ENSINO-APRENDIZAGEM E AS NOVAS TECNOLOGIAS Iny Salete Chudzikiewicz - Mestre - UFSC Isaura Cristina de Andrade Aguiar - Mestranda PUC Mari Elen Campos de Andrade - Mestre - UFSC Resumo Estar informado é fator preponderante neste momento da história da humanidade. As instituições educacionais, neste século vinte e um não podem permanecer alheias ao processo de desenvolvimento tecnológico, mas devem sim integrarem-se à nova realidade, aliando-se às tecnologias existentes, propiciando aos alunos a oportunidade de descobrir o desconhecido de forma atual, utilizando das tecnologias existentes ampliando e melhorando as formas de realimentação do processo educacional. Abstract PALAVRAS-CHAVE: ensino, aprendizagem, novas tecnologias. Para combater as desigualdades sociais, o sistema de ensino tem papel fundamental. A possibilidade da grande maioria da população ter acesso às tecnologias da informação propiciará a democratização da sociedade do futuro. Ter acesso às informações constitui necessidade básica para os cidadãos e cabe às instituições de ensino promover ações que propiciem o acesso rápido e eficaz às adequações do indivíduo frente a nova sociedade, isto é a sociedade da informação. As instituições de ensino e os profissionais da educação não podem permanecer alheios ao processo mas devem integrarem-se nessa nova realidade. 3 TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO A educação propicia o desenvolvimento do ser humano na sua totalidade e interfere socialmente a níveis locais, estaduais, nacionais e mundiais. Segundo documento da UNESCO, (1998, p.670), quando tratamos da educação não podemos concebê-la sem considerar sua correlação com o desenvolvimento econômico, social, cultural e global. A maioria dos analistas econômicos reconhece a importância do capital humano como componente essencial da economia. Esta constatação tem influenciado o interesse crescente dos governos no desenvolvimento dos recursos humanos nas últimas décadas. Considera-se que o nível de educação influencia a taxa de natalidade, aumenta a independência das mulheres, melhora os padrões de saúde e de produtividade na agricultura e constitui suporte para a criação de empregos e o aumento do desenvolvimento social. O mesmo documento da UNESCO (1998, p.671), ressalta que há cerca de 900 milhões de analfabetos adultos na tecnologia escrita do mundo e aproximadamente 130 milhões de crianças entre 6 e 11 anos fora da escola. São indivíduos excluídos de uma série de benefícios que a educação proporciona. O desenvolvimento da ciência e da tecnologia tem fornecido uma infinidade de inovações que se retratam na acelerada mudança que vem ocorrendo na sociedade contemporânea, influenciando decisivamente o homem na construção de novas concepções do mundo podendo o homem usufruir dos seus benefícios. Sampaio, (1999, p.33), ressalta que o desenvolvimento tecnológico ganhou maior força e velocidade a partir da segunda metade deste século. A organização político-econômica do mundo, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial, acelerou o processo de inovação tecnológica e influenciou as mudanças nas relações sociais. A Segunda Guerra foi um marco do desenvolvimento acelerado e da expansão das tecnologias e visava aumentar e diversificar a produção de armas, cada vez mais poderosas, rápidas e versáteis, utilizadas na destruição de cidades e na busca de informações sobre as estratégias e o posicionamento do inimigo. Na pós guerra a reconstrução dos países destruídos foi a base da formação de novas economias no cenário mundial. Refazer não só os bens 4 materiais mas reconstruir cidades, famílias faz com que surjam novos valores e novos modelos. Podemos observar em Sampaio, (1999, p. 33) que o atual contexto, fruto dos acontecimentos da guerra, caracteriza-se principalmente pela rapidez, mutabilidade, pluralidade e presença maciça da tecnologia nos meios de comunicação, nos negócios e na produção de riquezas materiais e de conhecimento. A manutenção e o desenvolvimento do sistema capitalista foi também proporcionado pelo avanço tecnológico modificando os hábitos de consumo, permitindo maior ampliação e rapidez na produção. Algumas características do indivíduo foram modificadas propiciando consumo maior de alimentos, do vestuário, possibilitando crescimento do mercado em escala global. Gadotti, (1994, p. 38), ressalta que os meios de comunicação utilizam a imagem para vender seus produtos e que esta linguagem torna-se eficaz porque privilegia a imagem, o som e o movimento, sendo prazerosa e envolvente. Muitos pesquisadores e educadores tem reforçado a idéia de que a tecnologia é ferramenta poderosa para facilitar a aprendizagem e estimular a cognição pelo grande poder de alcance e pelo fato de que a tecnologia invade nossas residências e as residências mais longínquas do planeta. “As exigências diárias da vida moderna requerem que as instituições educacionais se conectem a redes emergentes e a “supervias da informação”, que os currículos incluam o conhecimento e a familiarização com novas tecnologias e que os professores sejam preparados e treinados para ter condições de usar esses novos recursos didáticos” UNESCO, (1998, p. 672). O acesso gratuito a Internet nas escolas públicas pode, ao contrário do que aconteceu com o livro, diminuir o número de analfabetos e ocasionar melhoria na qualidade de ensino. Conforme Bolzan, (1998, p. 1), o desenvolvimento científico e tecnológico vem criando nos educadores a necessidade de adotar modelos de ensino que atendam às profundas modificações que a sociedade do início do novo século passam a exigir, onde a crescente perspectiva de diversificar os espaços educacionais revela um aprendizado sem fronteiras. 5 Vive-se uma época em que as distâncias estão desaparecendo. Com o desenvolvimento da tecnologia, com os computadores e a Internet é possível buscar e encontrar material para os mais diversos assuntos. Guardar informações deixou de ser vital. O importante é saber onde e como achá-la. "Qualquer assunto que não se tem, é possível achá-la na rede". A Internet é vista como o maior atalho do planeta, capaz de encurtar distâncias e cortar custos. Milhares de mensagens de correio eletrônico são trocadas diariamente pela Internet. A rede mundial provocou impacto sobre a telefonia porque o primeiro acesso à rede é em grande parte feito pelo telefone. O desenvolvimento rápido das tecnologias de informação e de comunicação certamente afetará muito mais a educação no futuro. Segundo Litto, (1996, p. 52), o novo paradigma educacional em desenvolvimento sugere que a escola tem que ser, antes de tudo, um ambiente “inteligente”, especialmente criado para aprendizagem, um lugar rico em recursos por ser um local privilegiado: Um lugar onde os alunos podem construir os seus conhecimentos segundo os estilos individuais da aprendizagem que caracterizam cada um. Para Cébrian, (1999, p.15), nessa nova economia, as redes digitais e o conhecimento humano estão transformando quase tudo o que produzimos e fazemos. Na velha economia, a informação, as comunicações e as transações eram físicas, representadas por dinheiro em espécie, cheques, faturas, conhecimento de embarque, relatórios, reuniões frente a frente, telefonemas analógicos ou transmissões de rádio ou de televisão, recibos. desenhos, projetos, mapas, fotografias, discos, livros, jornais, revistas, partituras musicais, aula frente-a-frente, mala direta. Na nova economia, de maneira crescente, a informação sob todas as formas, as transações e as comunicações humanas estão se tornando digitais, reduzidas a bytes armazenadas em computadores que se movem à velocidade da luz por meio de redes, que em seu conjunto constituem a rede". Com a mudança do papel do professor que ao passar às tecnologias da informação a responsabilidade de “entregar” o conhecimento ao aluno, libera-se para ser um guia, um conselheiro, um parceiro na procura de informações, aumentando a participação do aluno. A motivação para a aprendizagem surge de dentro para fora e reconhece-se que a aprendizagem permanente será uma tarefa constante na vida profissional e pessoal de todos 6 e, que nesse sentido, o aluno deve aprender a aprender e estar capacitado para entender e assimilar qualquer assunto que lhe interessa. Azevedo, (2000, p,28) ressalta que as novas tecnologias tem desafiado as organizações escolares até agora burocráticas e tradicionalmente hierárquicas modificando a relação de aprendizagem da escola comum, necessitando que professores / orientadores / alunos, trabalhem com a tecnologia existente e passem a ser companheiros da comunidade de aprendizagem. As tecnologias fazem parte da vida das pessoas e seu uso deve ser implementado na educação dos alunos e na formação dos professores, pois entender e utilizar na educação as novas linguagens dos meios de comunicação eletrônicos e das tecnologias faz com que ambos sejam capazes de entender criticamente as mensagens do meio e transformarem-se em cidadãos aptos para trabalhar com as informações e com os avanços tecnológicos a que são expostos no dia-a-dia. Não se deve esperar que todos os professores da escola queiram aprender ou utilizem as novas tecnologias. Não se pode esperar homogeneidade ou adesão de todos, em todas as atividades, porque a escola e os professores são muitas vezes resistentes às mudanças e muitos são os professores que não gostam da máquina, que não gostam do computador. Muitos são os que se apaixonam por ele. Nesse período de adaptação, muitos professores não estão ou não estarão interessados em modificar a estrutura de suas aulas, nem das aplicações pedagógicas do computador. Conhecer e utilizar as tecnologias como ferramenta é algo ainda recente. Alguns alunos também preferem as aulas tradicionais onde o professor fala, explica, discursa. Às vezes o uso de outra ferramenta como o vídeo, por exemplo, é visto como maneira de passar o tempo, etc. A escola surgiu como sistema dirigido às massas para corresponder às necessidades de educação criadas pela sociedade Industrial. Com o advento das novas tecnologias de informação e comunicação, a facilidade de pesquisa e interação, menor tempo na execução dos trabalhos através de rede de dados, apontam um cenário novo de oportunidades de troca de informações, não só no período escolar mas ao longo de toda a vida. 7 São raras as iniciativas no sentido de garantir que o professor aprenda a usar, no exercício da profissão, computador, vídeo, calculadora, Internet, utilizar de programas e softwares educativos. Os cursos, raramente, preparam professores e futuros profissionais das mais diversas áreas, para imprimir sentido educativo ao conteúdo das mídias, por meio da análise, da crítica, e transformar a informação em conhecimento. As formas tradicionais de ensino, na sala de aula, em formas discursivas onde o professor "despeja" o conhecimento e os alunos recebem passivamente as informações, não preparam o profissional seja da educação ou de outras áreas para utilizar a tecnologia de forma a ampliar e diversificar as formas de interagir e compartilhar destes novos tempos onde a aprendizagem pode acontecer em ambientes reais ou virtuais e preparar o indivíduo para que possam se definir pela capacidade de mobilizar recursos múltiplos entre os conhecimentos adquiridos, na reflexão sobre as diversas questões construídas na vida profissional e pessoal e responder às diferentes demandas das situações de trabalho. A democratização da sociedade do futuro passará pela possibilidade da grande maioria da população ter acesso às tecnologias da informação e pela capacidade real de as utilizar. Caso contrário elas poderão tornar-se fator de exclusão social. 8 O CONHECIMENTO E O PODER O poder encontra-se no saber. A adequação ao mundo atual, à sociedade pós - industrial passa certamente pelo conhecimento. O ser humano, desde os primórdios da humanidade, busca conhecer e interrogar sobre a humanidade. Conhecer e entender a vida dentro da organização social, fatos históricos, religiões, filosofias, transições, tem sido objetos de análise e pesquisa de muitos estudiosos buscando adequar-se e dominar a sociedade do conhecimento. Adequações do indivíduo frente a nova sociedade, a sociedade de informação é fator relevante desde toda a história da humanidade e também neste início de milênio. As instituições educacionais não podem permanecer alheias ao processo, mas necessitam integrarem-se nessa nova realidade e propiciar aos alunos oportunidade de descobrirem-se diante do desconhecido e adquirir o conhecimento, propiciando uma realimentação do processo educacional e a necessidade de aperfeiçoamento de paradigmas de novas formas de acompanhamento da aprendizagem. Todas as formas de aprendizagem são válidas, mas a aprendizagem elaborada "ruminada", questionada, investigada, pesquisada transforma o aprendiz, num aprendiz pesquisador, que não apenas aceita informações repassadas, seja pelo professor ou por outros canais, mas que internaliza a elaboração e construção do seu conhecimento, tornando-se parte da história, ocupando seu próprio espaço. Não se pode conceber o professor como simples agente de transmissor de informações onde a técnica aplicada é o discurso ou relato do conhecimento e utilizar da tecnologia para tornar a aprendizagem criativa submetendo-a a testes, a dúvidas, aos desafios, deixando de ser meramente reprodutiva, e se tornando elaboração própria, dentro do princípio crítico e criativo. Transmitir conhecimentos deve fazer parte do mesmo ato de pesquisa, seja sob a ótica de dar aulas, seja como socialização do saber, seja como divulgação socialmente relevante. Assim é importante que o professor desta nova realidade educacional possua domínio teórico de conhecimento e pesquisa, sendo capaz de discutir alternativas, contrastando as teorias com a 9 realidade, construindo conhecimento próprio, criando espaços alternativos, estabelecendo questionamento produtivo na teoria e na prática tendo a pesquisa como princípio educativo. A nova realidade educacional sugere que a escola tem que ser um ambiente onde o aluno encontre um ambiente favorável para "construir" o conhecimento. Demo, (1997, p. 32), ressalta que as teorias mais modernas de aprendizagem, sobretudo aquelas identificadas com o saber pensar e o aprender a aprender, garantem que a construção do conhecimento começa do começo, com o objetivo específico de fazer do aluno um sujeito e não objeto de aprendizagem, e que não existe analfabetismo absoluto; todos falam, se comunicam, usam o vocabulário básico, manejam conceitos dentro do senso comum, possuem referências com a realidade em que está inserido e assim por diante. Despertar no aluno o gosto pelo aprender, pelo descobrir, criando condições de êxito e de acesso aos benefícios, fomentando o reforço da coesão social e da adversidade cultural oportunizando a todos o acesso a informação e a aprendizagem melhorando como pessoa e melhorando o meio em que vive, deve ser trabalho do professor e da escola. O uso da tecnologia propicia uma gama grandiosa de informações. Usar destas informações fazendo análise dos conteúdos e não apenas simples cópias, descobrindo conhecimento novos inventando usos novos para este conhecimento, reconhecendo, discutindo, pesquisando, tirando conclusões, faz com que haja uma atitude de pesquisa e conseqüente aprendizagem. O aluno deixa de ser elemento passivo e passa a ter papel ativo no desenvolvimento das aulas. A troca de informações entre professor e aluno, propiciam o enriquecimento de uma aprendizagem construída com base no diálogo, na investigação, no desafio de desdobramento do senso pela descoberta e pela criação. Através da pesquisa o aluno passa a elaborar seu próprio conhecimento, sabendo ler e interpretar, não apenas "decorando" ou "reproduzindo" os assuntos, mas fomentando trabalhos em bibliotecas, material escrito, discussão, troca de informações, aplicação do conhecimento, proporcionando oportunidade para que a educação tenha novo significado, com horizontes ampliados e como chave do desenvolvimento humano e social. 10 Com o advento das tecnologias da informação ocorre um incentivo, ocorre a troca de informações e colaboração não apenas entre os alunos de uma mesma instituição mas entre outras instituições e entre pessoas afastadas uma das outras, tendo à disposição dos acadêmicos bibliotecas de primeira ordem localizadas em diferentes lugares como excelente instrumento de pesquisa. A Internet possibilita que pessoas geograficamente afastadas umas das outras se reunam a baixo custo, ampliando a comunidade dos pesquisadores incluindo os que não estão fisicamente presentes a fim de que os indivíduos que tenham interesses comuns possam se comunicar, mesmo trabalhando em lugares diferentes do globo, estimulando os que gostam de ler, os que tem vontade de saber, de discutir, de desvendar os detalhes, de ser bem informado e também despertar nos menos interessados a vontade, a curiosidade, e a continuidade do aperfeiçoamento social e cultural. As tecnologias, assim como as demais formas de comunicação, propiciam novas experiências individuais e coletivas e há necessidade do aprofundamento das pesquisas permitindo o pensar e o compreender e também o reinterpretar da nova realidade recriada pelos indivíduos, pois precisa-se de pessoas que estejam preparadas e que saibam atuar de forma profissional e responsável. Para combater a desigualdade de condições de acesso, o sistema de ensino tem papel fundamental. O saber é um bem de valor inestimável, pelo que é necessário promover a criação de mecanismos que contribuam para a sua consolidação e difusão. Aceder à informação disponível, constituirá uma necessidade básica para os cidadãos e compete às diversas entidades garantir que esse acesso se efetue de forma rápida e eficaz e numa base eqüitativa. É assim que a educação deve preocupar-se com o contexto atual e buscar incrementar através da tecnologia o ingresso do professor e do aluno na sociedade da informação utilizando da tecnologia disponível, procurando incluir-se com eficiência e rapidez na melhoria de informação e conseqüente ensino-aprendizagem. Demo, (1999, p. 45), ressalta que a aprendizagem, por ser processo e marca humana includível, é uma reconstrução permanente, devendo usar de todos os espaços e tempos que a favoreçam, pois está em jogo a formação da competência humana, não só da competitividade, o que estabelece certamente 11 a importância extraordinária que a educação tem para o mercado moderno, mas a ele deve ultrapassar, também porque deve fazer parte de todo processo educativo, em primeiro lugar, a cidadania. As relações entre educação e sociedade, sintonizada com as novas tendências desse novo milênio, proporciona uma das mais significativas e complexas mudanças na educação com o objetivo de preparar o aluno para atuar com competência e criatividade, com variações e inteligência como parte integrante da organização em busca da melhoria do processo ensinoaprendizagem. O "Livro Verde para a Sociedade da Informação", do Conselho de Ministros de Portugal, (1997, p.18), foi elaborado para promover um amplo debate sobre o tema sociedade da informação, pois reconhece-se que a Sociedade da Informação pode contribuir para a melhoria do bem-estar dos cidadãos, em virtude de facilitar a construção de um estado mais aberto, a inovação do ensino e na formação profissional, o acesso ao saber, o desenvolvimento de novas atividades econômicas e o aumento da oferta de empregos com níveis de qualificação profissionais mais elevados, entre outros. No entanto não se ignora a existência de barreiras de acesso à Sociedade da Informação de natureza econômica, educacional e cultural, assim como os riscos de que importantes camadas da população fiquem excluídas dos seus benefícios, em conseqüência do fenômeno da info-exclusão. A Sociedade da Informação constitui um desafio que tem que ser enfrentado com determinação de modo a adequar o país às profundas mudanças daí resultantes. Assim é fundamental o desenvolvimento da reflexão estratégica, de forma a aproveitarem-se as oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias e de modo a se transporem as barreiras a esse aproveitamento. Um dos fatores determinante para o êxito dessa transformação é a sua ativa aceitação social segundo os autores do livro verde. Para eles, é essencial criar condições eqüitativas de acesso aos benefícios que esta gera e combater simultaneamente os fatores que conduzem a novas formas de exclusão do conhecimento. É indispensável fomentar o reforço da coesão social e da diversidade cultural, a igualização de condições em espaços regionais diversificados, incentivar a participação dos cidadãos na vida da 12 comunidade e oferecer um Estado mais aberto e dialogante na identificação dos problemas e das soluções de interesse público, criando oportunidades de emprego e contribuindo para as alterações nas organizações das empresas de modo que se tornem mais eficientes e competitivas num mercado alargado. 13 CONCLUSÃO A escola não pode se distanciar e ignorar a realidade, ficar longe do mundo que a cerca, mas deve abrir-se e preparar-se para participar da nova situção adaptando suas ações pedagógicas frente às tecnologias que são instrumentos capazes de transformar o ensino em atividade mais dinâmica. O esforço pessoal do profissional da educação em atualizar-se para o uso das tecnologias e sua introdução na sala de aula poderá produzir modificações substanciais no processo ensino-aprendizagem. Os modos de pensar e usar os diversos conteúdos, sua forma de ensinar com certeza, serão modificados pela ação do computador e da Internet. Superar as dificuldades de equipamentos, e muitas vezes, a resistência do profissional da educação e também do acadêmico, por certo, não será uma tarefa fácil mas, fundamental se faz o incentivo, a motivação, a dinamização de toda a comunidade educativa para que se associem à nova realidade mundial, sem ficar marginalizado do processo de expansão dos recursos informáticos e tcnológicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOLZAN, Regina de Fátima F. de Andrade. O conhecimento tecnológico e o Paradigma Educacional. Florianópolis, 1998. DEMO, Pedro. A nova LDB: Ranços e avanços. Campinas / SP: Papirus, 1997. DEMO, Pedro. Pesquisa e Construção do Conhecimento. Editora Tempo Brasileiro, 1997. DEMO, Pedro. Pesquisa, Princípio e Educativo. São Paulo: Cortez, 1999. GADOTTI, Moacir. Educação e Poder: Introdução à Pedagogia do Conflito.11ª Edição. São Paulo: Cortez, 1998. LITTO, Frederich M. A Escola do futuro da Universidade de São Paulo. “Repensando a educação em função de mudanças sociais tecnológicas e o advento de novas formas de comunicação”, 1996. 14 MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T. & BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e meditação pedagógica. Campinas / SP: Papirus, 2000. SAMPAIO, Marisa Narciso Leite & SILVIA, Lígia. Alfabetização Tecnológica do Professor. Editora Vozes, 2000.