www.fisiofitsenior.com.br Índice Definição........................................................... pg 03 Dados estatísticos............................................ pg 06 Causas e fatores de risco................................ pg 09 Tratamentos..................................................... pg 14 Atividades físicas e osteoporose..................... pg 15 Nutrientes recomendados............................... pg 17 Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 02 Definição A Osteoporose (OP) é uma desordem esquelética crônica e progressiva de origem multifatorial que acomete pessoas idosas, tanto homens quanto mulheres, geralmente após a menopausa. Caracteriza-se por um comprometimento da resistência óssea predispondo a um aumento de risco de fratura, à dor, à deformidade e à incapacidade física, sendo uma das doenças osteometabólicas mais comuns em países desenvolvidos. As fraturas osteoporóticas afetam qualquer parte do esqueleto, exceto o crânio. Ocorrem mais comumente na porção distal do antebraço, vértebras toráxicas e no fêmur proximal. É comum conceituar OP como sendo sempre o resultado da perda óssea. Entretanto, uma pessoa que não alcançou seu pico máximo durante a infância e a adolescência, por desnutrição ou anorexia nervosa, por exemplo, pode desenvolver OP sem ocorrência da perda óssea acelerada. Portanto, otimizar o pico de massa óssea na infância e adolescência é tão importante quanto a perda óssea no adulto. Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 03 Definição A OP é classificada como primária, subdividida em tipos I e II, ou secundária: PRIMEIRA TIPO 01: PREDOMINANTES EM MULHERES, ASSOCIADA À MENOPAUSA PERDA ACELERADA DO OSSO TRABECULAR FRATURAS VERTEBRAIS COMUNS SEGUNDO TIPO 02: OCORREM TANTO EM MULHERES QUANTO EM HOMENS IDOSOS COMPROMETE OSSOS CORTICAL E TRABECULAR Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 04 OCORRÊNCIA DE FRATURAS VERTEBRAIS E DE FÊMUR SECUNDÁRIO SECUNDÁRIAS: • Endocrinopatias (tiretoxicose, hiperparatireoidismo, e hiponogranismo); • Fármacos (glicocorticóides, antiácidos contendo alumínio, hormônio tireodiano, anticonvulsivantes, ciclosporina A); • Doenças genéricas (osteogenesis imperfecta); • Artrite reumatóide; • Doenças gastrintestinais; • Transplante de órgãos; • Imobilização prolongada; • Mieloma múltiplo; • Câncer de mama; • Anemias crônicas; • Mastocitose. Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 05 Dados estatísticos Nove em cada 10 mulheres brasileiras não consomem a quantidade adequada de cálcio para manter uma boa saúde dos ossos; 10 milhões de brasileiros sofrem de osteoporose. Uma a cada três mulheres com mais de 50 anos tem a doença. 75% dos diagnósticos são feitos somente após a primeira fratura; No Brasil, a cada ano, ocorrem cerca de 2,4 milhões de fraturas decorrentes da osteoporose. Cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos em decorrência destas fraturas. Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 06 Dados estatísticos Para as mulheres acima dos 50 anos, a recomendação para a ingestão de cálcio é de 1.000 mg por dia; As mulheres, principalmente na menopausa, necessitam ingerir cálcio na quantidade recomendada para manterem os ossos fortes e evitar as fraturas; As mulheres na menopausa são as mais atingidas pela doença, devido à queda brusca do estrógeno; Ossos mais afetados nas fraturas: fêmur, coluna vertebral, ombros e punhos; Aproximadamente 1,6 milhões de fraturas de quadril ocorrem no mundo a cada ano. O mesmo ocorre no Brasil. Em 2050, esse número pode atingir entre 4,5 a 6,3 milhões. Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 07 45+ Nas mulheres com mais de 45 anos, o número de dias passados em hospitais por causa de fratura em função da osteoporose é superior ao induzido por doenças como diabetes e infarto do miocárdio; É estimado que apenas uma em cada quatro fraturas receba o tratamento adequado; Nos pacientes com correção cirúrgica de fratura de fêmur por osteoporose, apenas 13,3% são encaminhados ao tratamento da doenças. Isso implica na ocorrência de novas fraturas; O risco de novas fraturas vertebrais em mulheres que já apresentam fraturas prévias é de 27% em cada ano após a primeira fratura; Classifica-se osteopenia quando a massa óssea é de 10% a 25% menor que a considerada normal. Mais do que isso, classifica-se como osteoporose; 33% das mulheres maiores de 55 anos apresentam osteopenia; Um em cada cinco homens tem osteoporose; Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 08 CAUSAS E FATORES DE RISCO A OP surge por vários motivos: • menopausa; • idade avançada; • fatores genéticos e ambientais; • doenças crônicas e hormonais; • histórico familiar; • constituição física magra; • baixa ingestão de cálcio; • falta de exposição a luz solar; • sedentarismo; • quantidade inadequada de Vitamina D no organismo; • fumo e consumo excessivo de álcool, café e sal. Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 09 OSTEOPOROSE E MENOPAUSA A relação da osteoporose com a menopausa pode ser explicada pelo declínio dos hormônios ovarianos. Com a redução da quantidade de estrógeno no organismo, há um desequilíbrio no metabolismo ósseo, levando a uma maior perda de massa óssea com relação ao ganho. Dessa forma, os ossos ficam mais frágeis e suscetíveis a quebras. O processo de menopausa em si já é um fator de risco para osteoporose. Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 10 OSTEOPOROSE, RISCO DE QUEDA E FRATURA A incidência de quedas e a severidades das complicações aumentam com a idade, comprometendo progressivamente a independência funcional. Estudos apontam que a incidência das fraturas osteoporóticas está aumentando. Estima-se que em 2050 elas atingirão mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo. As mulheres são mais frágeis que os homens em todas as idades, por esse motivo as quedas e fraturas de quadril no sexo feminino são 2 a 3 vezes superiores às verificadas nos homens. Cerca de 70% das fraturas ocorridas em pessoas com mais de 45 anos são correlacionadas com OP. A maioria dessas lesões ocorrem em mulheres. Mais da metade das mulheres na menopausa desenvolverá fraturas espontâneas como resultado da Osteoporose. Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 11 QUADRO CLÍNICO Geralmente a OP é assintomática. Os pacientes tomam conhecimento da doença quando ocorre uma fratura ou o médico observa alteração em exame de radiografia ou densitometria óssea (DMO). Os locais de maior ocorrência de fraturas de baixo impacto são vértebras, punho e região proximal do fêmur. As fraturas de fêmur são facilmente diagnosticadas; entretanto, só 30% dos pacientes com fraturas vertebrais procuram atendimento médico. Os mais jovens fraturam o punho ao tentarem diminuir o impacto da queda. Mais tardiamente, ocorrem as fraturas de vértebras e, geralmente após os 70 anos, as femorais, quando, então, o indivíduo já não apresenta reflexos posturais adequados, caindo sentado. A maioria das fraturas vertebrais ocorre nas vértebras torácicas inferiores ou lombares superiores, provocadas por mínimos traumas, como, ao inclinar-se para frente para pegar um objeto, levantar um peso maior, tossir, sentar-se abruptamente ou até pequenas quedas. A dor por compressão vertebral é aguda, de forte intensidade, permanecendo por 6 a 8 semanas, e é evidenciada pela digitopressão da área comprometida. O colapso vertebral progressivo acaba produzindo hipercifose (corcunda ou corcova de viúva), diminuição da altura e da lordose natural lombar. A dor, a hipercifose, a perda de altura, a restrição dos movimentos respiratórios e a compressão gástrica são consequências da fratura vertebral. Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 12 DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO DA OSTEOPOROSE O exame clínico é pouco significativo para o diagnóstico da osteoporose em suas fases iniciais. Porém, a investigação clínica dos fatores de risco é fundamental para identificar possíveis vítimas e alguns exames complementares podem ajudar nesse diagnóstico, sendo os mais comuns a radiografia e a densitometria óssea. A DMO é eficaz no diagnóstico da Osteopenia, condição que antecede a Osteoporose. Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 13 Tratamentos 1. Medidas Farmacológicas: existem várias opções de medicamentos que auxiliam no tratamento da Osteoporose. O tipo de medicamento, assim como sua dosagem, devem ser estabelecidos após consulta e diagnóstico feito por médico especialista. Não é o objetivo desse e-book focar nas medidas farmacológicas. 2. Medidas nãofarmacológicas: a prevenção da OP e das fraturas consequentes apoiam-se em um tripé: nutrição adequada, bons hábitos de vida, incluindo exercícios físicos e evitando alcoolismo e tabagismo. 3. Controle do ambiente para prevenção de quedas. Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 14 Atividade física e osteoporose As estratégias preventivas da Osteoporose devem ter 3 objetivos: 1. Aumentar a massa óssea durante e imediatamente após os períodos de crescimento, maximizando o pico da massa óssea; 2. Manter ou desacelerar a taxa de perda da massa óssea durante a vida adulta; 3. Diminuir os índices de propensão às quedas em adultos e idosos. Além de melhorar a autoestima, a autonomia funcional e a consequente qualidade de vida, a prática de exercícios físicos provê um método auxiliar para prevenção e tratamento da Osteoporose. Atletas e pessoas ativas tendem a possuir densidade óssea mais elevada do que a população em geral, o que pode servir como modelo para avaliação dos efeitos de diferentes programas de exercícios na DMO. Consequentemente, atividades como o ciclismo, natação ou hidroginástica não seriam as mais indicadas para promover o aumento da densidade óssea. Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 15 Atividade física e osteoporose Vale ressaltar que a prevenção da osteoporose não deveria se limitar às intervenções realizadas na idade adulta. Aumentos, mesmo que moderados, no volume de atividades físicas em crianças estão associados a maiores DMO em todos os ossos do corpo, podendo trazer esses benefícios até a velhice. Já a prática de exercícios a partir da idade adulta, embora possibilite ganhos expressivos, tem um efeito menor em relação à diminuição dos riscos para o desenvolvimento da doença e a incidência de fraturas a ela associadas. Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 16 Nutrientes recomendados Crianças e adolescentes em fase de crescimento, além de gestantes e indivíduos acima de 50 anos ou com indícios de osteoporose devem ingerir entre 1.200 e 1.500 mg de cálcio por dia, enquanto adultos jovens saudáveis e crianças até 10 anos necessitam entre 800 e 1.000 mg diariamente. A principal fonte de cálcio alimentar é o leite e seus derivados. O consumo de pelo menos cinco porções diárias de frutas e vegetais, já atinge a quantidade recomendada de ingestão de vitamina C. ALIMENTOS FONTE DE VITAMINA K: COUVE ESPINAFRE BRÓCOLIS ALFACE COUVE-FLOR ASPARGO ACELGA CENOURA OVOS Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 17 PROTEÍNAS: CARNES MAGRAS LEITES E DERIVADOS SOJA LEGUMINOSAS VITAMINA D: corpo produz através da exposição solar PEIXES LEITES E DERIVADOS OVOS VILÕES NO COMBATE À OSTEOPOROSE: ÁLCOOL CAFEINAS FUMO Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 18 Fontes de informações: • Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. Silva, Sandra M. C. S; MURA, Joana d´arc P. • Envelhecimento: Promoção da Saúde e Exercício Volume 2. FARINATTI, P. T. V. • Tratado de Geriatria e Gerontologia. Freitas, E.V.; Py, L. Guia prático para cuidar da OSTEOPOROSE www.fisiofitsenior.com.br 19