análise crítica de artigo científico

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ANÁLISE CRÍTICA DE ARTIGO CIENTÍFICO
Rodrigo Cancelieri Generoso, 100 período de Medicina – UNIVIX, disciplina de
anestesiologia.
O artigo “Hipertensão arterial sistêmica e anestesia”, realizado por Michelle
Nacur Lorentz e Alexandre Xavier Santos, publicado na Revista Brasileira de
Anestesia, em 2005, buscou, através de uma revisão da literatura médica,
avaliar os níveis pressóricos e o ato anestésico durante cirurgias eletivas,
tentando traçar um limiar associativo entre a pressão arterial e a condição
clínica para a realização cirúrgica.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das doenças mais prevalentes na
sociedade moderna, altamente relacionada com aumento do risco de doenças
coronarianas,
insuficiência
cardíaca
congestiva,
insuficiência
renal,
aterosclerose, doenças cérebros-vasculares, dentre outras.
Segundo estatísticas norte-americanas, uma, a cada quatro pessoas adultas,
apresentam HAS. Aproximadamente 54% dos hipertensos recebem tratamento
e somente 28% destes pacientes conseguem o controle adequado da pressão
arterial. Estes números são alarmantes e revelam a grande necessidade de se
buscar um controle da pressão arterial, devendo esta regra, ser seguida
também, no caso dos procedimentos cirúrgicos.
Sabendo-se que, hipertensos mal controlados, podem apresentar alterações
hemodinâmicas, é de fundamental importância o controle da pressão arterial
durante o pré-operatório.
Apesar da controvérsia a respeito de se adiar ou não, um procedimento
cirúrgico em decorrência da HAS, é importantíssimo para a longevidade do
paciente, que o médico o informe, conscientize-o e o oriente, adequadamente,
para que se evitem complicações futuras, decorrentes dessa doença.
Sempre que possível, deve-se solicitar um eletrocardiograma, bem como,
uréia, creatinina, glicose e potássio, valendo ressaltar que a HAS é fator de
risco para lesão em outros órgãos. É muito importante também avaliar-se a
medicação utilizada pelo paciente, pois os diuréticos podem causar
hipocalemia, enquanto o uso de inibidores da enzima conversora de
angiotensina pode gerar resposta exagerada à indução anestésica e
hipotensão peri-operatória, podendo até ser suspenso na manhã do dia da
cirurgia.
Deve-se dar grande importância a avaliação pré-cirúrgica e anestésica do
paciente hipertenso, pois o conhecimento do grau em que se encontra essa
hipertensão arterial e, principalmente, a sua resposta ao tratamento e suas
possíveis co-morbidades, são essenciais, levando-se em conta que, quanto
maior a abrangência e mais minuciosa a avaliação deste grupo de pacientes,
maior será a tranqüilidade e a qualidade do atendimento prestado.
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