Professora Adriana Moraes Europa no século XIX “longo século

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Professora Adriana Moraes
Europa no século XIX
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“longo século” por compreender o início da era das revoluções do século XVIII e estender-se
até a Primeira Guerra Mundial;
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População de 190 milhões para 423 milhões de habitantes;
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desenvolvimento capitalista;
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triunfo do liberalismo, imperialismo;
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difusão das doutrinas sociais e do nacionalismo;
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deslocamentos demográficos - imigrantes – América, África do Sul, Nova Zelândia e Austrália;
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urbanização;
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europeização.
Napoleão Bonaparte
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Organizou uma administração centralizada , as reformas sociais de 1789 e o Código Civil
(1804).
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A Primeira República (1792-1804), criada após a queda da monarquia Bourbon, durou até o
Primeiro Império (1804-1814), sob o domínio de Napoleão I, quando a França tornou-se a
potência política dominante na Europa.
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Napoleão teve de travar contra a Inglaterra e outros países da Europa uma luta ininterrupta,
mas o bloqueio continental, o recrutamento e os impostos tornaram-no impopular.
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Em 1814, sob os golpes dos Aliados, o Império francês desmoronou, e a França reencontrou
suas fronteiras de 1792.
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Depois da queda de Bonaparte, os Bourbons reinstalaram-se no trono - Luís XVIII (18141824), Carlos X (1824-1830) - apesar de uma breve tentativa de restabelecimento do Império
(os Cem Dias, 1815).
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Governo Provisório – restauração da Monarquia
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Retorno da Dinastia dos BOURBONS – Luís XVIII
CONGRESSO DE
VIENA- 1813
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Grandes Potências Européias vencedoras da Guerra contra Napoleão reunem-se em Viena
(presididos pelo austríaco METTERNICH), a fim de restabelecer a situação política europeia
anterior à Revolução Francesa.
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França restaurada, pagou indenização de guerra: Império Austríaco, Rússia, Inglaterra e
Prússia
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PRINCÍPIOS BÁSICOS
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LEGITIMIDADE – restaurar nos Estados Europeus as dinastias e as fronteiras nacionais que
vigoravam no período pré-revolucionário.
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PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO EUROPEU – dividiria, entre as potências, o continente europeu e as
possessões coloniais.
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Restauração de fronteiras não foi respeitada
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Inglaterra – Rússia – Império Austríaco – Prússia , se apossaram de territórios de Estados mais
fracos: Polônia – Itália – França derrotada.
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Inglaterra beneficiada na partilha colonial.
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Suíça passou a ser Estado neutro.
Restauração – 1815-1830
Luís XVIII- irmão de Luís XVI :
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restaurou a monarquia dos Bourbons;
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criou nova constituição – poder executivo exercido pelo rei e o legislativo:
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Câmara dos Deputados/voto censitário
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C âmara dos Pares/vitalício e hereditário
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Grupos políticos:ULTRA-REALISTAS - BONAPARTISTAS - RADICAIS
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Carlos X – irmão de Luís XVI:
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Restabelecimento do Antigo Regime;
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Privilégios do clero e nobreza;
Carlos X – irmão de Luís XVI:
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Restabelecimento do Antigo Regime;
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Privilégios do clero e nobreza;
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Ativistas liberais X absolutistas = Revolução de 1830
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Fuga do rei pressionada pela alta burguesia francesa;
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Fim das intenções de restauração baseadas no Congresso de Viena
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Luís Filipe de Orléans – rei burguês
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reinado foi uma monarquia constitucional;
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era favorável à burguesia numa época em que a França começava a sua Revolução Industrial.
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Monarquia de Julho, como seu reinado muitas vezes é designado, representa a implantação
na França de um novo regime de aberta inspiração liberal acabando com a monarquia
absoluta.
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Os anos que vão desde a insurreição liberal de 1830 até à revolta mais acentuadamente
democrática de 1848, representam a idade de ouro da burguesia francesa.
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Aos poucos a aparência democrática do novo governo desapareceu progressivamente e o
regime foi endurecendo a fim de reprimir a oposição republicana e o crescente mal-estar das
classes operárias.
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Inicialmente, teve uma política de equilíbrio de interesses - sendo apoiado pela classe média
endinheirada - e cercou-se de ministros liberais, mas acabou recorrendo cada vez mais aos
conservadores.
As Revoluções de 1830 e 1848
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O predomínio na sociedade francesa da aristocracia fundiária, fiel às ideias do Antigo Regime,
entretanto, provocou a queda de Carlos X (1830) e o advento de uma realeza burguesa.
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O reinado de Luís Filipe (1830-1848) foi marcado pela supremacia política e econômica da
burguesia.
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A monarquia durou até a abdicação de Luís Filipe (1848). Durante este período, tendo perdido
influência na Índia e no Canadá, a França começou a criar um império ultramarino no norte da
África.
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Revoluções de 1848 designam um conjunto de revoluções na Europa central e oriental que
eclodiram em função de:
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regimes governamentais autocráticos;
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de crises econômicas;
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de falta de representação política das classes médias e do nacionalismo despertado nas
minorias da Europa central e oriental, que abalaram as monarquias da Europa;
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onde tinham fracassado as tentativas de reformas políticas e econômicas.
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Também chamada de Primavera dos Povos, este conjunto de revoluções, de caráter liberal,
democrático e nacionalista, foi iniciado por membros da burguesia e da nobreza que exigiam
governos constitucionais, e por trabalhadores e camponeses que se rebelaram contra os
excessos e a difusão das práticas capitalistas.
A Primavera dos Povos
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O ideal predominante nos demais países europeus onde houve revolução não foi o liberalismo,
mas sim o nacionalismo. Os revolucionários desses países queriam libertar seus povos da
dominação estrangeira imposta pelas decisões do Congresso de Viena.
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Os principais núcleos revolucionários foram: Paris, Berlim, Budapeste, Viena e Nápoles, mas a
atmosfera de agitação foi igualmente sentida na região dos povos tchecos, em regiões da Itália,
Alemanha, Áustria, e até mesmo em Londres.
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A “Primavera dos Povos" - como ficou conhecida essa vaga revolucionária - marcou o despertar
das nacionalidades — poloneses, dinamarqueses, alemães, italianos, tchecos, húngaros,
croatas e romenos —, que exigiram dos impérios a concessão de suas autonomias.
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Segundo o historiador Eric Hobsbawm, a Primavera dos Povos foi a primeira revolução
potencialmente global, tornando-se um modelo de "revolução mundial" que alimentou
rebeldes de várias gerações.
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De 1848 a 1849, tanto as revoluções burguesas como os movimentos populares tiveram um
substancial impacto na Europa, mas um pouco por todos os cantos do Velho Continente estas
insurreições não tiveram o sucesso ansiado, em grande medida porque a burguesia não se
posicionou do lado dos operários e dos camponeses.
Segunda República – 1848-1852
Segundo Império - 1852-1870
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Deu-se então a expansão do império francês, particularmente no sudeste asiático e no Pacífico.
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Do Segundo Império resta a lembrança de uma prosperidade material, de um desenvolvimento
da indústria e do comércio, mas também de uma política exterior ao mesmo tempo idealista e
eficiente, que terminou com a desastrosa Guerra franco-prussiana de 1870-1871.
Terceira República (1870-1940)
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Foi criada após a captura e exílio de Napoleão III e a derrota francesa na Guerra francoprussiana.
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O fracasso da Restauração monarquista obrigou a Assembléia Nacional a dotar a França de leis
constitucionais (1875), cuja aplicação favoreceu os republicanos.
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No exterior, a política caracterizou-se pela conclusão de uma aliança com a Rússia (1894), de
uma ENTENTE CORDIALE com a Inglaterra (1904) e pelo empreendimento da expansão
colonial.
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A França participou da Conferência de Berlim (1884) sobre a África e em 1914 dominava o
Marrocos, Tunísia, Madagáscar e grandes áreas da África Ocidental Francesa e da África
Equatorial Francesa.
Comuna de Paris
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No governo de Napoleão III, a França se envolveu em uma série de conflitos que marcaram o
período por grandes dificuldades financeiras. No fim do século XIX, Napoleão III resolveu entrar
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em guerra contra a Prússia. Essa medida visava conter o processo de unificação alemã
comandado por Otto Von Bismarck.
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Os prussianos venceram a França e aprisionaram Napoleão III durante a Batalha de Sedan, em
1870.
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De acordo com o Tratado de Frankfurt, os franceses eram obrigados a ceder a região
mineradora da Alsácia-Lorena aos alemães e deveriam pagar uma pesada indenização.
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As notícias sobre as condições humilhantes do tratado incentivaram a eclosão de diversas
manifestações populares em Paris. O governo republicano francês sofreu com a onda de
protestos.
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A mobilização popular alcançou seu auge quando os revoltosos decidiram instituir, em março
de 1871, a Comuna de Paris.
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Este seria um governo paralelo que teria como missão estabelecer a ditadura proletária
defendida pelos princípios socialistas.
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Defendia a igualdade civil entre homens e mulheres; aboliu o trabalho noturno e concedeu
pensão às viúvas e órfãos.
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Para conter os revolucionários, também conhecidos como “communards”, Thiers – presidente reuniu tropas e buscou o apoio de Bismarck.
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A superioridade bélica e militar dos soldados republicanos conteve rapidamente os revoltosos.
Durante os conflitos, aproximadamente 20 mil pessoas foram mortas. Posteriormente, cerca de
70 mil communards foram exilados na Guiana Francesa.
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