Agentes etiológicos Taenia solium Hospedeiros intermediários: suínos Taenia saginata Hospedeiros intermediários: bovinos Habitat: Intestino delgado (jejuno), onde se fixa pelo escólex. São vermes achatados com corpo segmentado, hermafroditas e cor branco leitosa. São constituídos basicamente de: Escólex (cabeça) Colo (pescoço) possui células com atividade reprodutora dando origem as proglotes jovens. Estróbilo (corpo) formado pela união de proglotes (jovens; maduras e gravídicas) Taenia sp - escólex Taenia solium solium:: globoso, com 4 ventosas, apresenta rostro e acúleos Taenia saginata saginata:: quadrangular, com 4 ventosas, não apresenta rostro e acúleos coroa de acúleos Taenia solium Taenia saginata a b ovo (400x) verme adulto - estróbilo a. b. Embrióforo Embrião hexacanto ou oncosfera Ingestão de carne de porco ou de boi crua ou mal cozida contendo cisticercos viáveis de T. solium ou T. saginata, respectivamente. O porco e o boi se contaminam com excremento humano contendo ovos de Taenia. CISTICERCO H. INTERMEDIÁRIO VERME ADULTO H.DEFINITIVO OVO A teníase é freqüentemente assintomática. O parasitismo geralmente é constatado após a expulsão de proglotes. alterações de motricidade redução da secreção gástrica (em até 70% dos casos). perturbações gastrointestinais (dor epigástrica com caráter de dor de fome, perda de peso e dores abdominais). eosinofilia. em alguns casos há constipação intestinal ou diarréia e prurido anal. ocasionalmente: apendicite e obstrução intestinal. Direto: observação de proglotes inteiras expelidas ativamente pelo ânus (T. saginata) ou juntamente com as fezes (T. solium). Hoffman: pesquisa de ovos nas fezes (a observação dos ovos não permite a diferenciação da espécie de Taenia. Tamização: passagem do bolo fecal em peneira (busca de proglotes inteiras). Possibilita a diferenciação da espécie de Taenia pela observação das ramificações uterinas das proglotes grávidas. Feita pela análise das proglotes grávidas. Após clareamento é possível determinar a espécie de Taenia pela observação das ramificações uterinas. Taenia solium: Poucas ramificações com terminações dendríticas. Taenia saginata: Muitas ramificações com terminações dicotômicas. Taenia solium Taenia saginata Medidas de saneamento básico a fim de evitar a ingestão de excrementos humanos contendo ovos de Taenia por suinos e bovinos. Vigilância sanitária nos matadouros, a fim de evitar que animais contaminados sejam abatidos ou liberados para consumo. Congelamento ou cozimento adequado das carnes. Antes do tratamento é importante que a espécie de Taenia seja identificada. Medicamentos recomendados: Praziquantel Albendazol Mebendazol Controle de cura: a cura da teníase só é assegurada após a eliminação do escólex, sendo assim, o paciente deve ser observado durante 3-4 meses com exames freqüentes do material evacuado durante 24 horas (por tamização). Agente etiológico: Taenia solium ou Cysticercus cellulosae Habitat: Vários tecidos no hospedeiro humano No ciclo da T. solium, o homem aparece como hospedeiro intermediário. Os ovos passam pelo estômago e duodeno e liberam o embrião hexacanto que atravessa a mucosa e pode atingir vários órgãos onde se aloja e se transforma em cisticerco (Cysticercus cellulosae). Cysticercus bovis: Não causa cisticercose no homem. Forma Infectiva: OVO Auto infecção interna: liberação dos ovos de proglotes grávidas dentro do intestino do portador da T. solium adulta. Auto infecção externa: ingestão de ovos ou proglotes da própria Taenia (mais comum em crianças e doentes mentais). Heteroinfecção: ingestão acidental dos ovos de Taenia veiculados por água ou alimentos contaminados, ou mesmo pelas mãos sujas. (ingestão de pequeno número de ovos) Depende principalmente da característica do cisticerco (ativos ou inativos), da localização e número de larvas nos tecidos. A ação patogênica é atribuída a dois fatores: Deslocamento de tecidos e estruturas Processo inflamatório (pela localização do parasita formação de membrana adventícia fibrosa ou pela morte dos parasitas formação de granuloma e posteriormente nódulo cicatricial). Podem localizar-se no córtex cerebral, nas meninges ou nos ventrículos Formas convulsivas: 50% dos casos de cisticercose no sistema nervoso. Formas hipertensivas: casos com sinais de intracraniana e com sintomas neuropsíquicos focais. Formas psíquicas: quando sintomas psíquicos acompanham as demais formas clínicas da doença. Confusão com outras psicoses como esquizofrenia, mania, etc. hipertensão Em geral os sintomas são reduzidos e discretos, com ausência de dor. ◦ alterações da visão central ou periférica ◦ redução da visão por deslocamento retiniano ◦ opacificação dos meios transparentes. Larvas podem estar presentes no tecido subcutâneo e musculatura esquelética. Quando em grande número na musculatura esquelética provocam dores na nuca, na região lombar e pernas. Podem causar também fadiga e câimbra. Laboratorial e por Imagem Testes imunológicos: Fixação de Complemento (reação de Weimberg), ELISA e Imunoeletroforese – soro, líquor ou humor aquoso Teste complementar: Líquor (alterações liquóricas: pressão, proteínas totais; glicose e monocitose discreta) Exames radiológicos (Tomografia computadorizada e Ressonância Magnética) Exame anatomopatológico Cirúrgico: indicado quando o número de cisticercos é pequeno e a localização é favorável no cérebro; bons resultados para a cisticercose ocular. Drogas: Praziquantel e Albendazol (eficientes no tratamento da neurocisticercose e cisticercose subcutânea). Medidas de saneamento básico e educação sanitária Tratamento dos indivíduos com Taenia solium