Universidade de Brasília Laís Carvalho de Freitas Soraya Rodrigues Cassemiro INOVAÇÃO NA GESTÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE: CENTRO CIRÚRGICO AMBULATORIAL – HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA Brasília 2015 Inovação na Gestão de Serviços no processo de Operação Cirúrgica do CCA - Centro Cirúrgico Ambulatorial - do Hospital Universitário de Brasília. Resumo A intenção deste trabalho é mostrar como a inovação na gestão pode melhorar o processo de operação cirúrgica, criando se subprocessos para otimização do serviços tanto para os pacientes como para os prestadores do serviços. Introdução No CCA – Centro Cirúrgico Ambulatorial, os procedimentos são feitos sobre qualquer tipo de anestesia, não demandam internação hospitalar no CCA, e a permanência no serviço não pode exceder 24 horas. Os processos cirúrgicos que ocorrem no CCA são cirurgias rápidas, no processo inteiro, na verdade. Os pacientes são avisados com um prazo de até 72 horas antes do procedimento e a permanecia após o procedimento pode ser no máximo de até uma pernoite. Redução dos custos. A redução dos custos dos procedimentos realizados em regime de cirurgia ambulatorial quando comparada com o tratamento em regime de internação hospitalar é de 55% nas unidades autônomas, 46% nas unidades satélites e 11% nas unidades integradas. Esses procedimentos que demandam um certo custo pro Estado, quando o paciente não comparece o processo é perdido. Pensando nisto, vamos discutir o que se deve inovar neste serviço. O que leva a desistência dos pacientes dos processos cirúrgicos? Quais os fatores que mais pesam na decisão dos pacientes? Quais medidas podem ser tomadas para que haja uma diminuição nos números de desistentes? Escopo Este trabalho está focado na inovação dos serviços prestados pelo Hospital Universitário de Brasília, no Centro Cirúrgico Ambulatorial – CCA, os procedimentos feitos no CCA são procedimento rápidos. Em geral são feitos procedimentos cirúrgicos como: Cirurgia Geral - Biópsia e exérese de lesões de pele, subcutâneo, anexos e partes moles, laparoscopia diagnóstica, colecistectomia por minilaparotomia e videolaparoscopia, varicectomia, herniorrafia de parede abdominal, hemorroidectomia, hernioplastia hiatal por ví- deolaparoscopia Cirurgia pediátrica - Hérnia de parede abdominal, postectomia Dermatologia - Biópsia e exérese de lesões cutâneas Endoscopia - Endoscopia digestiva alta e baixa para diagnóstico e terapêutica (polipectomia, papilotomia, esclerose de varizes) Ginecologia - Curetagem uterina, cirurgia da vulva, retirada de nódulos mamários, laparoscopia diagnóstica e terapêutica (laqueadura) Oftalmologia - Catarata, cirurgia do estrabismo Otorrinolaringologia - Amidalectomia, adenoidectomia, miringotomia laringoscopia, polipectomia, septoplastia, timpanoplastia Ortopedia - Artroscopia, liberação do túnel do carpo, exérese de cisto sinovial. Urologia - Cistoscopia, orquipexia, vasectomia, postectomia, hidrocelectomia, varicocelectomia. Em função do porte da operação, das características do serviço e das condições dos pacientes, as unidades de cirurgia ambulatorial podem funcionar com três modelos13: • Dispensação após o procedimento; • Permanência por um curto tempo para recuperação; • Pernoite. Em função do porte da operação e dos cuidados pós-operatórios, a cirurgia ambulatorial pode ser classificada como de pequeno ou de grande porte: • " A cirurgia ambulatorial de pequeno porte é realizada geralmente sob anestesia local com alta imediata do paciente: incluem as operações feitas no consultório ou ambulatório (retirada de lesões tumorais da pele e do subcutâneo, postectomia, vasectomia, hemorroidectomia, polipectomias endoscópicas em casos selecionados); • A cirurgia ambulatorial de grande porte é realizada sob qualquer modalidade de anestesia, sendo necessário um período de monitorização ou recupera- ção pós-operatória (herniorrafias inguinais, safenectomias, papilotomia endoscópica, colecistectomia e hernioplastias hiatais por videolaparoscopia). Diante de tais informações sobre os procedimentos cirúrgicos no CCA, o maior dos problemas encontrados atualmente é a ausência dos pacientes nos procedimentos, normalmente avisados entre 72 e 24 horas antes do procedimento. A questão é qual o motivo que leva ausência dos pacientes? Por serem procedimentos simples fáceis que quase não alteram a rotina do paciente as cirurgias ambulatoriais são eficientes, porém, existe uma grande falta de informação. Por medo, por falta de recursos os pacientes acabam faltando é não comparecem aos procedimentos, gerando um custo para Estado. Vendo por essa ótica, a ideia seria que houvesse um acompanhamento psicológico e social ao paciente, informando ele sobre o procedimento cirúrgico é todas as opções que ele têm. Esse acompanhamento seria feito a partir do momento que houvesse a necessidade da intervenção cirúrgica, em um primeiro momento seria acompanhando por um psicólogo e em seguida, caso houvesse a necessidade de acompanhamento do assistente social, haveria. Para o caso de recursos financeiros insuficientes por parte do paciente. A seguir, modelo atual de Processo Cirúrgico – CCA – HUB.