Unidade Barreiros Professor: Fábio Will Disciplina: História Série: 9º

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Unidade Barreiros
Professor:
Fábio Will
Data da Prova:
Disciplina:
Temática:
História
Avaliação Bimestral II
Aluno(a):
Série:
Turma:
9º Ano
A
Nota:
REVOLUÇÃO FRANCESA E NAPOLEÃO BONAPARTE
A Revolução Francesa, que se deu no ano de 1789, no qual se desenrolam seus acontecimentos decisivos
é o evento que, segundo alguns autores, inaugura a chamada Idade Contemporânea. Os historiadores do século
XIX, que fizeram a linha divisória da História, imputaram a este acontecimento o caráter de marco divisor entre
a Idade Moderna e a Contemporânea, por conta da radicalização política que o caracterizou. Para se entender a
Revolução Francesa é necessário conhecer um pouco da situação econômica e social da França do século XVIII.
Até o século XVIII, a França era um estado em que vigia o modelo do absolutismo monárquico. O então
rei francês, Luís XVI, personificava o Estado, reunindo em sua pessoa os poderes legislativo, executivo e
judiciário. Os franceses então não eram cidadãos de um Estado Democrático Constitucional, como hoje é comum
em todo o mundo ocidental, mas eram súditos do rei. O rei personificava o Estado.
Dentro da estrutura do Estado Absolutista, havia três diferentes estados nos quais a população se
enquadrava: o primeiro estado era representado pelos bispos do Alto Clero; o segundo estado tinha como
representantes a nobreza, ou a aristocracia francesa – que desempenhava funções militares (nobreza de espada)
ou funções jurídicas (nobreza de toga); o terceiro estado, por sua vez, era representado pela burguesia, que se
dividia entre membros do Baixo Clero, comerciantes, banqueiros, empresários, os sans-cullotes (“sem calções”),
trabalhadores urbanos, e os camponeses, totalizando cerca de 97% da população.
Ao longo da segunda metade do século XVIII, a França se envolveu em inúmeras guerras, como a Guerra
do Sete Anos (1756-1763), contra a Inglaterra, e o auxílio dado aos Estados Unidos na Guerra de Independência
(1776). Ao mesmo tempo, a Corte absolutista francesa, que possuía um alto custo de vida, era financiada pelo
estado, que, por sua vez, já gastava bastante seu orçamento com a burocracia que o mantinha em
funcionamento. Soma-se a essa atmosfera duas crises que a França teria que enfrentar: 1) uma crise no campo,
em razão das péssimas colheitas das décadas de 1770 e 1780, o que gerou uma inflação 62%; e 2) uma crise
financeira, derivada da dívida pública que se acumulava, sobretudo pela falta de modernização econômica –
principalmente a falta de investimento no setor industrial.
Os membros do terceiro estado (muitos deles influenciados pelo pensamento iluminista e pelos panfletos
que propagavam as ideias de liberdade e igualdade, disseminados entre a população) passaram a ser os mais
afetados pela crise. No fim da década de 1780, a burguesia, os trabalhadores urbanos e os camponeses
começaram a exigir uma resposta do rei e da Corte à crise que os afetava, bem como passaram a reivindicar
direitos mais amplos e maior representação dentro da estrutura política francesa. Em julho de 1788, houve a
convocação dos Estados Gerais, isto é, uma reunião para deliberação sobre assuntos relacionados à situação
política da França. Nessa convocação, o conflito entre os interesses do terceiro estado e os da nobreza e do Alto
Clero, que apoiavam o rei, se acirraram. O rei então estabeleceu a Assembleia dos Estados Gerais em 5 de maio
de 1789, com o objetivo de decidir pelo voto os rumos do país. Entretanto, os votos eram por representação de
estado. Sendo assim, sempre o resultado seria dois votos contra um, ou seja: primeiro e segundo estados contra
o terceiro. Fato que despertou a indignação de burgueses e trabalhadores.
A burguesia, que liderava o terceiro estado, propôs em 10 de junho uma Assembleia Nacional, isto é,
uma assembleia para se formular uma nova constituição para a França. Essa proposta não obteve resposta por
parte do rei, da nobreza e do Alto Clero. Em 17 de junho, burgueses, trabalhadores e demais membros do terceiro
estado se declararam em reunião para formulação de uma constituição, mesmo sem a resposta do primeiro e do
segundo estado. Ao mesmo tempo, começava um levante popular em Paris e outro entre os camponeses. A
Revolução se iniciou.
Em 14 de julho de 1789, a massa de populares tomou a Bastilha, a prisão que era símbolo do Antigo
Regime e, em 4 de agosto, a Assembleia Nacional instituiu uma série de decretos que, dentre outras coisas,
cortava os privilégios da nobreza, como a isenção de impostos e o monopólio sobre terras cultiváveis. A
Assembleia institui a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, que reivindicava a condição de cidadãos
aos franceses e não mais de súditos do rei. Em setembro de 1791 foi promulgada a nova constituição francesa,
assegurando a cidadania para todos e pressionando o monarca Luís XVI a aceitar os seus critérios. Essa
constituição previa ainda a igualdade de todos perante a lei, o voto censitário, a confiscação das terras
eclesiásticas, o fim do dízimo, a constituição civil do clero, detre outros pontos. A partir deste momento, a França
revolucionária esboçou o seu primeiro tipo de novo governo, a Monarquia Constitucional, que durou de 1791 a
1792.
A ala mais radical da Revolução, os jacobinos (que haviam participado da Assembleia Constituinte,
sentando-se à esquerda do plenário e opondo-se aos girondinos que se posicionavam à direita), defendiam uma
ampliação da perspectiva revolucionária, cuja proposta era não se submeter às decisões da alta burguesia, que
se articulava com a nobreza e o monarca. Os jacobinos queriam radicalizar a pressão contra os nobres e o clero,
e instituir uma República Revolucionária, sem nenhum resquício da Monarquia.
Prevendo a ameaça que vinha dos rumos que a Revolução tomava, o rei Luís XVI articulou um levante
contrarrevolucionário com o apoio das monarquia austríaca e prussiana. Em 1792, a Áustria invadiu a França e
essa declarou guerra àquela. A população parisiense, após saber dos planos do rei, invadiu o palácio real de
Tulleries e prendeu o rei e sua família. O Rei e sua esposa, Maria Antonieta, tiveram suas cabeças decepadas
pela guilhotina em 1793 e a Monarquia Constitucional chegou ao seu fim no mesmo ano.
Com o fim da Monarquia Constitucional, houve também a dissolução da Assembleia Constituinte e a
Convenção Nacional de um novo parlamento. O período da convenção se caracterizou pela forte presença do
radicalismo jacobino comandando a Revolução, momento que se tornou conheciso como a fase do Terror
(sobretudo por conta do uso indiscriminado da guilhotina como máquina da morte). Nomes como Robespierre,
Saint-Just e Danton figuram entre os principais líderes jacobinos. Foi neste período também que a Áustria e
Prússia prosseguiram sua guerra contra a França, temendo que a Revolução se espalhasse por seus territórios.
No processo de confronto contra essas duas monarquias, nasceu o exército nacional francês, isto é: um exército
que, pela primeira vez, não era composto de mercenários e aristocratas, mas do povo de uma nação que se via
como nação.
Em 1795, a burguesia conseguiu retomar o poder e, através de uma nova constituição, instituir uma nova
fase à Revolução, chamada o Diretório, órgão composto por cinco membros indicados pelos deputados. Mas a
partir deste mesmo ano a crise social se tornou muito ampla na França, o que exigiu um contorno político mais
eficaz, sob pena da volta da radicalização jacobina.
Um dos mais jovens e destacados generais da Revolução, Napoleão Bonaparte, era o nome esperado pela
burguesia para dar ordem à situação política francesa. Em 1799, ao regressar do Egito à França, Napoleão
encontrou um cenário conspiratório contra o governo do Diretório. Foi neste cenário que ele passou a figurar
como ditador, inicialmente, dando o golpe de 18 de Brumário (segundo o calendário revolucionário), e depois
como imperador da França. O Período Napoleônico durou de 1800 a 1815 e mudou o cenário político do continente
europeu, ao passo que expandiu o ideal nacionalista para várias regiões do mundo.
COLONIZAÇÃO INGLESA NAS AMÉRICAS
O século XV marcou o desenvolvimento da navegação marítima, que foi utilizada para a expansão
econômica dos países europeus. Portugal e Espanha foram os pioneiros a se aventurarem pelos oceanos em
busca de terras e metais preciosos, o que culminou com a colonização de várias regiões localizadas na América.
Com o sucesso das expedições marítimas, outros países também se aventuraram nas busca por colônias que
fornecessem relações comerciais lucrativas, como foi o caso da Inglaterra.
No final do século XVI, os ingleses, com a ambição de conquistar novas terras, investiram na construção
naval e na política mercantilista de acumular riquezas para o reino. Para isso, eles fundaram companhias de
comércio que uniram rei e burguesia para financiar as expedições marítimas e encontrar regiões que pudessem
ser colonizadas.
As primeiras tentativas ocorreram entre os anos de 1584 e 1587, quando uma expedição comandada por
sir Walter Raleigh tentou conquistar o território da América do Norte, mas essa expedição foi violentamente
derrotada pelos nativos que resistiram à conquista inglesa. Entretanto, em 1607, uma companhia de comércio
conseguiu dominar os nativos e fundou a colônia da Virgínia, que foi a primeira região dominada pelos ingleses.
Na colônia da Virgínia, os ingleses investiram na produção do tabaco, que era um produto altamente
lucrativo no mercado europeu. No decorrer da exploração, outras regiões foram conquistadas para investimentos
na produção de produtos agrícolas, como as colônias da Geórgia, Carolina do Norte e do Sul, Maryland e Delaware.
As colônias que surgiram desenvolveram caraterísticas diferentes tanto na economia quanto na povoação.
Nas regiões localizadas ao Sul, desenvolveu-se uma colonização de exploração. Os colonos visavam aos lucros
na comercialização dos produtos agrícolas que eram vendidos na Europa. Esse tipo de colonização foi semelhante
ao das colônias portuguesas, que eram utilizadas com a finalidade de fornecer riquezas para os colonizadores
através, por exemplo, da prática do trabalho escravo.
Nas regiões ao Norte, as colônias de Nova Jersey, Nova York eMassachusetts, por exemplo,
desenvolveram um tipo de colonização chamada de povoação. A intenção dos colonos dessa região não era
simplesmente de explorar, mas, sim, de fazer dela um novo local para se morar. Por isso, não houve nas colônias
do Norte uma participação direta da coroa inglesa, uma vez que essa região, por possuir um clima menos propício
para agricultura, não atraiu a atenção dos comerciantes ávidos por lucros.
A povoação das colônias do Norte também foi diferente, pois os colonos dessa região eram em grande
maioria refugiados religiosos. A perseguição da Igreja Católica aos protestantes culminou com a vinda de muitas
pessoas para essas colônias, pois existia a possibilidade de um novo mundo com tolerância religiosa. Em 1620,
um grupo de puritanos fundou a cidade Plymouth, que ajudou na povoação dessa região.
A colonização inglesa diferenciou-se, em muitos aspectos, da colonização exercida na América
portuguesa. Enquanto nas colônias britânicas do Sul, por exemplo, desenvolveu-se uma povoação com o objetivo
de gerar desenvolvimento econômico voltado para o mercado interno, a colônia portuguesa desenvolveu uma
prática mercantilista com a ambição de explorar as riquezas para serem comercializadas no mercado externo.
Assim, as colônias britânicas do Sul conquistaram mais autonomia política e econômica de sua metrópole,
enquanto a colônia portuguesa na América tornou-se cada vez mais dependente economicamente de seu país
conquistador.
INDEPENDENCIA DAS 13 COLÔNIAS
Os Estados Unidos eram constituídos por trezes colônias, que por sua vez era dividida em colônia do
norte e colônia do sul. O desenvolvimento da colônia não era impedido com as leis inglesas, pois tais leis não
eram aplicadas.
Porém
quando
o
comércio
colonial
começou
a
concorrer
com
o
comércio
metropolitano,
consequentemente surgiram certos atritos que resultaram com a emancipação das treze colônias. Após a Guerra
dos Sete Anos, entre a França e Inglaterra, a Inglaterra vitoriosa da guerra se apossou de grande parte do
Império Colonial francês, em especial as terras a oeste das treze colônias americanas.
O Parlamento inglês decidiu então que os colonos deveriam pagar parte dos gastos com a guerra, com o
objetivo de aumentar as taxas e os direitos da Coroa sobre a América. Os fatores culturais, aliados a política
repressiva dos ingleses, tiveram papel importante no processo revolucionário americano. Os colonos contestavam
o direito legislativo do Parlamento inglês, e recusaram a cumprir a Lei de Aquartelamento, a qual exigia dos
colonos alojamento e transporte para as tropas enviadas a colônia.
A crise estourou em 1773 com a Lei do Chá, a qual dava o monopólio do comercio do chá à Companhia
das Índias Orientais. A reação foi imediata, comerciante disfarçados de índios mohankws foram ao porto de
Boston, e destruíram trezentas caixas de chá tiradas do barco, episódio que ficou conhecido como a festa dos
Chá de Boston.
Tal ato fez com que os ingleses promulgassem Leis Intoleráveis em 1774. Quando tais leis determinaram
à convocação do Primeiro Congresso Continental de Filadélfia (não separatista), ele enviou uma petição ao
Parlamento e ao rei pedindo a revogação das Leis Intoleráveis, tudo em nome da igualdade de direitos dos
colonos. Já em março de 1775, um conflito em Lexington resultou na morte de alguns colonos e militarmente
eles passaram a organizar-se.
E com isso o rei declarou os americanos em rebeldia, e assim começa a guerra de independência. No
mesmo ano reuniu-se o Segundo Congresso Continental de Filadélfia (separatista), onde se confirmou à
necessidade de organiza-se militarmente como meio de garantir os direitos dos colonos, confirmou G. Washington
no comando das tropas e deu a Thomas Jefferson a liderança de uma comissão encarregada de redigir a
Declaração de Independência. Após o conflito dos colonos americanos e franceses contra os ingleses, no dia 4 de
julho de 1776 os EUA se declarou independente.
Não só porque formalizou a independência das primeiras colônias na América a Declaração de
independência, como também teve um grande significado político, dando origem a primeira nação livre do
continente. Mas por trás de sua envergadura o ideal de liberdade, a ideia de soberania popular e o direito
individual, representando uma sinopse da mentalidade democrática e liberal da época. A manutenção da
escravidão no país foi determinada pela pressão dos grandes proprietários rurais, os quais foram importantes
aliados na Guerra de Independência.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e
XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o
uso das máquinas.
Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que consumia.
De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam
manufaturas.
As manufaturas eram
grandes
oficinas
onde
diversos
artesãos
realizavam
as
tarefas
manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.
A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma rica
burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural e a localização
privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.
Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo forçado a trabalhar
até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso, mulheres e crianças também eram obrigadas a
trabalhar para sustentarem suas famílias.
Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho oferecidas, e
começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como “os quebradores de máquinas “. Outros
movimentos
também
surgiram
nessa
época
com
o
objetivo
de
defender
o
trabalhador.
O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de fabricação passando a
executar apenas uma etapa.
A Primeira etapa da Revolução Industrial
Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o
aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o aprimoramento
das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.
A Segunda Etapa da Revolução Industrial
A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como
Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da energia elétrica
e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o
desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse período.
A Terceira Etapa da Revolução Industrial
Alguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a terceira etapa
da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam algumas das inovações
dessa época.
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