UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA André Gustavo Knaip do Amaral Benjamin Ferreira de Almeida Filho Sistema Integrado de Atendimento à Emergência - SIAE: Entendido como uma ferramenta mais adequada às necessidades emergenciais do serviço operacional da Polícia Militar de Goiás Águas Lindas de Goiás 2014 André Gustavo Knaip do Amaral Benjamin Ferreira de Almeida Filho Sistema Integrado de Atendimento à Emergência - SIAE: Entendido como uma ferramenta mais adequada às necessidades emergenciais do serviço operacional da Polícia Militar de Goiás Monografia apresentada ao curso de Graduação em Administração Pública da Universidade Estadual de Goiás (UEG), como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Administração Pública. Orientador: Prof°. Wagner Rodrigues dos Santos. Águas Lindas de Goiás 2014 Catalogação na Fonte Biblioteca UnUEAD – Universidade Estadual de Goiás Bibliotecária Jerusa da Silva Alves Guimarães – CRB1/1938 A485s Amaral, André Gustavo Knaip do; Almeida Filho, Benjamim Ferreira de. Sistema integrado de atendimento a emergência – SIAE: entendido como uma ferramenta mais adequada às necessidades emergenciais do serviço operacional da Polícia Militar de Goiás. André Gustavo Knaip do Amaral, Benjamin Ferreira de Almeida Filho . Águas Lindas, 2014 55 p. Orientador: Profº. Wagner Rodrigues dos Santos. TCC(Graduação), Universidade Estadual de Goiás , Unidade Universitária de Educação à Distância , Bacharelado em Administração Pública, Polo UAB Águas Lindas , 2014. 1. 1.Administração. 2. Polícia Militar. 3. Sistema Integrado de Atendimento a Emergência. I. Amaral, André Gustavo Knaip do; Almeida Filho, Benjamim de Almeida. CDU : 658:35 Monografia de autoria de André Gustavo Knaip do Amaral e Benjamin Ferreira de Almeida Filho, intitulada SISTEMA INTEGRADO DE ATENDIMENTO À EMERGÊNCIA – SIAE: ENTENDIDO COMO UMA FERRAMENTA MAIS ADEQUADA ÀS NECESSIDADES EMERGÊNCIAIS DO SERVIÇO OPERACIONAL DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS, apresentada como requisito parcial de avaliação para a obtenção do grau de Bacharel em Administração Pública, pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), em 02 de agosto de 2014, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: ______________________________________________ Prof. Esp. Wagner Rodrigues dos Santos Orientador Bacharelado em Administração Pública – PNAP/UnUEAD/UEG/UAB ______________________________________________ Prof.ª Esp. Valéria Soares de Lima Bacharelado em Administração Pública – PNAP/UnUEAD/UEG/UAB _____________________________________________ Prof.ª Esp. Rosimar Martins dos Santos Silva Bacharelado em Administração Pública – PNAP/UnUEAD/UEG/UAB Águas Lindas de Goiás 2014 Dedicamos a nossa família que sempre esteve presente e acreditou em nosso potencial na busca de novas realizações. A tutora e agora amiga Dulcinéia Lopes pelo carinho, a força e o incentivo prestados ao longo deste processo educacional. AGRADECIMENTOS Agradecemos em primeiro lugar a Deus que iluminou o nosso caminho durante esta jornada. Agradecemos também às nossas esposas, Luciana e Silvana, que de forma especial e carinhosa nos deram força e coragem, apoiando-nos nos momentos de dificuldades. Agradecemos também aos filhos, que iluminaram de maneira especial os nossos pensamentos, levando-nos a buscar mais conhecimentos e aos amigos Dulcinéia Lopes e Paulo Bento, que sempre nos incentivaram a acreditar que seria possível e não deixando de agradecer de forma grandiosa nossos pais, a quem rogamos todas às noites a nossa existência. Ao nosso orientador, Wagner Rodrigues dos Santos, pela qualidade da orientação, incentivo e apoio. Aos colegas da turma de Bacharelado em Administração Pública. Ao comandante da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar do Estado de Goiás, Wesley Charles Portela, pelo apoio e incentivo ao referido estudo. À Capitã da Policia Militar do Estado de Goiás, Celine, que gentilmente cedeu tutoriais do SIAE para a pesquisa do trabalho. “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”. Cora Coralina. RESUMO AMARAL, André Gustavo Knaip do. FILHO, Benjamin Ferreira de Almeida. Sistema Integrado de Atendimento a Emergência - SIAE: Entendido como uma ferramenta mais adequada às necessidades emergenciais do serviço operacional da Polícia Militar de Goiás. 2014. 55 folhas. Monografia – Bacharelada em Administração Pública, Unidade Universitária de Educação a Distância, Universidade Estadual de Goiás, Águas Lindas Goiás, 2014. O trabalho enfatiza a importância da tecnologia da informação como ferramenta de suporte ao combate da criminalidade no estado de Goiás. Através da implementação de projetos tecnológicos voltados para o gerenciamento de dados estatísticos tais como: elaboração de planilhas com base na quantidade de atendimentos (reativos e proativos), realizados pela Policia Militar do Estado de Goiás, sendo possível, por exemplo: consultar quantas ocorrências de determinada(s) natureza(s) foi registrado em um período ou em uma ou várias Organizações Policiais Militares selecionadas. Apresentando o sistema integrado de atendimento à emergência como ferramenta essencial e mais adequada às necessidades emergenciais do serviço operacional da Polícia Militar do Estado de Goiás, dado às demandas cada vez maiores com a escalada paulatina da criminalidade. Assentado em um estudo de campo que vislumbrou a relevância do sistema e as dificuldades por parte de seus operadores com a sua funcionalidade. Como resultado evidenciou-se ser um sistema adequado ao serviço policial, necessitando de pequenos ajustes técnicos e capacitação de pessoal para sua excelência. Palavras-chave: Sistema Integrado de Atendimento à Emergência. Polícia Militar do Estado do Goiás. Tecnologia da Informação. Dados Estatísticos. ABSTRACT Amaral, André Gustavo Knaip travelers. SON, Benjamin James. Integrated System for Emergency Care - SIAE: Understood as a better tool to emergency needs of the operational service of the Military Police of Goiás 2014 55 leaves. Monograph - Bacharelada in Public Administration, University Distance Education Unit, University of Goiás, Aguas Lindas Goiás, 2014. The work emphasizes the importance of information technology as a support tool to combat crime in the state of Goiás By implementing technology projects for the management of statistical data such as: preparation of spreadsheets based on the number of visits (reactive and proactive), conducted by the Military Police of the State of Goiás, it is possible, for example: see how many occurrences of a given (s) nature (s) was recorded in one period or one or more Military Police Organizations selected. Featuring the integrated emergency care system as an essential and most appropriate emergency needs of the operational service of the Military Police of the State of Goiás, given the increasing demands with the gradual escalation of crime tool. Seated in a field study that saw the relevance of the system and the difficulties by their operators with their functionality. As a result showed to be adequate to the police service system, requiring little technical adjustments and training staff for their excellence. Keywords: Integrated System for Emergency Care. Military Police of the State of Goiás. Information Technology. Stats. 8 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01 – Mostra a discrepância entre policiais que conhecem ou não o SIAE .................... 45 Gráfico 02 – Mostra a discrepância entre policiais operadores do COPOM que conhecem ou não o SIAE............................................................................................................................................46 9 LISTA DE FIGURAS Figura 01 – Mapa de coleta de dados do SIAE ............................................................................... 27 Figura 02 – Sala do sistema de controle operacional (SISCOP) ................................................... 27 Figura 03 – Tela de abertura do SIAE .............................................................................................. 29 Figura 04 – Quadro de atendimento ................................................................................................. 31 Figura 05 – Quadro de atendimento – Cidades cadastradas .......................................................... 32 Figura 06 – Quadro de atendimento – Cadastro de telefone do solicitante ................................. 33 Figura 07 – Quadro de atendimento – Cadastro do nome do solicitante ..................................... 34 Figura 08 – Quadro de atendimento – Cadastro do endereço do solicitante ............................... 34 Figura 09 – Quadro de atendimento – Cadastro de naturezas da ocorrência............................... 35 Figura 10 – Quadro de atendimento – Lançamentos de dados iniciais da ocorrência .............. 36 Figura 11 – Quadro de atendimento – Lançar dados de veículos nas mais variadas situações ...................................................................................................................................................37 Figura 12 – Gerar ocorrências............................................................................................................ 38 Figura 13 – Status da ocorrência ....................................................................................................... 40 10 LISTA DE TABELAS Tabela 01 – Quadro de produtividade depois de abastecido pelo SIAE ...................................... 28 11 LISTA DE SIGLAS ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações BO Boletim de ocorrência BPM Batalhão de Polícia Militar BUSINESS INTELLIGENCE SOURCE Fonte de inteligência de negócios CIPM Companhia Independente de Polícia Militar CMDO Comando COB Centro de Operações do Bombeiro COPOM Centro de Operações Policiais Militares CRPM Comando Regional de Polícia Militar FREEWARE Gratuito KETTLE Chaleira OFF-LINE Fora da linha ON-LINE Em linha ON-PREMISE No local ON-THE-GO Em movimento OPM Organização Policial Militar PM/1 Seção administrativa PMGO Polícia Militar do Estado de Goiás POP Procedimento Operacional Padrão SGT Sargento SIAE Sistema Integrado de Atendimento a Emergência SICAD Sistema de Controle Administrativo SISCOP Sistema de Controle Operacional SOP Seção operacional SSPGO Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás TEN Tenente TI Tecnologia da informação VTR Viatura 12 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................13 1.1 OBJETIVOS..............................................................................................................15 1.1.1 Geral .......................................................................................................15 1.1.2 Específicos...............................................................................................15 1.2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO................................................................................15 1.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO................................................................................16 1.4 ESTRUTURA DO TRBALHO..................................................................................16 2. REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................................18 2.1. SISTEMA DE INFORMAÇÃO: IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS IMPLANTADOS NA POLICIA MILITAR DE GOIÁS...........................................18 2.1.1. Importância das Ferramentas de Suporte e gerenciamento de Dados.....19 2.1.1.1. Uma visão básica da gestão pública no estado de Goiás e na secretaria de segurança pública..........................................................................................20 3. BREVE HISTÓRICO DA POLÍCIA MILITAR DE GOIAS..............................................21 4. EMERGÊNCIA 190: A PRIMEIRA FERRAMENTA PARA A INSERÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO COMBATE AO CRIME.......................................................................23 4.1. PROJETO DEFOS E PENTAHO: VISÃO GERAL...........................................26 4.1.1. Sistema Integrado de Atendimento a Emergência – SIAE......................28 4.1.1.1. Atendimento e utilização do operador na coleta e lançamentos de dados no SIAE...................................................................................................31 5. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................................40 5.1. ANÁLISE DOS RESULTADOS........................................................................41 5.1.1. Gestão de Tecnologia da Informação na 11ª CIPM................................43 5.1.1.1 A Tecnologia da Informação dentro do Policiamento Tradicional.......43 5.2. RELEVÂNCIA DO SIAE PARA A SEGURANÇA PÚBLICA E SEUS OPERADORES..........................................................................................................44 6. RESULTADOS....................................................................................................................45 7. DISCUSSÃO........................................................................................................................46 8. CONCLUSÃO......................................................................................................................48 REFERÊNCIAS........................................................................................................................50 APÊNDICES.............................................................................................................................53 13 1. INTRODUÇÃO Neste trabalho iremos enfatizar a importância da tecnologia da informação, como ferramenta de suporte ao combate da criminalidade no estado de Goiás, através da implementação de projetos tecnológicos voltados para o gerenciamento de dados estatísticos tais como: elaboração de planilhas com base na quantidade de atendimentos (reativos e proativos) realizados pela Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), sendo possível, por exemplo, consultar quantas ocorrências de determinadas naturezas foram registradas em um período em uma ou várias Organizações Policiais Militares selecionadas. O objetivo primordial do estudo é a apresentação do Sistema Integrado de Atendimento à Emergência (SIAE), como ferramenta essencial e mais adequada às necessidades emergenciais do serviço operacional da Polícia Militar de Goiás, dado as demandas cada vez maiores devido à escalada paulatina da criminalidade. A importância do tema fica a cargo do grande desafio dos organismos de segurança pública no combate sistêmico e eficaz da criminalidade. Consubstanciado a essa premissa, cada operador de segurança pública deve pautar por adquirir conhecimento técnico profissional e científico, para que os resultados sejam revertidos em benefícios às necessidades sociais de nossas comunidades, melhorando assim os resultados institucionais no cumprimento da missão. Portanto, a relevância e a necessidade da implementação de tecnologias que auxiliem e colaborem para a atividade fim da Polícia Militar que é de cunho preventivo, crescem a cada dia. O SIAE por ser um sistema de fácil entendimento e operação torna-se uma ferramenta indispensável ao cotidiano policial, sendo necessária a sua difusão que ainda acontece de forma tímida. O Projeto foi criado em 2007, mas só veio a ser desenvolvido amplamente em 2010, em virtude de esforços conjuntos da Gerência de Análise de Informações e a AIT, ambas da Secretaria da Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP/GO). O SIAE abastece o Sistema de Controle Operacional (SISCOP), cuja implantação está sendo realizada na Polícia Militar de Goiás e é conhecido como “sistema do reloginho”. A utilização do SISCOP não requer instalação de qualquer programa no computador e nem alimentação manual de dados, bastando apenas uma conexão com internet. Todas as informações são buscadas automaticamente no banco de dados do SIAE, utilizado pelos plantonistas do Centro de Operações Policiais Militares (COPOM). Essa atualização automatizada é realizada a cada dez minutos. 14 O SIAE abastece também o DELFOS/PENTAHO, um sistema para emissão de dados estatísticos, que é alimentado automaticamente toda segunda-feira. As demandas de informações entre as polícias estaduais, que nem sempre possuem um sistema interligado necessitam urgentemente de aprimoramento e tecnologias que ajudem em sua atividade fim, que no caso da Polícia Militar é o policiamento ostensivo/preventivo e a manutenção da ordem pública, conforme preconiza a carta magna que ampliou a competência deste órgão. Porém, o que foi alterado não ajudou na transformação do método tradicional que atualmente vem se mostrando pouco eficaz. As missões globais não foram atendidas de forma coesa ao longo dessas duas décadas pós-constituição na rotina de suas atividades, entretanto, a Polícia Militar continua a desempenhar o policiamento ostensivo e a manutenção da ordem pública. Com isso, o papel de ferramentas tecnológicas que auxiliem no policiamento tradicional pode e deverá surtir efeitos positivos para sociedade. Desenvolvê-las e aprimorá-las torna-se para a instituição uma premissa, haja vista o aumento vertiginoso da criminalidade. São tecnologias como SIAE e SISCOP que ajudarão não só na coleta substancial de dados como no controle operacional e ainda mensurar a criminalidade delimitando as áreas criticas, o que ajudará os comandantes em toda a estrutura planejarem operações que ensejam o combate sistêmico da criminalidade através dos vários tipos de policiamento constantes nas polícias militares. De acordo com Teza: “A inércia da grande maioria das polícias militares provocou perda de tempo e, o que é mais preocupante, deixou terreno fértil a uma legião de especialistas no assunto e de autoridades desinformadas que, aproveitando-se da situação, iniciaram uma série de entendimentos equivocados a respeito. [...] é [...] lamentável, [...] que, por falta de entendimento da amplitude da missão, as polícias militares acabam, em suas ações, concentrando na repressão seu foco principal de atuação, abandonando quase por completo a sua grande e legal vocação, que é a de prevenção de crimes, delitos ou desordens”. (TEZA, 2011, p. 104 -5). A criação destes sistemas é um pequeno passo para que as informações coletadas através do número de emergência 190 que alimenta o SIAE e respectivamente o SISCOP fomentem a forma de empregar a tropa nas mais variadas ocorrências sejam elas reativas ou proativas que é o principal objetivo do sistema, prevenir antes que o crime aconteça. Entretanto a difusão e conhecimento por parte da tropa sobre o SIAE ainda é diminuto o que deve ser corrigido, pois os possíveis operadores do sistema saíram dentre eles, tornado 15 imprescindível o policial conhecer técnicas de realização de coleta, processamentos e análise de dados criminais e administrativos. Conhecer as diversas formas de coletas de informações, ou seja, toda a estrutura organizacional deve conhecer como se opera o SIAE. 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Geral Conhecer o Sistema Integrado de atendimento à Emergência (SIAE) em que medida o sistema pode ser considerado uma ferramenta tecnológica de auxílio adequada ao serviço operacional da Polícia Militar de Goiás. 1.1.2 Específicos a) Apresentar aos policiais o sistema e sua funcionalidade; b) Investigar o papel dos operadores do sistema e o nível de conhecimento destes sobre o SIAE; c) Averiguar até onde o sistema influenciará no auxílio de combate à criminalidade; d) Discutir sobre a difusão do sistema a todos os policiais militares em toda a sua estrutura; e) Analisar os resultados obtidos na pesquisa e questionário, a fim de subsidiar o comando da corporação na melhor aplicação de ferramentas tecnológicas no âmbito da organização. 1.2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO A Polícia Militar até por sua tradição sempre utilizou o policiamento tradicional, sustentados pela a hierarquia e disciplina que são as bases de organizações militares. Contudo o desenvolvimento de tecnologias que auxiliem estas forças no combate à criminalidade, não abandonando formas que até o presente momento obtiveram sucesso, estará agregando maior eficácia a suas ações repressivas e proativas. A segurança pública, dentro de um complexo universo, é um bem público, que objetiva o atendimento de ocorrências com qualidade, contribuindo assim para a diminuição da criminalidade, em atenção às demandas sociais que clamam por segurança dado o aumento vertiginoso de crimes no país. 16 Entretanto, temos consciência que o investimento em tecnologias da informação nas policias é ínfimo, o que contribui para a depreciação do serviço e da classe. Assim, analisar as questões referentes a projetos empreendedores de implantação de ferramentas tecnológicas que auxiliem o policial militar no combate sistêmico da criminalidade com o fito de levar a sociedade excelência no serviço de segurança pública, mesmo que de forma tímida, é de grande relevância para um acadêmico de curso de Administração Pública. As razões diversas que justificam a realização desse trabalho estão balizadas nos poucos estudos acerca do tema e a pouca difusão no seio da tropa de benefícios tecnológicos que de alguma forma os alcançarão, bem como levar ao conhecimento de todos os operadores do sistema que serão responsáveis pela coleta de dados a necessidade de seu empenho para otimização do sistema que por ele será alimentado. 1.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO O tema vai de encontro ao uso do Sistema Integrado de Atendimento a Emergência (SIAE), como sendo no momento uma ferramenta adequada às necessidades emergenciais do serviço operacional da Polícia Militar de Goiás no combate criminalidade. Não há neste estudo a pretensão de impor aos policiais o conhecimento desta ferramenta ou ao comando a difusão dele, o que seria o mais adequado. O estudo e as pesquisas objetivam, principalmente, as ferramentas tecnológicas nos órgãos de segurança pública como sendo essenciais nos tempos modernos não só para o controle operacional, mas para a humanização do atendimento a sociedade representada por usuários que necessitam de uma polícia equipada, motivada, conhecedora de suas atribuições e que tenha um papel social de proximidade e respeito com o cidadão. 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO O trabalho estrutura-se em oito capítulos. O primeiro capítulo é dedicado a Introdução, onde discorre: o tema, os objetivos gerais e específicos, a justificativa do estudo e delimitação do estudo, bem como a estrutura do trabalho. No segundo capítulo encontra-se a revisão da literatura e a fundamentação teórica com os tópicos sobre Sistema de informação: importância dos sistemas implantados na polícia militar de Goiás, Importância das ferramentas de suporte e gerenciamento de dados e uma visão básica da gestão pública no estado de Goiás e na secretaria de segurança pública. 17 O capítulo terceiro faz um breve histórico da Policia Militar do Estado de Goiás desde sua criação, elencando a sua missão, visão e valores. O quarto capítulo discorre sobre o atendimento de emergência 190, que é o número mais acionado no país, e dos sistemas dele advindos, como o Projeto DELFOS/PENTAHO, Sistema Integrado de Atendimento a Emergência (SIAE) e o atendimento e utilização do operador na coleta e lançamento de dados no SIAE O capítulo quinto traz a metodologia e os materiais utilizados na elaboração do trabalho e as informações sobre o tipo de pesquisa, fontes de coleta de dados, assim como os meios utilizados na coleta e análise dos resultados, gestão de tecnologia da informação na 11ª CIPM, a tecnologia da informação dentro do policiamento tradicional e relevância do SIAE para a segurança pública e seus operadores. O capítulo sexto expõe os resultados do trabalho, objeto deste estudo, mostrando que o Sistema Integrado de Atendimento a Emergência (SIAE) é uma ferramenta mais adequada às necessidades emergenciais do serviço operacional da Polícia Militar de Goiás. No sétimo capitulo discutimos que o SIAE tem que ser difundido para todo o efetivo, visto que eles serão os fomentadores de dados do sistema. Ressaltamos a importância de se promover a especialização dos operadores através de palestras, cursos e workshops contribuindo assim para a transformação e o êxito da organização. Essas ações possibilitam que a segurança pública tenha a oportunidade de unir métodos e técnicas policiais de sucesso com tecnologias e ferramentas tecnológicas visando uma contribuição de forma decisiva para a diminuição dos índices de criminalidade. As conclusões apontam o SIAE como uma ferramenta tecnológica de auxílio mais adequada às necessidades emergenciais do serviço operacional da Polícia Militar de Goiás mostrando-se bastante eficaz nas rotinas policiais, principalmente na coleta de dados que subsidiarão outros sistemas que poderão viabilizar a obtenção de metas, estatísticas e ainda mensurar a migração do crime. A tecnologia da informação inserida ao policiamento tradicional como ferramenta no combate a criminalidade é um caminho certo e líquido. O Sistema Integrado de Atendimento a Emergência (SIAE) evidenciou esta possibilidade. No entanto, mudanças organizacionais requerem planejamento, e, dessa forma, imbuir, especializar e valorizar o policial militar é primordial para que toda essa dinâmica se harmonize e chegue ao objetivo principal que é o atendimento otimizado das demandas da sociedade e a queda nos índices de criminalidade. 18 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. SISTEMA DE INFORMAÇÃO: IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS IMPLANTADOS NA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS Os sistemas de informação corrigem o abismo que existia na forma de como os dados transitavam nos organismos da segurança pública, que mantinham modelos arcaicos de integração geralmente por telefone, papéis ou fax, remetendo-os hoje a qualidade, eficiência e confiabilidade, pois aumentam a capacidade dos órgãos de segurança pública nas tomadas de decisão. Esta integração que geram os SI, fortalecem a forma de como cada órgão estabelece os seus sistemas, mas sempre convergindo para troca de informações entre todos, gerando um melhor desempenho funcional que capacita no combate à criminalidade, diminuindo a probabilidade de erros, acesso confiável aos dados, sua privacidade tendo em vista que as informações em tempo real aperfeiçoam os processos decisórios. Segundo CORNACHIONE (2001), um sistema de informação é uma coleção de recursos humanos e tecnológicos, físicos ou não, que se constituem na base de suporte das atividades de uma organização que tem como objetivo alimentar os usuários com informações requeridas e em tempo hábil. O SIAE é uma ferramenta tecnológica que tem em seu escopo a simplicidade de coleta de dados e também de sua inserção em planilhas. Basicamente o primeiro contato para o abastecimento do SIAE continua sendo de forma tradicional e real com atendente sendo acionado pelo telefone de emergência 190 e a partir deste contato o sistema é abastecido com a maior gama de dados para que aquele atendimento aconteça de maneira rápida, humana objetivando a inclusão do cidadão a um atendimento de excelência respeitando as suas particularidades ou condição social. Segundo Furtado: [...] participação em projetos que envolvem aplicações de Tecnologia da Informação (TI) não requer dos profissionais de segurança, necessariamente, conhecimentos profundos de informática. No entanto, é fundamental que os conceitos básicos de sistemas de informação, TI e de sua gestão estejam disseminados na organização para que se potencialize sua aplicação. (FURTADO, 2002, p. 23). 19 A Polícia Militar de Goiás, mesmo que de forma tardia, entra definitivamente no importante mundo da tecnologia da informação. O advento das leis de acesso à informação e demais que regulam o assunto, o estimulo a TI no âmbito da segurança pública tem transformado de forma crucial este segmento da administração pública. De acordo com Justino, Cisse e Abacar: A atuação das instituições responsáveis pela Segurança Pública em suas atividadesfim necessita de dados confiáveis sobre a prática de atos ilícitos. Da mesma forma, também é necessário o equipamento dos órgãos de controle interno para a atividade de correção de possíveis desvios no interior dessas instituições, especialmente por elas lidarem com a aplicação legal da força física. Uma questão de grande relevância para responder à dúvida sobre quem vigia os guardiões. (JUSTINO; CISSE; ABACAR, 2012, p. 251). 2.1.1. Importância das Ferramentas de Suporte e Gerenciamento de Dados Ferramentas de suporte aliadas a um bom gerenciamento de dados agregam à organização dinamismo e eficiência, além de poder disponibilizar dados de todos os órgãos da segurança integrando os sistemas utilizados. Possibilita fisicamente que os bancos de dados mesmo com estruturas diferentes, possam organizar e manipular os conhecimentos e as informações adquiridas. De acordo com PINTO (2005, p. 42), “a verdade é que há serviços que representam o interesse coletivo e não podem ter paralelos, sob o risco de se espalhar a injustiça e a insegurança pública”. Ainda disponibilizar ferramentas e ambientes de integração que possibilitem uma visão ampla dos dados das diferentes origens com uma consequente produção de conhecimento agregado, padronizando a captação de dados de registros de ocorrências que atenda as necessidades da estrutura de segurança pública no serviço prestado a população. Na visão de Selhorst: O principal objetivo de um sistema de informação é atender ás necessidades de obtenção, armazenamento, tratamento, comunicação e disponibilização de informação da organização em todas as áreas funcionais, integrando os níveis hierárquico com informações para definição de estratégias, gerenciamento tático e controle operacional, atendendo aos usuários internos e externos da organização. (SELHORST, 2008, p. 20) 20 Gerenciar um banco de dados que é o conjunto de informações que deve estar atualizado impreterivelmente e mantê-lo é fator primordial na área de segurança pública. Entretanto há que estar atento para que problemas pontuais como a falta de recursos, de estratégia, de manutenção e mesmo de um profissional qualificado que conheça como alimentá-lo não atrapalhe no processo de análise, no cruzamento de informações para que o objetivo deste tipo de ferramenta de suporte alcance um alto nível de excelência. 2.1.1.1 Uma visão básica da gestão pública no estado de Goiás e na secretaria de segurança pública O estado de Goiás possui 246 municípios e todos possuem uma organização administrativa pautada na constituição brasileira, sendo que, há sempre leis complementares relacionadas ao estado e aos seus municípios. Com cerca de seis milhões e meio de habitantes o estado de Goiás é governado por um partido que faz oposição ao governo federal e sua principal atividade é agricultura, a pecuária e a indústria. Com sua capital em Goiânia, a gestão pública terá seus principais meios delimitados nesta cidade, que concentra os principais órgãos e secretarias. A administração goiana conta com 41 deputados estaduais que verificam as necessidades do estado e a divisão necessária para o funcionamento de cada município, seguindo as leis que regem este processo. Segundo Selhorst: O poder público não é um acionista, mas seu oposto. Sua “retirada” e a sua “fração” sobre o serviço público não estão na proporção de sua riqueza (em ações), mas da sua necessidade e de seu direito legal. Muitas vezes o contribuinte mais frequente e vultoso não é dos que mais se beneficiam do serviço público. Ou pelo menos não é esta a lógica que dirige a distribuição dos bens públicos. (SELHORST, 2008, p. 20). A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Justiça, responde pela formulação da política estadual de segurança pública, visando à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Também é de sua responsabilidade a execução das atividades voltadas para a proteção dos direitos humanos e do consumidor, de defesa do meio ambiente, de segurança do trânsito urbano ou em rodovias, ferrovias e aquavias estaduais, de 21 identificação civil, de administração prisional e, especialmente, por intermédio dos órgãos a ela subordinados, a execução das seguintes funções: 1. Polícia Civil: atividades de polícia judiciária e apuração das infrações penais, exceto as militares; 2. Polícia Militar: policiamento ostensivo e preservação da ordem pública; 3. Corpo de Bombeiros Militar: atividades de defesa civil e exercício do poder de polícia sobre instalações, visando à proteção contra incêndio e pânico. O órgão que viabiliza o presente estudo é a Polícia Militar do Estado de Goiás, identificando as tecnologias utilizadas no seu cotidiano e qual a ferramenta mais adequada às necessidades emergenciais do serviço operacional. 3. BREVE HISTÓRICO DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS Em 28 de julho de 1858, o então presidente da província de Goyaz, Dr. Januário da Gama Cerqueira, sancionou a Resolução nº 13, criando a Força Policial de Goyaz, com ação limitada à capital da província (Vila Boa), Arraia e Palma, fixando seu efetivo em: 01 Tenente João Pereira de Abreu, Alferes Aquiles Cardoso de Almeida e Alferes Antônio Xavier Nunes da Silva, 02 sargentos, 01 Furriel e 41 praças. Com a criação da força policial, vários civis foram contratados para o policiamento local. Sem qualquer instrução e com disciplina precária, eles não possuíam qualquer garantia e só recebia do governo uma pequena diária de ajuda de custo. Usavam como arma apenas um pedaço roliço de madeira (tipo cassetete), que representava o símbolo do poder da Justiça e podiam ser indicados na hora de efetuar uma prisão ou diligência, ou defender alguém de uma agressão. Sem fardamento, nem armas privativas, eles passavam posteriormente a ser escolhidos pelas demonstrações de coragem e por critérios estabelecidos pelos próprios Delegados. Para sediar a Força Policial foi adquirida pela fazenda Provincial, em junho de 1863, uma área de 724m², comprados dos herdeiros do finado Coronel João Nunes da Silva, destinada à construção do primeiro Quartel da Força Policial de Goyaz, que abrigou o Comando da Corporação de 1863 á 1936, e atualmente é a sede do 6º BPM na Cidade de Goiás. Os anos se passaram e nossa força policial começou a ter uma participação ampliada de todas as casualidades que surgiram na região centro-oeste. Em 1865, o Paraguai invadiu o 22 Mato Grasso, tendo assim uma guerra entre as províncias. A participação dos recrutas goianos nesta guerra foi importantíssima, apesar de não terem enfrentado os invasores paraguaios. Eles eram encarregados do fornecimento de víveres às tropas estabelecidas às margens do Rio Coxim, além de abastecer os diversos acampamentos distribuídos ao sul e ao norte de Mato Grosso. A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889 inicia uma nova fase política que dá maior autonomia aos Estados e, consequentemente, às Polícias, que tiveram de se amoldar às necessidades impostas pelo novo regime e pela nova constituição. Com o aumento da produção econômica de Goiás, nas primeiras décadas do século XX, tudo se transformou e em consequência dessas mudanças a Polícia goiana, antes denominada Força Policial de Goyaz, foi totalmente reestruturada passando a ser chamada Polícia Militar do Estado de Goiás. A história da Polícia Militar do Estado de Goiás apresentou grande crescimento ao longo dos mais de 155 anos de existência, se tornando “Patrimônio dos Goianos”, e para essa evolução foi necessário o aumento constante do efetivo que gerou a criação de várias unidades na capital e interior. Recentemente, foi elaborado um estudo aprofundado da descentralização de Comandos que resultou a aprovação da nova metodologia de comando na corporação e foi decretado de imediato a descentralização do Comando de Policiamento do Interior e da Capital. Os antigos CPI e CPM se dividiram em Comandos Regionais. A descentralização em Regionais permite que a Política do Comando Geral da Polícia Militar seja transmitida com maior agilidade, e os problemas sejam detectados e administrados de acordo com as necessidades, tratando especificamente e prioritariamente cada situação na medida exata e com as providências necessárias e atuantes. Esta forma de descentralizar o Comando Operacional dá ao Coronel o poder de decisão e ao mesmo tempo agiliza a resolução de quaisquer questões na sua área de atuação, foi um passo para a modernidade ocasionando a segurança pública para os goianos com mais qualidade. Hoje em nosso Estado existem 18 Comandos Regionais. O atual Comandante Geral da Polícia Militar de Goiás, o Coronel Sílvio Benedito Alves, afirma que “os tempos modernos exigem decisões dinâmicas e ágeis na área de Segurança Pública e a regionalização com base na realidade dos fatos, visando às peculiaridades de cada região do Estado”. 23 O maior patrimônio de uma instituição é a confiança que transmite a quem a ela recorre e a nossa Polícia Militar apresenta esse atributo, fruto de uma tradição secular recheada por um trabalho intenso, árduo e competente para a garantia da segurança e da cidadania. A Polícia Militar do Estado de Goiás é dona de uma história que a dignifica e com isso é motivo de orgulho a sociedade goiana que com ela convive. Em 28 de julho de 2014 ao completar 156 anos de existência, a Milícia Goiana disciplinada e dinâmica, tem como objetivo principal à apresentação de méritos, a protagonizar importante página da história da civilização do nosso Estado. 4. EMERGÊNCIA 190: A PRIMEIRA FERRAMENTA PARA A INSERÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO COMBATE AO CRIME A partir de sua criação em 1981, o número para chamadas de emergências 190, objetiva a prestação de serviços em todo território nacional, a pessoas que precisem de intervenção, auxílio e suporte da Polícia Militar para mediação de conflitos. A ligação é gratuita e a ANATEL padronizou o número em todo o país. O serviço tem o fito principal de facilitar a vida do cidadão, que em trânsito não precise decorar telefones diferentes, contudo terá um código mais simples para lembrar quando precisar. Todas as ligações recebidas pelo número de emergência 190 são atendidas por um Policial Militar e assim que uma pessoa liga seu telefone é registrado em umidentificador de chamadas. A duração média das conversas é de três minutos, tempo necessário para coleta e checagem de dados. O atendente aciona o setor de controle e despacho, que é responsável por encaminhar as viaturas para atender a ocorrência. Todos os casos são arquivados no Centro de Processamento de Dados, órgão de tecnologia de informação da PM. O áudio da ligação fica gravado e é guardado por tempo indeterminado. Na Polícia Militar de Goiás esse contato chega ao Centro de Operações Policiais Militares (COPOM), que é por onde toda a sociedade mantem o primeiro contato para o atendimento de suas demandas, tornando-o o cartão de visitas da instituição. O COPOM foi instituído pela Lei nº 8.125 de 18 de julho de 1976, que dispõe sobre a organização básica da Polícia Militar de Goiás, portanto o COPOM insere-se na estrutura organizacional da Corporação como um órgão de apoio de grande visibilidade e importância. Neste viés urge a necessidade de aliar os antigos métodos de acionamento da Polícia Militar a 24 novas tecnologias que consigam suprir a atividade fim da polícia com a eficiência e eficácia pretendida pela sociedade. A Polícia Militar de Goiás instituiu através da Portaria nº 678/03 – PM/1, o Procedimento Operacional Padrão (POP), que consiste na uniformização das atividades operacionais, padronizando todos os processos produtivos desde o atendimento telefônico de emergência a atividade fim da corporação que é o policiamento ostensivo e preventivo e manutenção da ordem pública. De acordo com Constituição Federal o: Art. 144, § 5º, da C.F, disciplina que, “Às policias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil”. (BRASIL, 1988). Devido o teor do procedimento e a fim de resguardar os direitos autorais e os planos e operações nele contido o comandante geral da PMGO, regulou através da Portaria nº. 720/2010 – PM/1o grau sigiloso RESERVADO sobre divulgação do POP. Mas basicamente os procedimentos do atendimento de emergência 190 seguem a seguinte dinâmica: O atendimento telefônico - cidadão liga para o telefone de emergência 190, seus dados e o de sua emergência são coletados pelo atendente conforme preconiza o POP; Despacho – Dentro do grau de prioridades a ocorrência é passada para a equipe de radio patrulha ou similar, através de radio, telefone funcional ou mídia móvel pelo despachante; Deslocamento da viatura - A guarnição anota dados da ocorrência e procedem ao deslocamento conforme preconiza o POP. Chegada ao local - Comandante da guarnição comunica, via rádio, a chegada ao local da ocorrência para o despachante, repassa dados relevantes que ainda não tenham sido coletados para o lançamento no SIAE, a fim de gerar o numero de ocorrência. Preenchimento do Boletim de Ocorrência – Após os procedimentos necessários ao bom atendimento da ocorrência, o BO constara o numero da ocorrência, natureza, dados dos envolvidos, bem como os objetos e o histórico dos fatos, que depois será repassado ao COPOM para finalização da mesma. Mesmo com o advento de ferramentas tecnológicas que auxiliem o trabalho policial no atendimento de ocorrências o número de emergência 190 continua sendo a forma mais eficaz 25 de contato com a polícia militar, o cidadão no atendimento de suas demandas e até para adquirir informações, mesmo as que não são competência deste órgão, sentem-se mais seguros quando em contato com o policial que mesmo estando do outro lado da linha remente a sensação de segurança pretendida pelo usuário. O contato parece ficar mais humanizado, tendo em vista que o usuário ao ligar, está em flagrante emergência ou pelo menos é o que se presume, cabe ao atendente não só o uso da boa educação peculiar à vida em sociedade, mas também a utilização de técnicas que aperfeiçoem o atendimento de forma que a coleta de dados, mesmo em um momento de crise, seja feita com maior numero de elementos possíveis. Primando ainda pela paciência, perspicácia e acima de tudo calor humano, o atendimento deve ser feito para que o usuário possa tranquilizar-se e cooperar com a informação dos dados, que é o que vai culminar com o sucesso e eficácia no atendimento da ocorrência. Muitas ocorrências podem também serem resolvidas pelo simples contato no telefone de emergência 190, pois é comum nos COPOM’s os atendentes receberem denuncias, pedidos de informação e até relatos de pessoas com problemas alheios ao serviço policial que ligam para expor suas frustrações, traumas e mesmo informar sobre sua intenção de suicidar-se, contudo o atendente consegue dissuadir esta pessoa a lhe passar informações e até mesmo o endereço para que equipes do serviço operacional de rua cheguem ao local a tempo de impedir tal ato. Cabe ressaltar, porém, que esse serviço sofre sérios transtornos com os trotes que são frequentes ora por falta de conscientização da população, ora por falta de controle por parte de responsáveis por crianças que é quem gera a maioria dos trotes. Entretanto o número de emergência 190 está longe de ser aposentado, pois é uma ferramenta de interação entre Policia Militar e sociedade. Não seria leviano dizer que esta é a primeira ferramenta tecnológica da Polícia Militar que auxilia o serviço operacional através da coleta de dados da demanda social, portanto deve aperfeiçoar-se como ferramenta para que ao atendimento ao público seja feito com a excelência e os sistemas que serão alimentados a partir deste contato tenham dados suficientes para o apoio operacional, estatístico e contribua respectivamente para o êxito da atividade fim da Polícia Militar em favor da sociedade. A tecnologia da informação inserida ao policiamento tradicional como ferramenta no combate à criminalidade é um caminho certo e líquido e o Sistema Integrado de Atendimento a Emergência (SIAE) evidenciou esta possibilidade. Mudanças organizacionais requerem planejamento, no entanto imbuir, especializar e valorizar o policial militar é primordial para que toda essa dinâmica se harmonize e chegue ao objetivo principal que é o atendimento otimizado a sociedade e a queda nos índices de criminalidade. 26 4.1. PROJETO DELFOS E PENTAHO: VISÃO GERAL Projeto DELFOS é uma ferramenta de data mining que os órgãos de segurança pública têm utilizado com grande interesse. O Projeto nascido em 2007 só veio a ser desenvolvido amplamente em 2010 em virtude de esforços conjuntos da Gerência de Análise de Informações e a AIT, ambas da Secretaria da Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP/GO), resultado de uma customização na Plataforma freeware PENTAHO BUSINESS INTELLIGENCE SOURCE. O PENTAHO oferece ferramentas potentes de análise de informações, monitoramento de indicadores e data mining para que as organizações inovem o uso da informação, atingindo benefícios expressivos de eficiência e eficácia. O software integraliza uma plataforma de TI desenvolvida, distribuída e implantada como Open Source e expõe grande maleabilidade e independência de plataformas, alta confiabilidade e segurança a um custo mínimo de implantação e manutenção. O PENTAHO tem como força a integração de dados casais com análise de negócios em uma plataforma moderna que reúne TI e usuários de negócios para facilmente acessar, visualizar e explorar todos os dados de resultados impactantes nos negócios. O uso pode ser como um conjunto completo ou como componentes individuais que podem ser acessados onpremise na nuvem ou on-the-go (móvel). Pentaho Kettle permite Tecnologia de Informação e desenvolvedores de acessar e integrar dados de qualquer fonte e entregá-lo a seus aplicativos de negócios, tudo a partir de uma ferramenta gráfica intuitiva e fácil de usar. A ferramenta foi exposta aos operadores de segurança pública, desde o acesso do usuário até a manipulação dos dados básicos que podem ser extraídos dos esquemas e cubos da Polícia Militar e Polícia Civil, bem como a exportação dos dados para o editor de planilhas, em especial o Microsoft Excel, com noções básicas sobre a confecção de gráficos para melhor apresentação visual da informação. O Exemplo abaixo ilustra o funcionamento do projeto que servirá de base para coleta de dados do SIAE que alimentará respectivamente o SISCOP e o DELFOS/PENTAHO: 27 Figura 1: Mapa de coleta de dados do SIAE Fonte: Comando de Tecnologia da Informação (CTI). Figura 2: Sala do Sistema de Controle Operacional (SISCOP). Fonte: http://www.ssp.go.gov.br/noticias/ssp-tera-moderna-central-de-monitoramento.html 28 PRODUTIVIDADE – 1º QUADRIMESTRE/2014 (ESTADO DE GOIÁS) Tabela1: Quadro de produtividade depois de abastecido pelo SIAE. PRODUTIVIDADE 1º QUADRIMESTRE 1º QUADRIMESTRE DIFERENÇA % 2013 2014 Abordagens Operações policiais Apreensões de drogas 173.060 9.831 1.888 188.724 14.473 2.052 15.664 4.642 164 9,1 47,2 8,7 Apreensões de armas de fogo Foragidos recapturados 841 1.025 184 21,9 1.059 1.362 303 28,6 Veículos recuperados Visitas comunitárias Visitas em escolas Visitas solidárias 3.719 74.813 13.085 2.587 4.792 88.677 16.691 3.048 1.073 13.864 3.606 461 28,9 18,5 27,6 17,8 ABSOLUTA Fonte: Sistema Delfos/Comando de Tecnologia da Informação (CTI). 4.1.1. Sistema Integrado de Atendimento a Emergência – SIAE Em 2006 a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP/GO), com recurso de convênio junto a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), adquiriu o Sistema Integrado de Atendimento a Emergências (SIAE). O Recurso veio destinado à integração entre órgãos da segurança pública, sendo uma verba destinada à construção de um Centro Integrado de Atendimento a Emergências e outra verba destinada à aquisição de um Sistema Integrado de Atendimento a Emergências (SIAE). Assim, em meados de 2006 o Centro de Operações Policiais Militares (COPOM) da Capital, juntamente com o Centro de Operações dos Bombeiros (COB) e o órgão da Polícia Civil se mudou para o Centro Integrado de Atendimento a Emergências e passaram a utilizar o SIAE para controle e registro de ocorrências. O COPOM da Capital já utilizava um sistema caseiro, que atendia às necessidades mínimas do COPOM, mas sem capacidade de expansão. Segundo Hipólito: “No plano preventivo, as Polícias Militares continuam investindo grande parte de seus esforços no policiamento ostensivo em suas mais diversas formas, mas, principalmente, o motorizado, como forma de dissuasão de possíveis praticas delituosas, deixando sistematicamente de utilizar de diversas ferramentas enquanto policia ostensiva. Isto porque não há delineamento pragmático mais amplo e 29 complexo para a atuação da polícia ostensiva na preservação da ordem pública além do policiamento ostensivo”. (HIPÓLITO, 2007, p. 33) Com o novo SIAE, após dois anos iniciais de utilização do sistema e aperfeiçoamento do mesmo, iniciou-se a expansão pelo interior. No ano de 2009 o SIAE tornou-se a ferramenta básica dos COPOMs de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis e Luziânia. Figura 3: Tela de abertura do Sistema Integrado de Atendimento a Emergência (SIAE) Fonte: Gestão de Sistemas Operacionais PMGO. Em 2010 uma atualização do sistema foi feita com a mudança da tecnologia, onde se iniciou a utilização do SIAE2 ou SIAE2010 ou simplesmente, SIAE. O novo SIAE, que substituiu a primeira versão é uma ferramenta que roda em plataforma web, e não requer instalação de qualquer programa no computador. O SIAE2010 tornou-se uma ferramenta independente do Sistema de Controle Administrativo (SICAD), e com isso foi entendido como uma ferramenta mais adequada às necessidades emergenciais do serviço operacional. O sistema controla os dados operacionais da Polícia Militar de Goiás, fomentando o emprego de policiais nos mais variados entendimentos: Sistema de controle de dados operacionais da PMGO: Entrada e Saída de Serviço; Registro de Ocorrências; Registro de Proatividade; 30 Empenho de Viaturas; Emissão de Extrato de Ocorrências; Consulta de Antecedentes junto a PMGO; Emissão de relatórios básicos; Banco de dados para análise criminal através de programas específicos como o DELFOS; Tais mudanças permitiram a expansão da utilização da ferramenta pelo restante do Estado, e para tanto foi criada uma seção para fazer a Gestão do Sistema, no que tange a treinamento, divulgação, fiscalização do efetivo envolvido, bem como acompanhamento e evolução do sistema. Hoje, com exceção do Comando Ambiental, todos os Comandos Regionais de Polícia Militar (CRPM) utilizam o SIAE como ferramenta de registro de ocorrência, o que integrou o banco de dados operacionais da PMGO. Alguns CRPMs fazem registro de todas as ocorrências de sua área, como é o caso do 4º CRPM. Outros, ainda em fase de implementação, fazem o registro apenas nas cidades sede de Unidades Independentes (Batalhão de Polícia Militar - BPM e Companhia Independente de Polícia Militar - CIPM). Novas mudanças ainda devem ser realizadas, mas com o banco de dados operacionais sendo alimentado há anos em praticamente todo o estado, é possível investir em ferramentas de TI. Com esse investimento, será possível aproveitar os dados que foram unificados de modo a combiná-los inteligentemente para uma fundamentada análise criminal. O SIAE, podemos concluir, funciona como o alicerce construído para que os dados estatísticos da PM possam ser estudados de maneira inteligente e integrados, ao alcance dos comandos locais, regionais, Comando Geral e logo com os demais órgãos da segurança pública do estado. 4.1.1.1 – Atendimento e utilização do operador na coleta e lançamento de dados no SIAE SIAE – Atividades do Dia-ao-Copom: ESCALA: etapa que deve ser cumprida independentemente do registro de ocorrências, para lançamento de entrada e saída de serviço das viaturas; ATENDIMENTO: 1ª etapa do registro de ocorrências ou atendimentos proativos, realizado pelo atendimento 190; 31 DESPACHO: 2ª etapa do registro de ocorrências ou atendimento proativo em que é empenhada uma viatura no atendimento/ocorrência registrado; FECHAMENTO: 3ª etapa do registro, utilizado pelo “coponista” para casos de correção de dados, adição de veículos ou pessoas envolvidas, e, digitação do Boletim de Ocorrência (B.O.). Figura 4: Quadro de atendimento Fonte: Gestão de Sistemas Operacionais PMGO. SIAE – Atendimento Off-line: Atendimento Off line é uma opção utilizado para registros realizados com atraso, trata-se de um socorro para registro de dados de períodos em que o COPOM se encontra off-line por problemas técnicos, elétricos entre outros. É também um recurso para registro de ocorrências de destacamentos e subdestacamentos (unidades do interior) repassadas aos COPOM’s com considerável atraso. No atendimento off-line é gerado o número estadual da Ocorrência. Os dados devem ser complementados no Fechamento. A tela do atendimento é utilizada para registrar todas as ligações 190, bem como as ocorrências ocasionais e atendimentos proativos. Nesta tela, são apresentados as Unidades e os Municípios para os quais o policial que está utilizando o SIAE pode registrar. Segue detalhes sobre a tela do Atendimento: 32 Figura 5: Quadro de atendimento – Cidades cadastradas Fonte: Gestão de Sistemas Operacionais PMGO. Na Aba OPERAÇÃO, opção ATENDIMENTO, é possível verificar a configuração de municípios e unidades do usuário. Só serão apresentados os municípios cadastrados para o usuário. Para a confecção da planilha, coletar e lançar o maior número de dados do solicitante e de sua demanda é de imprescindível importância. Figura 6: Quadro de atendimento – Cadastro de telefone do solicitante Nº telefone Fonte: Gestão de Sistemas Operacionais PMGO 33 Colocar o telefone do solicitante (aquele que ligou 190); No caso de ocorrência ocasional, colocar o número do funcional da viatura ou do PM de serviço; No caso de atendimento proativo, colocar o número do telefone da Seção Operacional ou do Comando Regional de Polícia Militar, ou mesmo do COPOM (daquele que determinou o atendimento proativo). Figura 7: Quadro de atendimento – Cadastro de nome do solicitante Nome solicitante do Fonte: Gestão de Sistemas Operacionais PMGO Nome do Solicitante (que ligou 190); No caso de ocasional, prefixo da viatura e nome do Comandante. Ex.: “VTR1111 – Sgt Stive”; No caso de Proativa, Seção/Autoridade que determinou o atendimento. Ex.: “SOP – Ten Fulano”; “CMDO – Cel Beltrano”; CRPM – Ordem de Serviço n. xxx”. 34 Figura 8: Quadro de atendimento – Cadastro de endereço do solicitante Endereço Fonte: Gestão de Sistemas Operacionais PMGO Endereço da Ocorrência: quanto mais completos os dados, melhor; Não tendo o nome do Logradouro, colocar alguma referência. Ex.: “Rua Principal”, “Rua da Prefeitura”. Em complemento, lançar dados do local. Ex.: “Apartamento 2”, “Escola João & Maria”, “Banco do Brasil”; Em Ponto de Referência, lançar dados dos locais próximos. Ex.: “Ao lado da Igreja”, “Atrás do Quartel”. A localização exata do fato diminui o tempo de resposta da Polícia Militar que de posse de informações coesas, poderá escolher o melhor percurso e estratégia dependendo da natureza da ocorrência, para a intervenção. Essa possibilidade torna-se maior porque o SIAE alimenta outro sistema o Sistema de Controle Operacional (SISCOP) que monitora em tempo real o atendimento prestado pela viatura empenhada, o que possibilita maior sucesso naquele atendimento. 35 Figura 9: Quadro de atendimento – Cadastro de naturezas da ocorrência • • • • No Sistema constam apenas as naturezas listadas na Portaria da PM1 que padroniza as naturezas na PMGO; O próprio sistema, também de acordo com a Portaria 0844/2010, já classifica a natureza como Proativa, se for o caso; As ocorrências com prefixo numérico de 5 dígitos são de uso exclusivo do Corpo de Bombeiros; As ocorrências da PM têm prefixo numérico com apenas 1, 2 ou 3 dígitos. Fonte: Gestão de Sistemas Operacionais PMGO Em paralelo com a forma reativa (crimes que já aconteceram) onde a Polícia Militar deve agir com o aparato necessário, ocorre outra forma de policiamento definido como preventiva, senão proativa, onde em conjunto com a comunidade, seja esta composta por cidadãos, empresas, poder público ou organizações civis, busca-se evitar que o crime aconteça. Trata-se de uma evolução no policiamento tradicional, instruindo a pessoa a ser o fiscalizador e colaborador na conquista da segurança pública. De acordo com Zenkner: Diante do crescimento quantitativo e da acentuada sofisticação dessas ações delituosas, tornou-se imprescindível a adoção de estratégias conjuntas de ação e o aprimoramento dos procedimentos de obtenção, cruzamento e centralização de informações sobre organizações criminosas. Nesse sentido, os organismos de repressão devem estar preparados para uma resposta à altura e, para tanto, têm que assumir um novo papel diante do desafio que se apresenta, buscando uma maior proximidade. (ZENKNER, 2009, p. 277). Essa parceria Sociedade/Polícia Militar, além de humanizar os serviços prestados pelos agentes de segurança pública, otimiza os resultados junto ao público externo que sempre espera por excelência na atuação de agentes e órgãos de segurança pública, objetivando o decréscimo nos índices de crimes. 36 Figura 10: Quadro de atendimento – Lançamento de dados iniciais da ocorrência • • Campo para lançamento de dados iniciais repassados pelo solicitante via 190. Ex.: “Vias de fato envolvendo dois homens, aparentemente embriagados, um deles com arma branca (faca).” Dados lançados neste campo servem apenas como informativo, e não como fonte para posterior pesquisa. Fonte: Gestão de Sistemas Operacionais PMGO. O resumo do fato serve para que o operador supra a guarnição que vai atender a ocorrência sobre possíveis intempéries que vão encontrar e também os comandantes de batalhão, companhias e quadrantes sobre a atuação de seus subordinados e o tipo de ação se é reativa ou proativa, com estas informações podem mensurar a necessidade de apoio policial, monitoramento ou visitas comunitárias ao local, posteriormente ao fato. Figura 11: Quadro de atendimento – Lançar dados de veículos nas mais variadas situações • Campo para adição de veículos envolvidos na ocorrência, tais como em: Furto de Veículos, Roubo de Veículos, Veículo Recuperado, Acidente de Trânsito. • Adicionar quantos forem os veículos envolvidos. • Se o veículo não for adicionado, a posterior consulta por PLACA não retornará a ocorrência registrada. Caso o veículo não seja adicionado por problemas técnicos, lançar os dados em RESUMO DO FATO. • CLICAR EM ADICIONAR. Fonte: Gestão de Sistemas Operacionais PMGO. 37 Esta parte do atendimento lança os dados de veículos em qualquer situação estes dados serão adicionados, para que, dependendo da natureza da ocorrência haja a possibilidade de passar a todas as unidades do estado estas informações principalmente no caso de furto ou roubo do veículo. Aumentando a chances de recuperação do bem. É o que podemos chamar de tempo real conforme os acontecimentos o despachante informa e empenha a(s) viatura(s) e ou unidades por onde esta ocorrência poderá chegar. Figura 12: Quadro de atendimento – Gerar ocorrência • • • Após definir a Unidade para a qual será gerada a ocorrência, clicar no botão GERAR OCORRÊNCIA. Serão apresentados 2 números: um número de notícia, e um número de ocorrência com o respectivo batalhão. Se for adicionada mais de uma Unidade, será gerada mais de uma ocorrência. Assim, haverá uma única Notícia de Crime para 2 ocorrências: uma ocorrência para o BPMTran, e outra para o Corpo de Bombeiros, por exemplo. Na prática, hoje, essa funcionalidade não é utilizada. O militar deverá observar o número da Ocorrência. Fonte: Gestão de Sistemas Operacionais PMGO. Ligações que não se referirem a ocorrências ou atendimento proativo deverão ser marcadas conforme o caso. Ao clicar em GERAR OCORRÊNCIA, o sistema poderá informar que um campo obrigatório não foi preenchido, caso em que o militar precisará completar os dados antes de novamente tentar GERAR OCORRÊNCIA. Poderá informar que o georreferenciamento não foi realizado, situação em que o militar deverá marcar no mapa o local (ao menos aproximado) da ocorrência. 38 Enquanto o número da ocorrência ainda estiver constando no campo acima e a direita, é possível adicionar dados como: Veículos; Resumos; Georreferenciar a ocorrência. A tela do despacho é utilizada para: Acompanhamento on-line das ocorrências em andamento (ocorrências registradas no atendimento off-line não aparecem na tela do despacho); Empenho de Viaturas; Correção de dados que se fizerem necessários; Conclusão do atendimento de Ocorrências. É dividida em três grupos de ocorrências: Ocorrências pendentes: Ocorrências registradas no Atendimento com os dados ali cadastrados; Liberada apenas para o despachante da área para a qual foi registrada, a fim de que seja feito o empenho de viatura; Se marcada como ALERTA GERAL, aparecerá também no campo específico, apenas para visualização das demais áreas. Ocorrências Empenhadas: Ocorrências registradas no Atendimento com os dados ali cadastrados e para as quais já foi lançada a viatura que fará o atendimento; Liberada apenas para o despachante da área para a qual foi registrada, a fim de que seja feito o empenho de viatura; Se marcada como ALERTA GERAL, aparecerá também no campo específico, apenas para visualização das demais unidades do Estado. Ocorrências em Alerta Geral: Ocorrências podem ser classificadas como de ALERTA GERAL tanto na tela do atendimento como na tela do despacho. 39 ALERTA GERAL aparece para todas as OPMs do Estado, mas apenas para visualização e divulgação dos dados. Permanece na tela por 48h. Só aparecerá no quadro de ocorrências pendentes/empenhadas do Despachante da área para a qual foi registrada. Ocorrências vermelhas ainda não foram lidas. Pretas, já. Figura 13: Quadro de atendimento – Status da ocorrência Fonte: Gestão de Sistemas Operacionais PMGO. As demais planilhas complementaram a coleta de dados advindos da demanda social (usuários), para que sejam armazenadas para futuras estatísticas e que sejam repassadas em tempo real ao serviço operacional que atenderá a referida ocorrência. 40 5. MATERIAL E MÉTODOS A metodologia utilizada neste trabalho está relacionada às referências bibliográficas encontradas sobre o tema na organização Policial Militar, elaborada a partir de análise e estudo dos benefícios alcançados na administração da segurança Pública através do sistema SIAE, consistindo-se em análise dos tutoriais e portarias que designam o sistema, bem como em livros, documentos publicados na Internet e experiências delimitadas no serviço público no estado de Goiás, vivenciada na 11ª Companhia Independente de Polícia Militar do Estado de Goiás, consubstanciada em um estudo descritivo acerca da importância do Sistema Integrado de Atendimento de Emergência (SIAE). Foram realizadas visitas e um estágio no Centro de Operações Policiais Militares (COPOM) da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar do Estado de Goiás como pesquisa de campo, para conhecer a dinâmica do SIAE e sua aplicação para o público interno e externo. Segundo Marconi e Lakatos (1992), “a pesquisa de campo é uma forma de levantamento de dados no próprio local onde ocorrem os fenômenos, através da observação direta, entrevistas e medidas de opinião”. Entrevistas foram realizadas no período de estágio com o comandante da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar do Estado de Goiás, policiais do serviço operacional e com os operadores do Centro de Operações Policiais Militares (COPOM), visado à coleta de dados específicos sobre o sistema e a possibilidade de controle e sistematização das ações, além da alocação de recursos para apoio durante uma operação. Ainda de acordo com Marconi e Lakatos (1985), “a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional”. Os resultados da pesquisa que serão apresentadas foram obtidos partindo-se da abordagem qualitativa e quantitativa, pois além de informar a parte teórica de como foi fundamentada o presente trabalho procurou concretizar as metas obtidas através de um comparativo sobre a eficiência do Sistema Integrado de Atendimento a Emergências na gestão da Segurança Pública do Estado de Goiás. 41 5.1. ANÁLISE DOS RESULTADOS A seguir, serão apresentados os resultados da presente pesquisa, com as principais evidências e tendências observadas nas respostas dos questionários e da análise documental, confrontando-se os dados obtidos com os referenciais teóricos, dentro do efetivo de 95 policiais militares entre oficiais e praças. No item Tecnologias e Sistemas de Informação, contendo 07 (sete) questionamentos, foi observado que 92,15% dos policiais lotados na unidade não conhecem o SIAE e a sua funcionalidade, desconhecendo esta ferramenta de coleta de dados como auxiliar nos atendimentos de ocorrências policiais e como o sistema controla os dados operacionais da Polícia Militar de Goiás, fomentando o emprego de policiais nos mais variados atendimentos de ocorrência. Mesmo a forma de coleta de dados sendo a tradicional começando pelo numero de emergência 190, quando se remete a uma ferramenta tecnológica simples como o SIAE, notamos o abismo que separa a segurança pública e grande parte de seus operadores das tecnologias da informação. Recrudesce quando os entrevistados acreditam que só operadores do Centro de Operações Policiais Militares (COPOM) devam conhecer o sistema, mesmo sabendo que em dado momento poderá ser ele (entrevistado) o operador do COPOM, isso acontece porque do seio da tropa é escolhido os futuros operadores, pelos mais variados motivos (recobrimento de férias, aposentadoria, dispensas médicas e mesmo vocação). Entre os operadores do COPOM, 10% dos policiais militares do setor exercem a função, mas sem conhecimento técnico para tal. Holisticamente, indicam que necessitam de mais informações a respeito do funcionamento do SIAE, porém em sua grande maioria dominam a técnica de coleta de dados e abastecimento do sistema que fomenta os demais sistemas da PMGO, contudo reclamam que o acesso à internet é limitado e a plataforma ainda precisa de ajustes para que o sistema seja rápido e eficaz, detalhes como esses geram atrasos nos lançamentos de dados e por consequência consultas e estatísticas. O funcionamento sistêmico, sem interrupções e travamentos dá ao sistema a confiabilidade e eficácia, necessários, motivo pelo qual foi criado. Mas cabe salientar que isso acontece nas unidades do interior, já na capital o SIAE tem o seu funcionamento com alto padrão de qualidade. Quanto à infraestrutura 98% os entrevistados entendem que a 11ª CIPM reúne condições de trabalho com boas instalações, com um tele centro que comporta 10 microcomputadores 42 para o uso de todo efetivo, o recurso humano não é o adequado sofre com a falta sistêmica de efetivo. 82% do efetivo não tem conhecimento do serviço desenvolvido pelos operadores do COPOM e não saberiam fomentar as tecnologias usadas no âmbito da PMGO. Os outros 18%, já tiveram oportunidade de participar de cursos na área, mas custeado com recursos próprios, sem nenhum tipo de contribuição por parte da Polícia Militar. No que tange a segurança da informação, fica notório o baixo nível de proteção de dados. Não há backup dos dados armazenados, software antivírus e controle de conteúdo web. Os microcomputadores do COPOM têm um bom controle de acesso e não são compartilhados com outras pessoas os dados, considerados sensíveis, ficando armazenados de forma segura. 5.1.1. Gestão de tecnologia da informação na 11ª CIPM Mesmo adotando politicas e metodologia para gestão da informação e o uso de tecnologia, grande parte dos comandantes não são técnicos no assunto ou não conhecem em sua totalidade o conceito de TI. Hoje nas organizações é de suma importância a gestão e conhecimento da TI e tudo que isto agrega, como celeridade, eficiência, otimização de resultados e dos recursos humanos e materiais. Segundo Albertin e Moura: A Tecnologia da Informação tem sido considerada como um dos componentes mais importantes do ambiente organizacional atual, sendo que as organizações brasileiras têm utilizado ampla e intensamente essa tecnologia nos níveis estratégicos e operacionais. (ALBERTIN & MOURA, 2005, p. 36). A pesquisa realizada mostra que a 11ª CIPM, não possui um setor de qualidade específico para TI. Não dispõe, para atender às suas necessidades básicas de gestão de dados, de sistemas de informações. A sobrevida vem com soluções de policiais militares que detém algum conhecimento na área de informática, sendo estes policiais os responsáveis pela manutenção dos microcomputadores da unidade. 5.1.1.1. A Tecnologia da Informação Dentrodo Policiamento Tradicional A TI garante uma alteração significativa no policiamento tradicional. Antes, as estratégias policiais voltadas para o planejamento operacional, emprego do efetivo no serviço ordinário, entre outras atividades, eram traçadas com base nos relatórios de ocorrência policial, 43 arquivados sem nenhum tipo de organização, o que dificultava a análise de vínculos e consumia bastante tempo. Com o advento da TI e com o uso do SIAE, essas mesmas estratégias podem ser aplicadas com maior qualidade e em menor tempo. E tudo isso com base no processamento dos diferentes tipos de informação, decorrente das ações policiais e também de fontes abertas. A alternância para a era digital tem colocado diversas organizações em situações traumáticas, e na PMGO não está sendo diferente. Revela-se como um choque de gestão, e para minimizar, é preciso que tanto os gestores quanto os usuários finais despertem para a sua importância. E isto abarca planejamento, elaboração de projeto de reestruturação a curto e médio prazo não obstante a capacitação de pessoal (usuários e administradores). Entretanto, urge a necessidade de definir, com base nas demandas e necessidades não só da 11ª CIPM mais de todas as unidades do interior, o que se espera com a implantação de ferramentas tecnológicas entendendo os processos administrativos que dependem do uso de TI. O SIAE supre esta necessidade e o sistema consegue dirimir os principais procedimentos da unidade, ligados a operacionalidade, que dependem diretamente do uso de recursos tecnológicos, como: Elaboração de escala de serviço; Planilha de controle de pessoal; Plano de operações; Ordens de serviço; Registro de ocorrências policiais; Relatório de serviço; Controle de viatura; e Consulta a sistemas de informações, entre outros. 5.2 RELEVÂCIA DO SIAE PARA A SEGURANÇA PÚBLICA E SEUS OPERADORES Cabe a nós, enfatizarmos a relevância de projetos empreendedores no sentido de facultar uma gestão mais efetiva das informações, como é o caso do Sistema Integrado de Atendimento a Emergência (SIAE), conduzida pela Gerência de Análise de Informações, a AIT, ambas da Secretaria da Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP/GO) e o Comando de tecnologia da PMGO. 44 O SIAE é uma ferramenta tecnológica, simples, barata, mas de alto grau de complexidade, que contempla processos de gestão de recursos humanos e materiais que dão subsídios à operacionalidade. Porém, a sua implantação ainda está recente e um dos pontos críticos de sucesso tem sido a ausência de infraestrutura básica de TI nas unidades do interior, seja pela falta de equipamentos ou pela insuficiência do link da banda de internet. O SIAE é um formidável começo, diante dessa premissa essa ferramenta deve estar associada a outras medidas proativas no sentido de prover as unidades do interior de um sitio de informática adequada para as suas reais necessidades. Além de estimular que se criem multiplicadores nas unidades para incentivar o uso intensivo de TI nos processos das mesmas e contudo a capacitação de seus operadores que serão os maiores beneficiários do sistema. 6. RESULTADOS Os números resultantes da entrevista, visita e questionário são reveladores, mesmo para um universo menor como o de uma unidade do interior, mas deixa clara a distância dos operadores de segurança pública das tecnologias, sistemas da informação e ferramenta tecnológicas, o gráfico ilustra esta discrepância. Gráfico 1: Mostra a discrepância entre os policiais que conhecem ou não o SIAE. Fonte: Seção administrativa P/1 da 11ª CIPM. 45 É espantoso, mas quanto aos dados relacionado à coleta, armazenamento e disseminação, foi observado que 80% dos documentos produzidos na OPM armazenam os dados coletados em meio físico, ou seja, em papel, gerando com isso dispêndio exacerbado, uma consulta lenta e imprecisa. Por esta razão a adequação dos policias às novas ferramentas é preponderante. Uma mudança de paradigma, enfatizando a importância do SIAE no seio da tropa é o caminho a ser percorrido, principalmente devido às características do SIAE que permite coletar, tabular, disseminar e armazenar as informações propiciando uma resposta célere ao solicitante. Os operadores do COPOM também necessitam de uma maior atenção, pois ainda carecem de informação e habilitação para utilização do SIAE. Muitos têm a técnica de coleta de dados pelo trabalho desenvolvido no atendimento de emergência 190, mas as tecnologias se tornaram uma realidade e estes elementos de execução tem que estar preparados para este avanço, bem como os demais policiais que em dado momento poderão estar empenhados nesta frente de serviço. Gráfico2: Mostra a discrepância entre os policiais operadores do COPOM que conhecem ou não o SIAE. Fonte: Autor, Dados coletados após entrevista com os operadores do COPOM. 46 7. DISCUSSÃO Por fim é mister salientar que o SIAE tem que ser difundido para todo o efetivo, visto que estes são os fomentadores dos dados que abastecem o SIAE e os sistemas oriundos deste. Como bem salientou CORNACHIONE (2001), “um sistema de informação é uma coleção de recursos humanos e tecnológicos, físicos ou não, que se constituem na base de suporte das atividades de uma organização que tem como objetivo alimentar os usuários com informações requeridas e em tempo hábil”. Promover especialização de seus operadores através de palestras, cursos, workshops como transformação desta nova realidade é de extrema importância para o êxito da organização. Com essas ações, a segurança pública salta de um modelo tradicional que agoniza por falta de investimentos e reconhecimento de seus operadores, por carência de leis duras e aplicabilidade rígida, para uma possibilidade de unir métodos e técnicas policiais de sucesso com tecnologias e ferramentas tecnológicas que contribuíram de forma decisiva para a diminuição dos índices de criminalidade. Não é fácil sair do tradicionalismo do militarismo, mas é notório que este é o caminho a seguir: a utilização de sistemas que auxiliem nas atividades operacionais. O Sistema Integrado de Atendimento a Emergência (SIAE) mostrou-se eficaz desde sua criação, mesmo com ressalvas a determinadas unidades do interior e a modesta difusão entre o efetivo da organização. Com a coleta de dados produzidos no trabalho fica evidente a discrepância em relação ao conhecimento por parte do público interno quanto à utilização e funcionalidade do SIAE. As deficiências encontradas nas unidades do interior, devido a falta de investimento em TI, dificultam a percepção, por parte da tropa, da importância da criação do SIAE e dos demais sistemas que por ele são abastecidos. Os resultados do SIAE minimizam o tempo de resposta da Polícia Militar de Goiás, aperfeiçoam o serviço do COPOM e humanizam o atendimento ao público, que é o maior interessado que órgãos de segurança pública mantenha um atendimento por excelência. Com isso, o papel de ferramentas tecnológicas que auxiliem no policiamento tradicional pode e deverá surtir efeitos positivos para sociedade, desenvolvê-las e aprimorá-las torna-se para a instituição uma premissa, haja vista o aumento vertiginoso da criminalidade. São tecnologias como SIAE e SISCOP, que ajudarão não só na coleta substancial de dados como no controle operacional e ainda mensurar a criminalidade delimitando as áreas 47 criticas, o que ajudará aos comandantes em toda a estrutura planejarem operações que ensejem o combate sistêmico da criminalidade através dos vários tipos de policiamento constantes nas polícias militares. 8. CONCLUSÃO O SIAE como ferramenta tecnológica de auxílio mais adequada às necessidades emergenciais do serviço operacional da Polícia Militar de Goiás mostrou-se bastante eficaz nas rotinas policiais, principalmente na coleta de dados que subsidiam outros sistemas e acabam por viabilizar a obtenção de metas, estatísticas e ainda mensuram a migração do crime. Entretanto, grande parte do efetivo policial na unidade não conhece o sistema e as funcionalidades e benefícios que a ferramenta oferece à rotina do serviço operacional. Dentro deste contexto, buscou-se a integração do público interno, principalmente os operadores do COPOM, com o sistema, visto que serão estes os responsáveis pela coleta de dados, armazenamento e despacho para os demais sistemas alimentados pelo SIAE, bem como para todo restante da tropa do serviço operacional. Com a realização de entrevistas, questionário, estudo de referências bibliográficas encontradas sobre o tema na organização Policial Militar, análise dos tutoriais e portarias que designam o sistema, livros, documentos publicados na Internet e experiências delimitadas no serviço público no estado de Goiás, vivenciada na 11ª Companhia Independente de Polícia Militar do Estado de Goiás, consubstanciada em um estudo descritivo acerca da importância do Sistema Integrado de Atendimento de Emergência (SIAE), conseguimos que o público interno não só conhecesse como se interessasse pela dinâmica e funcionamento do sistema. Mostrando claramente que qualquer tecnologia, desde que bem gerida, apresentada de forma simples e de fácil acesso torna-se rapidamente aceita e propagada na administração pública, principalmente em órgãos historicamente fechados às tecnologias da informação como era até bem pouco tempo as polícias militares. O SIAE tem pouco tempo desde sua criação, o que dificulta o seu estudo frente à escassa literatura sobre o assunto. Contudo, a busca de informações ao seu respeito tornou-se desafiadora, mas extremamente prazerosa, pois temos o privilégio de participar desta nova realidade nas polícias militares que se desvencilham do sistema tradicional, inserindo novas 48 tecnologias que sem dúvida irão, em curto prazo, integrar o conjunto de métodos no combate sistêmico a criminalidade. Fica claro que a segurança pública tem buscado tecnologias que auxiliem e ajudem no combate a criminalidade e esta mentalidade tem sido difundida no alto escalão, porém, a disseminação no âmbito interno para todos os operadores de segurança pública é de imperiosa necessidade, visto que quando conclamados a participar, o grau de motivação aumenta, os resultados ficam evidentes e a eficácia chega ao usuário final, representado pela sociedade que depende e clama por segurança. A tecnologia da informação inserida ao policiamento tradicional como ferramenta no combate a criminalidade é um caminho certo e líquido e o Sistema Integrado de Atendimento a Emergência (SIAE) evidenciou esta possibilidade. Mudanças organizacionais requerem planejamento, no entanto imbuir, especializar e valorizar o policial militar é primordial para que toda essa dinâmica se harmonize e chegue ao objetivo principal que é o atendimento otimizado à sociedade e a consequente queda nos índices de criminalidade. Os recursos e literatura sobre o Sistema Integrado de Atendimento a Emergência (SIAE), são escassos, portanto posteriormente os estudos deverão deslumbrar entre outros fatores a diferenciação entre ocorrências reativas e proativas, bem como a padronização dos Centros de Operações Policiais Militares (COPOM), para a coleta e armazenamento de dados e a difusão para tropa de tecnologias que ajudarão não só a sesquicentenária corporação neste novo trajeto, mais também esta integração policia/sociedade. 49 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBERTIN, A. L., MOURA, R. M. Tecnologia da Informação. São Paulo: Atlas, 2005. CORNACHIONE, Edgard Bruno J. Sistemas Integrados de Gestão: Arquitetura, Método e Implantação – Uma abordagem da Tecnologia da Informação aplicada a Gestão Econômica. São Paulo: Atlas, 2001. HIPÓLITO, Marcello Martinez. Superando o mito do espantalho: O policiamento orientado para resolução de problemas. Monografia apresentada no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais. Universidade do Sul de Santa Catarina, UNISUL. Florianópolis. 2007. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Editora Atlas, 1992. 4a ed. p.43 e 44. Polícia Militar do Estado de Goiás. Procedimento Operacional Padrão: POP / Polícia Militar de Goiás. 3 ed. – Goiânia: PMGO, 2010 Pag.84. PINTO, Márcio Moreira. A noção de vontade geral e seu papel no pensamento político de Jean-Jacques Rousseau. Cadernos de Ética e Filosofia Política 7. São Paulo: Editora Departamento de Filosofia da USP. 2/2005 POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS - Gestão de Sistemas Operacionais – GSOp Endereço: SSP, atrás do COPOM/01º CRPM - Av. Anhanguera, n. 7.364, Setor Aeroviário, CEP 74.535.010, Gestor: TC QOPM Tyrone Jácome Brito. Tutoriais disponibilizados pela Chefe de Implementação: Capitã Celine. SELHORST, Luiz, Sistemas Governamentais de Administração Financeira, Livro didático, Palhoça, UnisulVitual, 2008. TEZA, Marlon Jorge. Temas de Polícia Militar: novas atitudes da polícia ostensiva na ordem pública. Florianópolis: Darwin, 2011. 50 ZENKNER, Marcelo. Instrumentos de Inteligência e integração dos organismos de repressão á criminalidade organizada. In: SANDES, Wilquerson Felizardo. RODRIGUES, João Bosco. VIEGAS, Eraldo Marques. Gabinetes de Gestão Integrada em segurança pública, 85 Coletânea 2003-2009, Brasília: Secretaria Nacional de Segurança Pública. 2009. p. 277-287. 51 REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES JUSTINO, Paulo Santhiago; CISSE, B.A, Augusto; ABACAR, Serigne. Implantação de um sistema de informação na Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás: NECESSIDADE, APLICAÇÃO E PERSPECTIVAS. CIEGESI - Conferência Internacional de Estratégia em Gestão, Educação e Sistemas de Informação – Goiânia 22 e 23 de junho de 2012, páginas 251 e 252: Disponível em:www.prp.ueg.br/revista/index.php/ciegesi/article /view/779: Acesso em: 10 de maio 2014. LIMA, E. B. Elaboração de um sistema de indicadores de desempenho para o centro de operações policiais militares - Copom/PMGO. Campinas, 2004. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000327861&opt=4. Acesso em: 10 de maio 2014. Portal da Transparência do Governo do Estado de Goiás: Disponível em: http://www.transparencia.goias.gov.br/admin/uploaded/arq_238_RGAVOLAIIAB2A2011.pdf Acesso em: 16 de abril de 2014. SITE INSTITUCIONAL DO GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS: Disponível em: <http://www.goias.gov.br/paginas/goias-em-acao/seguranca-publica>Acesso em: 16 de Abril 2014. HISTÓRICO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS Disponível em: <http://www.pm.go.gov.br/Portal1/index.php?link=2&idc=75156> Acesso em: 13 de maio de 2014. Treinamento em Pentaho Business Intelligence Open Source – Fortaleza – Dezembro de 2012 Disponível em: http://queroworkar.com.br/blog/treinamento-pentaho-business-intelligenceopen-source/#sthash.kqnPW9Ni.dpuf. Acesso em 02 de maio de 2014. 52 APENDICE A – DADOS SÓCIO DEMOGRÁFICOS Para a execução das entrevistas e a coleta de dados, via questionário, foi solicitado à administração da organização a assinatura de um “termo de autorização de pesquisa para Trabalho de Conclusão de Curso”, que deixa claro a finalidade acadêmica e os princípios éticos que guiaram este trabalho. Dados sócio demográficos a) Profissão b) Função/Cargo c) Idade d) Estado civil e) Região onde está lotado f) Cidade onde mora g) Quanto tempo atua na instituição? h) Em que setor atua? i) Conhece sobre tecnologia e sistemas de informação utilizados como ferramentas no âmbito da Policia Militar de Goiás? Perguntas: 1) Fale-me sobre o que você entende por tecnologia da informação. Você conhece as ferramentas tecnológicas e os sistemas de informação que há na PMGO? 2) Fale-me sobre o Projeto Delfos/Pentaho. 3) Você conhece o Sistema Integrado de Atendimento a Emergências – SIAE? 4) Como você tomou conhecimento do Sistema Integrado de Atendimento a Emergências SIAE? 5) Qual a diferença em trabalhar em uma instituição que utiliza ferramentas tecnológicas como auxiliares no serviço operacional? 6) Descreva o público que é atendido pelo SIAE. Quais são suas especificidades? 7) Quais seus sentimentos sobre como é trabalhar com um sistema entendido como uma ferramenta mais adequada às necessidades emergenciais do serviço operacional da Polícia Militar de Goiás? 8) Você estraria preparado para operar o sistema coletando dados para abastecê-lo? 53 9) Você tem conhecimento técnico na área de coleta de dados? 10) Você está disposto a conhecer o SIAE e sua funcionalidade? APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO Perguntas dirigidas ao efetivo operacional 1) De que forma as Tecnologias de Comunicação e Informação e as ferramentas tecnológicas estão presentes no seu cotidiano pessoal e profissional? 2) Você conhece as ferramentas tecnológicas usadas pela PMGO para auxilio no combate à criminalidade no estado? 3) Você conhece o Sistema Integrado de Atendimento as Emergência – SIAE? E a sua funcionalidade? 4) Sabe que esta ferramenta de coleta de dados auxilia nos atendimentos de ocorrências policiais e controla os dados operacionais da Polícia Militar de Goiás? 5) Você foi informado sobre a implantação do SIAE no âmbito da PMGO? Em algum momento foi promovido palestras, curso ou informação de como utilizar esta ferramenta tecnológica? 6) A infraestrutura da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar – 11ª CIPM, atende as necessidades de um bom ambiente de trabalho? a - ( ) Sim b - ( ) Não Se não. Justifique: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 7) Você tem conhecimento do serviço desenvolvido pelos operadores do COPOM? 8) Você já fez algum curso que o auxilie na utilização do sistema ou alguma outra ferramenta tecnológica? Se sim, qual? Perguntas dirigidas ao efetivo de operadores do COPOM 1) De que forma as Tecnologias de Comunicação e Informação e as ferramentas tecnológicas estão presentes no seu cotidiano pessoal e profissional? 54 2) Você conhece as ferramentas tecnológicas usadas pela PMGO para auxilio no combate à criminalidade no estado? 3) Você conhece o Sistema Integrado de Atendimento as Emergência – SIAE? E a sua funcionalidade? 4) Que nível de preparação você tem para trabalhar com as tecnologias? Você se sente preparado(a) ou acha que falta alguma coisa? Justifique: 5) Vocês possuem curso, especialização ou conhecimento técnico para desenvolverem sua função no COPOM? 6) Dispõem de equipamentos, internet(Intranet) e local adequados ao desenvolvimento de coleta de dados para a inserção das informações no SIAE? 7) O sistema está suficientemente bom? a - ( ) Sim b - ( ) Não Se não. Justifique: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 8) A infraestrutura da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar – 11ª CIPM atende as necessidades de um bom ambiente de trabalho? a - ( ) Sim b - ( ) Não Se não. Justifique: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 9) Você já fez algum curso que o auxilie na utilização do sistema ou alguma outra ferramenta tecnológica? Se sim, qual? 10) Assinale o item que melhor expressa sua dificuldade no uso das tecnologias no interior. a - ( ) Quantidade de equipamentos insuficiente b - ( ) Falta de capacitação para utilização das TI e ferramentas tecnológicas c - ( ) Preferência pelos métodos tradicionais (BOPM, arquivo, livro,) d - ( ) Informação, especialização ou habilitação para utilização dos sistemas implantados no âmbito da PMGO