Perguntas e respostas: Vírus Zika e Microcefalia Zika O que é o Zika

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Perguntas e respostas: Vírus Zika e Microcefalia
Zika
O que é o Zika?
O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira
vez no Brasil em abril de 2015. Apesar dos sintomas serem semelhantes aos
da Dengue e da febre Chikungunya, o quadro é mais leve, assemelhando-se a
uma alergia.
Quais são os sintomas da doença?
O tempo entre a picada e o surgimento dos sintomas tende a demorar 10 dias,
sendo que, os sinais são bastante parecidos com os da dengue, no entanto,
mais brandos. Os sintomas da febre Zika duram, em média, de quatro a sete
dias e envolvem dores de cabeça, pintinhas vermelhas na face e no tronco,
conjuntivite e dores nas articulações. Geralmente, os primeiros sintomas são
de uma leve dor de cabeça acompanhada de febre, machas vermelhas e dor
nas costas. Passados dois ou três dias, a febre desaparece, assim como as
erupções cutâneas. Não existe ainda vacina ou qualquer droga preventiva com
relação à febre Zika.
Como é transmitida?
O principal modo de transmissão descrito do vírus é pela picada do Aedes
aegypti. Outras possíveis formas de transmissão do vírus Zika precisam ser
avaliadas com mais profundidade, com base em estudos científicos. Não há
evidências de transmissão do vírus Zika por meio do leite materno, assim como
por urina, saliva e sêmen. Conforme estudos aplicados na Polinésia Francesa,
não foi identificada a replicação do vírus em amostras do leite, assim como a
doença não pode ser classificada como sexualmente transmissível. Também
não há descrição de transmissão por saliva.
Qual o tratamento?
Atualmente, o tratamento da febre Zika tem se baseado somente na
amenização dos sintomas, sendo que os incômodos deixam de existir
espontaneamente na grande maioria das vezes em até, no máximo, uma
semana do contato com o vírus. Para que as dores sejam amenizadas, assim
como a febre e as erupções cutâneas, medicamentos anti-inflamatórios e
analgésicos costumam ser receitados. Importante destacar que, diante dos
primeiros sintomas, é imprescindível buscar por ajuda médica e não realizar
automedicação, pois o uso incorreto de certos fármacos pode piorar a condição
e até mesmo colocar a vida em risco.
Cuidados para gestantes
-É recomendado utilizar telas em janelas e portas, usar roupas compridas e
aplicar repelente.
-Procurar uma Unidade Básica de Saúde para iniciar o pré-natal assim que
descobrir a gravidez e comparecer às consultas regularmente.
- Ir às consultas uma vez por mês até a 28ª semana de gravidez; a cada quinze
dias entre a 28ª e a 36ª semana; e semanalmente do início da 36ª semana até
o nascimento do bebê.
- Tomar todas as vacinas indicadas para gestantes.
- Em caso de febre ou dor, procure um serviço de saúde. Não tome qualquer
medicamento por conta própria.
-Se tiver dúvida, fale com o seu médico ou com um profissional de saúde.
-Relate ao seu médico qualquer sintoma ou medicamento usado durante a
gestação.
-Leve sempre consigo a Caderneta da Gestante, pois nela consta todo seu
histórico de gestação.
Cuidados com o recém-nascido
-Proteger o ambiente com telas em janelas e portas e procurar manter o bebê
com uso contínuo de roupas compridas.
-A amamentação é indicada até o 2º ano de vida ou mais, sendo exclusiva nos
primeiros seis meses de vida.
-Caso se observem manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre,
procurar um serviço de saúde.
-Não dar ao bebê qualquer medicamento por conta própria.
-Após o nascimento, o bebê será avaliado pelo profissional de saúde na
maternidade. A medição da cabeça do bebê (perímetro cefálico) faz parte
dessa avaliação.
-Além dos testes de Triagem Neonatal de Rotina (teste de orelhinha, teste do
pezinho e teste do olhinho), poderão ser realizados outros exames.
-Leve seu bebê a uma Unidade Básica de Saúde para o acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento conforme o calendário de consulta de
puericultura.
-Mantenha a vacinação em dia, de acordo com o calendário vacinal da
Caderneta da Criança.
Cuidados para o público em geral
-Utilize telas em janelas e portas, use roupas compridas e aplique repelente.
-Caso observe o aparecimento de manchas vermelhas na pele, olhos
avermelhados ou febre, busque um serviço de saúde para atendimento.
-Não tome qualquer medicamento por conta própria.
-Procure orientação sobre planejamento reprodutivo e os métodos
contraceptivos nas Unidades Básicas de Saúde.
-Se deseja engravidar busque orientação com um profissional de saúde e tire
todas as dúvidas para avaliar sua decisão.
Microcefalia
O que é a microcefalia?
Microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da
criança são significativamente menores do que os de outras da mesma idade e
sexo. Neste caso, os bebês nascem com perímetro igual ou inferior a 32 cm.
Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de
diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos
(infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
Há confirmação que o aumento dos casos de microcefalia no Brasil é
causado pelo vírus zika?
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e a microcefalia.
O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério da saúde no Belém (PA),
encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará,
com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e
tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika. As investigações sobre o
tema, entretanto, continuam em andamento para esclarecer questões como a
transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do
feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante.
Como é feito o diagnóstico?
A microcefalia é diagnosticada por meio do acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento da criança. O médico irá colocar uma fita métrica em torno da
cabeça e medir seu tamanho. Esta medida e também o tamanho da criança
serão feitas durante os primeiros anos de vida e comparadas com uma tabela
padronizada a fim de determinar se a criança tem microcefalia. O médico
também pode solicitar exames como: tomografia computadorizada da cabeça,
ressonância magnética e exames de sangue para ajudar a determinar a causa
da microcefalia.
Qual o tratamento para microcefalia?
Não há tratamento específico para a microcefalia. É orientado realizar terapias
para melhorar as habilidades da criança, como a fala. Portanto, o médico
poderá recomendar a fisioterapia, terapia ocupacional e outras formas de
tratamentos orientadas.
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