você tem fome de quê? sobre a dor que a comida não sacia

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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? SOBRE A DOR QUE A COMIDA NÃO
SACIA
JOANA DE VILHENA NOVAES
Psicanalista. Pós-Doutora em Psicologia Médica (UERJ). Pós-doutora em Psicologia Social
(UERJ). Doutora em Psicologia Clínica (PUC-Rio). Coordenadora do Núcleo de Doenças da
Beleza do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social, LIPIS da PUC-Rio.
Pesquisadora correspondente do Centre de Recherches Psychanalyse et Médecine - CRPMPandora. Université Denis-Diderot, Paris VII. Autora dos livros: O intolerável peso da feiúra.
Sobre as mulheres e seus corpos. PUC/Garamond (2006). Com que corpo eu vou? Sociabilidade
e usos do corpo nas mulheres das camadas altas e populares. Pallas/PUC (2010). Corpo pra que
te quero? Usos, abusos, desusos. Em co-organização com Junia de Vilhena. Appris/PUC
(2012).
www.joanadevilhenanovaes.com.br E-mail: [email protected]
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? SOBRE A DOR QUE A COMIDA NÃO
SACIA
JOANA DE VILHENA NOVAES
I – INTRODUÇÃO
A intenção desse artigo é compartilhar com o leitor um pouco da minha pesquisa
de pós-doutoramento, um estudo financiado pela Faperj e que trata da clínica da
obesidade no contexto de um hospital da rede pública de saúde. .
Duas hipóteses norteiam essa pesquisa:
1)
O que denomino de clínica da delicadeza, onde a transferência não
apenas comparece, mas é vivenciada como experiência única de atenção recebida em
um serviço público de saúde;
2)
A correlação entre a comida e sofrimento psíquico.
Não se trata, certamente, de reduzir a obesidade a um problema psicológico. As
pesquisas médicas estão aí e, exatamente por acreditar nelas, fui buscar uma inserção de
pesquisa neste espaço.
Contudo, a não adesão ao tratamento no que chamamos de transtornos da
oralidade (incluo aí a anorexia e bulimia, além da obesidade) aponta para a necessidade
da implicação do sujeito na sua própria sintomatologia (Birman, 2003). Os inúmeros
casos de cirurgias bariátricas mal-sucedidas (retorno ao peso anterior, compulsões como
alcoolismo, drogadição etc.), apenas para dar um exemplo, demonstram a necessidade
de uma articulação entre corpo e psíquico (Rocha et al., 2009).
Isto já nos coloca em face de uma das especificidades do trabalho inserido em
um ambiente cujo discurso médico é hegemônico e cuja visão de corpo difere
radicalmente da nossa. Mas sobre isto falaremos mais adiante.
Em trabalhos anteriores (Novaes, 2010a, b,c) mostramos como a gordura está
associada à “prosperidade” em determinados segmentos. Neste momento, voltamos
nossa atenção para a experiência concreta da fome e suas possíveis repercussões
psíquicas.
Talvez dentro deste contexto possamos entender a fala seguinte: “A gente não
pode emagrecer demais senão os vizinhos acham que estamos passando fome,
endividados ou na rua da amargura” (V., 48, diarista).
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Conforme aponta Vilhena (2002), o contexto, o território e a geografia em que se
vive ou nos quais se está inserido são agentes formadores de subjetividades bastante
relevantes. Em dois trabalhos anteriores (Novaes, 2006, 2010a) discuto o impacto da
cultura nos agenciamentos subjetivos, apresentando, no trabalho de 2010, uma pesquisa
contrastiva sobre as representações do corpo e o significado da obesidade nas camadas
altas e médias em contraposição às classes populares.
Retornando ao âmbito do atendimento hospitalar, indagamos o que fazer diante
de pacientes com um diagnóstico de hiperfagia e que normalmente relatam diversas
passagens dramáticas da sua história de vida quando perguntadas se conseguem
localizar algum momento especialmente traumático que justificaria a mudança nos seus
hábitos alimentares.
Qual o caminho para não se instituir um olhar persecutório que acuse o paciente
de fracasso caso a perda de peso não seja a esperada (Foucault, 1994)? Como retirá-lo
do lugar de doente para alçá-lo ao lugar de alguém que recebe cuidados (Canguilhem,
2005)? De que maneira ajudamos os médicos a romperem com o preconceito de forma a
associarem a manutenção do vínculo terapêutico à não evasão do programa? Em suma,
como transmitir que o comprometimento e a vinculação com o processo analítico
também determinam que ali existe a promoção da saúde? Foi sobre isto que resolvi
escrever.
Como responsável de uma clínica voltada para o atendimento de pacientes com
transtornos alimentares, não me surpreendi que a depressão comparecesse, juntamente
com sentimentos como a culpa e a vergonha, na dinâmica psíquica dos pacientes com
este tipo de transtorno.
Vale, no entanto, ressaltar que a depressão que surge nos casos por mim
atendidos na Policlínica Piquet Carneiro, assume uma configuração bastante distinta dos
relatos que estou acostumada a ouvir ao longo de minhas pesquisas. É neste momento,
que as particularidades desse novo campo vão se delineando.
Saio de um contexto calcado nas denúncias sobre a exclusão e o preconceito
socialmente validados e me deparo com uma realidade que aponta para a obesidade
ligada ao trauma. Algo instigante, cujo conteúdo emerge dentro do setting, através de
uma escuta atenta aos detalhes de uma vida que, aos poucos, vai sendo esmiuçada e
revela, no excesso de adiposidade, uma proteção contra a violência e o desamparo.
Relatos dramáticos que descrevem vidas caracterizadas por severos estados de
privação, toda sorte de violência doméstica e sexual sofridas no âmbito familiar, sendo,
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muitas vezes, os agressores as próprias figuras parentais. Ainda assim, nos surpreende a
capacidade de resiliência que alguns sujeitos escutados apresentam face às vicissitudes
de suas vidas. Em última análise, histórias de vida marcadas, inequivocamente, pelo
desamparo e pelo abandono.
II. BREVES CONSIDERAÇÕES ACERCA DO SETTING
Acredito ser importante iniciar essa descrição indagando como em um ambiente
dominado pelo saber médico, podemos introduzir uma outra dimensão de diálogo para
buscar ouvir estas pacientes?
Freqüentemente, o que iremos então observar é o total descolamento do sujeito
com o seu sintoma. O corpo, tratado apenas como organismo; corpo da ordem da
natureza, do qual a medicina se ocupa com grande maestria. Há um silêncio imposto aos
órgãos em sua significação mais profunda -, como se estivéssemos diante de um corpo
sem narrativa. Como aponta Birman “o enfermo como subjetividade foi sendo
progressivamente excluído e silenciado da cena da enfermidade... excluído que era de
qualquer implicação no processo de adoecimento” (2003:10).
Por esta razão acreditamos que as transformações corporais não possam vir
desacompanhadas de suas narrativas. O médico, em sua relação com o corpo, tem a
atitude de um homem que está desmontando uma máquina (Lacan 1985:97). O corpo
que interessa à psicanálise é, contudo, bastante distinto daquele da medicina: não se
trata de um organismo vivente, agregado de carnes e órgãos, mas de um corpo que fala,
goza, silencia e ensurdece, sempre à espera de um deciframento. É nesse contexto,
quando definida enquanto doença, que a medicina é convocada a curar a obesidade. É
quando também, assim cremos, que a “doença obesidade” parece já não ter mais
nenhuma causalidade psíquica oriunda do inconsciente. Trata-se, por isto, de articular
cada uma das “afecções ou sintomas” aos discursos produzidos pelo corpo. É na busca
de um sentido e de uma narrativa que signifique as distintas experiências subjetivas que
o sujeito não se torna um estrangeiro em seu próprio corpo. (Novaes, op.cit) v
II.1 OBESIDADE E SOFRIMENTO PSÍQUICO:
Observamos em todos os nossos pacientes a tristeza e a falta de motivação para
viver. Berlinck (2005) trabalha com a hipótese de que: cada manifestação
psicopatológica – a histeria de conversão, a histeria de angústia, a perversão, a neurose
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obsessiva, a melancolia, a esquizofrenia, a paranóia – se apropria do espaço de maneira
peculiar, revelando uma dinâmica estruturada, ou seja, uma paisagem específica
habitando o espaço (BERLINCK, 2005, p. 182).
Segundo Berlinck:
“Na melancolia, então, a paisagem intrapsíquica se organiza em um
eixo vertical. Entre o ideal (nas alturas) e o fracasso deste (abismo), o
sujeito transita sem cessar, sem sair da verticalidade, num movimento de
vai-e-vem, entre o tudo e o nada”.
Mas como se configuraria a horizontalidade? Haveria uma intersecção entre a
verticalidade e a horizontalidade? Qual o ponto de intersecção? O que de fato as une?
O ponto de intersecção entre a verticalidade e a horizontalidade é o afeto
chamado tristeza.
Podemos pensar que o melhor remédio para a tristeza é a possibilidade de
deslocamento no eixo horizontal conforme sugerido por Berlinck (op.cit). O remédio,
para a tristeza que imobiliza, é caminhar em direção a um destino e reconhecer-se triste
(passagem do ego ideal para o ideal do ego). Talvez, o maior problema da tristeza é
nunca tê-la reconhecido como tal.
É daí que partimos para pensar que real se configura na obesidade. Pensemos
nos momentos de crises de devoração, quando o obeso compulsivamente come sem
parar, momento, inclusive, onde não há um corpo, seja gordo ou magro, não há um
obeso, não há um sujeito, não há nada senão aquele devorar, aquele estranho prazer de
devorar sei lá o quê.
Poderíamos pensar, também, como veremos a seguir, como esta “carência” só
pode ser imaginariamente suprida através de um comer compulsivo?
O primeiro ambiente que recebe a criança tem a importância de inaugurar para
ela o encontro com a realidade e a sua interiorização, ferramenta para a afetividade.
Quando o ambiente falha, como nos casos de abandonos precoces, a clínica nos revela
sujeitos com grande dificuldade de estar em intimidade psíquica com o outro, ‘casos
difíceis’. Faltam-lhes as ferramentas para o contato, para ligarem-se às próprias
emoções e às emoções dos outros. Essa reação de recolhimento faz face ao traumatismo
original, reencontro com os objetos primeiros. Há uma repetição particular nesses
pacientes, uma compulsão que falha ao tentar elaborar o traumático. Eles utilizam
bastante a capacidade motora para não pensar, sistema de proteção contra o sofrimento
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insuportável. A compulsão alimentar, que tudo devora, repete com grande atividade e
desespero a tentativa de interiorização do objeto. A ‘afetividade’ desmesurada que une o
obeso compulsivo ao alimento seria então uma tentativa de tamponamento à
incapacidade de interiorização e à dificuldade afetiva?
Enquanto compulsão, a obesidade evidencia uma distância de si para si máxima,
ele não tem controle sobre si ao comer. O obeso traz também o inverso oposto do culto
ao corpo, da valorização estética, da agilidade. O obeso empaca aos poucos, até a
imobilidade quase total. Mas não se trata, numa leitura romântica, de entendê-la como
movimento de resistência às exigências contemporâneas. Está mais próxima de uma
forma de escravidão, quando a liberdade vacila no seio do sujeito. A obesidade está
inserida nesse contexto, mas causa extremo sofrimento ao sujeito, ao qual resta outros
modos de protestar que não adoecendo.
É na esteira da marginalidade e dos afetos: de hostilidade ou amor, que retomo
os meus achados clínicos. Usamos estes sentimentos como um gancho para introduzir o
universo de nossas pacientes.
O acompanhamento que vimos desenvolvendo aponta respectivamente para
duas categorias de análise respectivamente: os casos bem sucedidos nos quais estariam
referidos um tipo de sujeito que conseguiu atravessar alguma experiência traumática e
aderir ao tratamento, ou seja, no caso à dieta e os exercícios físicos e aqueles, cuja
compulsão e a depressão parecem resistir mais duramente ao tratamento, à terapia e,
sobretudo, à medicação.
Em ambos os casos, o diagnóstico inicial é sempre a hiperfagia, podendo estar
ou não associada a outros diagnósticos/transtornos psiquiátricos, ou seja, - a obesidade é
compreendida como uma resposta a uma situação estressante, violenta e traumática não
elaborada pelo paciente. Um quadro psiquiátrico que alterna sintomas de ansiedade e
depressão que variam, somente em sua gradação e intensidade de acordo com o
paciente.
Nestes casos, algo do trauma vivido parece insistir e como sabemos, a partir dos
achados de Freud, que identificou tal mecanismo com aguda precisão, aquilo que não é
elaborado, repete. E é justamente este o nosso ponto de partida. Se como sabemos a
obesidade é um sintoma e de acordo com as postulações do pai da psicanálise, um
sintoma é algo que insiste como uma resposta torta, desviada e referente a algo que não
pode ser devidamente digerido.
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Mas quais seriam, efetivamente, as mulheres que comporiam os casos de sucesso
e quem são aquelas que não conseguem aderir ao programa de tratamento proposto?
O que tenho observado ao longo dos duzentos e setenta casos avaliados, mas,
sobretudo, que mais evidente se tornou através dos doze acompanhados semanalmente,
é que as pacientes que foram de alguma forma abandonadas por sua mães ou figuras
maternas substitutas, não conseguem atravessar a perda pelo fato de não conseguirem
fazer um luto necessário e adequado para a superação deste trauma. Conseqüentemente,
a aderência ao tratamento é mais difícil e quando ocorre é freqüente que haja
reincidência dos episódios de compulsão.
Nessas pacientes, é comum observar uma depressão que resiste ao tratamento,
pelo menos no tocante ao emagrecimento que demora a ocorrer e, portanto, não está de
acordo com o cronograma das pesagens e reavaliações médicas, - são, normalmente,
chamados de “casos-problema” e, via de regra, suscitam pouca empatia, impaciência e
irritação por parte da equipe.
São descritas como poliqueixosas, sem motivação, com uma personalidade
aderente e com humor demasiadamente deprimido. Além disso, parecem somatizar com
maior frequência.
No setting, percebo que são pacientes que demandam um tempo maior para
refazer esse luto, através da rememoração de conteúdos bastante primitivos. Após
relatarem o que identificam como deflagrador para terem engordado, quer seja:
abandono, morte, perda ou simplesmente a rejeição sofrida por suas mães que as
deixaram, na maioria das vezes, aos cuidados de outrem, passam grandes períodos nos
quais apenas choram.
Este é o caso de uma adolescente citada como exemplo prototípico de uma
depressão que resistiu a prescrição médica. Durante meses, tudo o que a jovem
conseguiu fazer foi chorar a perda de uma avó morta há dez anos.
Em compensação, do outro lado, apesar de histórias escabrosas envolvendo
surras, torturas físicas, agressões morais, estupros recorrentes, testemunho de chacinas e
crimes hediondos e tendo como vítimas, na maior parte das vezes, parentes próximos,
nossas pacientes apresentam uma capacidade de resiliência, desafiando qualquer teoria e
apontando para a singularidade do sujeito.
Para as pacientes da amostra pesquisada, nada parece comparar-se ao desamparo
e a vacância deixados pela figura materna. Na sua ausência, somente a comida parece
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dar conta desse apagamento, ainda que temporário, posto que retorna, mortiferamente,
sempre ao ponto de partida.
Outro caso modelar, refere-se a uma mulher, evangélica, de 38 anos e parece
confirmar nossa suspeita. Vítima de um estupro, após a sua primeira experiência
amorosa e já tendo um histórico de agressões sofridas pelo pai, com uma mãe que se
não a defendia, pelo menos não abandonou a família, tais quais os muitos casos
relatados. A partir do relato de sua história, percebemos que a paciente usou algum tipo
de recurso interno que a permitiu buscar na igreja um pai mais justo, embora rigoroso
na moral adotada pela paciente.
Se por um lado, as contingências de vida desta mulher deixaram-lhe seqüelas
importantes, que a obrigam ter que fazer uso de psicotrópicos para amenizar, por
exemplo, os sintomas da síndrome do pânico adquiridos após o trauma vivido com o
estupro, por outro, apesar das severas críticas e do ressentimento que tem em relação
aos pais, ela demonstra uma capacidade, inquestionável, de estabelecer vinculações
afetivas o que, conseqüentemente, a faz ter planos como casar e ter filhos.
Como resultante da sua capacidade de ligar-se à vida, consegue, pela via da
auto-estima, da vaidade e do narcisismo, ter investimento libidinal e manter-se
suficientemente integrada para aderir ao projeto de emagrecimento e, portanto, suportar
a privação necessária para perda de peso.
O que nesses casos suscita pensar é que algo característico ao trauma consegue
ser transposto e a capacidade de ligação não é completamente perdida. Esta parece ser a
pista deixada até o presente momento.
III – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quais então seriam as fantasias tratadas na obesidade? Se queremos que uma
separação da comida se dê, é preciso que se faça um corte nessa relação sufocante e
mesmo mortífera, entre o sujeito e a comida, tal como o pai na relação da mãe com seu
objeto de gozo, seu pequeno bebê.
O obeso não deixa restos, come até a última migalha, mas continua insatisfeito,
voraz, saco sem fundo. Mas quem come quem? Não parece ser o obeso aniquilado e
devorado pela comida? Como se ocorresse uma confusão, um amontoamento entre
objeto e sujeito.
De que superfície se trata no corpo obeso? Os obesos relatam que se reconhecem
cada vez menos no espelho à medida que seu corpo vai engordando e mudando, aos
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poucos não mais sentem os limites de seu corpo. Se a adoração é a única relação que se
tem com o corpo, fica a pergunta que adoração é possível na obesidade? Lacan (1970)
nos fala do “saco do corpo” onde se encontra figurado o eu, saco esburacado por onde
se deixa entrar o mundo. Para o obeso, um só buraco, uma grande boca devoradora? A
imagem do corpo na obesidade traz conseqüências e sofrimento, afeta toda a relação do
sujeito com seu corpo, mas não fiquemos cegos só pelo aparente, é o corpo pulsional,
corpo de gozo, que ocupa, primariamente, toda a cena.
Quando estão em um episódio de comilança, comendo compulsivamente, todo
aquele enorme corpo a engordar, a cuidar, fica em suspenso, como se não existisse. A
sensação é de entorpecimento, é o que comumente escutamos de sujeitos obesos após
episódios de comilança. Eles comem sem parar e só se dão conta do quanto comeram
depois. Ao que parece, o obeso, antes de tudo, não é um corpo obeso, é um devorar
insatisfeito e voraz.
É preciso que esse sujeito lide de outro modo com sua falta fundamental. É este
o caminho que estamos percorrendo.
IV- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Janeiro: PUC-RJ, v. 17, n.1, p.177-190.
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Vilhena, J (2002). Da cidade onde vivemos à uma clínica do território. Lugar e
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