PREFEITURADA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de saúde e Defesa Civil Subsecretaria de Promoção da Saúde, Atenção Primária e Vigilância em Saúde. Superintendência de Atenção Primária, Coordenação de Linhas de Cuidado e Programas Especiais, Gerência de Pneumologia Sanitária Rua Afonso Cavalcanti, 455. Sala 807. Cidade Nova. Rio de Janeiro. Cep: 20.211.901 Tel: 39711958 email:[email protected] NOTA TÉCNICA nº 5 DE 2016 SMS-RIO/SUBPAV/SAP/CPNASF Recomendações sobre o atendimento, instrumentos e ferramentas do ASSISTENTE SOCIAL no trabalho dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) Introdução O NASF foi instituído com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Primária, por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários. Apesar de tratar-se de apoio especializado, os NASF fazem parte da Atenção Primária à Saúde e seu acesso deve se dar a partir das demandas identificadas no trabalho conjunto com as equipes da Estratégia Saúde da Família a fim de fortalecer a responsabilidade das equipes de Atenção Primária e a coordenação do cuidado nas Redes de Atenção à Saúde. O apoio matricial é uma intervenção pedagógico-terapêutica onde o compartilhamento de saberes, práticas, experiências tem como objetivo a Formação e Educação Permanente dos profissionais que dele participam. Além disso, há a responsabilização partilhada do cuidado, o que permite melhora na qualidade da assistência e na organização e facilitação dos fluxos da rede assistencial em seus diferentes níveis de complexidade. Há também uma contribuição para o raciocínio e o exercício da clínica, buscando compreender o sujeito integralmente, inserido dentro de seu contexto social e estimulando sua participação na construção do cuidado. O profissional de Serviço Social integra as equipes de NASF considerando os princípios éticos e políticos da profissão e do projeto de reforma sanitária. A atuação do Assistente Social no NASF apresenta importante contribuição na articulação e formulação de estratégias que busquem reforçar e criar experiências nos serviços de saúde trabalhando o processo saúdedoença e efetivando o direito à saúde. A intervenção profissional, na perspectiva aqui assinalada, aponta para a necessidade de uma sólida base de conhecimento teórico-metodológico e técnico-operacional, aliada a uma direção política consistente que possibilite desvendar adequadamente as tramas conjunturais e as forças sociais em presença propondo estratégias de intervenção na perspectiva da integralidade, interdisciplinaridade, intersetorialidade e controle social. As ações do ASSISTENTE SOCIAL na Atenção Primária fundamentam-se no conhecimento epidemiológico (conhecimento dos problemas de saúde mais prevalentes da população), demográfico, social, na identificação das condições de vida e de trabalho que impactam na saúde da população, e, de forma específica, sobre a garantia dos direitos sociais dos usuários e sobre a abordagem das diferentes formas de violência e questões político-sociais. É importante salientar que a ação do ASSISTENTE SOCIAL no NASF não deve caracterizar-se como as práticas operadas nos espaços tradicionais. O acesso dos usuários às atividades do ASSISTENTE SOCIAL deve ser regulado pela equipe de referência mediante discussão do caso e atendimento individual compartilhado1. O espaço preferencial para que as discussões aconteçam é a reunião de equipe, onde deve ter participação de pelo menos um profissional do NASF, ou diretamente com o profissional de referência da equipe, quando urgente e sempre que necessário. A fim de dar maior celeridade ao processo, recomenda-se que a agenda para atendimento individual compartilhado com o ASSISTENTE SOCIAL seja liberada para marcação pelo profissional médico e enfermeiro da equipe de referência. É importante ressaltar a discussão do caso pode preceder ou suceder o atendimento compartilhado, ou seja, os casos atendidos conjuntamente demandam um momento de discussão. Esta discussão não deve ser feita na frente do paciente. A discussão de caso e o Atendimento Individual Compartilhado são instrumentos importantes do trabalho conjunto entre NASF e equipe de Saúde da Família (eSF), pois se parte da compreensão que um dos objetivos do trabalho é socializar informações nas equipes e participar de discussão de situações complexas de acompanhamento às famílias acerca de direitos e benefícios sociais, matriciando, principalmente, os casos de família em situação de grave violação de direitos. Para tanto, faz-se necessário realizar os atendimentos de modo conjunto, partilhando inclusive a construção do Projeto Terapêutico Singular (PTS) – instrumento de organização do cuidado em saúde, constituindo-se como um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas. A proposta é que mediante a discussão de um caso específico, planos terapêuticos individuais e coletivos possam ser traçados, protocolos validados e o espaço da reunião de equipe seja um dispositivo de educação permanente, ampliando assim o escopo de cuidado da Atenção Primária. Já os atendimentos individuais compartilhados devem ser realizados como forma de primeiro contato entre profissional matriciador e usuário, sem, contudo, se limitar a isso. Ambos são espaços privilegiados para troca de saberes, onde o conhecimento específico de cada profissional coloca-se em ato, ampliando métodos de abordagem e manejo de cada caso. Quanto ao compartilhamento do cuidado do usuário com outros pontos de atenção, ressaltase que a decisão seja tomada pela equipe de Atenção Primária, juntamente com o NASF, e orientada por uma classificação de risco e vulnerabilidade em que o tripé periodicidade/frequência, gravidade e acessibilidade seja considerado. Sendo assim, a capacidade de deslocamento do usuário, gravidade do caso, situação clínica, presença ou não de uma rede de apoio ou de um cuidador, grau de acessibilidade, posse de benefício e o 1 Atendimento individual compartilhado: realizado conjuntamente entre o profissional NASF e, no mínimo, um membro da equipe vinculada. No contexto de trabalho do Nasf, o atendimento ou consulta individual compartilhada constituem ótima ocasião para um contato pessoal entre equipe de apoio e usuário, oportunizando momentos de discussão sobre o caso antes e após o atendimento. Durante a consulta, normalmente estarão presentes ao menos um integrante da equipe de Saúde da Família e um do núcleo de apoio, além do paciente ou seus familiares. A configuração do cenário da consulta dependerá de sua finalidade. Esta modalidade de atendimento pode ser considerada uma das intervenções mais frequentes na rotina de trabalho de um profissional do NASF (BRASIL, 2014). prognóstico do caso são parâmetros de relevância nas discussões, caso se confirme a necessidade de assistência em outro nível de complexidade. É importante ressaltar que a emissão de laudos, pareceres, relatórios e de atestado, a fim de qualificar o itinerário terapêutico do paciente, é de responsabilidade do ASSISTENTE SOCIAL em conjunto com a equipe de referência de Atenção Primária. Com relação à gestão de listas, caberá ao ASSISTENTE SOCIAL a gestão compartilhada com equipe de Saúde da Família das listas do Bolsa Família e Cartão Família Carioca, além do acompanhamento dos usuários com tuberculose e sífilis com dificuldade de adesão ao tratamento e em situação de vulnerabilidade social. Ressalta-se, ainda, que estas são as listas de gestão prioritárias para o Assistente Social, mas ele poderá apoiar a gestão de outras listas quando necessário. Objetivo Estabelecer parâmetros para a atuação dos ASSISTENTES SOCIAIS atuantes no NASF de acordo com as situações mais prevalentes no território. Escopo do trabalho O escopo de trabalho do NASF deve estar organizado prevendo ações técnico-pedagógicas, sociossanitárias e clínico assistenciais (como atendimentos específicos individuais, atividades educativas com a população e atividades de educação permanente com os profissionais das equipes vinculadas), podendo ser desenvolvidas na própria unidade ou em espaços comunitários do território. Ações Técnico-Pedagógicas O desenvolvimento de ações técnico-pedagógicas visa aprimorar competências e promover a educação permanente junto às equipes de Saúde da Família. A elaboração e o planejamento das ações devem ser realizados no turno de Análise e Planejamento (Agenda Padrão do NASF – ofício de Diretrizes do NASF do município do Rio de Janeiro) e sua execução deve estar inserida no processo de trabalho das equipes. São consideradas ações técnico-pedagógicas: Elaboração de materiais de apoio técnico como cartilhas, folder, instrutivos. Realização de ações de cunho formativo, voltadas para necessidades identificadas no território e pelas equipes apoiadas. Ações clínico-assistenciais Toda ação direcionada diretamente à população e seja da área de saber do profissional é clínico-assistencial. São desenvolvidas através de atendimentos individuais específicos e compartilhados, grupos e visita domiciliar. Critérios de Encaminhamento para Atenção Secundária Situações que necessitem dos serviços de instituições especializadas (ex: CRAS, INSS, Defensoria Pública). Quando em situação de risco para a pessoa em situação de violência; após discussão do caso e esgotadas as possibilidade de condução pela APS, o Assistente Social deverá acionar e articular com o equipamento de proteção social mais adequado ao caso; Atividades previstas Gerais Atividade coletiva na unidade de saúde e nos equipamentos sociais do território; Atendimento individual (do tipo compartilhado e específico2); Visita domiciliar (compartilhada e específica); Reunião de equipe NASF; Participação na reunião de equipe de Saúde da Família; Elaboração de pareceres técnicos especializados e laudos, sempre que solicitados; Elaboração de cartilhas que auxiliem e orientem os usuários e cuidadores quanto ao cuidado a ser realizado; Contribuição para o aprimoramento de outros profissionais de saúde visando autonomia da equipe para o cuidado; Contribuir com a equipe na elaboração de estratégias socioeducativas que visem à prevenção do HIV no território; Orientação de estágios e participação de programas de treinamento em serviço; Realizar articulação intersetorial Realizar atividades de Promoção da Saúde; Realizar junto com as eSF, ações intersetoriais para reinserção social e ações de prevenção e de redução de danos; Promover discussão de gênero junto às eSF e seus impactos na saúde; Participar da construção de PTS dos casos complexos pactuados com eSF; Acolher e acompanhar junto com as eSF, a contrarreferência dos casos referenciados para seguimento do cuidado; Elaborar ofertas pedagógicas a partir da análise do perfil dos beneficiários do Bolsa Família e Cartão Família Carioca (SUBPAV, PEP) Específicas 2 Conhecer e articular a rede de recursos (equipamentos governamentais e não governamentais, incluindo aqueles do próprio território: igrejas, associação de moradores, instituições de reabilitação, CRAS, CREAS, Conselho Tutelar, ONGs, etc) Elaborar caderno de recursos contendo os serviços ofertados por cada equipamento do território; Apoiar a articulação da rede de serviços no sentido de efetivar a coordenação do cuidado pela eSF; Promover articulações junto à comunidade escolar; Educação Permanente relacionada aos direitos sociais e previdenciários, fluxos de acompanhamento na rede, incluindo recursos intersetoriais; Atendimento individual específico: realizado apenas pelo profissional do NASF após pactuação com a equipe de AB vinculada, atrelado a um projeto terapêutico produzido conjuntamente (BRASIL, 2014). Apoiar e promover a discussão dos direitos humanos e sociais nos grupos da unidade, nas salas de espera e em outras atividades coletivas; Subsidiar a eSF na elaboração de documentos técnicos que viabilizem a garantia dos direitos sociais dos usuários; Participação de supervisões de território, fóruns de saúde mental e demais espaços de educação permanente, colaborando com assuntos relativos ao Serviço Social; Trabalhar junto às equipes os aspectos sociais que contribuem para inserção da família nos programas de transferência de renda, abordando a importância dos programas assistenciais no impacto na qualidade de vida das famílias; Contribuir para planejamento do acompanhamento em saúde das famílias beneficiárias dos programas de transferência de renda; Contribuir para a aproximação das eSF aos equipamentos do SUAS, CRE, MP, dentre outras; Qualificar a abordagem da família e das pessoas em situação violência; Apoiar as equipes no manejo dos casos de violência, acompanhando através de grupos, atendimento individual compartilhado, consulta individual ou visita domiciliar, quando necessário. Participar, junto às eSF, das Notificações de violência, sempre que necessário; Sensibilizar as eSF sobre a notificação de violência, trabalhando a diferença entre denúncia e notificação; Fazer gestão das listas de notificação de violências; Realizar junto com a pessoa em situação de violência construção do "Plano de Segurança Pessoal" (anexo 1) Apoiar a identificação dos casos de Saúde Mental do território; Discutir casos clínicos com equipes de Saúde da Família, CAPS/CAPSi/CAPSad e ambulatórios. Produzir Relatório Social e Parecer Técnico Condições e agravos No apêndice I estão apresentadas as principais condições e agravos, por eixo temático, trabalhados pelos ASSISTENTES SOCIAIS. Entretanto, outras condições e agravos que possam ser manejados pelo NASF devem ser avaliados e considerados pelo profissional. Eixo Atenção Psicossocial Infância e Adolescência Situações Hipótese diagnóstica de Transtorno do Espectro Autista e Psicose Criança/adolescente com deficiência Atividades Atividades Técnico-Pedagógicas Clínico-Assistenciais Educação Permanente relacionada aos direitos sociais da Abordagem familiar e orientações a partir da avaliação das criança e ao adolescente e suas famílias e fluxos de demandas que embasará seu compartilhamento com o CAPSi acompanhamento na rede, incluindo recursos intersetoriais; Educação Permanente relacionada aos direitos sociais da e/ou CER; Identificar crianças e adolescentes elegíveis para o criança, do adolescente e suas famílias e os fluxos de BPC, BF e CFC; produzir Relatório Social e Parecer Técnico sempre que necessário; orientar e auxiliar no acompanhamento na rede de serviços sociais (intersetorial) encaminhamento quanto à concessão de benefícios (preenchimento de formulários, agendamento, etc); direcionar o usuário para a garantia do acesso à documentação; Educação Permanente sobre os direitos da pessoa com Identificar junto às eSF crianças e adolescentes com deficiência deficiência (física, mental, intelectual, sensorial - nomenclatura fora da escola e promover ações inclusivas contínuas junto à baseada na LOAS) ; articulação intersetorial; ações de Educação comunidade escolar e social, articulando sempre que Permanente voltada para a Inclusão e acessibilidade (na necessário com a CRE do território. Unidade de Saúde, na comunidade, na escola, família, etc) Crianças e adolescentes com benefícios assistenciais Trabalhar junto às equipes os aspectos sociais/critérios para inserção da família nos programas de transferência de renda; abordar a importância dos programas assistenciais no impacto na qualidade de vida das famílias; auxiliar as equipes a identificar os possíveis beneficiários do Bolsa Família e Cartão Família Carioca; estimular a aproximação das eSF ao CRAS do território; elaborar e/ou utilizar materiais informativos sobre direitos das crianças e adolescentes. Saúde na Escola Análise dos encaminhamentos e demandas das escolas do território; realizar ações nas escolas procurando dialogar a partir desses encaminhamentos, reuniões temáticas com Trabalhar com os pais e/ou responsáveis nos ambientes professores e direção; articulação com equipe PROINAPE; escolares a questão dos direitos sociais e sua responsabilidade planejar e executar junto com as equipes e escola, ações no cuidado à criança e ao adolescente. educativas com os adolescentes com temas relativos à saúde mental e violências (exemplos: automutilação, prevenção do suicídio, álcool e outras drogas, gênero e sexualidade, etc) Articular ações junto ao CRAS a fim de acolher novos beneficiários e realizar acompanhamento; promover a discussão dos direitos sociais nos grupos da unidade; trabalhar a importância dos programas de transferência de renda com os usuários e orientar com relação às condicionalidades de cada um. Idoso Atividades Atividades Técnico-Pedagógicas Clínico-Assistenciais Violências (Física, abandono, negligência, sexual, etc) Produzir espaços de educação permanente com a eSF para a compreensão do processo de envelhecimento e seus impactos na dinâmica e organização das famílias, visando a prevenção da violência contra a pessoa idosa; informar sobre os tipos de violência contra idosos e estratégias de identificação, seus impactos na saúde e a rede de proteção existente; estimular prevenção de violência contra idosos em espaços já existentes da unidade, como grupos e Academia Carioca. Construção de PTS com a eSF e com a família extensa quando for necessário; Orientação, articulação e/ou encaminhamento à rede de proteção; Abordagem familiar e mediação de conflitos quando possível; Benefícios da população idosa Estimular a discussão sobre direitos da população idosa nos Estimular a busca ativa da população idosa com perfil para grupos da unidade; auxiliar na solicitação de benefícios benefícios assistenciais e previdenciários; assistenciais e previdenciários (agendamento no INSS, Riocard novo ou troca de Riocard especial para sênior, etc) Situações Transtornos mentais comuns Situações TM Comum Depressão / Ansiedade / Queixas somáticas sem explicação médica TM Graves Atividades Técnico-Pedagógicas Atividades Clínico-Assistenciais Abordagem familiar e orientações a partir da avaliação das demandas; produzir Relatório Social e Parecer Técnico sempre que necessário; subsidiar a eSF na elaboração de documentos técnicos que viabilizem a garantia dos direitos sociais dos Orientação sobre direitos sociais e previdenciários para as usuários; orientar e auxiliar no encaminhamento quanto à equipes SF e os impactos na vida e cuidado ao usuário; concessão de benefícios (impressão e preenchimento de formulários, agendamento, etc); direcionar o usuário para a garantia do acesso à documentação; promover a humanização da atenção e a reinserção social com apoio intersetorial. Álcool e Drogas Situações Atividades Atividades Técnico-Pedagógicas Clínico-Assistenciais Uso abusivo de álcool e outras drogas Gestação e puerpério Tuberculose Promover discussões junto às equipes a fim de discutir sobre as drogas na sociedade contemporânea (mitos, preconceitos, políticas públicas, etc. ); pensar e elaborar estratégias de atenção integral às pessoas que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas (reconhecimento das diferentes esferas que compõem a vida dos sujeitos em sofrimento, como suas relações afetivas, doença, escolarização, trabalho, etc.), estimulando o protagonismo dos usuários e o suporte de familiares e da comunidade; realizar junto com as eSF articulação com a rede de serviços sociais e de saúde para a realização de ações de prevenção e de redução de danos; Socializar informações sobre os direitos sociais e mecanismos de acesso. Promover espaços de discussão sobre a questão de gênero, maternidade e paternidade com o objetivo de compreender o contexto da gestação e do puerpério e os impactos na saúde da mulher e da criança; Potencializar o trabalho da equipe na identificação de gravidezes que possam ser decorrentes de violência doméstica e/ou não planejadas ( múltiplas gestações, não adesão ao pré-natal, etc.); Orientar sobre a legislação do planejamento familiar (métodos contraceptivos e critérios para LT) Realizar junto com a eSF a busca ativa dos usuários de álcool e outras drogas; Identificar os usuários que não tem documentação, acesso a trabalho e renda para orientar e encaminhar quando necessário; acompanhamento junto à equipes dos usuários na lógica da Redução de Danos; abordagem familiar. Garantir junto com as eSF o atendimento compartilhado com as maternidades de referência para busca ativa das gestantes faltosas do pré-natal; realizar contato com o setor de serviço social da maternidade de referência para discussão do caso; identificar usuários que não tenham documentação; orientações sobre os direitos das gestantes em espaços já existentes (grupos, consultas, etc); contribuir para o fortalecimento da rede de apoio e convívio familiar e comunitário; articulação com a rede de proteção social, se necessário; articulação com o CAPS ad ou serviço de saúde mental disponível nos casos de uso abusivo de álcool e outras drogas e outros serviços. Discutir com as eSF a responsabilidade sanitária sobre o território e o papel dos profissionais de saúde no cuidado a esses usuários, problematizando as dificuldades de adesão e os esteriótipos envolvidos nesses agravos; discutir com as eSF a importância do trabalho com as populações mais vulneráveis. contribuir para o fortalecimento da rede familiar e comunitária; Articulação com CAPS ad ou outros serviço de saúde mental disponível no território; articulação com o CnaR, quando necessário; discussão dos casos com a eSF e busca ativa dos usuários, contribuindo na gestão da lista de tuberculose; apoiar as equipes na condução dos casos de avaliação dos contatos que apresentem dificuldade de adesão; Atividades Atividades Técnico-Pedagógicas Clínico-Assistenciais Qualificação da abordagem da família e das pessoas em situação violência e das causas da violência; esclarecimento acerca da Notificação, trabalhando a diferença entre denúncia e notificação; qualificação da ficha de notificações; qualificação Gestão das listas de notificação de violências; participar da construção do PTS nos casos complexos pactuados com eSF; promover a discussão dos direitos sociais nos grupos da unidade; acolher e acompanhar junto com as eSF a Violências Situações Violência contra criança e adolescente Violência contra Mulher Violência Sexual Violência contra o Idoso Violência auto infligida (suicídio) Violência Urbana do processo de trabalho da eSF na identificação e abordagem dos casos de suspeita e/ou confirmação de violência; elaborar caderno de recursos contendo os serviços ofertados por cada equipamento do território; trabalhar com as eSF os materiais técnicos existentes (CAB, cartilhas, estatutos, etc) relativos às necessidades e demandas do território; contrarreferência dos casos de violência referenciados para seguimento do cuidado. Realizar junto com a pessoa em situação de violência construção de "plano de segurança pessoal" (anexo 1) Violência contra população LGBTI Outros tipos de violência População em Situação de Rua População em Situação de Rua Articular ações para emissão de documentação, inclusão no Cadastro Único da Assistência Social; articulação com o CnaR, CREAS, CRAS, Centro POP, órgãos de defesa como Defensoria Pública, Ministério Público e Varas da Infância, rede Apoiar a articulação da rede de serviços no sentido de efetivar a comunitária (igrejas, ONGs, etc); Orientar na busca por órgãos coordenação do cuidado pela eSF e o fortalecimento do vínculo; de defesa de direitos, procedendo encaminhamentos quando Apoiar a identificação dos casos de Saúde Mental do território; necessários; Elaborar relatório, parecer, laudo social e afins quando da necessidade de acompanhamento de um caso; Fazer articulação com os demais níveis de atenção à saúde (secundária e terciária) para seguimento do cuidado; Divulgar espaços da sociedade civil de organização social. Programas de Transferência de Renda Bolsa Família e Cartão Família Carioca Estimular a reflexão com a eSF sobre os impactos dos programas de transferência de renda na vida das famílias, desmistificando mitos e preconceitos; contribuir para o planejamento do acompanhamento em saúde das famílias beneficiárias em vulnerabilidades; Benefício de Prestação Continuada (BPC) Orientar as famílias com relação aos critérios dos benefícios assistenciais; auxiliar na concessão de documentação comprobatória para os benefícios; Trabalhar nos grupos existentes na unidade as condicionalidades desses programas; Fazer gestão da lista dos beneficiários de programas de transferência de renda a fim de atuar junto às famílias em descumprimento das condicionalidades, pensando estratégias junto à equipe para acompanhamento e condução dos casos; construir junto com as eSF, estratégias para acompanhamento das famílias do BF e CFC - parceria com a Escola, ONGs, associação de moradores; Eixo Reabilitação Criança e Adolescente Atraso no desenvolvimento Motor Orientação sobre direitos sociais e previdenciários para as equipes de SF e os impactos na vida e cuidado ao usuário; Sensibilizar a eSF para questões como, estigmas, preconceitos e violência no âmbito da família, da escola e da comunidade; Informar os usuários e eSF acerca dos benefícios sociais de direito, seus critérios de inclusão e documentos necessários; articulação com a rede para obtenção de órteses e próteses; Identificar crianças e adolescentes elegíveis para o BPC, BF e CFC; Apoiar as eSF na articulação com outros serviços com objetivo de inserção desses sujeitos nos espaços coletivos de lazer, cultura, educação, etc; produzir Relatório Social e Parecer Técnico sempre que necessário; Atividades Atividades Técnico-Pedagógicas Clínico-Assistenciais Trabalhar com as eSF os critérios de elegibilidade para o recebimento de benefícios sociais, como auxílio-doença, por exemplo; Debater com as equipes eSF os impactos dessas doenças na vida das gestantes, das crianças e famílias em geral, especialmente, nos campos do trabalho e da saúde. Articular serviços da rede de reabilitação local para compartilhamento do cuidado e acompanhamento dos bebês com suspeita ou confirmação de acometimento pelo Zika vírus durante a gestação; apoiar as equipes na gestão desta lista; articular a rede para o recebimento de benefícios sociais pelos usuários que estejam dentro dos critérios de elegibilidade. Atividades Atividades Técnico-Pedagógicas Clínico-Assistenciais Trabalhar com as eSF os critérios de elegilbilidade para o recebimento de benefícios sociais, como: auxílio-doença, recebimento de FGTS nos casos pertinentes; aposentadoria por invalidez, BPC, direitos relativos à saúde ( órtese, prótese, medicamentos), etc; Debater com as equipes eSF os impactos da amputação, do envelhecimento e doenças crônicas no contexto de cada usuário e de suas famílias, buscando identificar demandas para o acompanhamento ( adaptação da residência, riscos de quedas, negligência e violências, etc). Apoiar as eSF na gestão das listas de acamados/restritos ao domicílio, identificando aqueles usuários com critérios de elegibilidade para o recebimento de benefícios sociais; realizar visita domiciliar quando necessário; Atraso no desenvolvimento cognitivo Zika e Chikingunya Situações Gestantes Microcefalia Doenças Reumatológicas Acamados/Restritos ao domicílio Situações Idoso Amputado Doença Crônica Autismo Situações Atividades Atividades Técnico-Pedagógicas Clínico-Assistenciais Criança Trabalhar com as eSF os direitos da pessoa com deficiência e os Articulação inter e intrasetorial com CAPSi, CER, dispositivos da critérios de elegibilidade para o recebimento de benefícios rede de proteção social, escolas e outros quando necessário; sociais; Sensibilizar a eSF para questões como estigmas, articulação de rede para viabilização dos benefícios preconceitos e violência no âmbito da família, da escola e da pertinentes. comunidade. Adolescente Adulto Eixo Alimentação e Nutrição Situações Vulnerabilidades (BF, CFC) Desnutrição e baixo peso Obesidade Transtornos Alimentares Atividades Atividades Técnico-Pedagógicas Clínico-Assistenciais Refletir com a eSF sobre os determinantes sociais que definem os quadros de desnutrição e obesidade, assim como as repercussões no cotidiano dos usuários e suas famílias; Contribuir na elaboração do perfil socioeconômico dessas famílias identificando estratégias individuais e coletivas de enfrentamento dessas questões; Contribuir nas atividades de promoção da saúde; Apoiar as equipes na realização de atividades socioeducativas, contribuindo para a compreensão dos diversos aspectos que envolvem o enfrentamento dessas questões, especialmente, os relacionados à conjuntura social e à cultura. Identificar os recursos disponíveis no território como feiras, mercados, igrejas que distribuem cestas básicas, associação de moradores ou ONG's que disponibilizam algum tipo de assistência para acesso à alimentação de qualidade; identificar perfil para acesso ao BF/CFC; Apoiar as iniciativas na equipe e no território que promovam o debate sobre essas questões. Eixo Doenças Crônicas não Transmissíveis - DCNT Situações Atividades Atividades Técnico-Pedagógicas Clínico-Assistenciais Pé diabético Hemoglobina Glicada > 8 Amputados Apoiar as eSF na gestão das listas e no manejo dos casos complexos procurando identificar aspectos sociais que possam estar interferindo na adesão ou continuidade do tratamento. Acidente Vascular Cerebral (AVC) Câncer: Mama e Colo do Útero Trabalhar com as eSF os critérios de elegibilidade para o recebimento de benefícios sociais; recebimento de FGTS nos casos pertinentes; aposentadoria por invalidez, auxílio doença, BPC, etc; Sensibilizar a eSF para questões como, estigmas e preconceitos em relação aos portadores de deficiências decorrentes das doenças assinaladas. Articulação dos dispositivos da rede de proteção social quando necessário; articulação de rede para viabilização dos benefícios pertinentes; Apoiar e participar das atividades socioeducativas que promovam o debate e orientações sobre direitos, prevenção e tratamento dessas doenças. Eixo Doenças Crônicas Transmissíveis - DCT Atividades Atividades Técnico-Pedagógicas Clínico-Assistenciais Tuberculose Trabalhar com as equipes a questão dos determinantes sociais que contribuem para o desenvolvimento da Tuberculose, bem como na dificuldade de adesão ao tratamento; qualificar as eSF para identificar os territórios com maior precariedade de infraestrutura e esgotamento sanitário; Trabalhar junto às eSF o fortalecimento dos laços sociais dos usuários com tuberculose com dificuldade de adesão ao tratamento, histórico de abandono, gestantes, com comorbidades clínicas (ex. DM, HAS, HIV/AIDS), tabagistas e em vulnerabilidade social; trabalhar com as populações vulneráveis beneficiárias dos programas de transferência de renda (Cartão Família Carioca, Bolsa Família) com diagnóstico de tuberculose; apoiar as eSF na identificação dos contatos pensando junto estratégias para sua adesão ao tratamento; HIV/AIDS Trabalhar com as equipes os direitos da pessoa com HIV/AIDS, contribuindo para a divulgação das informações desde a comunicação do diagnóstico; Discutir com as equipes a questão do sigilo profissional e formas de apoio ao usuário, assegurando uma relação de confiança e respeito; Refletir com a equipe os desafios presentes no cotidiano da pessoa que convive com HIV/AIDS: sexualidade, trabalho, revelação para o parceiro/namorada (o), adesão ao tratamento, dentre outros. Auxiliar as eSF na viabilização de gratuidade em transporte público para realização de tratamento e outros benefícios; articular parcerias com outros dispositivos do território, como ONGs que oferecem apoio às pessoas com HIV (listagem disponível no site www.aids.gov); Apoiar e participar das atividades socioeducativas que visem a prevenção das IST/HIV e o debate do preconceito/estigma. Situações Construir junto com a eSF estratégias dirigidas a gestantes com desfechos de sífilis congênita anteriores, gestantes com sofrimento ou transtorno mental, com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e vulnerabilidades extremas; Refletir com as equipes a relação entre violência doméstica e IST, assim como a importância do envolvimento do parceiro no acompanhamento ao pré-natal e tratamento da sífilis; Elaborar com as eSF estratégias que visem a adesão das gestantes e seus parceiros ao tratamento, estimulando relações sexuais protegidas no período gravídicopuerperal e em todas as relações. Sífilis Outras IST Apoiar a elaboração do Plano Terapêutico Singular dos casos com risco para abandono do tratamento, reinfecção materna ou tratamento inadequado do parceiro; construir junto com eSF, usuário e família, quando possível, rede de apoio sociofamiliar; articular a Rede de Atenção Psicossocial nos casos de difícil manejo do uso/abuso álcool e outras drogas e transtornos mentais. Eixo Saúde da Mulher Atividades Técnico-Pedagógicas Atividades Clínico-Assistenciais Trabalhar com as eSF o impacto da gravidez nas relações sociais e familiares e a importância do papel do homem; abordar os direitos trabalhistas das mulheres em período gestacional e parturientes; Discutir com as eSF os direitos sexuais e reprodutivos de homens e mulheres de forma a reconhecer a importância da decisão informada e esclarecida em relação ao planejamento reprodutivo; Orientar as eSF sobre a Lei de Planejamento Familiar e os critérios para laqueadura tubária; Apoiar atividades socioeducativas que vise o debate sobre questões que perpassam os novos arranjos familiares, a gravidez não planejada, o aborto, a realidade de mulheres sem autonomia/ condições de decidir sobre seu corpo e vida, dentre outros. Participar dos grupos de planejamento reprodutivo cuja temática seja direitos da mulher; em procedimentos de laqueadura, os casos complexos de difícil manejo, como, por exemplo, transtornos mentais, devem ser articulados e acompanhados em conjunto com o dispositivo para o qual for encaminhado; apoiar as equipes na gestão da lista do SISREG para Laqueadura. Interrupção de gravidez Orientar as eSF acerca dos critérios para realização do abortamento legal e respectivo fluxo; Discutir com as equipes o papel dos profissionais de saúde na orientação às mulheres visando à proteção de sua vida, em qualquer situação de interrupção, evitando abordagens de cunho religioso e culpabilizadoras/punitivas; Acompanhar junto com as eSF o cuidado às mulheres que se submeteram a qualquer tipo de aborto, propondo a discussão de alternativas de prevenção à gravidez de acordo com as necessidades e condições da mulher. Mulheres em Idade Fértil (MIF) Trabalhar com as eSF a sexualidade da mulher na abordagem ao Apoiar as eSF na gestão da lista MIF com risco reprodutivo; direito de escolha à maternidade e acesso a métodos participar de grupos existentes na Unidade e no território cujos Situações Planejamento reprodutivo Laqueadura MIF com Risco Reprodutivo contraceptivos, bem como a importância do cuidado às temas façam referência às expressões da questão social e seus profissionais do sexo. impactos na vida sexual e reprodutiva. Eixo Materno Infantil Situações Aconselhamento pré e pós TIG e Testes Rápidos Pré-natal Puerpério Acolhimento mãe-pai-bebê Depressão Pós-parto Atividades Atividades Técnico-Pedagógicas Clínico-Assistenciais Proporcionar espaços educativos com as equipes de Saúde da Família para discutir os direitos civis e sociais da gestante, da puérpera e da criança; Apoiar as eSF na abordagem às famílias para o enfrentamento da violência envolvendo a gestante, a puérpera e a criança, e a prevenção do trabalho infantil; Sensibilizar a equipe para a identificação de gravidezes não planejadas e a relação com o pai da criança, assim como a adesão ao pré-natal; Orientar sobre a importância de conhecer como a gravidez se insere na vida da mulher e da família. Fazer a gestão das listas, junto com as eSF, de TIG e testes rápidos (Hepatite, Sífilis, HIV), gestantes e puérperas, acompanhando aquelas beneficiárias dos programas de transferência de renda (BF e CFC) ou em situação de vulnerabilidade social; Apoiar a articulação da rede sociofamiliar no cuidado à puérpera e ao bebê, considerando o contexto familiar, a função desempenhada para cada membro que compõe a família, bem como a dinâmica estabelecida; Apoiar a articulação em caso de necessidade de encaminhamento para serviço especializado, como ambulatório em saúde mental ou CAPS. Eixo Saúde do Trabalhador Vigilância em Saúde do trabalhador Situações Atividades Atividades Técnico-Pedagógicas Clínico-Assistenciais (além da emissão do SINAN) Aposentadoria Trabalhar com a eSF os direitos previdenciários (quem tem Apoiar e participar das atividades socioeducativas que direito, tipos de benefícios, período de carência, qualidade de promovam o debate e orientações sobre aposentadoria e seus segurado, etc); estimular a notificação de acidentes de direitos, os aspectos que envolvem a relação com o trabalho e trabalho; a aposentadoria, fator importante no processo saúde-doença. Trabalho infantil Atuar na prevenção, identificação e abordagem de famílias que possuam crianças que estejam em situação de trabalho infantil, Produzir reflexão sobre o trabalho infantil, destacando seus bem como no encaminhamento para programas e projetos impactos e articulando com a realidade local; Apresentar às eSF sociais de auxilio à renda, à convivência e ao fortalecimento de a rede de proteção à criança; Orientar a eSF quanto ao vínculos entre as famílias e crianças retiradas do trabalho; reconhecimento da exploração sexual de crianças e Estimular a alfabetização dos pais/responsáveis com baixa adolescentes como exploração do trabalho infantil. escolaridade e se possível incluí-los em espaços de inclusão escolar. ANEXO 1 Plano de Segurança Pessoal 3 1. Evite ficar sozinha com o agressor. 2. Na hora de conflitos, proteja-se de locais com objetos perigosos, pois podem ser usados pelo agressor contra você. 3. Ensine as crianças a se afastar quando houver violência e também como pedir ajuda. 4. Guarde sempre com você números de telefone de emergência. 5. Estabeleça locais perto de sua casa onde você possa ficar em segurança até conseguir ajuda. 6. Separe roupas e objetos de primeira necessidade seus e de suas crianças, guardando-os em locais seguros em caso de emergência. 7. Guarde cópia de documentos importantes em local seguro. 8. Compartilhe sua situação com pessoas amigas e combine formas delas ajudarem em caso de perigo. 9. Se você tiver carro, manter cópia das chaves em local seguro e acessível, mantendo-o abastecido e em posição de fácil saída. 10. Manter algum dinheiro em local seguro para que possa utilizar algum meio de transporte. 11. Procure um Centro Especializado e Atendimento à Mulher (CIAM ou CRM ou CREM ou CRAM ou CEOM, Casa da Mulher ou NIAM) ou DEAM, alguma pessoa ou instituição que você confie e, caso esteja ferida, procure um hospital. 12. Se você sofreu alguma ameaça ou perturbação por meio telefônico, procure anotar o dia e hora da ligação, e no caso receber a ligação ou mensagem de texto no celular leve-o imediatamente à DEAM, para que possa ser avaliado pela perícia. 13. Nunca deixe de comparecer ao IML para o exame de corpo de delito quando encaminhada pela delegacia, pois o laudo pericial é uma prova importantíssima. 14. Se possível, apresente na DEAM qualquer objeto ou roupa envolvidos com a violência, pois podem servir de prova. 15. Se você encontra-se em perigo e não tem um local seguro para ficar, saiba que você pode ser acolhida em uma casa-abrigo temporariamente. Para isso, deve procurar um Centro Especializado e Atendimento à Mulher nos dias úteis. Nos fins de semana, feriados e fora do horário de atendimento destes centros especializados procure uma DEAM para ser encaminhada para um abrigo pela CEJUVIDA. 3 Retirado de “É UM DIREITO DAS MULHERES UMA VIDA SEM VIOLÊNCIA - Em briga de marido e mulher o Poder Público mete a colher” (SPMulheres RJ/SEASDH – Subsecretaria de Políticas para as Mulheres / Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, 2013 16. Se você já registou a ocorrência e o/a agressor/a continua praticando violência e descumprindo medidas protetivas determinadas pelo judiciário, procure novamente a mesma delegacia onde foi feito o primeiro registro de ocorrência e comunique o fato, pois pode até ser o caso de se pedir a prisão preventiva do agressor. Em situações de fuga, a mulher deve procurar levar consigo: 1. Certidões de nascimento e/ou carteira de identidade; 2. Cartões de segurança social; 3. Certidão de casamento, carteira de motorista, documentos do carro; 4. Número de conta bancária, cartões de crédito, registros bancários; 5. Medicação e receitas; 6. Documentos referentes ao divórcio e outros documentos de possível uso pela justiça; 7. Números de telefone e endereços da família, de amigos e de serviços da rede especializada de atendimento à mulher. Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. (Cadernos de Atenção Básica, n. 27) (Série A. Normas e Manuais Técnicos). _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde Mental. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 34) (Série A. Normas e Manuais Técnicos). _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégia para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Cadernos de Atenção Básica, n. 35) (Série A. Normas e Manuais Técnicos). _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Núcleo de Apoio à Saúde da Família Volume 1: Ferramentas para a gestão e para o trabalho cotidiano . Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Cadernos de Atenção Básica, n. 39) (Série A. Normas e Manuais Técnicos). _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: o cuidado da pessoa tabagista. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. (Cadernos de Atenção Básica, n. 40) (Série A. Normas e Manuais Técnicos). CHIAVERINI, D. H. et al. Guia prático de matriciamento em saúde mental. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. BEDRIKOW, R., CAMPOS, G.W.S. História da Clínica e a Atenção Básica: o desafio da ampliação. 2ª edição. Rio de Janeiro: HUCITEC, 2015.