15/10/2013 Ecologia de Populações e Comunidades Efeito na espécie 1 Efeito na espécie 2 + - Consumidor-recurso - - Competição + + Mutualismo + 0 Comensalismo - 0 Amensalismo Profa. Isabel Belloni Schmidt Dept. Ecologia – UnB [email protected] Comunidades – recapitulando: Interações interespecíficas Sucessão Interações - Regulações populacionais 4º 3º 2º Nível Trófico Controle Tam. Pop. Relativo Predadores (topo) Disponibilidade de recursos Alto (próximo a k) Herbívoros Predação Baixo (abaixo de K) Plantas (base) Disponibilidade de recursos Alto (próximo a k) Decompositores Disponibilidade de recursos Alto (próximo a k) 1º Mundo verde Mundo marrom Mundo verde Mundo marrom Interações - Regulações populacionais Nível Trófico Controle Tam. Pop. Relativo Predadores (topo) Disponibilidade de recursos Alto (próximo a k) Herbívoros Predação Baixo (abaixo de K) Plantas (base) Disponibilidade de recursos Alto (próximo a k) Decompositores Disponibilidade de recursos Alto (próximo a k) Defesas contra herbivoria -Fuga no tempo ou espaço; - Defesas químicas e mecânicas. 1 15/10/2013 Defesas contra herbivoria Atração de predadores; Herbivoria no Cerrado • Alta diversidade (2-3 x mais espécies que numa savana temperada – Arizona, USA); • Baixa densidade (11 x menor que no Arizona); • Plantas com lagartas – Cerrado: 12% vs. 49% Arizona. Marquis et al. 2002 Outros herbívoros? Interações tri-tróficas Herbivoria por formigas 89 colônias de formigas: >15 toneladas de biomassa/ano 825 kg de biomassa/ha/ano! Consumo de folhas verdes: 558 kg/ha/ano → ≈ 15% da produção total! Efeito na espécie 1 Efeito na espécie 2 + - Consumidor-recurso - - Competição + + Mutualismo + 0 Comensalismo - 0 Amensalismo • Herbivoria • Predação • Parasitismo – parasitas vs. parasitóides Costa et al. 2008 2 15/10/2013 O aumento da população de predadores ocorre em média dois anos após o aumento da população de presas. Efeito da predação na evolução Variável “X” Espécie A não preda B Morrem Espécie A preda B Morrem Espécie B não é predada por A Tempo Estratégias de fuga Efeito na espécie 1 Efeito na espécie 2 Coloração críptica + - Consumidor-recurso - - Competição + + Mutualismo + 0 Comensalismo - 0 Amensalismo Coloração de advertência Mimetismo - Proteção Velocidade + - Tamanho + - Competição intraguilda Competição aparente Aumento na população de 1 sp. de pulgão pode prejudicar a população da outra espécie de pulgão Pardal e joaninha estão na mesma guilda (consumidores primários) Mas o pardal pode também predar a joaninha + + - + - + - - - + + - + - + - + + + - + - + - - + + - + + - 3 15/10/2013 Competição explorativa Exclusão competitiva Competição por interferência Efeito da competição na evolução Processo de exclusão competitiva Parasita Gasto de energia com competição - - Predador - Nicho ecológico Nicho A Competição por interferência - - Espécie A é melhor competidora que espécie B - Baixa reprodução Competição aparente Alta reprodução Tempo Nicho B Espécie B não está competindo com a espécie A Tempo - - Predador - - Baixa reprodução Competição aparente Alta reprodução + Mutualista + Tempo Disponibilidade de recurso Competição por interferência - - + - Amensalismo Processo de exclusão competitiva Competição intraguilda Parasita - - Predador - Baixa reprodução Competição aparente Alta reprodução Descendentes adaptados + Mutualista + Disponibilidade de recurso Competição por interferência - Tempo Comensalismo Competição intraguilda - Nicho ecológico Processo de exclusão competitiva Parasita Nicho ecológico Recurso “X” Espécie A sobrevive Competição intraguilda + - Comensalismo Amensalismo 4 15/10/2013 Riqueza X Diversidade Espécie-chave É uma espécie que exerce influência no ecossistema de forma desproporcional à sua densidade relativa. É uma espécie que exerce influência nos níveis tróficos inferiores impedindo que as espécies competitivamente superiores monopolizem os recursos críticos Riqueza = nº de espécies Diversidade = nº de espécies + abundância relativa das espécies Sucessão ecológica Espécie pioneira vs. espécie tardia • Processo de mudança de espécies e estrutura de uma comunidade ao longo do tempo; - Influência de fatores bióticos e abióticos nas condições ambientais que permitem a colonização por diferentes tipos de espécies Sucessão primária ou secundária? • Sucessão primária (hábitats recém-formados) • Sucessão secundária 5 15/10/2013 Sucessão Sucessão – comunidade clímax • Comunidades climax (na ausência de perturbação) tendem a se manter estáveis “última instância do desenvolvimento da comunidade” • Se perturbadas (incêndio, desmatamento, furacões, etc) podem se recuperar Sucessão – comunidade clímax Sucessão – comunidade clímax Perturbações Hipótese do distúrbio intermediário Nível de perturbação Nível de perturbação Resiliência = Velocidade com que a comunidade retorna ao seu estado de origem após uma perturbação. Riqueza de espécies Nível de perturbação Efeitos no sistema Efeitos no sistema Efeitos no sistema Riqueza máxima Distúrbio Tempo 6 15/10/2013 Padrões de biodiversidade Padrões de biodiversidade Nos cinturões latitudinais: temperatura; produtividade; heterogeneidade topográfica Padrões de diversidade Padrões de diversidade • Relação espécie-área – ↑ área → ↑ populações → ↓ risco extinções – ↑ área → ↑ heterogeneidade → ↑ nichos disponíveis ↑ heterogeneidade amb. → ↑diversid. de recursos ↑ produtividade → ↑diversidade de espécies? Não necessariamente = paradoxo da produtividade ↓ Número de espécies local ↑ diversid. de nichos = diversidade de espécies Nº de sp Abundância Muita competição 1 100% 2 50% 3 33% 4 25% Espécies melhores competidoras dominam: Exclusão competitiva Padrões de biodiversidade Numa região a diversidade parece ser influênciada pela complexidade estrutural dos habitats locais. Pouca competição Número de espécies regional Morfologia = indicador de Papel ecológico 7 15/10/2013 Países megadiversos Países megadiversos Hotspots de Biodiversidade Conceito de comunidade: Conjunto de populações em uma mesma área. - Comunidade de uma área de campo limpo de Cerrado; - Comunidade de uma área de mata de galeria; - Comunidade vegetal; - Comunidade de gramíneas; - Comunidade animal; - Comunidade de predadores, etc. F. E. Clements (1900’s) – “comunidade são como unidades discretas com fronteiras nítidas e uma organização única.” Comunidade fechada Comunidade aberta Abundância • H. A. Gleason (1920’s)– “comunidade é uma associação fortuita de organismos cujas adaptações os capacitam a viver juntos sob condições físicas e biológicas particulares que caracterizam um determinado lugar.” Abundância Gradiente ambiental Gradiente ambiental 8 15/10/2013 Abundância Clements vs. Gleason (1900-1950/60) Gradiente ambiental - Sucessão determinística; - Comunidade como um organismo; - Sucessão em direção clímax, estável. Equilíbrio dinâmico (1950/60 - ) Ecótono Robert Whittaker; John Curtis, J. Connell, et. al. • Sucessão como processo complexo, influenciado por diversos mecanismos; • Abandono da ideia (fixa) de comunidade clímax; • Sucessão multidirecional (e não unidirecional) - Sucessão nãodeterminística; - Associações interespecíficas casuais; - Grande influencia de acaso e distúrbios; - Sucessão em direção clímax, estável. • Fronteiras entre comunidades, aonde há uma substituição de espécies ao longo de um gradiente. Equilíbrio dinâmico Padrões de biodiversidade Formações florestais Numa região a diversidade parece ser influênciada pela complexidade estrutural dos habitats locais. Mata de Galeria 9 15/10/2013 Tipos Fisionômicos do Cerrado Tipos Fisionômicos do Cerrado Mata Ciliar Cerradão Formações savânicas Mata Seca • Cerrado Denso Típico • Cerrado rupestre Parque Cerrado Presença de árvores agrupadas em pequenas elevações do terreno - murundus ou monchões. Trechos com árvores: 36 m, cobertura de 5% a 20% ou 50% a 70% (só os trechos com árvores) 10 15/10/2013 Guerobal: Syagrus oleracea (gueroba); Babaçual: Attalea speciosa (babaçu); Macaubal: Acrocomia aculeata (macaúba). Veredas Palmeirais Presença marcante de uma única espécie de palmeira arbórea praticamente não há destaque das árvores dicotiledôneas. Podem ser encontrados pelo menos 4 subtipos Em geral os Palmeirais do Cerrado são encontrados em terrenos bem drenados, embora um dos subtipos (Buritizal) ocorra em terrenos mal drenados, onde pode haver a formação de galerias acompanhando as linhas de drenagem, em uma típica estrutura de floresta. • Campo Limpo – Campo sujo Vegetação em mosaico • Campo rupestre Alguns exemplos... 11 15/10/2013 Alguns exemplos... Determinantes da vegetação no Cerrado • Precipitação sazonal (Clima), • Fertilidade e drenagem do solo (geologia +clima), • Regime de fogo (natural e antrópico) - frequência, época, tipo, combustível (quantidade e qualidade) e comunidade vegetal • Flutuações climáticas do especialmente quaternário (1,8 m.a.) Cerrado – tipo de vegetação Savanas em geral são classificadas em 4 tipos: (1) Baixa disponibilidade de água e alto suprimento de nutrientes (2) Alta disponibilidade de água com pobreza extrema de nutrientes no solo (3) Limitação tanto de água quanto nutrientes (4) Sem limitação de água ou nutrientes Em qual destes se enquadra o Cerrado? A maior parte da vegetação do Cerrado pode ser incluída no tipo 2 (raramente no tipo 3) Espécies acumuladoras de Alumínio • Alumínio em solos de pH≤ 5: Al+++ (predominante) • Em pH>5: Al(OH)++; Al(OH)2+; Al(OH)3 Al+++ Possíveis benefícios da absorção de Al Miconia albicans é tóxico para > parte das plantas cultivadas Espécies aluminiofílicas - maior absorção de nutrientes, K e P - Ex. Vochysiaceae que ‘acumulam’ Al mesmo em solos calcários E para as espécies do Cerrado? Vochysia thyrsoidea 12 15/10/2013 Planejamento • Próxima aula – 17 outubro: SAÍDA DE CAMPO (Rebio Contagem, Parque Nacional) Encontro 8h no estacionamento da L4 norte Calça, bota/tenis, chapeu, capa de chuva! Prova 2 - 31 outubro: Capítulos: 14 a 21 + material no Moodle 13