UECEVEST 2014.2 HISTÓRIA GERAL II PROF: HERBET TEIXEIRA AULA DO DIA 09/07/2014 MANHÃ 01."Os fenômenos econômicos (...) processam-se livre e independentemente de qualquer coação exterior, segundo uma ordem imposta pela natureza e regida por leis naturais. Cumpre, pois, conhecer essas leis naturais e deixá-las atuar." (Paul Hugon HISTÓRIA DAS DOUTRINAS ECONÔMICAS). O trecho acima sintetiza o pensamento econômico dos a) fisiocratas. b) mercantilistas. c) marxistas. d) keynesianos. e) marginalistas. 02."Os filósofos adulam os monarcas e os monarcas adulam os filósofos". Assim se refere o historiador Jean Touchard à forma de Estado europeu que floresceu na segunda metade do século XVIII. Os "reis filósofos", temendo revoluções sociais, introduziram reformas inspiradas nos ideais iluministas. Estas observações se aplicam: a) às Monarquias Constitucionais. b) ao Despotismo Esclarecido. c) às Monarquias Parlamentares. d) ao Regime Social-Democrático. e) aos Principados ítalo-germânicos. 03.O motivo pelo qual o conjunto de mudanças políticas que resultou na implantação do regime republicano na França, no século XVIII, pode, genericamente, ser classificado como uma revolução burguesa, é o fato de que nesse processo: a) a estrutura social francesa viu-se reduzida a uma polarização entre o bloco de apoio ao antigo regime - no qual se encontravam a aristocracia, os camponeses e os trabalhadores urbanos - de um lado, e o bloco de apoio à república operárioburguesa, de outro. b) a burguesia conseguiu a adesão ideológica da aristocracia, especialmente no que respeita à "abertura das carreiras públicas aos talentos individuais", o que possibilitou a ascensão de seus representantes ao poder do Estado. c) o comando da burguesia desde o início se revelou como irrefutável, uma vez que ela colocou a serviço de seus objetivos revolucionários os mais variados setores da população, - liderando assim uma restauração do Antigo Regime. d) as vanguardas operário-camponesas colocaram-se ao lado da burguesia, pois tinham claro que suas reivindicações somente alcançariam um patamar de consequência numa sociedade em que as relações burguesas de produção já estivessem desenvolvidas. e) os resultados políticos das sucessivas convulsões sociais geradas nos quadros da crise do estado monárquico francês foram, ao final, capitalizados pela burguesia, que pôde assim dar início à viabilização de seus interesses políticos e econômicos. 04.Na Revolução Francesa, foi uma das principais reivindicações do Terceiro Estado: a) a manutenção da divisão da sociedade em classes rigidamente definidas. b) a concessão de poderes políticos para a nobreza, preservando a riqueza dessa classe social. c) a abolição dos privilégios da nobreza e instauração da igualdade civil. d) a união de poderes entre Igreja e Estado, com fortalecimento do clero. e) o impedimento do acesso dos burgueses às funções políticas do Estado. 05."Mesmo se o alvo perseguido não tivesse sido alcançado, mesmo se a constituição por fim fracassasse, ou se voltasse progressivamente ao Antigo Regime, ... tal acontecimento é por demais imenso, por demais identificado aos interesses da humanidade, tem demasiada influência sobre todas as partes do mundo para que os povos, em outras circunstâncias, dele não se lembrem e não sejam levados a recomeçar a experiência." (Kant, O CONFLITO DAS FACULDADES, 1798). O texto trata: a) do iluminismo e do avanço irreversível do conhecimento filosófico; revelando-se falso nos seus prognósticos sobre o futuro políticoconstitucional. b) do retorno do Antigo Regime, na Europa, depois do fracasso da Revolução francesa, revelando-se incapaz de vislumbrar o futuro da história. c) da Revolução Francesa, dos seus desdobramentos políticos e constitucionais, revelando a clarividência do autor sobre sua importância e seu futuro. d) da Revolução inglesa, do impacto que causou no mundo, com seus princípios liberais e constitucionais, revelando-se profético sobre seu futuro. e) do despotismo ilustrado, dos seus princípios filosóficos e constitucionais e de seu impacto na política européia, revelando caráter premonitório. 06.A Revolução Francesa representou um marco da história ocidental pelo caráter de ruptura em relação ao Antigo Regime. Dentre as características da crise do Antigo Regime, na França, está: a) a crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado pela burguesia contra os privilégios do clero e da nobreza. b) o desequilíbrio econômico da França, decorrente da Revolução Industrial. c) a retomada da expansão comercial francesa, liderada por Colbert. d) o apoio da monarquia às sucessivas rebeliões camponesas contrárias à nobreza. e) o fortalecimento da monarquia dos Bourbons, após a participação vitoriosa na guerra de independência dos E.U.A. 07.A Constituição da França de 1791, a partir dos princípios preconizados por Montesquieu, consagrou, como fundamento do novo regime, a) a subordinação do Judiciário ao Legislativo, que passou a exercer um poder fiscalizador sobre os tribunais. b) a identificação da figura do monarca, com a do Estado, que a partir desse momento se tornou inviolável. c) a supremacia do Poder Legislativo, deixando de ser o rei investido de poder moderador. d) o poder de veto monárquico, que se restringiu a assuntos fiscais, limitando, assim, a soberania popular. e) a separação dos poderes até então concentrados, teoricamente, na pessoa do soberano. 08.A Revolução Francesa é um marco na história da humanidade por ter produzido rupturas com o Antigo Regime. Qual das alternativas apresenta as mais importantes? a) O assassinato do médico Marat, editor do jornal Amigo do Povo, por Charlotte Corday, provocou a radicalização entre os jacobinos. b) A participação das mulheres na queda da Bastilha e o surgimento do grupo radical dos Girondinos. c) O fim da servidão e dos privilégios feudais, a declaração dos direitos do homem e do cidadão, o confisco dos bens do clero, a reforma do Exército e da Justiça. d) O fim da escravidão, a declaração dos direitos do homem, o código de Napoleão com reforma judiciária que confiscou as terras da aristocracia. e) A secularização do clero, a República Jacobina, o comitê de Salvação Pública que condenou à morte os próprios líderes da Revolução. 09.Para os leitores do século XVIII, os clássicos - EMÍLIO, de Rosseau; DICIONÁRIO FILOSÓFICO, de Voltaire e a ENCICLOPÉDIA, de Diderot e D Alambert - não passavam de literatura clandestina e subversiva; é que estes livros exerceram uma grande influência nos destinos da França revolucionária. Sobre este fato, identifique as proposições verdadeiras ou falsas. ( ) A historiografia reconhece várias fases pelas quais passou a Revolução Francesa: Assembléia Nacional Constituinte, Monarquia Constitucional, Convenção Nacional e Diretório. ( ) Proclamada a República na França, em 22.09.1792, a Assembléia Nacional Constituinte foi substituída pela Convenção Nacional que deveria confirmar a Constituição de 1791. ( ) Na Convenção Nacional, três grupos disputavam o poder: os Girondinos, representantes da alta burguesia; os Jacobinos, da pequena e média burguesia e o proletariado de Paris e a Planície, que representava a burguesia financeira. ( ) Napoleão Bonaparte dissolveu o Diretório, em 1799, e iniciou uma política de expansão territorial, na Europa, com reflexos para o Brasil: a transmigração da família real portuguesa. ( ) A reação conservadora às reformas burguesas efetuadas por Napoleão manifestou-se no Congresso de Viena e na Santa Aliança: o primeiro pretendia restaurar o mapa político europeu e a segunda, combater o nacionalismo europeu e americano. 10.Compõe o cenário em que se desenrolou a Revolução Francesa a) o cercamento das terras públicas pelo Estado com a conseqüente expulsão dos camponeses para o trabalho na indústria. b) o esgotamento da capacidade de ação da monarquia francesa frente às transformações vividas pelo país, assim como diante dos anseios políticos burgueses. c) a defesa jacobina da manutenção dos monopólios coloniais com a impotência do Estado monárquico francês em atendê-los. d) o apoio da monarquia francesa à Inglaterra por ocasião da guerra da independência americana, com o conseqüente desgaste interno do Estado. e) a morte na guilhotina do rei Carlos I e de sua esposa, a rainha Maria Antonieta, depois de serem condenados por traição. 11.Relativamente à expansão napoleônica (1805-1815), pode-se afirmar que acarretou mudança no quadro político europeu, tais como: a) difusão do ideal revolucionário liberal, ampliação temporária do raio de influência francesa e fortalecimento do ideário nacionalista nos países dominados. b) isolamento diplomático da nação inglesa, radicação definitiva do republicanismo no continente e estabelecimento do equilíbrio geopolítico entre os países atingidos. c) desestabilização das monarquias absolutistas, estímulo para o desenvolvimento industrial nas colônias espanholas e implantação do belicismo entre as nações. d) desenvolvimento do cosmopolitismo entre os povos do império francês, incrementação da economia nos países ibéricos e contenção das lutas sociais. e) difusão do militarismo como forma de controle político, abertura definitiva do mercado mundial para os franceses, estímulo decisivo para as lutas anticolonialistas. 12."Milhares de séculos decorrerão antes que as circunstâncias acumuladas sobre a minha cabeça vão encontrar um outro na multidão para reproduzir o mesmo espetáculo." (Napoleão Bonaparte) Sobre o período napoleônico (1799-1815), podemos afirmar que: a) consolidou a revolução burguesa na França através da contenção dos monarquistas e jacobinos. b) manteve as perseguições religiosas e o confisco das propriedades eclesiásticas iniciadas durante a Revolução Francesa. c) enfrentou a oposição do exército e dos camponeses ao se fazer coroar imperador dos franceses. d) favoreceu a aliança militar e econômica com a Inglaterra, visando à expansão de mercados. e) anulou diversas conquistas do período revolucionário, tais como a igualdade entre os indivíduos e o direito de propriedade. 13.Durante o período napoleônico (17991815), dentre as medidas adotadas por Bonaparte, assinale aquela que teve repercussões importantes nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra: a) Restauração financeira, com a consequente fundação do Banco da França, em 1800. b) Decretação do Bloqueio Continental, em 1806, com o qual Napoleão visava arruinar a indústria e o comércio ingleses. c) Promulgação, em 1804, do Código Civil que incorporou definitivamente, na legislação francesa, os princípios liberais burgueses. d) Expansão territorial da França com a incorporação de várias regiões da Europa, formando o chamado Império Napoleônico. e) Criação do franco, como novo padrão monetário. 14. O Congresso de Viena, concluído em 1815, após a derrota de Napoleão Bonaparte, baseou-se em três princípios políticos fundamentais. Assinale a opção que apresenta corretamente esses princípios: a) Liberalismo, democracia e industrialismo. b) Socialismo, totalitarismo e controle estatal. c) Restauração, legitimidade e equilíbrio europeu. d) Conservadorismo, tradicionalismo e positivismo. e) Constitucionalismo, federalismo e republicanismo. R=C 15. No início do século XIX, Saint-Simon, Robert Owen e outros propuseram reformas, para atenuar os males causados pelo fortalecimento da ordem burguesa sobre os operários e para distribuir melhor a riqueza. Como esperassem medidas humanitárias dos governos burgueses, Karl Marx chamou-os de: a) social-democratas b) socialistas utópicos c) sindicalistas radicais d) comunistas ortodoxos e) anarquistas românticos.