O uso da Drosophila melanogaster, heterozigota para o gene

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
[email protected]
Palavras-chave: genotoxicidade, ensaio do cometa,
Corbicula fluminea, poluição de águas
Costa, WF;1,2 Nepomuceno JC; 1Castro, AJS; 1Moura, GS
Universidade do Estado de Minas Gerais – Centro Universitário de Patos de Minas – Unipam; 2 Universidade Federal de Uberlândia
–MG – Instituto de Genética e Bioquímica.
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O uso da Drosophila melanogaster,
heterozigota para o gene supressor
de tumor wts, na detecção
de carcinogênicos químicos
O estudo da conservação evolutiva de genes supressores de tumor, encontrados em Drosophila e
mamíferos, é importante no conhecimento da indução e desenvolvimento de tumores em células
do disco imaginal. Esses estudos têm contribuído diretamente no entendimento do câncer em seres
humanos. O disco imaginal em Drosophila corresponde a um grupo de células, na larva, que, durante a
metamorfose, desenvolve estruturas do corpo da mosca adulta. As células do disco imaginal têm ciclo
celular muito semelhante ás células somáticas em mamíferos. Um dos genes envolvidos no controle
da regulação do ciclo celular em Drosophila é o gene wts (warts) que tem um homólogo supressor
de tumor LATS1 nos mamíferos. Portanto, o gene wts é considerado importante no controle da
morfogênese e proliferação celular. Na Drosophila o gene wts mutante, em homozigose, é letal.
Contudo, clones de células homozigotas para o wts, que surgem no disco imaginal da mosca
heterozigota, induzem o aparecimento de tumores semelhantes a verrugas (warts). O objetivo
deste trabalho foi o de avaliar o aumento nas freqüências de tumores induzidos pela doxorrubicina
(DXR) (0,125 mg/mL) e uretano (URE) (20 mM), em Drosophila melanogaster, heterozigotas para
o gene supressor de tumor wts (wts/TM3). Para tanto, ovos e larvas de 24h (1o instar) de Drosophila,
resultantes do cruzamento entre fêmeas wts/TM3 e machos mwh/mwh, foram tratadas com os agentes
químicos (DXR e URE). Machos e fêmeas, descendentes deste cruzamento, foram microscopicamente
analisados, observando a localização de cada tumor. Moscas portadoras do balanceador TM3 (asas
serrilhadas) não foram analisadas. Os resultados demonstraram um aumento, estatisticamente
significativo, nas freqüências de tumores em todo corpo da Drosophila adulta, quando larvas foram
tratadas com DRX (0,125 mg/mL) e URE (20 mM). Podemos concluir, portanto, que a Drosophila
melanogaster, heterozigota para o gene supressor de tumor (wts/TM3), é um importante modelo na
detecção de agentes carcinogênicos.
Apoio financeiro: UNIPAM, UFU e CAPES
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