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Macapá (AP), Domingo, 1º de maio de 2016
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D•2 •CAMARIM
Macapá (AP), Domingo, 1º de maio de 2016
DE CORPO E ALMA
Companhia de Dança amapaense estreia
espetáculo que trata do universo feminino
Superação, respeito, direito de ser e se
expressar bela e sensual. Um retrato sobre
a realidade feminina, apresentada através
da integração de diferentes artes que se
mesclam: a dança, a literatura, o audiovisual e a música num só espetáculo. A
Graham Cia de Dança apresenta, no dia 4
de maio (próxima quarta-feira), no Teatro
das Bacabeiras, a sua mais nova produção
intitulada “De Corpo e Alma”, um espetáculo autoral, que trás o Jazz como linguagem e sob diferentes influências, mas as
que se mesclam neste trabalho são o Lyrical Jazz, Modern Jazz e o Jazz dance.
De Corpo e Alma tem como foco a figura feminina, suas dores, amores e prisões, é uma releitura mais intimista e
completa da primeira versão apresentada em 2007, que rendeu a Cia a indicação
e participação da Cia no Palco Giratório
deste mesmo ano, etapa Macapá, como
convidado local. Leve e livremente inspirado em observações, em histórias cotidianas, pesquisas, em mazelas e experiências. Cleide Façanha, fundadora do
Graham e produtora do espetáculo, garante que a performance levará o público
a uma viagem pelo universo belo e complexo que é o feminino, com sutileza, leveza, onde a mulher, humana, sensível e
ao mesmo tempo forte, interpreta a ela
mesma, frágil, mas também ousada e de
temperamento às vezes impetuoso.
O espetáculo fica ainda mais belo com
fragmentos de poemas de Aracy
Mont’Alverne, cujo textos foram cedidos
pelos filhos da escritora. Os poemas ilustrarão a temporalidade da dança, dividida em três momentos e com duração de
aproximadamente quarenta e cinco minutos com classificação livre.
“O que nos levou a este espetáculo é
a história da “Mulher” através dos séculos e em suas transformações, não temos
o intuito de fazer algo cronológico ou
contar a história da mulher ao longo dos
séculos, mas produzir uma obra que enobreça e exalte mais ainda a figura feminina colocando-a no lugar de destaque que
merece, respeitando sua força e suas fragilidades tão peculiares”, explica o conceito do espetáculo, Cleide Façanha.
Alicia Cunha, Andressa Silva, Anne Lorena, Claudiani Morais, Jessica Pontes, Katia Barbosa, Larissa Costa, Luciana Jardim,
Marielli Oliveira e Tassy Mantoani são as
bailarinas que compõem o elenco do De
Corpo e Alma. Outro diferencial do espetá-
culo será a iluminação, que ficará sob a responsabilidade do Paraibano Eloy Pessoa. O
figurino tem a assinatura de Júnior Beltrão
e a direção artística, roteiro, coreografia e
cenário tem a concepção de Cleide Façanha.
A Companhia
Fundada em 18 de setembro de 1995,
a Graham Companhia de Dança atualmente conta com dez (10) bailarinas, que
se dedicam diariamente à prática de diferentes técnicas (moderna, contemporânea, clássica, jazz, ...) entre aulas e ensaios, cinco dias por semana. Embora pequena, a Cia tem em seu currículo importantes trabalhos em circuitos nacionais,
festivais, oficinas com profissionais de
alto nível (nacional e internacional), participação em shows com artistas locais,
trabalhos beneficentes, dentre outros.
Detentora de várias premiações, atualmente a Companhia investe em seu
próprio repertório e dedica-se em aprimorar e concluir Espetáculos. Temas que
retratam a realidade humana, com uma
mensagem positiva, que levam a reflexão, despertem emoções, a responsabilidade social, são fontes de inspiração e a
marca registrada da Companhia. (Rita
Torrinha – Assessoria de Imprensa)
„
SERVIÇO:
Espetáculo de jazz “De Corpo e Alma”
Data: 04 de maio (quarta-feira)
Local: Teatro das Bacabeiras
Hora: 20h
Ingressos:
R$ 20,00 (inteira)
R$ 10,00 (meia)
Podem ser adquiridos antecipadamente pelo telefone: 99129-4090
(Cleide Façanha)
Macapá (AP), Domingo, 1º de maio de 2016
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D•3
AGENDA CULTURAL
Rebecca Braga e convidados apresentam
show ‘Encontros e Despedidas’
A cantora já firmadíssima no Amapá,
Rebecca Braga está de mudança pra São
Paulo. A artista que embalou várias noites e casas de show pela cidade, mudará
de ares e colocará em prática seus planos
de seguir a carreira fora do Amapá. Além
disso, a musicista pretende viver um
novo momento da sua vida pessoal e acadêmica. Para ela, chegou a hora de encarar novos desafios. “Esse show é o primeiro de dois momentos que eu idealizei, e o segundo momento será em junho.
É um processo não só de despedida, mas
de mudança de ares, perspectivas e expectativas, da minha carreira como cantora e também como acadêmica. Pensando nessa mudança radical e importante,
quero propiciar aos meus amigos e aos
que gostam do meu trabalho, um momento de celebração, de encontro e de comemoração aos anos em que vivi no Amapá”, disse.
Com duas décadas de carreira, Rebecca Braga é considerada uma das grandes
cantoras do Amapá, ela canta com a alma
e costuma emocionar quem vê seus shows. Suas influências, aliadas a experiência de ter feito parceria com renomados
músicos, compositores, poetas e cantores do nosso Estado, fez dela o que é: uma
estrela com brilho próprio.
Sucesso de público e crítica, aclamada
inclusive pela classe artística amapaense, Rebecca se despede em grande estilo,
no dia 14 de maio, a partir das 20h, no bar
República Vintage. Neste dia, a cantora
realizará o show ‘Encontros e Despedidas’. A apresentação de despedida contará com as participações especialíssimas
de Brenda Melo, Ingrid Sato e Zé Miguel.
O show terá 2h de duração e o repertório promete ser intimista, com canções
nacionais e internacionais. Segundo Rebecca, o setlist irá de Chico Buarque a
Beatles, com músicas que ela costuma
cantar e até interpretações inéditas.
A voz de Rebecca embalou festas
inesquecíveis, sua música faz parte das
memórias do Rock’n’roll, MPB e MPA,
que só os que gostam da noite amapaense sabem e vivem. Visceral e delicada, Rebecca Braga sempre deu ao público muito mais que esperavam. Esse
“até breve” da artista promete e com
certeza cumprirá a promessa de ser um
grande show. (Sharlot Sandim)
Ciclo do Marabaixo: Domingo do Mastro tem corte dos troncos,
roda de marabaixo e oficina com teoria e prática sobre o festejo
No bairro Laguinho, a Associação Raimundo Ladislau finaliza os preparativos para
o Sábado e Domingo do Mastro, quando é
feito o corte dos troncos de árvore que integram os festejos para a Santíssima Trindade
e Divino Espírito Santo, no quilombo do Curiaú. É a continuação do Ciclo do Marabaixo,
que iniciou na semana Santa e encerra no
Domingo do Senhor, com manifestações religiosas e festivas, como missas, novenas, bailes, rodas de marabaixo, e retirada e derrubada dos mastros. Neste ano a Associação preparou uma oficina para difundir conhecimento sobre o assunto.
Realizado pela Associação Raimundo
Ladislau, na casa da matriarca Tia Biló, filha do mestre Julião Ramos, o grupo é responsável pela produção da gengibirra e do
caldo, e além da limpeza, recepção, eles
tocam, dançam e jogam versos e ladrões de
marabaixo. “É um trabalho em conjunto feito por idosos e jovens, que se revezam nos
afazeres. Fazemos tudo com muita dedicação
pra não faltar nada para os visitantes e devotos”, disse Joaquim Ramos, presidente da Associação.
Neste sábado junto com outros grupos,
eles cumprem o ritual de retirar os mastros
no Curiaú, que serão enfeitados para serem
levantados na aurora dedicada ao Divino e
Santíssima Trindade. Após o almoço de confraternização com as famílias tradicionais, os
mastro são deixados na casa da irmãs Joana
e Raimunda, e levados no dia seguinte, Domingo do Mastro, para o barracão da tia Biló.
Às 17h de domingo inicia o Marabaixo do
Mastro, até meia-noite.
A preocupação com a continuidade e conhecimento da tradição do marabaixo, levou a Associação a fazer parceria com uma faculdade, e será
oferecida a oficina “Ciclo do Marabaixo: Fé e Tradição do Fazer Pedagógico”, voltada para acadêmicos e comunidade em geral. As oficineiras Laura do Marabaixo e Mery Baraká, irão abordar a
história do marabaixo, a importância da dança
neste contexto cultural, haverá ainda roda de conversa com pioneiros que contarão histórias, e explanação de professores graduados na área.
Serviço
Domingo do Mastro – 1º de maio
8:30 – condução dos mastros para o barracão
17h – Marabaixo do Mastro
Rapper Emicida vem à Macapá para festa Curupira Nigga 2016
A Produtora Curupira Vampiro realiza
no dia 6 de maio na Sede dos Magistrados,
Zona Sul de Macapá, a 4ª edição da Curupira Nigga com o show do rapper Emicida.
Uma festa voltada para celebrar a cultura
de rua e reunir o público que gosta de hip
hop, trap, rap, eletro e pop. Ritmos que
unem diversos públicos e, além disto, le-
vantam questões sociais importantes atualmente.
Emicida se destaca no cenário musical
atual como um dos principais artistas representantes do hip hop e rap nacional. Em
alta nas rádios de todo país, ele já firmou
parcerias com cantores como Vanessa da
Mata, Rael, Pitty, entre outros. Já se apresentou em festivais como Coachella, Rock
in Rio, SWU e Lolapalloza. O rapper mostra
para que veio e não nega atitude em suas
músicas, rimas e apresentações.
Sua primeira mixtape comercializada em
2009 “Pra Quem já Mordeu um Cachorro por
Comida Até que eu Cheguei Longe” fez o
nome do cantor correr por todo o Brasil.
Seu primeiro álbum em estúdio foi lançado
em 2013 e alcançou o primeiro lugar em listas de melhores do ano como a da revista
Rolling Stone.
Atualmente com o trabalho “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”,
o cantor apresentará segundo ele o resultado de toda uma pesquisa feita durante sua
estadia na África no início de 2015, mesclando elementos encontrados nos países
de Cabo Verde e Angola com a música do
Emicida. A apresentação terá novas interpretações e também contará com as mixtapes do início da carreira.
O line up da 4ª edição da Curupira Nigga ainda conta os Djs Curupira + Djs convidados. Além do público da festa, que para
os representantes da produtora, são uma
atração a parte, pois entram no clima do
evento e, de fato, fazem a festa acontecer.
Serviço
Festa Nigga
06 de maio
Sede dos Magistrados
Postos de venda: Sorveterias Santa Clara e Occhi Sunglasses.
2º Lote: R$ 100 – Festa Open Bar
D•4 •CAMARIM
The Ranch é uma das séries de comédia
mais fantásticas que já vi. Há uns dias
atrás, abri a netflix e vi o anúncio de uma
nova série de comédia com o ator Ashton
Kutcher, conhecido por assumir o lugar de
Charlie Sheen em Two and a half men e
outros filmes famosos de comédia. Como
sou hiper curioso, fui assistir. Tive uma
grande surpresa! The Ranch é incrível! A
série se passa na cidade de Colorado, nos
EUA, detalhando a vida de dois irmãos ajudando seu pai a cuidar de um rancho. O filho mais novo, Colt Bennett(Ashton Kutcher), que não tinha uma boa relação com
o pai, decidiu sair de casa para tentar a
vida como jogador de futebol americano.
15 anos depois, após a carreira não ter decolado, por conta de uma vida de bebedei-
Macapá (AP), Domingo, 1º de maio de 2016
ras, decide voltar ao rancho consertar as
coisas com a família. A tarefa não é fácil, seu
pai Beau é cabeça dura e bastante complicado, seu irmão Galo está magoado por ter
que segurar as pontas sozinho por 15 anos.
Aos poucos, Colt precisa reconquistar a família.
Nem parece comédia, né? Mas, acredite. É muito engraçado. Piadas e formas
diferentes das demais séries de humor, a
mistura do sério com o engraçado deixa
tudo muito interessante. A série te transporta para dentro da vida deles, te deixando com aquela vontade de estar ali. Você vai
se apaixonar pela família Bennett. The Ranch estreou dia 01 de abril, na netflix. Sua
primeira temporada foi dividida em duas
partes de 10 episódios. A segunda parte será
liberada ainda este ano. Corre pra ver!!
Deadpool 2 terá sequência com Ryan
Reynolds, confirma Fox
O diretor Tim Miller também está confirmado na continuação; primeiro filme foi sucesso de crítica e bilheteria; Avatar
ganhará mais quatro filmes
A 20th Century Fox confirmou nesta quinta-feira, 14, durante a CinemaCon, que já está sendo produzida a sequência do sucesso de crítica e bilheteria Deadpool. Além de levar novamente a assinatura de Tim Miller na direção, o novo longa contará ainda com o
ator Ryan Reynolds vivendo mais uma
vez o irônico mercenário Wade Wilson.
A empresa confirmou também que
Deadpool 2 terá o retorno de toda a
equipe criativa que foi responsável
pelo primeiro filme da franquia, dentre eles estão os roteiristas Paul Wernick e Rhett Reese – responsáveis também por Zumbilândia.
Sucesso imediato, era
mais do que esperado que se
desse continuidade à história
nas telonas. Depois de ter arrecadado mais de US$ 750
milhões ao redor do mundo,
muito graças a uma grande
campanha de marketing, Deadpool se tornou um dos filmes de super-heróis mais
rentáveis e um dos maiores
recordes de bilheteria de toda
a história de produções com
classificação indicativa R.
Além de Deadpool, a empresa aproveitou a ocasião
para divulgar que serão realizadas pelo menos mais quatro sequências para Avatar,
outro blockbuster que bateu
recordes de bilheteria. A estreia de Deadpool 2 ainda não
tem data prevista. (Revosta
Rollingstone)
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ENTREVISTA
“Toda a natureza da indústria da música mudou”
Com milhões de discos vendidos, turnês esgotadas, um programa de TV incrivelmente popular e um crescente império pessoal de
negócios, Adam Levine, o líder do Maroon 5, está redefinindo o conceito de estrelato pop um hit por vez. Mas o que move o astro?
Adam Levine estampa a capa deste
mês da Rolling Stone Brasil. O jurado do
The Voice e líder do Maroon 5, banda que
em março lotou estádios pelo país, há alguns anos tem sido uma máquina de fazer dinheiro e sucesso. “Nunca quero ir
dormir, porque estou empolgado demais
em estar vivo”, define ele na entrevista
que chega às bancas de São Paulo nesta
sexta, 15 (e na semana seguinte aos demais estados). “Sempre penso: estou na
cama, mas poderia estar fazendo algo incrível agora.” Chad Dennis, instrutor de
ioga do cantor (que também trabalha com
Harry Styles, do One Direction), concorda
e ri: “Todo dia é Natal para o Adam”.
“Cresci na porra de Los Angeles com
um bando de hipsters e queria dar um
soco na boca deles constantemente”, continua o astro. “Eles eram tão cool. Eu odiava aquilo. Dizia: ‘Cara, não quero ser
cool. Que se foda isso. É estúpido. É entediante. E é triste. Quero me divertir. E fazer música pop.”
Apesar de adorado por uma legião crescente de fãs, Levine também tem um batalhão bastante consistente de detratores
– já viu o Maroon 5 ser zombado em um
episódio de Girls, por exemplo, e quando
foi eleito pela revista People O Homem
Mais Sexy de 2013, teve de ler no site Jezebel que sua escolha era “uma vitória
impressionante para os babacas mundo
afora”.
O fato de o astro não se importar em
usar, sem pudores, a própria imagem para
ganhar dinheiro também parece incomodar quem o vê como um músico inconsistente. Mas hoje Levine não se incomoda
com esse entendimento de que um “artista comprometido com sua arte” deveria ser menos preocupado com cifras.
“Toda a natureza da indústria da música
mudou muito. Antigamente, todos tinham muito orgulho e alguma pureza. Era
algo realmente bonito. Em vez de lamentar que as coisas não são mais assim – e
passei muito tempo fazendo isso –, estou
mais interessado em explorar o que é o
futuro. As pessoas se prendem em muitas
coisas nas quais não precisam mais se
prender.”
Além da entrevista concedida em Los
Angeles, Levine também falou com a Rolling Stone Brasil durante a passagem do
Maroon 5 por São Paulo e comentou ainda sobre o medo do fracasso e a carreira
no The Voice (além de ter revelado o desejo de trabalhar em um filme de superheróis: “Notifiquem a Marvel de que eu
iria amar!”).
Adam Levine abre um sorriso quando
ouve a pergunta. Ele parece deliciado de
notar que passará os cinco minutos seguintes (cinco cravados, já que o esperam
para um evento da grife brasileira John
John, da qual é garoto-propaganda) falando, finalmente, de música, TV e cinema. O vocalista do Maroon 5 chegou a um
estágio da carreira em que não precisa
chegar a um país e dar uma longa sequência de entrevistas, pois qualquer show
que a banda marque, por maior que seja a
capacidade de lotação do local, terá ingressos esgotados e uma horda de fãs que
apesar de ter, em grande parte, superado
a adolescência há algum tempo, não se
furta de passar vergonha reagindo diante
do rebolado de Levine e de se comportar
como se estivesse em uma versão massiva de um Clube das Mulheres protagonizado por um homem só.
Esta turnê pela América Latina tem
duas particularidades. Uma diz respeito
a entrevistas: a imprensa está alucinada
por comentários a respeito da notícia de
que a esposa de Levine, a modelo Behati
Prinsloo, espera o primeiro filho do casal
(assunto que ele tem evitado). A segunda
é que o vocalista comemoraria seu aniversário de 37 anos no Brasil, longe da
família e dos amigos, mas ao lado da banda que ajudou a catapultá-lo ao status de
mega-astro que carrega hoje. “Estou muito feliz de passar aqui. Estamos planejando fazer uma festinha. Nada demais, porque estamos ficando mais velhos, então
não somos mais tão malucos”, brinca
(posteriormente, ele postou no Instagram
uma foto de seu bolo pela metade e afirmou que recomenda que todo mundo gaste um aniversário assim, comendo bolo
sozinho e refletindo sobre as conquistas).
Afinal, agora ele está mais perto dos 40
do que dos 30, certo? “Obrigado por me
lembrar disso!”, ri. “Aproveite cada ano
porque quando se der conta... bom, não
estou tão velho assim, vai.” Não está. Ao
contrário, ele parece um moleque quando conversa sobre os medos e anseios que
o estrelato instiga sobre ele.
“Eu penso isso o tempo todo”, diz,
analisando a possibilidade de que depois
de tantos anos de sucesso estável, o próximo single pode, de repente, ser um fracasso e representar o começo do fim. “Ter
um hit é a exceção, é muito mais fácil não
ter um. A gente tem tido muita sorte. Fizemos algumas músicas que não foram
sucesso, mas é bom também porque aí
sempre ficamos agradecidos quando uma
canção estoura. Você pode até imaginar
que as pessoas já esperam que uma música da nossa banda vá ser grande, mas não
é tão fácil assim”, se justifica. É a velha
história de que a queda é mais grave quanto maior a altura. “Você tem que meio que
aceitar o fracasso, mas deixá-lo para trás
rapidamente para conseguir chegar ao
próximo nível. Se eu ficasse enlouquecendo com algo que não funcionou ou uma
oportunidade perdida, ficaria maluco, iria
explodir.”
Ainda que lide diariamente com esse
sucesso cheio de possibilidade de fracasso, Adam Levine pode contrabalancear
essa realidade e manter os pés no chão
encarando, ao lado dos candidatos do The
Voice, o caminho contrário: o de quem ainda não tem nada além da chance de sair do
zero e, quem sabe, chegar ao topo. “Quan-
do comecei a fazer o The Voice eu fiquei
surpreso com como me senti. Eu não sabia
muito bem no que estava me metendo,
mas percebi que tinha bastante a oferecer
a esse pessoal, e isso meio que me revigorou para a minha vida e minha própria carreira”, diz. “É tipo [fala em tom de surpresa] ‘Eu entendo de alguma coisa!’”
Além de cantor, modelo, marido, empresário e astro da TV, Adam ainda encontra dentro dele um desejo de atuar.
Tendo exercido o ofício na TV e no cinema, em Mesmo se Nada Der Certo, ele diz
que agora adoraria ter um papel naquela
que é a versão de Hollywood do Maroon
5: filmes de super-herói, que são praticamente uma garantia de triunfo, mas que,
quando falham, falham proporcionalmente ao seu tamanho agigantado. “Notifiquem a Marvel de que eu iria amar! (Por
Revista Rolling Stone Brasil)
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Macapá (AP), Domingo, 1º de maio de 2016
TEATRO BRASILEIRO E AMAPAENSE
O século XIX marcou o início
da construção de teatros no Brasil, nesse período foram construídos no Brasil. A chegada de D. João
VI à colônia e principalmente a
chegada da Missão Francesa em
1816fizeram com que o teatro se
renovasse em nosso país. Entre os
teatros inaugurados nesse período temos: o Teatro São João na
Bahia, inaugurado em 1812; Real
Teatro de São João, no Rio de Janeiro, de 1813; Teatro União no
Maranhão em 1817; Teatro Niteroiense, na cidade de Niterói em
1827. Salienta-se que foi neste teatro que o ator e empresário João
Caetano, se apresentou com a primeira companhia dramática brasileira; Teatro D. Pedro II, em 1828
na cidade de Porto Alegre no Rio
Grande do Sul e 1833 – Teatro Sete
de Abril em 1833, em Pelotas, também no Rio Grande do Sul.
go”. É considerado por este pesquisador o marco inicial das manifestações dramáticas, em espaço aberto, no Estado do Amapá.
Por outro lado, no ano de
1775 já havia um pequeno teatro
de madeira na Vila de São José de
Macapá, que, inclusive foi visitado pelo Governador da Província
do Grão-Pará, Mendonça Furtado.
Nesse período o atual Estado do
Amapá fazia parte da referida Província. Portanto, considera-se
este momento como o marco inicial das manifestações dramáticas,
em espaço fechado, no Amapá. Na
década de 1920, aporta em Macapá o famoso Padre Júlio Maria Lombaerd que criou um grupo de teatro para treinar os coroinhas para
prepará-los para o sacerdócio.
As décadas de 1940 e 1950
demonstram grande avanço em
relação às atividades teatrais, prin-
Amapá - UECSA, sendo o texto de
Maria Clara Machado e a direção
de Cláudio Barradas.
Durante a década de 1960
muitos trabalhos foram realizados
em estabelecimentos escolares
como também em associações civis organizadas como é o caso de
Honorina Banhos, mais conhecida como Vovó Doninha, que desde 1947 dirigiu um Grupo de Pastorinhas como também escrevia e
montava textos teatrais com temas populares que sempre eram
apresentados na Sede do “Trem
Desportivo Clube”, que funcionava como teatro e cinema. Outra
personagem de muita importância foi a professora Rizalva Amaral
que iniciou muitos jovens em relação ao teatro nessa década como
também montou vários espetáculos nas escolas que lecionou. Ela
era diretora de teatro e escrevia
textos teatrais com temas religioso e social. Ainda na década de
1960 foi fundado o Grupo Teatro
de Amadores do Amapá.
O Grupo de Teatro “Telhado” passa a ser um dos mais produtores grupos de teatro na década de 1970 no Estado do Amapá.
Montou os seguintes espetáculos: “A Mulher que Casou Dezoito
Vezes”; “Antônio Meu Santo”;
“Quem Casa, Quer Casa”; “Menino do Laguinho” entre outros.
Faziam parte do Grupo Telhado os
seguintes artistas: Consolação
Côrte, Marizete Ramos, Luiz Otávio Barata (diretores provenientes de Belém), Lineu Gantuss Camilo, Rosa Souza, Benedito Trindade, Oswaldo Simões, Adaulete
Barreto, Edi Prado, Fatinha,
Eduardo Canto, Jorge Herbert,
Gamachi, Juvenal Canto e Edinaldo Ribeiro entre outros. Foi o ProNa região Norte Nordeste,
um dos primeiros teatros de grande porte foi inaugurado no ano de
1850 na cidade do Recife, conhecido na época como Teatro de Santa Isabel. A partir de então outros
teatros foram sendo inaugurados
principalmente na Região Norte do
Brasil como: como o Teatro Arthur
Azevedo no Maranhão e os teatros
do Ciclo da Borracha: Teatro Amazonas em Manaus e Teatro da Paz
em Belém do Pará.
Sobre o teatro no Amapá,
poderíamos afirmar que tem seu
início praticamente no século
XVIII com a apresentação ao ar livre da encenação da batalha entre
os “mouros e Cristãos” desde o ano
de 1777, na Vila de Mazagão Velho.
Isto se deu em função da transladação de 136 famílias pela Coroa
Portuguesa, que chegaram ao Estado do Amapá no ano de 1771. Esta
encenação acontece há 239 anos
nos dias 24 e 25 de julho dentro da
programação da “Festa de São Tia-
cipalmente em função da inauguração do “Cine teatro Territorial”
pelo Governo do Território, Senhor Janary Gentil Nunes. Havia
ainda, o Barracão da Prelazia que
pertencia à Igreja Católica. Era um
local com palco, que servia para
comemorações e apresentações
teatrais. Nesse barracão foi encenada a peça “O Cordão do Papagaio”. Ou empreendimento de
muita importância nesse período
foi o Palco da Rádio Difusora de
Macapá. Foi um período em que
muitos artistas famosos como
Procópio Ferreira e Bibi Ferreira
se apresentaram no Cine Teatro
Territorial de Macapá. Em 1957,
começou a chegar a Macapá as excursões das vedetes capitaneadas
por Concita Mascarenhas e outras
grandes musas do teatro rebolado do Brasil. Do ano de 1959, há
registros fotográficos da apresentação do espetáculo “Pluft o Fantasminha”, pelo Grupo da União
de estudantes secundaristas do
fessor Munhoz quem conseguiu
trazer de Belém a diretora Marizete Ramos e o diretor Luiz Otávio Barata para contribuir com o
teatro amapaense e principalmente com o Grupo Telhado.
Atualmente há vários grupos de teatro no Amapá. Todavia
os mais tradicionais são: “Companhia Teatro de Arena” e o “Grupo
Teatral Língua de Trapo”. O primeiro vem há 37 anos, apresentando seu mais tradicional espetáculo, intitulado “Uma Cruz para
Jesus”, tendo como diretor Amadeu Lobato. É um espetáculo
apresentado durante o período da
semana Santa que enfoca a paixão,
morte e ressureição de cristo.
Acontece ao lado da Fortaleza de
São José de Macapá, cuja muralha
antiga funciona como cenário. A
apresentação é realizada ao ar livre com entrada franca.
Macapá (AP), Domingo, 1º de maio de 2016
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CRÍTICA DE CINEMA - POR PABLO VILLAÇA
Capitão América:
Guerra Civil
Entre hangares e aviões, uma dúzia de
indivíduos dotados de superpoderes avançam uns contra os outros. Golpes potentes são disparados, objetos são arremessados apenas com o uso de gestos, combatentes voadores se engalfinham no ar e
destroços acabam espalhados por todos os
lados. Por si só, a ideia de super-heróis se
enfrentando numa batalha desesperada já
desperta interesse, obviamente, mas o que
torna esta sequência – presente em Capitão América: Guerra Civil – tão impactante
e dramática é o fato de compreendermos
as motivações dos personagens envolvidos e nos preocuparmos com estes. Sem
isto, o embate central do longa seria mera
pirotecnia.
Claro que, para compreender completamente o que leva cada um a estar ali, é
preciso assistir a uma penca de filmes produzidos pela Marvel ao longo dos últimos
dez anos – a maioria deles eficiente, mas
longe de alcançar o brilhantismo. Sim, o
primeiro Homem de Ferro seguia como o
melhor do grupo, ao passo que o terceiroapresentava-se como o pior, mas entre estes a qualidade artística se mantinha estável no nível “ok, gostei, mas não creio
que um dia sentirei o impulso irresistível
de revê-los” (estou falando de Homem de
Ferro 2, Thor, Thor 2, Os Vingadores, Os
Vingadores: Era de Ultron, Homem-Formiga, Capitão América: O Primeiro Vingador eCapitão América: O Soldado Invernal). Ainda assim, ao ver Guerra Civil, fiquei grato por ter acompanhado os capítulos anteriores, já que isto permitiu que,
ao reencontrar aqueles personagens atirados uns contra os outros, suas reações
ressoassem com mais vigor graças a tudo
que viera antes, conferindo maior peso à
narrativa.
Ao mesmo tempo, este trabalho dirigido pelos irmãos Anthony e Joe Russo e roteirizado por Christopher Markus e Stephen McFeely jamais esquece que é, afinal de contas, uma fantasia protagonizada
por seres essencialmente mágicos (imaginem se os poderes de Harry Potter viessem não de sua varinha, mas da picada de
uma aranha radioativa) – e, assim, mesmo
com toda a seriedade de sua trama, o longa jamais abandona uma certa (e importante) leveza mais do que apropriada a uma
história envolvendo indivíduos que se
vestem com uniformes coloridos e trocam
piadinhas em meio a lutas sangrentas.
Neste sentido, os irmãos Russo compreendem algo que aparentemente escapou a
Zack Snyder em seu Batman vs Superman:
ser “sério” não significa não ter vida. Com
isso, percebemos e sentimos a dor de
Tony Stark (Downey Jr.) e da Feiticeira Escarlate (Olsen) sem que seja necessário
que a fotografia invista num filtro cinza
que remova praticamente todas as cores
durante toda a projeção.
(Aqui cabe uma observação, já que apenas recentemente descobri haver uma rivalidade imensa entre fãs da DC e da Marvel: como não tenho o hábito de ler HQs,
não faço qualquer distinção entre os dois
universos em termos de preferência pessoal – e elogiei fartamente a trilogia comandada por Christopher Nolan, por
exemplo. Assim sendo, deixem de lado
quaisquer teorias de conspiração; podem
me chamar de “o isentão dos filmes de
super-heróis”.)
Adotando o senso de humor de maneira bem mais eficaz do que em Os Vingadores, que investia insistentemente em piadinhas bobas em momentos nos quais
deveria estar focado em outras prioridades narrativas, Guerra Civilemprega o humor de forma pontual e precisa, usando as
tiradas de forma orgânica, provocando um
riso que funciona como alívio cômico em
vez de como motor da trama e seguindo
em frente sem sacrificar a seriedade da
história. Além disso, o filme tampouco força a mão ao tentar comunicar elementos
mais dramáticos, realizando a tarefa visualmente e de forma sutil, por exemplo, ao
ilustrar a tentativa de Visão (Bettany) de
se ajustar a uma existência mais humana
ao vestir pulôveres cinza-azulados que
soam absurdos em seu corpo colorido ou
ao trazer Stark sentado a certa distância
da mesa na qual os Vingadores se reúnem
para ouvir o parecer do Secretário de Estado Thaddeus Ross (Hurt), demonstrando,
com isso, a típica natureza rebelde que irá
se contrapor à sua decisão de submeter o
grupo ao controle da ONU. Para completar, em diversos instantes a obra descarta
qualquer diálogo para pontuar a decepção
ou a apreensão de um personagem com
relação às atitudes de outro, optando, em
vez disso, por tentar apresentá-las através dos olhares e da expressão corporal
do elenco competente.
Neste aspecto, vale apontar, cada intérprete acaba ganhando a oportunidade
de desenvolver aspectos interessantes da
personalidade do herói que vive: Chris
Evans, por exemplo, ilustra o apego emocional do Capitão América a Bucky/Soldado Invernal (Stan), que se torna ainda maior por este ser o último remanescente de
sua época original. Da mesma forma, esta
amizade obviamente acaba por cegá-lo para
outros fatos que deveriam ser considerados antes de qualquer atitude impensada, o que o leva a adotar uma postura arro-
Dirigido por Anthony Russo e Joe Russo. Roteiro de
Christopher Markus e Stephen McFeely. Com: Chris Evans,
Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Don
Cheadle, Paul Bettany, Chadwick Boseman, Anthony Mackie,
Jeremy Renner, Elizabeth Olsen, Paul Rudd, Tom Holland,
Marisa Tomei, Emily VanCamp, Daniel Brühl, William Hurt,
Martin Freeman, John Kani, John Slattery, Alfre Woodard, Jim
Rash, Hope Davis.
gante – e, sim, autoritária – que torna o
autocontrole de Stark ainda mais surpreendente. Robert Downey Jr., por sinal, finalmente volta a ter a oportunidade de demonstrar sua versatilidade como ator depois de passar a última década preso aos
maneirismos de Stark – e, aqui, ele consegue evocar muitíssimo bem as dúvidas do
bilionário e principalmente sua dor em um
momento-chave da projeção. Por outro
lado, Scarlett Johansson se destaca pela
fisicalidade da Viúva Negra, que, ao seu
próprio modo, se estabelece como – e me
perdoem a expressão, mas não há outra
mais apropriada – a mais foda entre todos,
já que, mesmo sem qualquer superpoder,
jamais se submete ao papel de “mocinha
em perigo”, enfrentando os inimigos com
a mesma segurança que o Superman teria
ao confrontar batedores de carteira.
(“Como você se atreve a fazer uma comparação usando personagens de universos
diferentes?!?!” Shhh, acalme-se: já falei
que sou isentão.) (Se você estiver lendo
este texto em 2030 e não compreender o
que quero dizer com “isentão”, uma rápida explicação: no surreal período de 20152016, este termo passou a ser usado para
se referir pejorativamente a qualquer pessoa racional que tente ponderar os fatos
em vez de se entregar a discursos baseados em agressividade e subjetividade.)
Mas, claro, Stark, Capitão América e Viúva Negra são apenas três dos vários personagens presentes em Guerra Civil e, assim, em vez de analisar um por um, prefiro
destacar mais três deles: o Pantera Negra,
que é encarnado por Chadwick Boseman
com uma formalidade mais do que apropriada que o posiciona como o mais sério e
“adulto” dos heróis; o Homem-Aranha de
Tom Holland, cujo espírito apropriadamente juvenil rivaliza apenas com sua empolgação diante do novo mundo que descobre
graças aos seus poderes (e que já prometem torná-lo a melhor versão cinematográfica de Peter Parker); e, finalmente, o Homem-Formiga, que, graças ao timing cômi-
co de Paul Rudd, praticamente rouba todas
as cenas das quais participa.
Impecável também na condução das sequências de ação, Guerra Civil demonstra
uma clara evolução por parte dos irmãos
Russo, que coreografam bem a longa perseguição envolvendo carros e motos no
segundo ato, o confronto que discuti no
início deste texto (e durante a qual sempre compreendemos como cada superpoder é empregado em conjunção ou em resposta aos demais) e, principalmente, a luta
que ocorre no clímax e que, além de brutal, encontra tempo para enfocar as reações emocionais dos três homens envolvidos. (Em contrapartida, se tropeçaram
com a ponta desnecessária de Danny Pudi
em Soldado Invernal, desta vez a ponte
com Community - da qual participaram
como diretores de alguns episódios – é
feita através da ponta também desnecessária de Jim Rash.)
Dramaticamente complexo ao criar
conflitos nos quais todos agem por motivos nobres e que jamais facilitam o posicionamento do espectador através de
alguma revelação que dê mais razão a
este ou aquele personagem,Guerra Civil é memorável justamente ao demonstrar que, muitas vezes, não há um lado
“certo” ou “errado” em uma guerra, apenas visões diferentes que deveriam ter
sido conciliadas através do diálogo em
vez de apelar para confrontos que só trarão mais dores e complicarão tudo (e,
neste aspecto, é fascinante que até
mesmo a motivação do vilão vivido por
Daniel Brühl seja compreensível – e,
para mim, a mais dolorosa).
Certamente se estabelecendo como o
melhor entre todos os longas produzidos
pela Marvel até agora, Capitão América:
Guerra Civil é divertido sem ser inconsequente, sério a respeito de seus temas sem
ser artificialmente sombrio e – não menos
importante - um belo espetáculo de ação
sem jamais sacrificar o desenvolvimento
de seus personagens.
D•8 •CAMARIM
Macapá (AP), Domingo, 1º de maio de 2016
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