o não aparecimento de casos de SRC associados à transmissão endêmica. Zero casos por transmissão endêmica 9 Lições Aprendidas na Campanha de Vacinação de mulheres em 2001 e 2002. • Divulgação insuficiente para atender ao objetivo da campanha; • Apesar da efetiva participação das Sociedades de Classe, os profissionais ainda se ressentiram de maior esclarecimento técnico • Necessário maior envolvimento das equipes de Atenção Básica do SUS • Maior envolvimento do Setor Privado • Fragilidade do Pacto assumido pelos gestores do Sistema Único de Saúde • Melhorar a organização interna das unidades para atender a população • Intensificar a comunicação e mobilização social • Garantir a capacitação dos profissionais envolvidos, no protocolo de Acompanhamento das gestantes Vacinadas inadvertidamente(GVI • Aperfeiçoar o fluxo de informação em toda a rede de saúde pública e privada em tempo oportuno Lições Aprendidas • Enquanto houver transmissão do Vírus da Rubéola no planeta, serão necessários esforços nacionais e internacionais articulados. • O compromisso do Brasil com esse objetivo é muito grande, pois não se pode admitir retrocessos no caminho já percorrido. • Conhecer a história desse longo processo é importante para que nos mantenhamos em sintonia com o objetivo final a ser alcançado. Risi – Pólio –Expoepi- 2003 10 Dificuldades registradas ( de ordem estrutural / organizacional ) • Mídia nacional ineficiente • Concomitância com a Campanha de Hipertensão ; • Insuficiência de RH; •Prolongamento da Campanha; • Horário de atendimento nos postos ; • Início próximo das férias . FUNASA Dificuldades registradas ( população / profissionais ) • Medo de eventos adversos; • Uso de algum método contraceptivo ; •Desconhecimento dos profissionais de saúde, principalmente médicos sobre a segurança da vacina; FUNASA 11 Situações Particulares • Greve • Chuvas • Falta de forte decisão política FUNASA QUESTIONAMENTOS DA POPULAÇÃO RECEBIDOS POR E-MAIL Tempo de proteção da vacina Indicação 1% 10% 11% 14% Conduta após vacinaç ão de grávidas Faixa etária para vacinação Vacinção prévia 14% 36% 7% 7% Tempo entre vacinação e gravidez Loc al de po stos Eventos adversos FUNASA 12 Expectativa do Brasil O país em breve, livre da cegueira, surdez, cardiopatias e incapacidades decorrentes do vírus da rubéola Obrigada!! Agradecimentos ao Programa Nacional de Imunizações /MS . “Quem sabe faz a hora não espera acontecer...” Geraldo Vandré 13