Folkmídia: a cultura popular viva nos meios de

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Folkmídia: a cultura popular viva
nos meios de comunicação e na
Universidade Metodista de São Paulo1
Rosangela Marçolla2
Resumo
Com este trabalho, resgata-se a importância dos estudos comunicacionais do Grupo
de São Bernardo, do curso de pós-graduação em Comunicação Social, em suas linhas de
pesquisa e sua contribuição para o conhecimento científico.
A Folkcomunicação, matéria de estudo de Luiz Beltrão, é retratada como uma
vertente dentro do pensamento comunicacional brasileiro e a Folkmídia, que enfoca as
reverberações do folclore pela mídia, são os temas abordados nesta pesquisa. E, para
comprovar a sua presença nos campos da UMESP, são identificados textos em
dissertações, teses, revista científica e os eventos do FOLKCOM, desde 1998 até 2003.
Cultura folk em tempo de idéias globais
Nunca se pensou tanto no termo popular, como nesses tempos de globalização.
Muitos estudos têm sido realizados com a intenção de se discutir a importância do ser
humano, valorizando toda e qualquer forma de cultura, diante da modernidade do mundo,
como oposição à idéia da vida em rede.
A cultura popular, genuína do povo, sobrevive através dos tempos, inclusive pela
atuação dos meios de comunicação, que devolve as pessoas às suas raízes, ou as aproxima
em sentido inverso. Ora é a cultura popular que se utiliza da mídia, por questões de
1
Paper apresentado para o VII CELACOM 2003, na Universidade Metodista de São Paulo, sob a
coordenação do Prof. Dr. José Marques de Melo
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Doutoranda e mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo. Jornalista e
professora de Jornalismo e de Editoração Mutimídia.
2
sobrevivência, ora são os meios de comunicação que reiteram sua legitimação na busca de
conteúdo através da cultura popular.
A cultura, antes dividida em elitista e popular, perde pouco a pouco as suas
fronteiras com a consolidação gradativa e definitiva da cultura de massa, que é determinada
pelo advento dos meios de comunicação.
A cultura popular sempre esteve à margem, não adentrando no espaço da classe
elitista, dos mais nobres. Manteve-se por muito tempo como uma cultura regionalizada,
pois seus usuários não a difundiam, por não terem condições de viajar para lugares mais
distantes.
Mesmo assim, como o homem se comunica, num processo natural, a cultura
popular foi avançando gradativamente e alcançando um público cada vez maior, através das
comemorações de festas tradicionais, da alimentação, dos costumes, das histórias narradas e
ouvidas por todas as pessoas, entre outras manifestações estudadas pelo folclore,
valorizando a presença constante dos comunicadores populares, denominados de líderes de
opinião.
Esse processo de afluência das manifestações folclóricas, que as conduz até os
nossos dias é chamado de folkcomunicação, um fenômeno antes desconhecido dentro da
ciência da comunicação, que ganhou reconhecimento a partir dos estudos realizados por
Luiz Beltrão, ao retirar do povo os elementos formativos da comunicação, valorizando a
sua importância na sociedade.
A folkcomunicação pode ser reconhecida em todos os setores estudados pela
ciência da comunicação. Basta que para isso, o pesquisador queira perceber que a origem
das manifestações humanas está, de forma intrínseca, relacionada com o princípio da
comunicação, independente de classes sociais.
A Folkcomunicação, segundo Luiz Beltrão
Os estudos de Luiz Beltrão tiveram início a partir da pesquisa do ex-voto como
veículo de comunicação popular. Ele percebeu que havia uma comunicação horizontal,
comum entre as pessoas, que coexistia com a forma tradicional de comunicação, a vertical,
que privilegia a ação comunicativa de baixo para cima.
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No sistema de folkcomunicação, embora a existência e utilização, em certos
casos, de modalidades e canais indiretos e industrializados (como emissões
desportivas pela TV, canções gravadas em disco ou mensagens impressas em
folhetos ou volantes), as manifestações são sobretudo resultado de uma atividade
artesanal do agente-comunicador, enquanto seu processo de difusão se
desenvolve horizontalmente, tendo-se em conta que os usuários característicos
recebem as mensagens através de um intermediário próprio em um dos múltiplos
estágios de sua difusão. A recepção sem este intermediário só ocorre quando o
destinatário domina seu código e sua técnica, tendo capacidade e possibilidade
de usá-lo, por sua vez, em resposta ou na emissão de mensagens originais
(BELTRÃO, 1980, p. 27).
Os resultados das pesquisas apresentadas em sua tese de doutoramento, intitulada
“Folkcomunicação: um estudo dos agentes e dos meios populares de informação de fatos e
expressão de idéias”, defendida na Universidade de Brasília, em 1967, são publicados
posteriormente (1971), mas em março de 1965, Beltrão ensaia um artigo na Revista
Comunicação & Problemas (p. 9 – 15), afirmando que
Não é somente pelos meios ortodoxos – a imprensa, o rádio, a televisão, o
cinema, a arte erudita e a ciência acadêmica – que, em países como o nosso, de
elevado índice de analfabetos e incultos, ou em determinadas circunstâncias
sociais e políticas, mesmo nas nações de maior desenvolvimento cultural, não é
somente por tais meios e veículos que a massa se comunica e a opinião pública
se manifesta. Um dos grandes canais de comunicação coletiva é, sem dúvida, o
folclore. (apud MARQUES DE MELO, 2001 p. 49)
Para explicar como essa comunicação horizontal ocorre, Beltrão recorreu aos
estudos de Paul Lazarsfeld e Elihu Katz, pesquisadores norte-americanos envolvidos com
os estudos da comunicação, em aspectos mais complexos aos que vinham sendo
apresentados como fonte, emissor, mensagem e receptor.
A partir de seus estudos baseados na escola funcionalista norte-americana, que
destaca a organização da comunicação dentro da sociedade, Paul Lazarsfeld e Elihu Katz
incluíram duas etapas (two steps flow of communications) dentro do processo de
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comunicação, através da presença do líder de opinião, que decodifica a mensagem e a
envia, como uma segunda fase, para o receptor.
A mensagem fica em posse desse líder de opinião, que filtra as informações
recebidas e as transforma em novas mensagens. No âmbito popular, essa ação acontece
normalmente e de uma forma mais contundente, ampliando e adequando os estudos desses
pesquisadores norte-americanos.
Pesquisas mais recentes substituíram a hipótese do "fluxo em dois estágios": os
líderes de opinião, por sua vez, buscavam conselho e informação com outras
pessoas - num processo que Lazarsfeld denomina "fluxo em múltiplos estágios"
- dos meios de comunicação coletiva, através de vários líderes que se
comunicam entre si, para os grupos liderados. Essa consulta a fontes mais
autorizadas - ou assim consideradas pelos líderes de opinião - resulta da sua
mobilidade (BELTRÃO, 2001, p. 69).
É essa mobilidade que lhe impõe respeito perante a comunidade, pois um dos
bloqueios para a difusão da cultura popular, em relação à erudita e depois à massiva, é o
fato das pessoas não saírem para outros lugares, levando os seus conhecimentos para outras
regiões.
Foi isso que Luiz Beltrão percebeu: “o fluxo comunicacional no processo da
folkcomunicação é mais amplo e ocorre em múltiplas etapas, não depende da ação
persuasiva dos seus agentes comunitários como determinava Lazarsfeld e Katz”
(TRIGUEIRO in MARQUES DE MELO, 2001 p.51).
A importância dos líderes de opinião consiste na credibilidade que eles oferecem à
comunidade, além do sentido de mobilidade, que faz com eles obtenham informações de
outros lugares e tragam-nas para as pessoas próximas a ele, tendo, como conseqüência, o
domínio de um ou mais assuntos que podem transmitir com confiança, recebendo, em troca,
total receptividade por parte do grupo.
Luiz Beltrão (in MARQUES DE MELO, 2001 p. 51) justifica os novos rumos de
seu trabalho ao dizer que
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ademais, o público receptor da mensagem massiva é heterogêneo, notadamente
no que diz respeito à cultura; desse modo, o conteúdo latente da comunicação
não é captado por uma parcela siginificativa da audiência, à qual falta aquela
experiência comum que condiciona a sintonização entre comunicador e receptor.
Seus estudos não param nesse ponto. Avançam e muito. Recorre às pesquisas de
outro estudioso norte-americano, Wilbur Schramm, que valoriza o conteúdo, ou o chamado
repertório, o campo de experiência ou, ainda, o mundo cognitivo da fonte e do receptor.
Para Beltrão, eram esses elementos que faltavam às suas pesquisas, o que poderia levar à
compreensão do fluxo comunicacional em várias etapas.
Adaptando essas teorias norte-americanas à realidade brasileira, BELTRÃO
(1971, p. 15) definiu folkcomunicação como “o processo de intercâmbio de informações e
manifestações de opiniões, idéias e atitudes da massa, através dos agentes e meios ligados
direta e indiretamente ao folclore”. Define-se folclore, segundo Luís da Câmara Cascudo
(s.d. p. 400) , como “ a cultura do popular, tornada normativa pela tradição”.
Ampliando as definições, inclui-se a do pesquisador Joseph M. Luyten,
folkcomunicação é comunicação em nível popular. Por popular, aqui, deve-se
entender tudo o que se refere, especificamente ao homem do povo, aquele que
não se utiliza dos meios formais de comunicação. Mais precisamente:
folkcomunicação é a comunicação através do folclore (in MARQUES DE
MELO, 2000, p. 29).
A idéia de folclore3 associada à de comunicação suscitou em Luiz Beltrão o
conceito de folkcomunicação que, segundo Joseph M. Luyten (1988, p. 8),
“é a
comunicação no folclore ou através dos meios folclóricos”. O folclore é uma
manifestação do povo, a expressão de sua sabedoria, a sua história não-escrita, ou nas
3
É uma palavra etimologicamente de origem anglo-saxônica, formada por FOLK (povo) + LORE (saber ou
ciência) que significa “ciência do povo” ou “saber tradicional do povo”. Termo criado pelo arqueólogo
inglês William Thoms, que propôs à revista “The Atheneum” designar os registros dos cantos, das narrativas,
dos costumes e usos dos tempos antigos.
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palavras do pesquisador
(in MARQUES DE MELO, 2001, p. 30)
“...os atos
comunicativos no meio popular numa sociedade letrada”, repetidos de geração em geração.
O folclore engloba todas as manifestações oriundas do povo como tal, seja em
manifestações de danças, músicas, vestimentas, cumprimentos, tudo, enfim que
caracterize
este gesto como sendo originário especificamente da camada
popular, em oposição às elites (LUYTEN in MARQUES DE MELO, 2001,
p. 29).
Com o tempo, os costumes, as normas e as tradições do povo continuam
sobrevivendo e ganhando mais espaço, além de grande ressonância no mundo atual,
principalmente através dos meios de comunicação de massa.
Estudos folkcomunicacionais
na Universidade Metodista de São Paulo
As pesquisas de Luiz Beltrão, décadas depois, estão sendo retomadas e
analisadas por muitos estudiosos. Com o avanço dos meios de comunicação de massa, em
função das novas tecnologias, os estudos, nessa área, estão sendo abarcados pela Folkmídia,
que trata da cultura popular em comum acordo com os meios de comunicação.
A Universidade Metodista de São Paulo prima-se por identificar Luiz Beltrão em
dissertações, teses, textos científicos, além de manter uma linha de pesquisa específica, a
Folkmídia, com a atuação do Prof. Dr. Joseph M. Luyten, que ministra essa disciplina, além
de orientar os trabalhos acadêmicos.
Dentro desses estudos, todas as manifestações populares que se integram à mídia, de
forma pacífica ou não, são abordadas, inclusive o estreitamento das culturas erudita,
popular e de massa no contexto em que se vive.
O Grupo de São Bernardo, atuando desde 1978, vem desenvolvendo um grande
número de pesquisas, dentro de definidas linhas de pesquisa, ampliando cada vez mais o
conhecimento científico da Comunicação.
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Identidade folkmidiática nos trabalhos científicos
Essa é uma das linhas de pesquisa que vem trazendo à tona a questão da
convivência dos meios de comunicação com a cultura folk, diante de apropriações
recíprocas. Através dos trabalhos, esse campo de estudos tem alcançado projeção no meio
acadêmico.
Sob a tutela do Prof. Dr. Joseph M. Luyten, os pesquisadores que estudam os
processos folkmidiáticos resgatam o princípio dos estudos de Folkcomunicação, precursora
da Folkmídia, desenvolvidos por Luiz Beltrão, conhecido por seu pioneirismo no ensino do
Jornalismo no Brasil, sua atuação nas pesquisas da Ciência da Comunicação,
principalmente sob influências do CIESPAL (Centro Internacional de Estudos para a
América Latina) e, sobretudo, na vertente folkcomunicacional que desenvolveu em sua vida
acadêmica.
Pertencentes ao Grupo de São Bernardo, alguns trabalhos podem ser elencados, cuja
temática aborda a Folkmídia, além de outros que não constam dessa relação, mas estão em
andamento, inclusive com a elaboração de uma tese de doutorado nesta área.
Dissertações e teses
Os trabalhos se iniciam a partir de 2001, com essa área de pesquisa se efetiva na
UMESP:
-
Os bonecos do Elias: a participação desses elementos de Folkmídia na publicidade e
propaganda institucional de Piracicaba.
Maurício Tadeu Bueloni
Dissertação de mestrado defendida em 2001
-
A importância da Folkmídia para o desenvolvimento turístico no Brasil
Caterina Dolores Miele Gonzáles
Dissertação de mestrado defendida em 2002
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-
Beneditos Sejam
Uma nova maneira de perceber a literatura de cordel
Maria José Oliveira
Dissertação de mestrado defendida em 2002.
-
Monteiro Lobato: a arte de contar e recontar histórias
Uma abordagem folkmidiática
Rosangela Marçolla
Dissertação de mestrado defendida em 2002.
-
A xilografia popular na visão da Folkmídia
Zaira Beatriz Andrade Bernardes
Dissertação de mestrado defendida em 2002.
-
Rap: uma manifestação folclórica urbana
Fábio Rodrigues Corniani
Dissertação de mestrado defendida em 2003.
-
São Paulo canta a grandeza do Brasil em ritmo de samba.
Elementos de Folkmídia no carnaval paulista
Maria Clécia Bento de Oliveira
Dissertação de mestrado defendida em 2003.
-
O Auto da Compadecida: cultura popular à cultura de massas
Uma análise a partir da Folkmídia.
Maria Isabel Amphilo de Souza
Dissertação de mestrado defendida em 2003.
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Revista Comunicação & Sociedade
Além dos trabalhos acadêmicos em forma de dissertações e teses, a Folkmídia se faz
presente, também, nas publicações da revista Comunicação & Sociedade. São várias
matérias, escritas por autores diversos, que contribuem para a disseminação dessa área de
estudos.
Já na edição número 4, em outubro de 1980, Luiz Roberto Alves publica o texto
Contos populares de Israel, enfatizando a questão do folclore e das históricas tradicionais
do povo.
Quase um ano depois, em setembro de 1981, na edição número 5, abordando a cultura
popular, duas matérias retratam essa temática: Cordel: forma e conteúdo, de Antonio
Carlos Abreu Tavares e O útil e o agradável: preceito em “romance” de cordel, de Jerusa
Pires Ferreira.
Na edição número 13, de junho de 1985, especial sobre Comunicação, ciência e
cultura, os textos abordam a cultura popular e suas representações na mídia. Quero que vá
tudo pro inferno – cultura popular e indústria cultural, de Jerusa Pires Ferreira; As culturas
populares e o presente aberto, de Luiz Roberto Alves; Cultura popular: as apropriações
da indústria cultural, de Lúcia Santaella e La comunicación desde la cultura: crisis de lo
nacional y emergencia de lo popular, de J. Martín-Barbero.
O texto Jornalismo Científico e cultura popular, de Daniel Torrales Aguirre, presente
na edição número 16, de julho de 1989, mostra a aproximação de pólos diferentes. Em
1996, na edição 25, que trata do Pensamento Latino-Americano em Comunicação, o
pioneiro dos estudos de Folkcomunicação ocupa o seu lugar. Com o texto de Paulo Rogério
Tarsitano, Luiz Beltrão: vida e obra.
Em 1997, destaque para o texto de Samantha Castelo Branco, com o título Novela
do Judas sem a morte da cultura popular: a convivência entre os sistemas culturais, que
retrata a tradição popular, realçada pela mídia, presente na vida das pessoas.
Uma edição especial, voltada exclusivamente para a Folkcomunicação, publicada no
segundo semestre de 2000, de número 34. São vários textos interessantes, abordando essa
temática: Uma contribuição para os estudos de Folkcomunicação, de Waldemar Luiz
Kunsch; Relações Públicas e Folkcomunicação: reflexões à luz da ação comunicativa, de
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Antonio Teixeira de Barros; Folkcomunicação e hibridização cultural: interação de
aportes para pensar as culturas populares, de Mariana Mesquita e Magic Park Aparecida:
o profano e o sagrado mediados pela cultura do lazer, de Daniel Galindo e Márcia
Perencin Tondato.
Os textos que se encontram em Comunicação & Sociedade, revista importante para
o conhecimento científico, desde 1979, mostram algumas vertentes dentro dos temas
folkcomunicacionais e folkmidiático. Matérias que expandem os conceitos e as idéias dessa
linha de pesquisa adotada por alguns pesquisadores científicos.
FOLKCOM: Conferência Brasileira de Folkcomunicação
Além de publicações, teses e dissertações, esse campo de estudo é bastante
explorado nas reuniões anuais, FOLKCOM, com o apoio da Cátedra Unesco/Umesp de
Comunicação para o Desenvolvimento Regional, que agrega cada vez mais novos
pensadores da Comunicação.
FOLKCOM’98
I Conferência Brasileira de FolkComunicação
O primeiro evento, realizado na Universidade Metodista de São Paulo, não poderia
deixar de comemorar os 80 anos de nascimento de Luiz Beltrão, pioneiro dos estudos de
Folkcomunicação. Além disso, alguns pontos importantes puderam ser levantados, como
resultados das pesquisas científicas feitas sobre o tema, como: Folkcomunicação,
disciplina integrante do universo das Ciências da Comunicação; Difusão e recriação das
idéias de Luiz Beltrão E Impacto da mídia massiva na cultura popular: global, nacional,
regional.
FOLKCOM’99
II Conferência Brasileira de FolkComunicação
A II Conferência Brasileira de Folkcomunicação, realizada na Fundação de Ensino
Superior de São João del-Rei/FUNREI, presta uma homenagem especial ao centenário de
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nascimento do folclorista Luís da Câmara Cascudo, através de apresentação de trabalhos
acadêmicos, além de discutir novos conhecimentos acerca desse tema.
FOLKCOM’2000
III Conferência Brasileira de FolkComunicação
FOLCLORE, MÍDIA E TURISMO
O evento teve como tema central Folclore, Mídia e Turismo e foi realizado na
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa. O lugar escolhido para esse
encontro mostra a inter-relação do aspecto folclórico sobre as possibilidades turísticas da
região.
FOLKCOM’2001
IV Conferência Brasileira de FolkComunicação
AS FESTAS POPULARES COMO PROCESSOS COMUNICACIONAIS
Os pesquisadores que integram o IV FOLKCOM, realizado em Campo Grande, no
Mato Grosso do Sul, buscam identificar os processos comunicacionais presentes nas festas
populares, resgatando os seus valores ao lado da indústria midiática, que os absorve,
utilizando-os como matéria-prima para as suas produções.
FOLKCOM’2002
V Conferência Brasileira de FolkComunicação
A IMPRENSA DO POVO
Este encontro, que ocorreu na cidade de Santos (SP), contou com pesquisadores do
Brasil e de outros países. Apresentou como tema central o estudo dos processos
folkcomunicacionais cuja difusão é feita através da mídia impressa., em forma de folhetos,
almanaques, opúsculos, volantes, panfletos, santinhos, além de outras expressões constantes
em jornais, livros e revistas.
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FOLKCOM´ 2003
VI Conferência Brasileira de Folkcomunicação
FOLKMÍDIA: DIFUSÃO DO FOLCLORE PELAS INDÚSTRIAS MIDIÁTICAS
Ampliando ainda mais o universo das pesquisas científicas nesse campo, realizou-se
o VI FOLKCOM, no SESC Mineiro de Grussaí, em São João da Barra (RJ). O evento
levou à discussão o uso do folclore pelas indústrias midiáticas, encontrado nas histórias em
quadrinhos, nos filmes feitos para o cinema, na programação da televisão, na literatura, etc.
Como ponto de partida, os estudos apresentam a apropriação dos meios de comunicação em
relação às expressões folclóricas.
A Folkcomunicação e a Folkmídia representam, nos estudos do PósCom da
Universidade Metodista de São Paulo, um salto nos estudos científicos da Comunicação, ao
colocar em pauta a cultura folk e sua relação com a indústria midiática como matéria–prima
das pesquisas sociais, importantes para a compreensão da realidade, que se sustenta de
conteúdos intrínsecos na formação do ser humano.
Referências bibliográficas
BELTRÃO, Luiz. Comunicação e folclore. São Paulo: Melhoramentos, 1971.
13
BELTRÃO, Luiz. Folkcomunicação: a comunicação dos grupos marginalizados. São
Paulo: Cortez, 1980.
BELTRÃO, Luiz. Folkcomunicação, um estudo dos agentes e dos meios populares de
informação de fatos e expressão de idéias. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001
BENJAMIN, Roberto. A folkcomunicação no contexto de massa. João Pessoa: Ed.
Universitária/UFPB, 2000.
BRANDÃO, Carlos R. O que é folclore. São Paulo: Brasiliense, 1982.
CÂMARA CASCUDO, L. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Ediouro,
s.d.
CARNEIRO, Edison. Dinâmica do folclore. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira,
1965.
CÁTEDRA UNESCO/UMESP de Comunicação para o Desenvolvimento Regional.
LUYTEN, Joseph M. O que é literatura popular. São Paulo: Brasiliense, 1983.
LUYTEN, Joseph M. Sistemas de comunicação popular. São Paulo: Ática, 1988.
MARQUES DE MELO, José. Comunicação social: teoria e pesquisa. 6ª ed. Petrópolis:
Vozes, 1978.
MARQUES DE MELO, José. Mídia
Maringá/Cátedra Unesco: UMESP, 2001.
e
Folclore.
Maringá/SBC:
REVISTA COMUNICAÇÃO & SOCIEDADE. São Bernardo do Campo.
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