Sucessão e diversidade da fauna de insetos decompositores em

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Sucessão e diversidade da fauna de insetos decompositores
em carcaças enterradas e queimadas de Rattus norvergicus em
Brasília, DF.
Luiz. A. Lira Júnior1; Amanda S. Souza1; Letícia A. Gomes1; Marcus V. C.
Rocha1 ; Milena Luçardo2; José R. Pujol-Luz1
1
Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Zoologia, Brasília,
DF CEP 70910-900, [email protected];
2
Centro Universitário de Brasília (UniCEUB/FACES), SEPN 707/909, Brasília, DF, 70790-075.
A morte não deve ser entendida apenas como um fato instantâneo e sim como
um processo, onde, além de microorganismos saprófagos como bactérias e
fungos, há também a chegada de diversos artrópodes, com predominância de
insetos necrófagos, dos quais Diptera e Coleoptera são as ordens mais
frequentes (correspondendo 60%) destacando as famílias Calliphoridae,
Sarcophagidae, Muscidae, Scarabaeidae e Staphylinidae. Os insetos são,
portanto, os primeiros a chegar ao cadáver e estão presentes em todas as
fases de decomposição. Dessa forma podem produzir informações que
auxiliam na resolução de um crime. O estudo foi conduzido no Campus Darcy
Ribeiro da UnB, cuja vegetação era originalmente cerrado, possuindo
predominância de gramíneas e presença de árvores de pequeno porte. Para o
experimento utilizou-se seis ratos (Rattus novergicus) provenientes do descarte
do biotério da UnB, dos quais três foram queimados e os outros três foram
enterrados. Os ratos queimados foram colocados dentro de gaiolas metálicas,
de cerca de 20 cm x 12cm x 10 cm, que impediram o acesso de carniceiros,
porém permitiram o acesso dos artrópodes. As gaiolas foram colocadas
próximas aos sítios onde os outros ratos foram enterrados em covas rasas de
aproximadamente 10 cm de profundidade. O experimento conduziu-se com
observações diárias no inicio da manhã e no fim da tarde durante um mês,
foram realizada coletas dos insetos adultos e imaturos. Notou-se que as
carcaças queimadas chegaram ao estágio final da decomposição quatro vezes
mais rápido do que os ratos enterrados, devido a maior exposição aos fatores
climáticos e agentes biológicos. As espécies coletadas em maior quantidade
nas carcaças queimadas foram: Atheta sp., Eulissus chalybaeus, Belonuchus
sp., Chrysomya albiceps, Chrysomya megacephala, Lucilia eximia, Musca
domestica. Já nas carcaças enterradas as mais frequentes foram: Atheta sp.,
Belonuchus sp., Lucilia eximia.
Palavras-chave: sucessão da fauna cadavérica; entomologia forense; insetos
necrófagos.
Apoio/financiamento: CNPQ, CAPES, FAPDF, FINEP
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