Aula 22 – TP002 – Economia - 17/05/2010 – Bibliografia: CAP 29 MANKIW (2007) Se você fizer uma refeição em restaurante, quando sair, obtém uma barriga cheia. Exceto se a comida for muito ruim. A questão básica é: Você entrega um monte de papel colorido e com desenhos de bichinhos (notas de real) e o dono do restaurante lhe dá comida. Ou você pode ainda assinar um papel com o seu nome e um valor (cheque). Ou ainda emprestar um pedaço de plástico (cartão) e digitar uma senha. O problema é que o dono do restaurante fica feliz em receber esse monte de “porcarias”. O que faz ele aceitar isso? Ele tem certeza que depois que pegar esses papéis coloridos cheios de bichinhos poderá pagar uma terceira pessoa que lhe dará algo de valor. Essa terceira pessoa também sabe que se passar esse papel colorido para uma quarta pessoa ela também receberá algo de valor. E a quinta pessoa também pensa assim... O dinheiro é bastante útil. Imagine uma economia que não possui uma unidade de valor comum. Como você pagaria pelo restaurante? Você deveria oferecer algo que o dono do restaurante aceitasse e lhe tivesse um valor imediato. Por exemplo, lavar os pratos, lavar o carro ou ainda cortar o pêlo do poodle briguento dele. Numa economia sem dinheiro é difícil alocar recursos. Faz-se necessário uma dupla coincidência de desejos. Ou seja, é necessário que as pessoas desejem exatamente os bens que estão em poder de outros para que ocorram trocas. Se existe o dinheiro, o dono do restaurante não necessariamente precisa de algo que você possa fazer diretamente. Ele pode pegar o seu dinheiro e pagar o cozinheiro (que fica feliz com os papéis coloridos cheios de bichinhos). O cozinheiro pega o dinheiro e paga a creche. A creche pega o dinheiro e paga o salário da professora. A professora vai no mercado e gasta tudo em cerveja. Com o dinheiro, cada pessoa pode se especializar naquilo que faz melhor, elevando o padrão de vida de todas as pessoas. Em resumo, você não precisa lavar pratos quando vai no restaurante. Você não precisa matar vacas quando vai comprar carne no açougue. Mas o que acontece com a inflação, taxa de juros, produção e emprego caso variássemos a quantidade de moeda? 1 ILHA DE YAP Essa ilha fica na Micronésia, no Pacífico Sul e é território americano. É o lugar que possui a moeda mais sólida no mundo. Em diversos lugares existem preocupações com taxas de câmbio e desvalorizações. Mas lá não. A moeda é sólida. È uma rocha calcária redonda e com um furo. Os habitantes da ilha usam pedras desde que um guerreiro as trouxe da ilha vizinha Palau, a 1500 ou 2 mil anos. Como as pedras perdem o valor se forem quebradas, os habitantes da ilha as enfileiram ao lado das casas ou ainda colocam em “bancos” nas aldeias. Assim, eles deixam as pedras sempre no mesmo lugar, como se fossem certificados de ouro negociados pelo FED. Trocam de proprietário sem trocar de lugar físico. Elas possuem entre 0,75 e1,5 metros de diâmetro, mas algumas tem mais de 3,5 metros. São necessários 20 homens para levantar uma pedra. Além das pedras existem outras moedas em circulação. O dólar é usado em postos de gasolina e supermercados, entretanto para grandes negócios, como comprar propriedades, as pedras gozam de maior aceitabilidade. Outra moeda aceita em YAP é a Budweiser. A cerveja é amplamente utilizada como meio de troca para pequenos serviços, como o pagamento de mão de obra. Os 10 mil habitantes consomem 40 a 50 mil caixas de cerveja por ano. A utilização das pedras tem algumas vantagens, pois são imunes ao comércio paralelo, e não são fáceis de serem roubadas por batedores de carteira. Existem apenas 6.600 rodas de pedra, portanto a oferta monetária não se altera. COMO SURGIU A MOEDA? Surgiu da necessidade de intermediar relações de trocas. Abaixo tem-se 5 etapas da evolução da moeda. 1 estágio: Pré-economia monetária ou escambo: Relações de trocas esparsas e esporádicas. Sociedades viveram por séculos assim. Ex: Brasil antes de Cabral. Propriedade individual não é bem definida. 2 estágio: Moeda mercadoria – Ossos, gado,sal, concha, pedras, etc. Foram aperfeiçoando as formas de moeda. 2 3 estágio: Moeda simbólica: Moeda com a figura do soberano. Moeda de curso legal e cunhadas com metal precioso. 4 estágio: Moeda escritural. Depósito em cofres de ourives. Eles recebiam certificado de depósito. Passavam a circular os certificados. Ourives começaram a perceber que nem sempre todos vinham sacar o dinheiro ao mesmo tempo. Assim passaram a fazer empréstimos com o dinheiro depositado. 5 estágio: Moeda Sofisticada: Moeda por meio eletrônico. Diferente de todos os tipos anteriores. Moeda é somente um mais ou um menos na tela do computador. Não existe o papel de verdade. O significado da moeda Moeda para a economia é o conjunto de ativos existentes na economia que podem ser usados para comprar bens e serviços de outras pessoas. Dinheiro na sua carteira é moeda. Moeda inclui apenas aqueles poucos tipos de riqueza que são regularmente aceitos por vendedores em troca de bens e serviços. Três funções: Meio de Troca – É algo que os compradores dão aos vendedores quando compram bens e serviços. Quando você compra uma camisa numa loja de roupas, a loja lhe entrega a camisa e você entrega moeda à loja. Você está confiante que o vendedor vai aceitar o seu dinheiro. Isso distingue a moeda dos demais ativos, como ações, títulos, obras de arte e jujubas. Unidade de Conta – É um padrão de medida que pessoas usam para anunciar preços e registrar débitos. Uma camisa sai $20, e um hambúrguer sai $2. O preço de uma camisa é 10 hamburgeres, mas os preços não são anunciados assim. Se você pega um empréstimo, a quantidade que você vai devolver também é medida em “dinheiros”. Não em pratos lavados. Reserva de valor - É algo que as pessoas podem usar para transferir poder de compra do presente para o futuro. Quando um vendedor aceita moeda em troca de um bem ou serviço, ele pode ficar com a moeda e tornar-se comprador de um bem no futuro. É 3 importante perceber que a moeda não é o único meio de se guardar o dinheiro para consumo futuro. Entretanto a moeda é certamente mais segura do que repolhos, por exemplo. Riqueza é o termo usado para fazer referência ao total de reservas de valor, incluindo tanto moeda quanto os ativos não monetários. Liquidez é o termo para descrever a facilidade com que um ativo pode ser transformado em um meio de troca. Vender um título é fácil, deve-se apenas pagar uma taxa de corretagem. Vender uma casa, uma pintura de um artista famoso, ou uma revista rara requer, entretanto maior tempo e esforço. Tipos de Moeda: Moeda-Mercadoria: Ex: Ouro. Muitas economias já utilizavam o ouro como moeda. O ouro possui um valor intrínseco, pois tem o mesmo valor, sendo ou não usado como moeda. Quando um país utiliza ouro como moeda, ou papel-moeda conversível diz-se que opera sob o padrão-ouro. Outro padrão: Cigarros. Em campos de prisioneiros, prisões, ou até na Rússia no final da década de 80, o cigarro começou a ser meio de troca, sendo substituído pelo rublo. Por que isso acontece? Pois as pessoas sabem que se pegarem cigarros, eles tem a certeza de que os cigarros serão aceitos por outras pessoas. Até os não fumantes ficavam felizes em receber cigarros. Moeda sem valor intrínseco é chamada de moeda de curso forçado. Qual a diferença entre as notas de real e as notas do Banco Imobiliário? Por quê você pode comprar na cantina com reais e não com o banco imobiliário? Porque o governo decretou que o real é a moeda corrente válida para tudo. Mas outros fatores dependem também. O governo tem de regular o sistema (prendendo falsificadores, por exemplo). Além disso depende das expectativas e convenções sociais quanto ao decreto governamental. O governo soviético da década de 80 jamais abandonou o rublo como moeda oficial. Mas o povo de moscou preferia receber 4 cigarros (ou dólares), pois estavam crentes que estas formas seriam aceitas por outros no futuro. MOEDA NA ECONOMIA O que você incluiria na quantidade de moeda? O que é a quantidade de moeda? Primeiramente a moeda corrente. A quantidade de papel e metais na mão do público. Só que não é a única quantidade de moeda corrente. Muitas lojas aceitam cheques. Daí, podemos incluir também os depósitos a vista como quantidade de moeda. Você pode tirar facilmente o dinheiro da poupança e transformar em dinheiro em circulação. Assim, tem de incluir isso também no dinheiro em circulação. O estoque pode ser diferente. Moedas que temos no bolso fazem parte. Edifícios não fazem parte. Podemos classificar no Brasil pela ordem de liquidez: M1- Papel Moeda em poder do Público + depósitos à vista nos bancos. M2- M1+ depósitos de poupança + títulos privados (depósitos a prazo, letras de câmbio e letras hipotecárias). M3- M2+ quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas com títulos federais. M4- M3 + títulos federais, estaduais e municipais em poder do público. M1- mais líquidos possíveis M2 – menos liquidos, transformar aplicações em dinheiro leva mais tempo. M3 mais difícil ainda para converter... Estudo de caso Onde está a moeda corrente? EUA 2001 – 580 bilhões de moeda corrente. Dividido por 212 milhões de americanos acima de 16 anos, temos que cada adulto mantém $2.734 em seu poder. Com quem está todo esse dinheiro? 2 explicações: 5 1- Grande parte está no exterior. Quando o sistema monetário é instável, pessoas tendem a ter dólares americanos. Exemplo: compras Paraguai são feitas mais em dólar do que em Guaranis. 2- Outra grande parte do dinheiro está em mãos de sonegadores de impostos, traficantes, entre outros. Para a população normal, a reserva de dinheiro não é uma boa forma de guardar o dinheiro, uma vez que não rende juros. Para criminosos, a guarda do dinheiro em espécie é a melhor saída, pois não dá pistas de como pode ser capturado. Ex: Traficante Abadia, que guardava moeda na parede da casa. O SISTEMA DO FEDERAL RESERVE Quando uma moeda tem curso forçado (é imposta por um governo e não e nada além de bichinhos coloridos, por exemplo), alguém deve regular a sua emissão. No caso dos EUA é o Federal Reserve. Os bancos centrais principais são: Banco da Inglaterra (Bank of England), o Banco do Japão (Bank of Japan), e o Banco central Europeu (Eurpean Central Bank). No Brasil é o Banco Central. Organização do FED. Criado em 1914, depois de uma quebra de bancos em 1907. FED é administrado por um conselho de governadores, com 7 membros indicados pelo presidente e confirmados pelo senado. Mandatos de 14 anos. Isso assegura independência de pressões políticas de curto prazo para formular a política. É composto por 12 bancos regionais. O presidente é nomeado por 4 anos, pelo presidente da república dos EUA. Possui 2 tarefas: 1- Regular atividades dos bancos e garantir a saúde do sistema bancário. É o banco dos bancos, o emprestador de última instância. 2- Controla a oferta de moeda. As decisões a respeito do aumento ou redução da base monetária são a chamada política monetária. 6 Bancos e a oferta de moeda O caso simples do sistema de 100% de Reserva bancária Imagine um mundo que não tenha bancos. Se existe $100 em moeda, esta é a oferta monetária e tem o valor de $100. Se alguém abrir um banco que inicialmente só recebe depósitos teremos: Primeiro banco Nacional Ativo Passivo Reservas $100 Depósitos $100 Temos $100 de ativos do banco (reservas que mantém) e $100 no passivo que deve aos depositantes. Se os bancos mantém os depósitos integralmente como reservas e não influenciam a oferta de moeda. CRIAÇÃO DE MOEDA POR MEIO DO SISTEMA DE RESERVAS BANCÁRIAS FRACIONÁRIAS Imagine que o banco reconsidere a política de 100% de reservas. Por quê vai deixar todo aquele dinheiro no cofre? Será que todos os depositantes virão no mesmo dia retirar o dinheiro? O banco pode emprestar, para fazer as pessoas pagarem juros para ele. A partir dessa idéia o banco adota o sistema de reservas fracionárias. A fração dos depósitos que um banco mantém como reserva é a chamada razão de reserva. Combinação de regulação governamental e política do banco. O FED estabelece um mínimo em reservas exigidas. Suponha que o primeiro banco nacional tenha uma razão de reserva de 10%. Primeiro banco Nacional Ativo Passivo Reservas $10 Depósitos $100 Empréstimos $90 O banco ainda tem um passivo de $100, pois continua tendo que devolver o dinheiro para os depositantes. Mas agora o banco tem 2 tipos de ativos. As reservas e os créditos de empréstimos. 7 Agora a oferta de moeda. Inicialmente era de $100. Agora, os depositantes podem gastar os $100 depositados e os tomadores de empréstimos podem tomar mais $90. Logo, o papel moeda à DISPOSIÇÃO do público é de $190. É desta forma que bancos criam moeda. É importante perceber que o banco não cria recursos. A economia está mais líquida, mas não mais rica. No final do processo, existem mais meios de troca, mas a economia não está mais rica. O multiplicador da moeda. Imagine que alguém tome o empréstimo e pague $90 em forma de um depósito no segundo banco nacional. Esse banco também tem uma razão de reserva de 10%. Assim, temos: Segundo banco Nacional Ativo Passivo Reservas $9 Depósitos $90 Empréstimos $ 81 Este banco também criará $81 em moeda adicional. Se esse dinheiro for depositado no terceiro banco nacional, teremos: Terceiro banco Nacional Ativo Passivo Reservas $ 8,1 Depósitos $81 Empréstimos $ 72,90 Quanto de moeda é criada se todo o dinheiro for depositado: Depósito original = $100 Empréstimo do Primeiro Banco Nacional = $90,00(=0,9*$100,00) Empréstimo do Segundo Banco Nacional = $81,00(=0,9*$90,00) Empréstimo do Terceiro Banco Nacional = $72,90(=0,9*$81,00) “ “ “ “ Oferta total de moeda: =$ 1.000,00 Se somar a quantidade com uma quantidade maior de bancos, temos que $100 gerariam $1000 em moeda. Nessa economia, temos que o multiplicador da moeda é igual a 10. Se R é a razão de reservas, temos que, para esse caso a reserva é R=1/10. O 8 multiplicador é o inverso da reservas. Se o sistema bancário tem $100 em reservas, pode só ter $1000 em circulação. Assim, temos alguns exemplos: Se a taxa de reserva for de 20%: R=1/5 o multiplicador é de 5 Se a taxa de reserva for de 5%: R=1/20 O multiplicador é de 20. Se a taxa de reserva for de 100%: R=1/1 O multiplicador é de 1, e os bancos não criam moeda. Instrumentos de Controle monetário do FED: OPERAÇÕES NO MERCADO ABERTO Compra ou vende títulos no mercado aberto. Cada novo dólar colocado em circulação aumenta exatamente em $1,00 a quantidade de moeda. Cada $1,00 colocado em um banco aumenta numa magnitude maior, pois os bancos criam dinheiro, consoante com o visto anteriormente. VENDER TÍTULOS – RETIRA DINHEIRO COMPRAR TÍTULOS – COLOCA DINHEIRO O contrário é exatamente válido. Quando se retira dinheiro em circulação, cada real retirado reduz a base monetária a mais do que $1,00, pois os bancos vem suas reservas diminuídas, e o multiplicador bancário reduz mais do que $1,00. Operações no mercado aberto são bastante fáceis de fazer. Por isso o FED usa bastante. O Brasil tem o www.tesourodireto.gov.br. Que facilita a comercialização de títulos públicos via internet. RESERVAS EXIGIDAS O aumento das taxas de reservas ou redução causam um grande efeito na circulação de dinheiro. No Brasil o BACEN utiliza esse mecanismo com freqüência. Em parte porque 9 existe uma dificuldade maior de emitir títulos a taxas de juros mais atrativas, devido a confiança do país. Essas mudanças, entretanto, desorganizam a atividade bancária, uma vez que bancos podem simplesmente ter faltas de reservas sem terem alterações nos depósitos. Assim, precisam reduzir os empréstimos até que tenham elevado suas reservas ao novo nível exigido. TAXA DE REDESCONTO É a taxa que os bancos pegam empréstimo no FED. Ele pode aumentar ou reduzir a oferta de moeda. Uma taxa mais elevada, desencoraja os bancos a tomarem empréstimos. Reduz a taxa de reserva e reduz a quantidade de moeda. Uma taxa de redesconto baixa, aumenta as chances dos bancos emprestarem mais dinheiro. Em 1984, um banco Continental Illinois National Bank fez empréstimos duvidosos, e os rumores fizeram muitos depositantes sacarem o dinheiro. O FED ofereceu empréstimos de 5 bilhões para salvar o banco. Em 19 de outubro de 1987, corretoras se viram necessitando de fundos para financiar o elevado volume de negócios com ações. Alan Greenspan anunciou “disposição do FED de servir como fonte de liquidez para dar sustentação ao sistema econômico e financeiro”. Problemas com o controle da oferta de moeda O controle da oferta de moeda não é preciso. Problemas: 1 – O FED não controla a quantidade de moeda que as famílias decidem manter nos bancos. Quanto mais depositam mais moeda o sistema pode criar. Suponha que percam a confiança no sistema bancário. O que acontece? Todo mundo saca o dinheiro. A oferta de moeda cai, mesmo sem intervenção do FED. 2- Não controla a quantidade que os bancos decidem emprestar. Só existe a criação de moeda quando o banco decide emprestar. Se os bancos forem mais cautelosos e 10 diminuírem os empréstimos (redução de crédito). Existirá menos moeda do que antes, e a oferta monetária cai. Sem intervenção do FED. Desta forma, a quantidade de moeda depende dos depositantes e também dos bancos. O FED coleta dados semanais sobre os depósitos e as reservas do banco. Assim pode ficar atento para responder a alterações de comportamento dos agentes. No longo prazo o controle da oferta de moeda pelo FED é mais preciso do que no curto prazo. ESTUDO DE CASO: CORRIDA AOS BANCOS Crise de 1929 – todos correram aos bancos e pegaram o dinheiro. Devido à incerteza e quebradeira geral, todos preferem dinheiro embaixo do colchão. Entre 1929 e 1933, a oferta de moeda caiu 28%, mesmo sem atuação do governo. Hoje em dia, existem mecanismos mais seguros que evitam a corrida aos bancos. Nos EUA existe o Federal Deposit Insurance Corporation assegura os depósitos, caso haja uma corrida aos bancos. Isso pode ser bom, pois evita a corrida aos bancos pelos poupadores, mas pode ser ruim, pois incentiva os bancos a correrem mais riscos. 11