%HermesFileInfo:D-9:20101017: O ESTADO DE S. PAULO DOMINGO, 17 DE OUTUBRO DE 2010 Caderno2 D9 Música. Show LEONARDO SOARES/AE CABEÇA E VOZ DO BAIXO CÉREBRO ELETRÔNICO Studio SP. Rua Augusta, 591, tel. 31297040. Sexta, 23 h. R$ 20 AUGUSTA Cérebro Eletrônico traz nova fornada de canções de Tatá Aeroplano É ao redor da parte central da Rua Augusta que estão muitos Na próxima sexta, dia 22, o Cére- dos lugares onde Tatá discoteca bro Eletrônico faz o show de lan- música brasileira e rock – sua çamento de seu terceiro disco, principal fonte de renda vem das Deus e o Diabo no Liquidificador, três vezes por semana em que no Studio SP. Nenhum outro lu- ficaatrás dospick-ups. Eéna Augar em São Paulo é mais adequa- gusta também a loja de Maurice do para receber a banda. Plas, onde compra seus famosos Tatá Aeroplano, de 35 anos, a chapéus. Muita gente sustenta mente por trás do Cérebro, é DJ que foi Tatá que trouxe o chapéu residente da casa de volta à moda. do Baixo Augusta Controvérsias a há anos, e a banda parte, o fato é que “CHAPÉU É COMO se apresenta por é raro vê-lo sem NAMORADA, VOCÊ lá regularmente. umpaletócomcaO Baixo Augusmiseta e sem chaNÃO TROCA taéolugardacidapéu.ManiaaprenA TODA HORA” de onde Tatá fica dida com seu avô. mais à vontade “Uso chapéu hoje. Paulistano que passou a até quando estou em casa. Teadolescência em Bragança Pau- nho uns 10 chapéus e umas 20 lista,TatátinhamedodeSãoPau- boinas. Mas a verdade é que, no lo. Voltou para cidade para fazer fundo, uso sempre o mesmo. faculdade,edemorouumanopa- Chapéu é como namorada, você ra redescobri-la e se apaixonar não troca a toda hora”, diz. Mespor sua vida cultural paulistana. mo sem ser fashion, Tatá tem lá Guilherme Werneck LIGADOS NOS 220 VOLTS Lauro Lisboa Garcia Aúnicafaixanão autoralde Deuse o Diabo no Liquidificador é 220V, dePeriPane.Éaterceiragravação em menos de um ano. A canção foi lançada como rock pelo grupo de Peri, Odegrau, depois ganhou O quarteto. Gustavo Souza, baterista; Fernando Maranho, guitarrista; Fernando TRZ, tecladisda; e Tatá Aeroplano suasmanias.“TodoanovouàHering e compro camisetas de todas as cores da coleção”, conta. O tempo que economiza por não ter de se preocupar com o guarda-roupas, gasta em música. Cérebro Eletrônico é só uma das bandas em que toca, a que recebe suas canções mais autorais. Paralelamente, Tatá canta e toca seus brinquedos no Jumbo Elektro e tem dois projetos com Paulo Beto: a banda Frame Circus, que faz música para filmes mudos antigos, e a Zero Um, que uma versão da dupla André FrateschieMirandaKassin,quevalorizaaletra.AdoCérebroEletrônicoémaisdançante.“Perimeinstiga, ao lado dele componho feito louco”, diz Tatá Aeroplano. Peri conta que quando compôs a canção em Barcelona em 2006 pen- mistura rock e eletrônica. Novas ondas cerebrais. Deus e oDiabonoLiquidificadoréumdisco bem mais roqueiro do Cérebro Eletrônico, e reflete as mudanças recentes da banda. O tecladista Dudu Tsuda e o baixista Isidoro Cobra deixaram o grupo no ano passado. “O Dudu já estava meio fora. Até o lançamento do Pareço Moderno (disco anterior do Cérebro) ele não fez com a gente. Ele tava em um processo difícil, sou logo na banda de Tatá, porque a letra faz metáfora com eletrodomésticossobreumarelação de casal. “Modéstia à parte, sempre achei que ela tinha cara de hit, mesmo sendo do underground. Fico orgulhoso dessas versões, que são bem diferentes.” com mil projetos. A gente estava fazendo muito show e ele não conseguia ir. Como somos superamigos, conversamos e foi uma saída numa boa. O TRZ veio para os teclados”, conta Tatá. “E, no meio do ano passado, o Isidoro quis dar um tempo de música. Foi mais complicado, a gente não esperava. Para o seu lugar, pensamos no argentino, do Seychelles, um cara muito legal. Ele tem mil projetos mas topou.” No novo disco, o papel do gui- tarrista Fernando Maranho cresceu. Além de compor parte das música com Tatá, ele co-assina a produção. “Nós tocamos juntos há 15 anos e existe uma sintonia muito grande. É muito legal quando você é fã do cara que toca com você.” Tocar com amigos, é uma premissa para Tatá. “Ter uma banda não é mais um business como antigamente. Hoje nós vamos fazer um disco porque temos tesão de gravar. E amizade é fundamental.”