1. Bases filosóficas para que a sociologia torne-se ciência 1.1 POSITIVISMO Antes de falarmos desses grandes pensadores, precisamos voltar ao tempo e perceber em qual momento se deu esse modo de pensar. Grande base para o pensamento de Émile Durkheim e Max Weber está o positivismo. O POSITIVISMO é uma corrente cientifica em que só é aceito o conhecimento que tenha bases seguras. Para a produção desse conhecimento utilizaremos a razão e a experiência. Não é uma crença, pois essa não se pode contestar e sim algo comprovado. Essa visão kantiana continuou sendo estimulada pelo grande filósofo francês Auguste Comte (1798-1857). A nossa razão pode conhecer o objeto através da experiência. Por isso, é uma ciência objetiva, em que não olhamos a subjetividade de alguém olha nesse caso o cientista. Mas sim o objeto de estudo voltado por esse sujeito dotado de razão e capaz de conhecer. Há um distanciamento do sujeito para o objeto, em que há um descarte pelo Comte de visões psicológicas, pois é impossível conhecer a mente. Foi fundador da ciência Sociológica, tomando como base a biologia para explicar a sociedade como um grande organismo coletivo. Características do Comte: - Ministrou o curso de Filosofia Positiva (primeiro contato com o POSITIVISMO) - Lei dos três Estados: Teológico-Metafisico-Cientifico - Necessidade de ordem social Dessa forma, o coletivo exerceria influencia sobre o individual. Seu pensamento filosófico é considerado uma reação conservadora à Revolução Francesa. Tal visão de mundo influenciou dois outros grandes pensadores como Emile Durkheim e Max Weber. Karl Marx, embora venha antes desses dois é considerado contemporâneo e liberal. 1.2 Emile Durkheim Emile Durkheim (1858-1917) nasceu em Epinal na França, numa época de grande expansão industrial. Onde a ciência é elevada ao posto de unicamente e de detentora possível de encontrar a verdade. Suas obras foram uma continuação do pensamento Positivista de Comte e a evolução das espécies de Charlie Darwin. Seus principais conceitos: Solidariedade mecânica x Solidariedade orgânica Consciência coletiva x Consciência individual Fatos sociais Anomia social Consciência individual: Seriam as nossas individualidades, presentes na personalidade de cada um é ela que nos possibilita realizar tarefas do nosso cotidiano. Essa consciência por sua vez, será influenciada por uma força maior, nesse caso o coletivo. Consciência coletiva: É a força responsável pela formação da nossa moral, englobando crença do que são certo e errado, sentimentos e etc. Tal mecanismo influenciara o modo de ser desses indivíduos. A solidariedade mecânica é dessa forma, uma forma de agir coletivamente sem pensar nas individualidades pessoais de cada ser. Ao contrário dessa visão encontramos a solidariedade orgânica, voltada para a função de cada qual no trabalho, a união é estabelecida pela dependência. Fatos sociais: é o objeto de estudo escolhido por Durkheim para explicar a vida em sociedade. É ele exterior ao individuo, coercitivo, pois possuem força imperativa, impondo “coisas” aos indivíduos e é geral, pois abrange a maioria da sociedade. Em 1897 criou a obra suicídio, onde explicou que os suicídios eram eventos conscientes para o individuo que comete tal ato. Mas esse por sua vez deveria ser explicado em ordem social. A grande doença social poderia ser explicada na moral de cada um. Anomia social: quando uma instituição social como a família, a igreja e a escola perdem a sua função na sociedade. Os indivíduos tendem a se isolar e cometer o suicídio, 2. Materialismo Histórico e Dialético 2.1 Karl Marx (1818-1883) Karl Marx (1818-1883) nasceu em Treves na Alemanha. É considerado um intelectual revolucionário por pensar a frente da sua época. Tendo uma visão humanista do capitalismo. Esse último por sua vez teria sido criado através de contradições. A fonte teórica que utilizou para explicar essas contradições pode ser buscada na Filosofia alemã de Hegel, socialismo francês e na economia inglesa escrita por Adam Smith e David Ricardo. E descobriu através desses estudos que a história é feita pelas lutas de classes. Para explicar essa teoria desenvolveu uma linha do tempo, onde mostra as várias dualidades presentes em cada época. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COSTA, Cristina. Sociologia: Introdução à Ciência da Sociedade. 3ª. Ed.- São Paulo: Ed. Moderna, 2005.