CENÁRIO SEGURANÇA E JUSTIÇA A Constituição Federal consagra, em seu artigo 6º, a segurança como um dos direitos sociais, ao mesmo tempo em que impõe ao Estado o dever de garantí-la, com a participação e responsabilidade de todos. O Plano Plurianual 2004/2007 – Avançar Mais –, na área de competência do Sistema Estadual de Segurança Pública, define os Programas Estratégico de Prevenção e Repressão ao Crime e Integração Polícia/Comunidade, e nestes, as ações que serão desenvolvidas nos próximos anos. A diretriz que orientou a elaboração destes Programas foi o aperfeiçoamento do Sistema, por meio de propostas que integram políticas públicas e participação da sociedade, com ênfase em ações preventivas, sem exclusão das repressivas, de forma a controlar a criminalidade e evitar a impunidade, aumentando a tranqüilidade dos cidadãos quanto à segurança de Goiás. Destacamos que, desde 1999, houve grande investimento na área de segurança pública em Goiás, que pode ser comprovado pelo aumento médio de 100% da frota de viaturas policiais, de 112% dos equipamentos e armamentos e de 20% do total de contingente policial. Além disso, preocupou-se com a valorização dos policiais, concedendo-lhes um reajuste salarial médio de 60% e ainda investimentos maciços na capacitação profissional de aproximadamente 5.000 policiais, com a realização de cursos em diversas áreas, visando o constante aperfeiçoamento dos policiais civis, militares e bombeiros militares. Com isso, em nosso Estado, a criminalidade sofreu duros golpes e a situação está sob controle, graças ao trabalho diuturno da polícia. Os índices de criminalidade, se comparados com outros Estados brasileiros e até com outros países, são razoáveis. Mas, a vigilância constante é indispensável. Então, é preciso avançar mais, numa atitude inconformista que gere progresso e evolução. É pertinente lembrar que a solução para a complexa e desafiadora questão da segurança exige o efetivo envolvimento de diferentes órgãos governamentais, em níveis federal, estadual e municipal, bem como o de outras entidades públicas e privadas, e a parceria com a população. Para alcançar este objetivo, procedeu-se a elaboração do Plano Estadual de Segurança Pública e a implementação da reforma administrativa dos órgãos que compõem o Sistema Estadual de Segurança Pública, buscando centralizar decisões, integrar as atividades, unificar órgãos, economizar recursos, enfim, maximizar a relação custo-benefício em prol de uma melhor prestação de serviços à comunidade goiana. Esta reforma incluiu a criação de uma única Corregedoria Geral de Polícia, uma Ouvidoria Geral de Polícia, uma única Academia de Polícia (SAESP), uma Gerência de Direitos Humanos e uma Gerência de Integração Operacional das Polícias, fatores que contribuirão para maior economia de recursos e mais eficiência operacional de todos os órgãos que compõe o Sistema. Este Plano foi pensado para unir esforços, em sintonia com outras Secretarias de Estado de atividades afins, bem como buscar a integração com o Plano Nacional de Segurança Pública que, através do Ministério da Justiça/SENASP, tem sido importante parceiro no financiamento de parte dos recursos que têm permitido à nossa polícia avançar, ainda mais, em qualidade e eficácia. Pressupõe-se que cada servidor público, ligado ao Plano, dará a sua contribuição pessoal para a execução efetiva destas ações estratégicas para a segurança de Goiás. Ademais, uma das grandes preocupações na área da segurança pública consiste na adoção de ações para afastar o criminoso do convívio social. Contudo, constata-se que este afastamento, por si só, não é suficiente para reeducá-lo. Assim, o Programa Recuperando com Educação e Trabalho, da Agência Goiana do Sistema Prisional (AGESP), prioriza a educação formal e profissional como ferramentas adequadas para a inserção do egresso no mercado de trabalho, garantindo-lhe empregabilidade, e por conseguinte, a capacidade de auferir renda. Portanto, muito já se estudou sobre Segurança Pública. Assim, é hora de oferecer ao povo goiano o produto desse esforço: um Novo Modelo que contemple ações tradicionais, mas, também, táticas inovadoras e criativas que resultem na melhoria do Sistema Estadual de Segurança Pública. Este Modelo está fundado nos seguintes princípios: interdisciplinaridade, descentralização gerencial, legalidade, humanização, publicidade das ações, participação comunitária, profissionalismo, atendimento às peculiaridades regionais, e estrita observância da lei e dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. A fidelidade a esse primado, e às diretrizes estabelecidas, é condição para o seu sucesso. O setor Segurança e Justiça, contempla também as ações do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (DETRAN), orientadas para a redução das fatalidades do trânsito; as ações de defesa e proteção aos direitos do cidadão/consumidor, promovidas pelo PROCON; e ainda, as ações do Corpo de Bombeiros, voltadas para a segurança contra incêndio e para o salvamento, visando a diminuição de vítimas.