UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia Aluno: Tássia Rafaella Costa Título: "Avaliação da atividade antiofídica do extrato vegetal de Anacardium humile: isolamento e caracterização fitoquímica do ácido gálico com potencial antimiotóxico" Orientador: Prof. Dr. Andreimar Martins Soares Data da Defesa: 18/02/2011 RESUMO COSTA, T.R. Avaliação da Atividade Antiofídica do Extrato Vegetal de Anacardium humile: Isolamento e Caracterização Fitoquímica do Ácido Gálico com Potencial Antimiotóxico. 2010. 64f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, 2010. Os envenenamentos ofídicos constituem um problema relevante de saúde pública em diversas regiões do mundo, particularmente em países da zona tropical e neotropical. A fisiopatologia do acidente ofídico é constituída por uma série de eventos complexos tanto a nível local quanto sistêmico, e o soro antiofídico é o único tratamento utilizado. No entanto, os efeitos tóxicos locais induzidos durante o envenenamento por serpentes, principalmente do gênero Bothrops, não são eficientemente neutralizados pela soroterapia tradicional. Por esta razão, procuram-se alternativas complementares, como as plantas medicinais antiofídicas que são usadas por comunidades que não têm acesso a soroterapia. A flora brasileira possui uma ampla variedade de plantas medicinais com potencial antiofídico, as quais têm sido pouco estudadas cientificamente. Neste estudo foram realizados ensaios in vitro e in vivo de neutralização de peçonhas ofídicas com o extrato aquoso das entrecascas de Anacardium humile (EAAh), e, o isolamento e a caracterização fitoquímica de um inibidor de miotoxinas, o ácido gálico (AG). Para os ensaios de inibição, foram utilizadas soluções contendo peçonha bruta ou toxina isolada misturadas com diferentes quantidades de extrato vegetal que foram previamente incubadas por 30 min a 37°C. Também foi realizada administração do extrato após o envenenamento em diferentes intervalos de tempo para os testes de inibição da miotoxicidade. Observouse que EAAh tem atividade inibitória sobre os efeitos tóxicos (letalidade, miotoxicidade, e hemorragia) e farmacológicos/enzimáticos (edema, atividade fosfolipásica e coagulante) induzidos pelas peçonhas de serpentes dos gêneros Bothrops, Crotalus, Lachesis e das toxinas isoladas. O extrato vegetal inibiu 100% a letalidade induzida pela peçonha de C. d. terrificus e sua principal neurotoxina, a crotoxina. O EAAh foi submetido a fracionamento cromatográfico analítico, e em condições polares foi possível identificar e isolar o ácido gálico, o qual demonstrou tempo de retenção e espectros de ressonância magnética nucleares similares ao padrão comercial e a dados de literatura deste mesmo composto, respectivamente. O Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia ácido gálico isolado foi capaz de inibir a atividade miotóxica induzida pela peçonha bruta de B. jararacussu e sua principal miotoxina, a bothropstoxina-I, uma PLA2-símile Lys49. A análise dos espectros de dicroísmo circular e os estudos de interação por modelagem molecular sugerem que o ácido gálico forma um complexo com a BthTX-I de B. jararacussu em seu sítio ativo, inibindo sua atividade tóxica. A ligação do ácido gálico com as miotoxinas não modificou nem a forma e nem a intensidade dos espectros de dicroísmo circular, não induzindo alterações significativas na porcentagem dos diversos domínios que constituem a estrutura secundária destas proteínas. O ácido gálico assim como outros taninos, tem revelado-se um bom inibidor das ações tóxicas de peçonhas de serpentes e está relacionado com a ação inibitória do extrato de Anacardium humile. Palavras-chave: Anacardium humile, plantas medicinais antiofídicas, inibidores naturais, peçonhas de serpentes, miotoxinas, fosfolipases A2. Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia Aluno: Caroline Marroni Cremonez Título: "Estudo da ação antiofídica do extrato das folhas e do suco de graviola (Annona muricata) no envenenamento por Lachesis muta rhombeata" Orientador: Profª. Dra. Eliane Candiani Arantes Braga Data da Defesa: 18/03/2011 RESUMO CREMONEZ, C.M. Estudo da ação antiofídica do extrato das folhas e do suco de graviola (Annona muricata) no envenenamento por Lachesis muta rhombeata. 2011. 76p. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. O envenenamento humano por Lachesis, embora pouco freqüente, é bastante severo, caracterizado por pronunciado dano tecidual local e efeitos sistêmicos, como hipotensão e bradicardia, tonturas, náuseas, cólicas abdominais e diarréia. A soroterapia é única terapia específica disponível. Entretanto, para muitas plantas é atribuída ação antiofídica. No Norte e Nordeste brasileiro, o suco da fruta (SAm) e o extrato aquoso de folhas (EFAm) de graviola (Annona muricata) são freqüentemente usados pela população local para tratar o envenenamento por Lachesis muta rhombeata. O objetivo deste estudo foi avaliar a letalidade, as alterações de parâmetros hematológicos, bioquímicos, de pressão arterial e processo inflamatório induzidos pela peçonha de L. m. rhombeata (PLmr), bem como a relevância do tratamento com EFAm e SAm no envenenamento. O perfil hematológico mostra uma hemoconcentração inicial seguida de extensa hemólise, evidenciada pela redução do hematócrito, hemoglobina total e contagem global de eritrócitos, não alterado pelos tratamentos. A contagem diferencial de leucócitos revela neutrofilia nas primeiras horas de envenenamento e aumento de linfócitos 24h após a injeção da peçonha, características de processo inflamatório agudo, não influenciado pelos tratamentos. Houve diminuição de albumina e proteínas totais e aumento de uréia, decorrentes do envenenamento. Os valores de AST foram ainda maiores nos animais tratados, mas os aumentos de CK foram reduzidos pelos tratamentos com EFAm e SAm. Houve aumento de TP e TTPA na primeira hora, e diminuição da pressão arterial tempo dependente no envenenamento. O suco intensificou a queda da pressão. Foi observado aumento de IL-6 nas primeiras horas de envenenamento e alterações das proteínas plasmáticas características de processo inflamatório agudo, como esperado em casos de envenenamento. O ensaio de letalidade revela DL50 de 51,0 ± 6,3 mg/kg, para o grupo injetados com a peçonha e sem tratamento; de 56,3 ± 8,5 mg/kg, para o grupo injetado com a peçonha e tratado com SAm e de 62,2 ± 6,8 mg/kg, para o grupo injetado com a peçonha e tratado com EFAm. Concluindo, o quadro clínico do Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia envenenamento laquético foi bem analisado, que era o objetivo principal do trabalho. Avaliou-se também a eficiência do uso popular da graviola (A. muricata) nos acidentes ofídicos com a serpente L. m. rhombeata. De forma geral, os tratamentos com EFAm e com SAm não alteram de forma relevante o quadro clínico do envenenamento, como observado pelos valores semelhantes de DL50. Entretanto, o tratamento com suco parece agravar a hipotensão causada pelo envenenamento e provocar um aumento significativo das transaminases hepáticas. Por outro lado, é possível notar nos animais tratados menores alterações da hemostasia, bem como uma possível proteção contra a miotoxicidade da peçonha. Palavras-chave: Lachesis muta rhombeata, envenenamento, ação antiofídica, graviola, Annona muricata. Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia Aluno: Fernando Antonio Pino Anjolette Título: "Isolamento e caracterização bioquímica do componente presente no veneno de Rhinella schneideri com atividade sobre o sistema complemento" Orientador: Profª. Dra. Eliane Candiani Arantes Braga Data da Defesa: 14/04/2011 RESUMO ANJOLETTE, F. A. P. Isolamento e caracterização bioquímica do componente presente no veneno de Rhinella schneideri com atividade sobre o sistema complemento. 2011. 100f - Dissertação (Mestrado), Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, 2011. Importantes estudos voltados para a análise das secreções de anfíbios fundamentamse na grande quantidade de componentes biologicamente ativos presentes nas mesmas, tais como aminas biogênicas, esteróides, aminopolissacarídeos, glicosídeos, inibidores de proteases e diversos outros compostos, responsáveis pela complexa sintomatologia observada no envenenamento. O gênero Bufo apresenta diversas moléculas em suas excreções que podem ser divididas em categorias como aminas biogênicas, bufodienolideos (bufogeninas), esteróides (bufotoxinas), acalóides, peptídeos e proteínas. Marongio (2006) verificou que o veneno do sapo Bufo paracnemis, hoje classificado como Rhinella schneideri, apresenta componente ativo sobre a via clássica do sistema complemento (SC), necessitando de melhores estudos e caracterização. Os objetivos deste trabalho foram, portanto, o isolamento e caracterização química do componente do veneno de Rhinella schneideri responsável pelos efeitos observados sobre o sistema complemento. Para a purificação, o veneno foi inicialmente submetido a uma cromatografia catiônica (CM-Celulose-52), obtendose 7 frações denominadas C1, C2, C3, C4, C5, C6 e C7. A fração C1 foi cromatografada em resina aniônica (DEAE-SepharoseTM), resultando em 4 subfrações denominadas D1, D2, D3, e D4. A subfração D3 apresentou atividade sobre o sistema complemento e foi submetida a uma Gel Filtração (SephacrylTMS-200), fornecendo 5 subfrações denominadas S1, S2, S3, S4, e S5. As subfrações S2 e S5 induziram redução da atividade hemolítica das vias clássica/lectinas. Ambas apresentaram resultados positivos nos ensaios de migração de neutrófilos e imunoeletroforese bidimensional. No ensaio de capacidade geradora de SC5b-9, a subfração S2 apresentou maior significância frente as demais subfrações utilizadas. Visando esclarecer o mecanismo de ação das subfrações ativas sobre o sistema complemento, testes de determinação da atividade proteolítica ou inibitória de proteases (tripsina, quimotripsina e elastase) foram realizados. No entanto, nas concentrações utilizadas, as amostras não mostraram atividade proteolítica ou inibitória de protease. Os compostos isolados foram também Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia submetidos ao seqüenciamento amino-terminal inicial. Foi possível a identificação dos primeiros 15 aminoácidos da banda protéica majoritária do gel de poliacrilamida e 10 e 5 aminoácidos das subfrações S2 e S5, respectivamente. No entanto, os resultados de sequenciamento N-terminal apresentaram baixa confiabilidade, devido à baixa quantidade de material utilizada. Neste trabalho foram isolados e caracterizados dois compostos capazes de induzir a ativação do sistema complemento. Esta ação foi evidenciada, após exposição do soro humano normal às subfrações, por induzirem à formação do complexo SC5b-9 e aumentarem a migração de neutrófilos, provavelmente por induzirem a formação de fatores quimiotáticos. Este estudo permitiu avaliar melhor alguns componentes presentes na complexa mistura que é o veneno de Rhinella schneideri, que, no futuro, poderão se tornar ferramentas farmacológicas importantes para o estudo de diversas patologias relacionadas ao sistema complemento. Palavras-chave: Rhinella schneideri, Sistema complemento, Proteases. Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia Aluno: Luiza Saldanha Ribeiro Barros Título: "Desenvolvimento e validação de método para análise de nicotina e cotinina em amostras de mecônio utilizando a cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massas" Orientador: Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis Data da Defesa: 18/04/2011 RESUMO BARROS, L. S. R. Desenvolvimento e validação de método para análise de nicotina e cotinina em amostras de mecônio utilizando a cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massas. 2011. 71f. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. O mecônio é uma matéria fecal que começa a acumular no intestino do feto por volta do terceiro mês de gestação e normalmente é eliminado nos primeiros dias de vida do recém nascido. No mecônio ocorre o acúmulo de substâncias com as quais a mãe entrou em contato durante o período de gestação e, portanto, sendo possível avaliar a exposição fetal. Nos casos de mães fumantes, compostos presentes no tabaco tais como nicotina e substâncias que são formadas após a metabolização da nicotina como por exemplo a cotinina, podem ser também detectadas nas amostras de mecônio, já que ocorre o acúmulo de nicotina e seus metabólitos no mesmo. O uso do cigarro durante o período gestacional acarreta em uma série de problemas ao feto como baixo peso ao nascer, parto pré-maturo, doenças no trato respiratório, dentre outros. Nos dias atuais é possível fazer a pesquisa de drogas lícitas e ilícitas em várias amostras biológicas tais como, sangue, urina, cabelo, fluido oral, mecônio, entre outras. O mecônio é uma boa opção, por vários motivos: amostragem fácil e não invasiva (a coleta pode ser feita na fralda), indica o histórico do uso de substâncias pela mãe durante a gestação por ser cumulativo, etc. O objetivo foi desenvolver e validar um método analítico empregando cromatografia em fase gasosa acoplada a espectrometria de massas para a determinação de nicotina e, seu metabólito, cotinina em amostras de mecônio coletadas de recém nascidos. Para o desenvolvimento do método foi utilizado 0,5g de mecônio e os analitos foram extraídos com metanol e em seguida a amostra foi submetida a purificação através da extração em fase sólida utilizando cartuchos Bond Elut Certify I. O método foi validado de acordo com os parâmetros estabelecidos pela ANVISA e demonstrou linearidade de 160 – 1600 ng/g para nicotina e de 160 – 1000 ng/g para cotinina. Os limites de detecção estabelecidos foram de 10 ng/g para nicotina e 60 ng/g para cotinina, enquanto os limites de quantificação foram de 60 ng/g para nicotina e 100 ng/g para cotinina. A exatidão Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia apresentou valores de 91,73% a 103,73%, a precisão intra-ensaio variou entre 3,21% a 10,86%, e a precisão inter-ensaio obteve valores entre 4,91% a 9,88%. O método validado foi aplicado em amostras de mecônio coletadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP). Palavras-Chave: Mecônio. Nicotina. Cotinina. CG-EM. Exposição intrauterina. Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia Aluno: Ana Carolina Viana Simões Título: "Avaliação do efeito neuroprotetor do canabidiol em mitocôndrias isoladas de córtex cerebral de ratos" Orientador: Prof. Dr. Antonio Cardozo dos Santos Data da Defesa: 31/05/2011 RESUMO SIMÕES, A. C. V. Avaliação do efeito neuroprotetor do canabidiol em mitocôndrias isoladas de córtex cerebral de ratos. 2011. 65 f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. As doenças neurodegenerativas (DN) estão entre as principais causas de mortalidade e morbidade nos países ocidentais. Não há ainda um tratamento definitivo para estas neuropatias, mas os estudos têm indicado mecanismos comuns de toxicidade que incluem disfunção mitocondrial, estresse oxidativo e apoptose. Assim, as mitocôndrias constituem alvos importantes para futuras estratégias de neuroproteção a fim de tratar, prevenir ou até mesmo retardar a neurodegeneração. Neste contexto, o canabidiol (CBD), um constituinte não psicoativo da Cannabis sativa e cuja propriedade neuroprotetora tem sido sugerida por diferentes estudos, surge como uma alternativa bastante promissora. Diferentes mecanismos moleculares podem estar envolvidos na neuroproteção exercida pelo CBD. Embora o potencial efeito benéfico do canabidiol com relação às doenças neurodegenerativas já tenha sido sugerido, não há ainda estudos que abordem precisamente os mecanismos de proteção contra a toxicidade mitocondrial cerebral, evento chave no processo neurodegenerativo. O presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos do CBD em mitocôndrias cerebrais de rato, bem como possíveis mecanismos de neuroproteção. Foram avaliados os seguintes parâmetros: função mitocondrial, estresse oxidativo mitocondrial e transição de permeabilidade de membrana mitocondrial (TPMM). Os resultados obtidos sugerem que o canabidiol é capaz de proteger as mitocôndrias cerebrais contra o intumescimento osmótico induzido por cálcio/fosfato, contra a produção de H2O2 induzida por terc-butil hidroperóxido e contra a peroxidação lipídica induzida por Fe2+ e citrato. A captação mitocondrial de cálcio e a capacidade fosforilativa não foram afetadas. Palavras-chave: canabidiol; neuroproteção; doenças neurodegenerativas; estresse oxidativo; mitocôndrias. Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia Aluno: Lanuze Graziele Benato de Toni Título: "Batroxase, uma nova metaloprotease da classe PI isolada da peçonha de Bothrops atrox: avaliação da atividade funcional" Orientador: Profa. Drª. Suely Vilela Data da Defesa: 03/06/2011 RESUMO DE TONI, L.G.B. Batroxase, uma nova metaloprotease da classe PI isolada da peçonha de Bothrops atrox: avaliação da atividade funcional. 2011. 130f. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. Peçonhas de serpentes são ricas em proteínas, peptídeos, compostos inorgânicos, lipídeos e carboidratos. Entre os principais constituintes protéicos podemos destacar as metaloproteases (SVMPs), responsáveis pelos processos hemorrágicos e inflamatórios, induzindo a formação de edema e infiltração de leucócitos. Da peçonha de Bothrops atrox, foi isolada uma metaloprotease denominada Batroxase. Esta SVMP foi isolada a partir de três passos cromatográficos, sendo duas exclusões moleculares, uma clássica e outra em FPLC, e uma troca aniônica utilizando CLAE. As SVMPs podem ser classificadas de acordo com os domínios existentes em sua estrutura. Entre as diversas classes, existem as SVMPs da classe PI, que possuem fraca atividade hemorrágica e baixo peso molecular. A Batroxase apresentou massa molecular de 27 kDa (dados não mostrados) e DHM de 10μg, podendo ser classificada como uma metaloprotease de classe PI. A atividade proteolítica da Batroxase foi avaliada sobre diferentes substratos presentes na matriz extracelular e em algumas proteínas presentes no plasma, responsáveis pela ativação da coagulação. Dos constituintes da matriz extracelular (MEC) avaliadas, a Batroxase apresentou atividade sobre o colágeno tipo IV e sobre a fibronectina, esta atividade facilita o processo hemorrágico, desde que estes substratos são encontrados na MEC de tecidos epiteliais e vasos sanguíneos. A atividade sobre proteínas presentes no plasma foi avaliada, evidenciando a capacidade de degradar o fibrinogênio e a fibrina, principalmente a cadeia β. Esta atividade pode ser inibida na presença de inibidores de metaloproteases EDTA e EGTA, e na presença do redutor de proteínas β-mercaptoetanol. A atividade sobre a fibrina e sobre o fibrinogênio interfere no processo de coagulação, dificultando a interrupção de processos hemorrágicos. Após a formação de um coágulo, a Batroxase foi capaz de dissolvê-lo completamente, capacidade esta, relacionada à sua atividade fibrinolítica. As plaquetas quando na presença da Batroxase não foram induzidas a se agregarem, e quando, na adição de ADP, não foi capaz de inibir a agregação. A atividade inflamatória foi elucidada, evidenciando a participação na formação de edema e hiperalgesia, bem como infiltração de leucócitos. Na avaliação farmacológica foi observada a participação de mediadores pró-inflamatórios como a histamina via receptores H1, a serotonina via receptores 5-HT1, e a formação de leucotrienos no edema e a histamina via receptores H1 e formação de leucotrienos na hiperalgesia. A infiltração de leucócitos observada foi mediada principalmente por Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia neutrófilos nas primeiras horas, seguida do aumento de células mononucleares. A Batroxase possui citotoxicidade ausente ou baixa sobre as linhagens tumorais testadas, com análise significativa apenas para JURKAT, B16-F10, SK-BR3 em altas concentrações. Em células como EL-4 e PBMC sugerem que a Batroxase apresenta atividade imunorregulatória, induzindo proliferação celular em baixas concentrações e inibindo este crescimento em concentrações mais altas como observado em células JURKAT, A-20 e PBMC. É capaz de estimular a produção de citocinas próinflamatórias e antiinflamatórias de maneira distinta induzindo preferencialmente a produção de citocinas do padrão Th1 como IFN-γ, que, após adição de estímulo policlonal anti-CD3, apresentou atividade supressora na capacidade proliferativa de células T, inibindo a produção de citocinas do padrão Th1 como a IL-2 e IFN- γ, citocinas do padrão Th2 como a IL-4 e citocinas do padrão Th17 como a IL-17A. Palavras-chave: SVMPs, matriz extracelular, inflamação, citotoxicidade Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia Aluno: Carolina Pinto Vieira Título: "Farmacocinética e PK-PD dos isômeros do nebivolol em voluntários sadios metabolizadores extensivos ou lentos para o CYP2D6" Orientador: Profa. Drª. Vera Lúcia Lanchote Data da Defesa: 31/08/2011 RESUMO VIEIRA, C.P. Farmacocinética e PK-PD dos isômeros do nebivolol em voluntários sadios metabolizadores extensivos ou lentos para o CYP2D6. 2011. 83f. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. O nebivolol, um fármaco com quatro centros quirais, está disponível na clínica como mistura racêmica dos isômeros d-nebivolol (SRRR) e l-nebivolol (RSSS). A atividade βadrenérgica do nebivolol reside no isômero d-nebivolol, enquanto o l-nebivolol promove a liberação de óxido nítrico das células endoteliais. O nebivolol é eliminado por metabolismo dependente do CYP2D6. O estudo avalia a farmacocinética e a relação farmacocinética-farmacodinâmica (PK-PD) dos isômeros do nebivolol em voluntários sadios. Foram investigados 15 voluntários sadios (10 homens e 5 mulheres) fenotipados com metoprolol como metabolizadores extensivos (EM, n=13) ou metabolizadores lentos para o CYP2D6 (PM, n=2). Os voluntários sadios foram tratados com dose única oral de 10 mg de nebivolol racêmico. As amostras seriadas de sangue foram coletadas até 48 h após a administração do fármaco. Os isômeros do nebivolol foram resolvidos na coluna Chirobiotic® V e analisados nas amostras de plasma empregando LC-MS/MS. Os parâmetros farmacocinéticos foram calculados por modelo bicompartimental com lag time, empregando o programa WinNonLin. A farmacodinâmica do nebivolol foi avaliada empregando como parâmetro a variação da frequência cardíaca entre os períodos final e anterior ao teste de esforço isométrico durante 2 min utilizando o handgrip a 30% da contratilidade voluntária máxima. A análise PK-PD relacionando o efeito na variação da frequência cardíaca induzida pelo exercício isométrico com as concentrações plasmáticas do isômero dnebivolol foi avaliada empregando o modelo Emax sigmóide inibitório. A disposição cinética do nebivolol é enantiosseletiva nos voluntários sadios EM, com razões isoméricas de AUCl/ AUCd de 1,41. Os valores de concentração plasmática máxima (1,46 vs 0,79 ng/mL), área sob a curva concentração plasmática versus tempo (6,45 vs 3,99 ng.h/mL), clearance aparente (774,51 vs 1252,70 L/h) e volume de distribuição aparente (8960 vs 13435 L) mostram diferenças com significância estatística (Teste de Wilcoxon, p<0,05) entre os isômeros l-nebivolol e d-nebivolol para os voluntários sadios EM. A disposição cinética do nebivolol não é enantiosseletiva nos voluntários sadios PM investigados, com razões isoméricas de AUCl/AUCd de 1,07. Os valores de clearance aparente obtidos para os voluntários PM (81-349 vs 82-370 L/h, respectivamente para o l-nebivolol e d-nebivolol) são menores do que para os EM (775 vs 1253 L/h). O modelo Emax sigmóide inibitório descreveu a análise PK-PD relacionando o efeito na variação da frequência cardíaca induzida pelo exercício Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia isométrico com as concentrações plasmáticas do isômero dnebivolol em voluntários sadios EM com valores de Emax de 4,47 bpm (IC 95% 1,37-7,57) e de EC50 de 222,16 pg/mL (IC 95% 96,29-540,60 ng/mL). Palavras-chave: nebivolol, enantiômeros, farmacocinética, voluntários sadios. Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia Aluno: Márcia Cristina da Silva Faria Título: "Avaliação da interferência do diabetes na biodistribuição e na atividade antitumoral da cisplatina em camundongos" Orientador: Prof. Dr. Antonio Cardozo dos Santos Data da Defesa: 23/09/2011 RESUMO Faria, M.C.S. Avaliação da interferência do diabetes na biodistribuição e na atividade antitumoral da cisplatina em camundongos. 2011. 59f. Dissertação (mestrado). Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. A cisplatina (Cis-diamino-dicloro-platina II) é um dos mais efetivos quimioterápicos, porém seu uso clínico é altamente limitado devido à sua nefrotoxicidade. Estudos sugerem que o diabetes atua como fator protetor contra a nefrotoxicidade da cisplatina, entretanto, os mecanismos envolvidos ainda não foram elucidados. Esta nefroproteção tem sido associada ao menor acúmulo de cisplatina nos rins, o que poderia ser atribuído a problemas no transporte ativo das células do túbulo proximal ou ainda a alterações farmacocinéticas provocadas pelo diabetes. Entretanto, não se sabe ainda se os mecanismos envolvidos na nefroproteção do diabetes interferem na atividade antitumoral da cisplatina. No presente estudo foram avaliados os efeitos do diabetes na nefrotoxicidade e na atividade antitumoral da cisplatina em camundongos portadores de sarcoma 180, divididos em 4 grupos (n=8): (i) C, grupo controle (sem tratamento); (ii) CIS, grupo tratado com cisplatina; (iii) DB, grupo diabético (estreptozotocina) e (iv) DB+CIS grupo diabético tratado com cisplatina. Os parâmetros avaliados foram: marcadores de função renal e de estresse oxidativo, histopatologia do tecido renal, desenvolvimento do tumor, sobrevida dos animais, genotoxicidade da cisplatina, concentração de platina nos órgãos e no tumor e marcadores de apoptose. Os resultados indicam que: (i) o diabetes protege contra o dano renal induzido pela cisplatina (ii) o diabetes altera a biodistribuição da cisplatina no tumor, nos rins e em vários órgãos; (iii) o diabetes diminui a atividade antitumoral da cisplatina. Os dados obtidos são relevantes, dada a prevalência de certos tipos de tumores em pacientes diabéticos e a importância da cisplatina na quimioterapia e, portanto, podem indicar a necessidade de uma maior atenção no tratamento anticâncer de pacientes diabéticos. Palavras Chave: cisplatina, diabetes, nefroproteção, estresse oxidativo, atividade antitumoral Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia Aluno: Aline Akemi Ishikawa Título: "Desenvolvimento de metodologia analítica para a investigação de metilenodioxi derivados em amostras de humor vítreo em vítimas fatais de acidentes de trânsito" Orientador: Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis Data da Defesa: 06/10/2011 RESUMO ISHIKAWA, A. A. Desenvolvimento de metodologia analítica para a investigação de metilenodioxi derivados em amostras de humor vítreo em vítimas fatais de acidentes de trânsito. 2011. 67 f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. Os metilenodioxi derivados estão entre as drogas sintéticas de uso ilícito mais consumidas no ocidente, são substâncias que causam alterações motoras e psíquicas e tem causado grande ameaça a segurança no trânsito, pois estes efeitos afetam o desempenho dos condutores, podendo causar acidentes de trânsito. O humor vítreo é uma matriz biológica disponível apenas nas análises postmortem, e é de grande relevância para toxicologia forense. Constitui uma matriz simples, de fácil coleta e manuseio, boa estabilidade, muito indicada principalmente nos casos de corpos politraumatizados, parcialmente carbonizados ou em estado de decomposição. Isto porque o humor vítreo localiza-se em uma área anatomicamente isolada, relativamente protegida contra a contaminação externa e invasão de microorganismos. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver e validar uma metodologia analítica para detectar e quantificar metilenodioxi derivados em amostras de humor vítreo em vítimas fatais de acidentes de trânsito. Para desenvolvimento do método foi utilizado 1 mL de humor vítreo, extração líquidolíquido com solvente acetato de etila, derivatização com anidrido heptafluorobutírico (HFBA) e detecção por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG/MS). A metologia foi validada de acordo com os parâmetros preconizados pela ANVISA e demonstrou linearidade de 10 a 400 ng/mL. Os limites de detecção variaram entre 1 a 2,5 ng/mL, a exatidão variou entre 97,1% -103,7%, na precisão intra-ensaio foram obtidos valores entre 4,54%-9,14% e na precisão inter- ensaio, valores entre 6,92%-10,59%. A recuperação encontrada foi superior a 57,87%. A metologia validada foi aplicada em humor vítreo de vítimas fatais de acidentes de trânsito coletadas no Centro de Medicina Legal de Ribeirão Preto (CEMEL). Palavras-chave: Metilenodioxi derivados, Humor vítreo, GC/MS, Acidentes de trânsito Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia Aluno: Carla da Silva Machado Título: "Possíveis efeitos citoprotetores do antioxidante da dieta coenzima Q10 em modelo de células neuronais" Orientador: Profa. Drª. Lusânia Maria Greggi Antunes Data da Defesa: 21/10/2011 RESUMO MACHADO, C. S. Possíveis efeitos citoprotetores do antioxidante da dieta coenzima Q10 em modelo de células neuronais. 2011. 83 f. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. A coenzima Q10 é uma provitamina lipossolúvel sintetizada endogenamente e naturalmente encontrada em alimentos como a carne vermelha, peixes, cereais, brócolis e espinafre. É comercializada como suplemento alimentar e utilizada em formulações cosméticas. Localiza-se na membrana de organelas celulares como retículo endoplasmático, vesículas e membrana interna da mitocôndria, onde atua como um cofator essencial na cadeia respiratória. Apresenta propriedades antioxidantes e potencial no tratamento de doenças neurodegenerativas e neuromusculares. O objetivo deste trabalho foi investigar os possíveis efeitos protetores de uma formulação hidrossolúvel de coenzima Q10 em células PC12 expostas à cisplatina, um fármaco antineoplásico que tem a neurotoxicidade como um dos fatores limitantes à sua utilização. A linhagem celular PC12 (feocromocitoma de ratos) utilizada nesta investigação é um reconhecido modelo in vitro para estudos neuronais. Os métodos empregados foram os ensaios do MTT, cometa, citoma micronúcleo com bloqueio da citocinese, crescimento de neuritos e análise da expressão do gene Tp53. Os resultados obtidos na avaliação da citotoxicidade da coenzima Q10 (0,1 - 20 μg/mL) mostraram que este antioxidante foi citotóxico às células PC12 na concentração de 20,0 μg/mL e não apresentou citotoxicidade em baixas concentrações. Para os ensaios do citoma e cometa, foram selecionadas três concentrações não citotóxicas de coenzima Q10 (0,1; 0,5 e 1,0 μg/mL) que não apresentaram mutagenicidade e genotoxicidade às células PC12. O efeito protetor da coenzima Q10 sobre a cisplatina no ensaio do citoma foi caracterizado pela diminuição da freqüência de micronúcleos e brotos nucleares, entretanto a proteção da coenzima Q10 não foi evidenciada no ensaio cometa. Alterações significativas na expressão do gene Tp53 não foram observadas no tratamento coenzima Q10 (1,0 μg/mL) associado à cisplatina (0,1 μg/mL). A coenzima Q10 (0,1 e 1,0 μg/mL) não foi neurotóxica em células PC12 indiferenciadas e diferenciadas após exposição ao fator de crescimento do nervo, e seu melhor efeito neuroprotetor foi observado na menor concentração avaliada. A coenzima Q10 reduziu a citotoxicidade da cisplatina (10,0 μg/mL) em células PC12 indiferenciadas e estimulou o crescimento de neuritos em células PC12 diferenciadas. A determinação dos efeitos citoprotetores da coenzima Q10 em um modelo neuronal é importante para elucidar possíveis estratégias de neuroproteção que poderiam ser aplicadas aos pacientes submetidos à quimioterapia. Palavras-chave: coenzima Q10, neuroproteção, PC12, Tp53, cisplatina. Atualizado em 07/2013.