canais de marketing

Propaganda
OS EFEITOS DA ASSOCIAÇÃO DO PEELING DE DIAMANTE À IONTOFORESE
COM ALPHA ARBUTIN® PARA MELASMA FACIAL
THE EFFECTS OF DIAMOND PEELING ASSOCIATION TO IONTOFORESE WITH
ALPHA ARBUTIN® FOR FACIAL MELASMA
Camila Fernanda de Oliveira – [email protected]
Rita de Cássia Ricci – [email protected]
Tainá Guidastri Ramos – [email protected]
Graduadas em Estética – UNISALESIANO Lins
Profª Ma. Luciana Marcatto Fernandes Lhamas – UNISALESIANO Lins –
[email protected]
RESUMO
O Melasma é caracterizado como uma hipermelanose adquirida na pele que
acomete geralmente regiões da face que são mais expostas ao sol. Baseado nisso,
encontra-se o ativo Alpha Arbutin® que atua na inibição da enzima tirosinase e
estimula o clareamento da pele e em conjunto à Iontoforese, que atuará na
contribuição de melhor absorção do ativo administrado; acredita-se que os
benefícios do ativo serão potencializados. O Peeling de Diamante, por sua vez,
colabora através da esfoliação feita sob o estrato córneo da pele, deixando-a mais
fina favorecendo os efeitos do ativo Alpha Arbutin®. A presente pesquisa teve como
objetivo identificar a eficácia do Alpha Arbutin® aplicado por Iontoforese associado
ao Peeling de Diamante para Melasma Facial. Foi desenvolvida uma pesquisa
experimental de abordagem qualitativa, com duração de 60 (sessenta) dias, onde os
procedimentos foram aplicados em quatro mulheres com idade entre 20 (vinte) e 45
(quarenta e cinco) anos com fototipo III, que apresentavam Melasma na região da
face. Os resultados foram analisados por meio de registros fotográficos pré e póstratamento. O estudo obteve resultados satisfatórios, pois houve uma otimização
significativa na aparência das manchas, onde a pele apresentou-se mais uniforme e,
consequentemente, observou-se uma melhora notória na autoestima das
voluntárias.
Palavras-chaves: Melasma, Peeling de Diamante, Alpha Arbutin®, Iontoforese.
ABSTRACT
The Melasma is known as a hipermelanose acquired on the skin that usually
appears on the face area for been so exposured to the Sun. Based on that, it is found
the Alpha Arbutin® that works for the inhibition of the enzime tirosinase and
estimulates the lighten of the skin and along with the lontoforese that will act on the
contribution of a better absortion of the substance mentioned above. This substance
is believed to be double beneficial. This research aimed at recognizing the
advantages of the Alpha Arbutin® applied by lontoforese associated to Diamond
Peeling for facial melasma. It was developed a research that lasted for 60 days and
the procedures were applied to four women at ages between 20 to 45 years old with
phototipo I and III that represented melasma on the facial area. The results were
analysed by records of photographs before and after treatment. The studies had a
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
116
satisfactory result for it had a meaningful improvement on the stains of the skin as
well as improving the volunteers self-steem.
Keywords: Melasma. Diamond peeling. Alpha Arbutin®. Iontoforese.
INTRODUÇÃO
A busca do homem pela imagem ideal tem se tornado constante e não estar
satisfeito com sua própria aparência pode influenciar negativamente seus campos
emocionais, psicológicos e sociais e, em casos extremos, desenvolver transtorno
depressivo. E as manchas na pele são uma das causas dessa insatisfação.
(FREITAG, 2007)
O tecido cutâneo facial está inevitavelmente exposto às agressões
extrínsecas, principalmente aos raios ultravioletas do sol. Com a finalidade de
defesa, ocorre o aumento da síntese de melanina. Segundo Gonchoroski (2005, p.
84-8), “[...] após a irradiação, os melanossomas se reagrupam em torno do núcleo a
fim de proteger o material genético da célula e, assim, além de promover a
coloração da pele, a melanina promove fotoproteção [...]”.
Em alguns casos, ocorre a produção exacerbada de melanina, o que resulta
em manchas hipercrômicas. Entre elas, apresenta-se o melasma. Apesar de sua
etiologia não ser totalmente comprovada, acredita-se que está diretamente
relacionada a alterações hormonais, pré-disposição genética, e disfunções na
tireoide (MOREIRA, 2010). O melasma caracteriza-se por manchas escuras ou
acastanhadas, de contornos assimétricos que atinge geralmente as regiões
centrofacial, malar e mandibular e em 90% dos casos é diagnosticado em mulheres
em idade fértil. (COSTA, 2012)
Para obter um clareamento significativo das manchas são utilizados ativos
despigmentantes que têm como principal função diminuir a produção de melanina
por meio da inibição da enzima responsável pela síntese, a tirosinase. O Alpha
Arbutin®, além de clarear, também promove um tom uniforme em todos os tipos de
pele. (NASCIMENTO apud DOMINGUES, 2012)
O Peeling de Diamante provoca uma esfoliação no estrato córneo da pele,
causa uma leve hiperemia na região onde foi feito, promove a renovação celular e
favorece a permeabilidade do ativo Alpha Arbutin®, potencializando, assim, os seus
efeitos na pele. (BORGES, 2010)
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
117
A Iontoforese é uma técnica não invasiva, que, por meio da corrente elétrica e
por repulsão de cargas iguais, aumenta a penetração de ativos ionizáveis no tecido
cutâneo a ser tratado (GASPAR, 2012). Melhora também a oxigenação, circulação e
nutrição dos tecidos. (BORGES, 2010)
O presente estudo teve como objetivo verificar a eficácia da associação do
Peeling de Diamante à Iontoforese com Alpha Arbutin® para tratar melasma facial.
1
CONCEITOS PRELIMINARES
1.1
A pele e suas estruturas
A pele é considerada o maior órgão do corpo humano. Sua principal função é
impedir que agressores externos penetrem em seus tecidos, como os raios
ultravioletas, infecções, umidade, traumas mecânicos. Apresenta, também, grande
importância na produção de vitamina D, regulação de temperatura e percepção
sensorial (GOBBO, 2010). Composta por diversas estruturas, a pele divide-se em
duas camadas: Epiderme e Derme, e, abaixo, uma camada composta por tecido
adiposo, avaliado como um tecido subcutâneo, a Hipoderme. (RIBEIRO, 2010)
A Epiderme é a camada mais superficial da pele e age como barreira para
agressores externos; ela está em transformação contínua e seu processo de
renovação dura cerca de 28 (vinte e oito) dias.
É composta por cinco estratos: córneo, lúcido, granuloso, espinhoso e
basal/germinativo. O estrato córneo é composto por células que não possuem
núcleo e é rico em queratina amolecida. Já o estrato lúcido tem a função de hidratar
todas as estruturas e localiza-se na pele da palma das mãos e planta dos pés. O
estrato granuloso é composto por camadas de células achatadas. Acima do estrato
basal encontra-se o estrato espinhoso e é para onde migram as células que se
renovam do estrato córneo. Por fim, localiza-se o estrato basal, que é a camada
mais profunda da Epiderme, onde ocorre a renovação celular.
O estrato basal apresenta dois tipos de células: os queratinócitos – células
que realizam a produção de queratina que atua na proteção e revestimento da pele.
E os Melanócitos – realizam a síntese de melanina, responsável pela pigmentação
da pele.
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
118
A Derme é formada basicamente por colágeno e elastina; é responsável pela
sustentação da Epiderme. Estão presentes na Derme os vasos sanguíneos,
linfáticos, nervos e órgãos sensoriais. (AUGUSTO et al., 2008)
1.1.1 Hipermelanose cutânea e melasma
A Hipermelanose cutânea consiste na presença de manchas escuras na pele,
onde ocorre a produção exagerada de melanina pelos melanócitos, podendo ser
localizada ou dispersa. Entre as melanoses, encontra-se a mais comum, o melasma.
(RIBEIRO, 2010)
O melasma é um distúrbio de pigmentação, caracterizado por manchas
acastanhadas e bordas irregulares que acometem geralmente mulheres em idade
fértil; localiza-se mais comumente na região centrofacial, podendo se observar
também nas regiões foto expostas, como pescoço e colo.
A etiologia do melasma é desconhecida, porém, a radiação ultravioleta,
fatores hormonais e herança genética estão diretamente ligados a essa
Hipermelanose, tendo em vista que por maior atividade, os hormônios estimulam a
produção exacerbada de melanina, resultando no aparecimento do melasma. A
exposição aos raios ultravioletas sem o uso de proteção solar é um agravante do
melasma, uma vez que essa Hipermelanose piora no verão. Além dos fatores já
citados, disfunções na tireoide, cosméticos, disfunções hepáticas e fatores
nutricionais estão relacionados também no diagnóstico do mesmo.
O melasma pode ser diagnosticado em quatro tipos: Meslasma Epidérmico –
é caracterizado quando há diferença significativa entre a pigmentação da pele e da
mancha; Melasma Dérmico – há um menor contraste entre a pele e a mancha;
Melasma Misto – são áreas com variação de contraste; e Melasma Indefinido –
atinge pessoas com fototipos mais elevados e a diferença entre a coloração da
mancha e a pele é de difícil percepção. (KEDE, 2009)
1.2
Permeação cutânea de ativos
O tecido cutâneo é um dos principais locais de aplicação de cosmecêuticos e
cresce cada dia mais a procura e estudos por esses ativos. O estrato córneo,
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
119
camada mais externa da pele, é formado por queratinócitos que dificultam a
permeabilidade de substâncias sobre os tecidos, o que acarreta em uma barreira de
proteção natural da pele.
Por meio dessa dificuldade na penetrabilidade cutânea de fármacos, recursos
físicos a fim de otimizar os efeitos de ativos sobre a pele estão em constantes
estudos para servirem como método alternativo ou auxiliar nos protocolos utilizados.
(JESUS; SILVA; MENDONÇA, 2006)
1.2.1 Iontoforese: indicações, benefícios e contraindicações
Iontoforese é um recurso terapêutico não invasivo que utiliza corrente elétrica
para transportar agentes farmacêuticos ao Tecido Cutâneo. O primeiro a elucidar
sobre o método foi Pivati, em 1747; entretanto, seu uso na ministração de fármacos
foi no início do século XX, e, desde então, vários ativos são estudados para o devido
fim, onde são analisados o nível de penetração e a eficácia.
A técnica é significativamente utilizada em tratamentos com medicamentos
analgésicos, a fim de proporcionar alívio mais rápido da dor devido ao seu poder de
permeabilidade mais profunda sobre a pele. (OLIVEIRA; GUARATINI; CASTRO,
2005)
A aplicação prática do método divide-se em três etapas: a Fonte Elétrica –
que é o equipamento composto por eletrodos de metal ou borracha; a Solução
Doadora de Íon – que são um solvente e o fármaco ionizável que se deseja
transportar transdermicamente; e a Região de Aplicação do Paciente.
Os mecanismos envolvidos na transferência transdermal por Iontoforese são
a Eletrorrepulsão – provinda da compatibilidade do fármaco ionizável e a
eletricidade, o que gera maior força para conduzir íons de mesma polaridade ao
eletrodo que são submetidos; Eletrosmose – movimento transdérmico de parte do
solvente em contato com os elementos iônicos que foram diluídos no mesmo e
aumento da permeabilidade da pele pelo pulso elétrico.
O principal local de acesso dos íons que são transferidos pelo método são as
glândulas sudoríparas, pois o estrato córneo, glândulas sebáceas e folículos pilosos
apresentam impedância cutânea. É importante dizer que, quanto maior o tempo de
aplicação e a amplitude da corrente, maior será a quantidade de íon transferida na
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
120
região. (GRATIERI; GELFUSO; LOPEZ, 2008)
O grande diferencial da Iontoforese é a maior liberação de agentes (fármacos
ou cosmecêuticos) sobre o Tecido Cutâneo, o que confere em melhores resultados
em prazos reduzidos comparados ao método tradicional de aplicação tópica; e, por
se tratar de um método não invasivo, não apresenta dor ou qualquer outro
desconforto à pessoa que for submetida ao mesmo. O risco de queimaduras ou
grande sensação de desconforto pode existir, mas é desconsiderado devido à baixa
potência da corrente utilizada nos procedimentos. (BORGES, 2010)
O método é indicado para auxiliar em procedimentos para o tratamento de
fibro edema geloide, inflamações, flacidez dérmica, gordura localizada, entre outros.
O recurso é banido em casos de próteses metálicas, gravidez, cardiopatias,
infecção ativa e hipersensibilidade ao ativo administrado. (BORGES, 2010)
1.3
Microdermoabrasão
A Microdermoabrasão é uma técnica de esfoliação não invasiva, utilizada
como método de peeling mecânico com caráter superficial, ou seja, atinge apenas a
Epiderme o que ocasionará efeito regenerativo da pele. (CANTO; MEJIA, 2012)
O equipamento de Microdermoabrasão é constituído por uma caneta
aplicadora que gera pressão positiva e negativa em conjunto durante todo o período
de aplicação da técnica diretamente sobre a pele, onde a ponteira da caneta é
composta por microgrânulos de óxido de alumínio sendo que a pressão positiva é
depositada e é ocasionada a esfoliação no tecido cutâneo e, ao mesmo tempo, são
absorvidos pela pressão negativa ambos os microgrânulos e o tecido removido com
a esfoliação. É importante atentar-se ao fato de que, a pressão causada pelo
aparelho é totalmente controlada através de botões de regulagem, o que gera
melhor controle por parte do profissional que irá realizar o procedimento. (BORGES,
2010)
1.3.1 Peeling de Diamante: indicações, benefícios e contraindicações
O Peeling de Diamante trata-se de um aparelho com ponteiras diamantadas
utilizadas para a Microdermoabrasão, onde, no caso, difere-se ao fato de que nessa
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
121
técnica seja utilizada apenas a pressão negativa, a qual irá sugar a pele e a ponteira
diamantada realizará o processo de lixamento sobre a pele, o que resulta em um
tecido cutâneo mais fino o que tornará mais suscetível a penetração de agentes
determinados para cada situação à qual deseja ser tratada. (BORGES, 2010)
A técnica descrita tem como principal função afinar a camada superficial da
pela, à qual irá proporcionar a regeneração celular e, consequentemente, a
produção de colágeno e elastina o que trará à pele maior viço e melhor aparência;
outro ponto positivo é que, como consequência dessa abrasão, a pele estará
suscetível a posteriores benefícios de ativos cosmecêuticos aplicados após o
procedimento. (BORGES, 2010)
O Peeling de Diamante se faz válido para tratamentos onde se deseja
melhorar a aparência de rugas superficiais, cicatriz de acne, clareamento superficial
da pele, estrias e foliculite. O procedimento deverá ser banido em casos de lesões
teciduais que apresentem processo inflamatório; atentar-se ao excesso de abrasão
provocado em qualquer fototipo cutâneo, mas, principalmente, a pele negra; haja
vista que a mesma possui maior probabilidade de ocorrência em discromias.
(CANTO; MEJIA, 2012)
É importante que o uso de ácidos seja cauteloso, uma vez que os danos
causados pelo mau uso de tal possam causar manchas na pele quando não
indicados e acompanhados por profissionais aptos a ministrar o ativo com
segurança. (BORGES, 2010)
1.4
Despigmentantes
A busca pela beleza nos dias atuais tem aguçado os desejos de pessoas,
especialmente mulheres, pelo mundo afora. Os produtos dermatológicos clareadores
faciais estão em grande demanda em todos os países devido ao anseio na melhora
de manchas na pele com o propósito de atenuar as regiões hiperpigmentadas e
aumentar a autoestima de quem faz uso deste método.
O que diferencia as pessoas com e sem alterações pigmentares é que em
casos de manchas a formação de melanina é maior, o que demanda a desordem da
pigmentação na pele. Para uma eficaz despigmentação e efeito satisfatório, os
despigmentantes devem atuar, entre outros métodos: impedimento da tirosinase,
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
122
enzima de suma importância para a formação da melanina; redução dos
melanócitos; eliminação de processos inflamatórios ocorridos pós-exposição à
radiação ultravioleta; como antioxidantes da melanina. (RIBEIRO, 2010)
1.4.1 Alpha arbutin®: indicações, benefícios e contraindicações
O ativo mais comumente utilizado na despigmentação cutânea é a
Hidroquinona, devido à sua ação imediata sobre a mancha; porém, seus efeitos
colaterais têm feito aumentar a busca por um despigmentante mais seguro e de
resultados tão satisfatórios quanto. (RIBEIRO, 2010)
Como efeitos dessa busca, surgiram alguns derivados da Hidroquinona, entre
eles encontra-se o Alpha Arbutin®, ativo que clareia as manchas existentes e
promove tom uniforme na pele; isso se deve ao fato de ser um ativo puro e
biosintético, além de ser estruturalmente um alfa-glicosídeo, fato que o torna mais
estável e eficaz que clareadores utilizados com frequência.
O Alpha Arbutin® atua bloqueando a tirosinase, principal enzima na formação
da melanina, que é gerada através de uma reação entre a tirosina (aminoácido) e a
tirosinase, que acontece no interior dos melanossomas, que, por sua vez, são
formados dentro dos melanócitos. Este despigmentante promove clareamento eficaz
e seguro além de proporcionar um tom uniforme em todo o local tratado. É um ativo
de efeitos colaterais desconsiderados e despigmentação rápida. (VIA FARMA, 2012)
O ativo descrito é indicado para tratamentos clareadores em todos os tipos de
pele, atenuando as Hipermelanoses faciais e nas mãos. (FAGRON, 2014). É
contraindicado em gestantes, lactantes e pessoas que possuam reação alérgica ao
ativo administrado. (VIA FARMA, 2012)
2
METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa experimental de abordagem qualitativa, tendo
como objetivo comparar antes e depois da associação do Peeling de Diamante
aliado ao Alpha Arbutin® e Iontoforese. O estudo foi desenvolvido após a aprovação
do Comitê de Ética e Pesquisa do UNISALESIANO – Lins/SP, parecer número
661.845, 26/05/2014. Os procedimentos foram realizados no laboratório de Estética
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
123
do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO Lins, no
período de 02 a 30 de junho de 2014, com o total de 8 (oito) sessões, sendo duas
vezes por semana. As voluntárias da pesquisa apresentavam Melasma Facial e não
faziam uso de nenhum tratamento medicamentoso e estético; as mesmas foram
divididas em dois grupos: A e B.
No grupo A, as voluntárias possuíam 41 (quarenta e um) e 45 (quarenta e
cinco) anos, ambas fototipo III. No grupo B, apresentavam 32 (trinta e dois) e 35
(trinta e cinco) anos, também fototipo III.
Após assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para
a coleta de dados, foi realizada uma Avaliação Facial com aspectos voltados a
verificar Fototipo, Biotipo Cutâneo, alterações por pigmentação, rotina de saúde,
hábitos alimentares. Posteriormente, foi efetuada a coleta de imagens através de
uma máquina fotográfica da marca Canon modelo: EOS REBEL T3i, com o fundo
creme, iluminação ambiente a um metro de distância da região fotografada.
Durante o período do experimento, as voluntárias foram orientadas a não se
exporem ao sol e a fazerem uso de protetor solar, a fim de não interferir ou
prejudicar os resultados esperados. O tratamento foi superficial, agindo apenas
sobre a Epiderme e apresentou riscos mínimos, sendo um deles a sensibilidade
local alterada.
Na primeira e quarta sessões, após a higienização da pele e antes da
aplicação do ativo, ambos os grupos foram submetidos ao Peeling de Diamante,
com o intuito de remover as células mortas para melhor aproveitamento do
tratamento. (BORGES, 2010)
Nas voluntárias 1 e 2 do grupo A, respectivamente, foi administrado sobre a
pele o ativo Alpha Arbutin® na concentração usual de 2%, concomitantemente à
Iontoforese em polaridade positiva, durante 6 (seis) minutos em cada região para
que ocorresse a melhor absorção cutânea. Já as voluntárias 1 e 2 do grupo B,
respectivamente, foi aplicado o Alpha Arbutin® e apenas massageado sobre as
regiões, também durante 6 (seis) minutos. Finalizando ambos os grupos com filtro
solar ADCOS® FATOR DE PROTEÇÃO SOLAR (fps) 60 (sessenta).
Na análise de dados, foram utilizados os registros fotográficos feitos no
primeiro dia da sessão, e as fotos do pós-tratamento foram tiradas após a última
sessão. O tratamento foi finalizado com a aplicação do questionário de satisfação
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
124
respondido por cada voluntária com a finalidade de avaliar o tratamento
desenvolvido em relação à melhora da mancha, aspecto da pele e serviço prestado.
3
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante todo o período de pesquisa, não houve nenhuma reação adversa ou
qualquer outro imprevisto que pudesse interferir nos resultados.
Após o término do estudo prático, todas as voluntárias foram submetidas a
responderem o questionário de satisfação, a fim de qualificar o tratamento
desenvolvido. Conforme apontam os resultados dos seguintes gráficos, as
voluntárias de ambos os grupos (A e B) sentiram-se satisfeitas ou muito satisfeitas
em relação aos aspectos das manchas, da pele e também ao atendimento prestado.
Figura 1: Melhora da mancha
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
125
Figura 2: Aspecto da pele
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014
Figura 3: Serviço prestado
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014
Concomitantemente, foi realizada a coleta de imagem final para a análise.
As voluntárias 1 e 2 do grupo A e grupo B obtiveram os mesmos sinais de
melhora, tais como clareamento significativo das manchas e uniformidade na
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
126
tonalidade do tecido cutâneo facial.
GRUPO A
Voluntária 1
Figura 4: com Iontoforese
Voluntária 2
Figura 5: com Iontoforese
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014
GRUPO B
Voluntária 1
Figura 6: sem Iontoforese
Voluntária 2
Figura 7: sem Iontoforese
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014
Melasma é uma das causas de maior procura em clínicas dermatológicas e
estéticas devido ao seu efeito disforme que acomete a coloração da pele no local em
que se encontra e, consequentemente, surtindo efeito negativo na autoestima de
pessoas que sofrem com tal discromia; por este motivo foi tido como tema dessa
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
127
pesquisa. (MIOT et al., 2007)
O presente estudo confirma dados relatados por Borges (2010) a respeito da
Microdermoabrasão realizada com o Peeling de Diamante, sugerindo que o método
afina a camada superficial da pele ocasionando maior sensibilidade à mesma, o que
acarreta melhor aproveitamento do ativo Alpha Arbutin® de forma que o
despigmentante não encontre a impedância cutânea necessária para seu melhor
aproveitamento ser comprometido.
O ativo, por sua vez, também obteve resultados satisfatórios e que confirmam
sua eficácia na ação clareadora e na função de uniformizar brandamente as regiões
tratadas na face das voluntárias em pouco tempo de administração do fármaco, não
apresentando nenhum efeito colateral ou qualquer outro imprevisto que pudesse
comprometer os resultados da pesquisa. (VIA FARMA, 2012)
Quanto à técnica de Iontoforese, foram observadas controvérsias entre os
experimentos realizados e achados literários, de modo que Gratieri; Gelfuso; Lopez
(2008), defendem seu uso para que a permeabilidade cutânea de ativos seja
potencializada devido à polaridade da corrente elétrica utilizada na técnica e a
polaridade do ativo empregado.
Constatou-se que, em ambos os grupos (A e B) a melhora na aparência das
manchas apresentaram-se com a mesma importância, de modo que não é possível
afirmar que a técnica de ionização surtira efeito superior aos procedimentos
cometidos sem o uso da corrente elétrica para superior absorção do Alpha Arbutin®.
É válido ressaltar que sua eficácia é dada individualmente às pesquisas e estudos
realizados anteriormente, de modo que os resultados obtidos nesse estudo não
desqualificam anteriores resultados positivos do procedimento citado.
CONCLUSÃO
Embasado nos resultados da presente análise, notou-se a eficácia do Alpha
Arbutin® para o clareamento do melasma e uniformização do tom da pele aplicado
nos dois grupos estudados. Ao contrário do que acreditava-se, o método de
Iontoforese não potencializou de maneira satisfatória os benefícios do fármaco
utilizado nesta pesquisa. Portanto, não foi plausível comprovar sua efetividade
descrita nas literaturas encontradas.
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
128
Ainda que a Iontoforese não tenha apresentado os resultados desejados, as
voluntárias relataram sentirem-se satisfeitas em relação à aparência e diminuição
das manchas e uniformidade no tom da pele.
REFERÊNCIAS
AUGUSTO, A. B. et al. Curso didático de estética: volume 1. São Caetano do Sul,
SP: Yendis, 2008.
BORGES, F. D. S. Dermato-Funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções
estéticas. 2. ed.São Paulo: Phorte, 2010.
CANTO, S. M. L.; MEJIA, D. P. M. Efeito da microdermoabrasão com peeling de
cristal na terapêutica das estrias. 2012. Monografia (Pós-graduação em
Fisioterapia Dermato-Funcional) - Faculdade Ávila, p. 1-14.
JESUS, G. S.; SILVA F. A.; MENDONÇA, A. C. Ionoforese X permeação cutânea.
Fisioterapia em Movimento, v. 19, n. 4, p. 83-88, 2006.
FRAGON. Ficha técnica Alpha Arbutin®. 2014.
GOBBO, P. D. Estética facial essencial. São Paulo: Atheneu, 2010.
GRATIERI, T.; GELFUSO, G. M.; LOPEZ, R. F. V. Princípios básicos e aplicação da
Iontoforese na penetração cutânea de fármacos. Quim. Nova, v. 31, n. 6, p. 14901498, 2008.
KEDE, M. P. V; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 2. ed. São Paulo:
Atheneu, 2009.
MIOT, L. D. B. et al. Estudo comparativo morfofuncional de melanócitos em
lesões de melasma Morphological and functional comparative study of
melanocytes in melasma lesions. An Bras Dermatol, v. 82, n. 6, p. 529-34, 2007.
RIBEIRO, C. J. Cosmetologia aplicada a Dermoestétitca. 2. ed. São Paulo:
Pharmabooks, 2010.
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
129
OLIVEIRA, A. S.; GUARATINI, M. I.; CASTRO, C. E. S. Fundamentação teórica para
Iontoforese. Rev Bras Fisioter, v. 9, n. 1, p. 1-7, 2005.
VIA FARMA. 24 protocolos estéticos. Campinas: Consulfarma, 2012.
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015
130
Download