FONOAUDIOLOGIA EDUCACIONAL: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁTICA ESCOLAR SPEECH THERAPY EDUCATION: CONTRIBUTIONS TO PRACTICE SCHOOL Adriana Naves Resende Ribeiro* RESUMO Este trabalho teve como objetivo identificar algumas dificuldades na comunicação das crianças, por meio da realização de triagens e observações em sala de aula e na escola, bem como auxiliar através de orientações a estimulação nas áreas de fala, linguagem, audição e motricidade oral. Foi realizado um trabalho de campo, em uma escola particular na cidade de Monte Carmelo – MG, realizou-se triagens e após a análise destes procedimentos. Diante dos resultados obtidos foi possível realizar vários encaminhamentos a diversos profissionais (psicólogos, fonoaudiólogos, otorrinolaringologista e ortodontistas). No decorrer desta pesquisa foi dado ênfase a importância do vínculo afetivo entre professor – aluno. Palavras-chave: Fonoaudiologia escolar; educação, triagem escolar. ABSTRACT This worked aimed at identifying some difficulties of communication of children through sorting and observations in the classroom and at school, as well a, aid, throngh orientation and stimulation, the areas of speech, language, hearing and oral motility. It was performed a field work, in a private school in the city of Monte Carmelo - MG, was held screenings and after the analysis of these procedures. Based on the results obtained it was possible to forward patients to several professionals such as pychologists, fonologists and so on. White this research was carried out emphasis was placed on the affective link between teacher and student. Keywords: school Speech, education, school screening *Adriana Naves Resende Ribeiro – Mestre em Educação pela Universidade de Uberaba - UNIUBE. Professora docente do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário do Cerrado - UNICERP. [email protected] INTRODUÇÃO A fonoaudiologia envolve o estudo de várias áreas da comunicação humana, dentre estas pode-se citar a voz, linguagem, audição e motricidade oral. De acordo com a lei n 6.965 de 9/12/1981 o fonoaudiólogo é o profissional com graduação plena em fonoaudiologia que atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapias fonoaudiológicas na área da comunicação oral e escrita, voz e audição, bem como em aperfeiçoamento dos padrões da fala e da voz. De acordo com o parecer do Conselho Regional de Fonoaudiologia (CRF) 1994, que indica diferentes serviços que o Fonoaudiólogo poderá prestar neste espaço: triagens, orientação a pais e/ou professores, participação no planejamento escolar e atuação preventiva. De acordo com MORAES (1998, p.39-51) é importante levar a criança a compreender a relação entre o uso da linguagem falada e a escrita para aprender a ler e escrever a criança sobrepõe o código visual simbólico da escrita. Assim sendo, verifica-se a necessidade deste profissional em uma instituição escolar que oferece ensino as idades iniciais ao desenvolvimento infantil contribuindo na detecção de futuros problemas na comunicação ou prevenindo estes. Os objetivos iniciais deste trabalho foram: realizar triagens fonoaudiológicas em todas as crianças da escola a fim de detectar problemas e/ou preveni-los; promover a discussão sobre o desenvolvimento da fala, linguagem, e audição, exemplificando-se as noções teóricas com situações concretas de cada local; estabelecer as relações entre fala, alimentação e respiração e orientar atitudes e procedimentos que possam favorecer o equilíbrio entre essas funções; orientar e assessorar a realização de trabalhos lúdicos para o desenvolvimento adequado da motricidade oral; incentivar a prática e atividades, em sala de aula, que favoreçam a comunicação; alertar para as consequências dos hábitos bucais inadequados, sugerindo soluções para prevenir e minimizar o problema; enfatizar a importância da pré-escola no processo da alfabetização indicando alternativas como: ler estórias, estimular a escrita do nome, de rótulos outros objetos que tenham significado na vida da criança, valorizar mais a iniciativa e a busca do que a forma (ortografia, letra); detectar problemas ou dificuldades na área da comunicação escrita. Para referir e discutir sobre a relação existente entre estas duas áreas, pressupõe analisar as origens desta ciência que se concretizou e alicerçou a própria história da fonoaudiologia. De acordo com a literatura o surgimento da fonoaudiologia no Brasil mostrase pareado com a área educacional. A primeira atuação fonouadiológica em nosso país não se diferencia da educação especial e desde os primeiros trabalhos pensando na reabilitação; pois nos tempos do Império foi criado o Colégio Nacional no Rio de Janeiro em 1855 que tinha como propósito o ensino direcionado aos deficientes auditivos. Em São Paulo na década de 20 teve início a prática fonoaudiológica. Nessa época os profissionais que atuavam na equivalência dos fonoaudiólogos de hoje tinham sua formação com uma forte ligação ao magistério, daí marcando seu laço com a área da educação. As primeiras práticas desses profissionais estavam ligadas a correções de vícios e defeitos de linguagem, ocasionadas por sotaques estrangeiros. Na década de 60 foram institucionalizados os primeiros cursos de fonoaudiologia, isto em decorrência da característica “terapêutica” que os profissionais de educação estavam apresentando por causa da influência médica na orientação desses profissionais. O Ginásio Experimental Dr. Edmundo de Carvalho (SP) foi palco de alguns experimentos da área fonoaudiológica no final dos anos 60 e ainda como local para os estagiários do curso de Fonoaudiologia da escola paulista de medicina na década de 70, onde fica definitivamente evidenciado o interesse do fonoaudiólogo pela área educacional. Nos anos 80 finalmente foi regulamentada no Brasil a profissão de fonoaudiólogo e com isso a escola se tornou um espaço de atuação legalmente definido. As primeiras atuações do fonoaudiólogo na escola eram caracterizadas por práticas com base nos modelos clínicos, e por isso, foram muito criticadas por outros profissionais. Hoje a prática do Fonoaudiólogo na escola é voltada para a prevenção e tem sido bastante diversificado. Em algumas situações o profissional atua diretamente numa unidade escolar, seja ela pública, privada, filantrópica ou de qualquer outra natureza. No art. 4, a lei n 6965/81 prevê a atuação do fonoaudiólogo junto ao sistema educacional, como já citado anteriormente. Neste novo século houve uma maior preocupação com a formação profissional do fonoaudiólogo para atuação nesta área, enfatizando a atuação preventiva e não curativa. Embora haja muitos problemas que vem sendo enfrentados, como: a falta de motivação para realização de trabalho, descompromisso com o trabalho, formação profissional insuficiente, baixo salário, desvalorização profissional, resistência a aceitação profissional, problemas econômicos e carência da clientela e do sistema de ensino. Segundo CAVALHEIRO (1999, p.20) em sua dissertação de mestrado pesquisou a formação do fonoaudiólogo – no Brasil – Verificou-se que apenas 10% das disciplinas básicas se relacionam à área educacional. As novas diretrizes curriculares, considerando as transformações políticas, econômicas e socioculturais, propõem o acervo maior a áreas relacionadas a educação, para melhor preparo deste profissional para trabalhar na área educacional. Antes o foco estava centrado no aluno em busca de mudança este seria dirigido ao professor, proporcionando novos conhecimentos na formação acadêmica do aluno. Para COLLARES E MOYSÉS de acordo com CAVALHEIRO (...) os professores vem delegando seu próprio espaço a profissionais da saúde (...) qualquer um é competente para solucionar o problema, menos o professor, na verdade o único profissional com condições reais de transformar sua própria prática pedagógica, em busca do sucesso escolar. (1999, p. 18: p. 155) Evidentemente, na segunda categoria de ações, encontram-se alternativas que procuram garantir ao educador o controle do espaço e do processo educativo. Nesta perspectiva, o fonoaudiólogo se apresenta como um parceiro que para ROCHA & MACEDO (1997, p.100) pode compartilhar as diferentes práticas que levem a um melhor desempenho escolar. Além deste trabalho em parceria com os professores, torna-se elementar a valorização a participação dos pais em seu trabalho no âmbito escolar. Analisando a história, do sistema de ensino privado seria o que previa, eventualmente, o trabalho fonoaudilógico. Nos dias atuais, em decorrência da crise econômica que abrange e/ou afeta a sociedade como um todo, estas instituições estão realizando cortes nos gastos e os funcionários, inclusive o fonoaudiólogo está sendo um dos primeiros a ser eliminado. No decorrer da realização desta pesquisa pôde-se verificar como é difícil conseguir a confiança de uma escola particular para a autorização da pesquisa de cunho científico, mesmo tendo resultados benéficos a esta. Pensando nestes dados, foi selecionado, o mesmo projeto e proposto a três escolas da rede particular de ensino, foi explicado os bons resultados para a escola que já havia aderido ao projeto sem que soubessem que o objetivo era a realização da pesquisa. Quando foi explicado que a escola deveria pagar pela atuação fonoaudiológica escolar, nenhuma escola manifestou para que o trabalho fosse desenvolvido, nem mesmo dado um retorno ao profissional. Com base nestes dados, deveremos trabalhar ainda muito para que a sociedade educacional como um todo, veja a importância do trabalho da fonoaudiologia educacional. MATERIAL E MÉTODOS Para a realização deste trabalho foi feito um diagnóstico institucional em algumas escolas da rede particular de ensino, verificando o interesse das escolas em participar desta pesquisa. A escola escolhida (denominada aqui de R) foi a que demonstrou um maior interesse em contar com o fonoaudiólogo, procurando este profissional após dois meses que o projeto foi apresentado. Inicialmente foi realizado uma visita a instituição, observando o seu funcionamento e espaço físico. Os funcionários e a equipe da instituição receberam orientações, sobre atuação fonoaudiológica e como seria desenvolvido o trabalho fonoaudiológico deste profissional na instituição. Foram analisados o perfil do bairro e o perfil da escola investigada. O objetivo da observação geral do bairro é o de conhecer o local que a instituição está inserida, com a finalidade de utilizar as informações e características obtidas sobre a população, em favor do desenvolvimento das ações fonoaudiológicas. Nestas detectaram-se um bairro com população de classe média e/ou alta, com centro comercial próximo a escola e com fácil acesso a outros bairros da cidade, existe outra escola particular localizada próxima à escola pesquisada. Esta tem uma sede com espaço físico apropriado e amplo, salas arejadas e bem distribuídas, incluindo sala de informática e piscina. A parte administrativa é composta por uma diretora, com o corpo docente de 9 professores com formação em magistério (2º grau) e alguns em processo de conclusão da graduação em pedagogia. Os professores se reúnem uma vez por semana para reuniões com todos da escola, procurando estudar sobre temas diversos. Além destes profissionais, já contaram com a presença de um psicólogo na instituição por um ano e um odontólogo que vai até a escola quatro vezes ao ano orientar as crianças sobre hábitos de higiene bucal e fazer prevenção. As reuniões com os pais são realizadas no início e final do ano e cada final de bimestre. A escola funciona no período vespertino até o 5º ano do ensino fundamental. As triagens significam avaliações rápidas e simples aplicadas a um grupo de indivíduos com objetivo de pré – diagnóstico. A escola tem aproximadamente 60 alunos e 45 foram triados, os demais alunos não triados foram por motivo de falta nos dias que estava sendo realizado a pesquisa ou pela falta de autorização dos pais, por motivo não justificado por alguns. Foi realizado observações diretas em salas de aulas, o objetivo destas, foi obter dados complementares sobre os alunos e professores a fim de possuir não só a análise do material utilizado por ambos, mas também saber a forma como o professor lida com os alunos, o comportamento dos mesmos na sala de aula, a posição que eles ocupavam na sala e qual sua participação durante as atividades realizadas ou propostas pelo professor. Visou ainda, orientá-los quanto ao desenvolvimento normal da criança nas áreas da comunicação oral e gráfica, bem como orientá-los quanto ao aspecto da voz, uma vez que eles a utilizam como instrumento de trabalho e possibilitando ainda, discussões e trocas de conhecimentos sobre os aspectos fonoaudiológicos e as experiências relatadas pelos professores. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foi analisado o perfil da escola cujo objetivo é o de conhecer as condições de trabalho oferecidas pela instituição, bem como saber as possibilidades de se desenvolver ações que concretizem atividades voltadas para a prevenção fonoaudiológicas na área de voz, fala, linguagem e audição e ainda, conhecer os profissionais que atuam na escola. Com relação ao diagnóstico institucional CARVALHEIRO (1997, p. 84) cita que é preciso conhecer minuciosamente a localização da instituição assim como suas dependências culturais, econômicas e os anseios e expectativas dos profissionais em relação ao fonoaudiólogo e, só depois, em conjunto, definir as prioridades para aquela comunidade. A escola em que foi realizada a pesquisa é da rede particular de ensino, apresenta uma concepção de educação onde visa à integração, socialização e um convívio afetivo entre os alunos e o corpo docente, além da aprendizagem da leitura e escrita, utilizam apostilas do sistema positivo de ensino com complementação através de temas e assuntos da realidade do contexto social (jornais, notícias, estórias de revistas, internet); com assessoria individual aos alunos. Utilizam também a didática da pedagogia progressista, são realizados projetos por salas, cada professor é responsável pelo seu projeto com auxílio da direção. As avaliações são realizadas diariamente através de fichas individuais, há também provas valendo notas. Analisando a estrutura física e docente da escola verificou-se o interesse dos professores à aprendizagem de novos conhecimentos o que os diferencia em qualidade dos seus trabalhos. Relataram que o professor age de acordo com a formação recebida, costuma privilegiar certos conteúdos em detrimentos a outros. Neste contexto, o saber pode se apresentar em ciclo repetitivo e desvinculado da realidade do aluno, contribuindo para que este continue mantendo a mesma prática alienada. GLAT & NOGUEIRA (2002, p. 24) No entanto, é importante ressaltar que eles agem desta forma, por não terem recebido, em seus cursos de graduação, formação e capacitação, suficiente instrumentalização que lhes possibilite estruturar a sua própria prática pedagógica para atender as distintas formas de aprendizagem de seu alunado. O que pelo menos está sendo tentado nesta escola é que através das reuniões periódicas com os professores estes estejam mais bem preparados para desenvolver com capacitação o exercício de ser docente. A formação dos educadores deve firma-se em transformação, ter como objetivo ajudar todas as crianças a terem sucesso na escola. A utilização de triagem pode ser usada como ponto de partida para o trabalho preventivo, o que deve buscar identificar as características gerais de determinada população para, a partir destas, desenvolver um plano de trabalho que de prioridade aos diferentes aspectos. Levando em consideração a importância da prevenção torna-se importante em alguns casos identificar e conhecer cada aluno, para então ser feito um trabalho com os educadores e os pais. GLAT & NOGUEIRA (2002, p. 24) Das 45 crianças avaliadas pela triagem, a maior incidência de alterações foi quanto à motricidade oral, verificadas em 24 crianças. Destas 9 apresentaram dificuldades articulatórias: 1 desvio fonológico e distúrbio articulatório; 5 distúrbio articulatório; 3 sigmatismo anterior e interposição lingual; a maioria destas dificuldades encontradas na fala estava sendo causada pelo freio lingual curto. Foi detectado que em 8 crianças, o freio lingual apresentava-se encurtado e/ou com inserção longa, dificultando a mobilidade da língua e o desempenho correto das funções de fala e deglutição. De acordo com CUNHA & ZUCCOLOTTO (2000) se o freio lingual apresenta inserção longa, esta dificultará o movimento da língua e em alguns casos a indicação é cirúrgica. Nos casos em que o freio for encurtado, por meio de exercícios de mobilidade de língua pode-se conseguir um alongamento desse tecido. Destas crianças com alterações na motricidade oral detectou-se que em 21 crianças apresentavam dificuldades e/ou alterações dos Órgãos fonoarticulatórios (OFAs) (sendo indicado terapia fonoaudiológica para correção das alterações – força, mobilidade, postura). Quatro crianças, apresentaram qualidade vocal rouca, uma conversava muito alto, nove realizavam respiração predominantemente bucal, as quais foram encaminhadas ao otorrinolaringologista. Foi detectado em duas crianças atraso simples de linguagem (uma já fazia acompanhamento fonoaudiológico e outra foi encaminhada para tal). Quanto aos aspectos cognitivos verificou-se que estes se encontram em desenvolvimento adequado de acordo com as faixas etárias, ressalvo em 2 crianças que não apresentaram déficit. Desta amostra de 45 crianças em apenas seis, não foi diagnosticado nenhum tipo de dificuldade quanto à comunicação, sendo este um dado significativo e que merece atenção e análise por parte dos educadores e profissionais envolvidos com a educação e áreas afins. Encaminhamentos para profissionais Não precisam 14% Psicólogo 3% Médico otorrinolaringologista 22% Ortodontista 25% Fonoaudiólogo 36% Além dos encaminhamentos realizados (fonoaudiologia e otorrinolaringologia), foi realizado 2 para avaliação psicológica e pedagógica no ensino especial; 15 para o ortodontista ( incluindo os casos indicados para realizar frenectomia), podendo ser observado estes encaminhamentos no gráfico acima. Não foram detectadas alterações e/ou dificuldades auditivas e nem de leitura e escrita. Ainda refletindo sobre tais achados é válido ressaltar que está foi uma análise realizada em uma escola particular, com poucos alunos por sala. Caso fosse realizado em outra escola, outros índices de dificuldades comunicativas seriam encontrados e se pensarmos em uma escola de educação infantil e do ensino fundamental da rede pública, em que o professor tem 30 alunos dentro da sala de aula e na maioria são crianças com poucos recursos pedagógicos, culturais e econômicos, estes resultados poderiam ser piores. Não basta detectar problemas, mas ações devem ser feitas para amenizá-los e infelizmente ainda não se pode usufruir de um profissional da comunicação (fonoaudiólogo e/ou psicopedagogo) na rede púbica de ensino. Com relação as oclusões e a funcionalidade dos OFAs, pôde-se observar uma alta incidência de alterações, podendo atribuir grande parte destes problemas a mixigenação de raças, aos maus hábitos (dedo, chupeta e outros) que hoje ocorre com maior frequência, além disso os pais ficam a maior parte do dia fora de suas casas e com isso as crianças desenvolvem hábitos alimentares incorretos (alimentos macio, ex; bolachas, salgados industrializados), não desenvolvendo uma mastigação com alimentação saudável (salada de cenoura crua, carne, arroz, feijão e frutas). Nesta era da informática e da modernização é claro que pode-se contar com uma enorme variedade de atividades, mas há também a predisposição de desenvolver outras formas de alterações, podendo citar que em decorrência das atividades ocupacionais da mãe, esta, às vezes não tem condições de amamentar a criança exclusivamente com o leite materno até aos seis meses, mesmo com licença a maternidade. A sucção torna-se essencial para trabalhar a musculatura orofacial, JUNQUEIRA (1997, p. 2-8) relata que o ato de sugar nasce com o bebê é um reflexo de alimentação, pois visa a ingestão do leite materno, ideal para o recém-nascido. Além disso, durante a sucção, todas as suas estruturas orais, lábios, língua, bochechas, ossos e músculos se desenvolvem e se fortalecem. Considerando outro aspecto importante e que deve ser ressaltado é a relação mãe – bebê, MORIZOT (1999, p. 20-26) descreveu a importância da relação mãe – bebê para o desenvolvimento afetivo, social e comunicativo da criança e que é através destes primeiros contatos que o bebê inicia suas primeiras formas de comunicação. Muitos transtornos de comunicação e psicomotores estão vinculados a desvios na interação mãe – bebê. Antes a mãe cuidava dos filhos em casa, hoje estes são educados por babás, às vezes, despreparadas e a escola assume um novo papel o que em outra época seria, função dos pais. Com isso o educador torna-se no dever de lançar mão de alguns conhecimentos sobre desenvolvimento das funções orais com a sucção, mastigação, deglutição e respiração e até mesmo da relação dos vínculos afetivos entre pais – filhos e professores, para que desenvolva um trabalho mais afetivo e que esteja atendendo a suas necessidades do dia – a – dia na sala de aula. Se o educador conhece sobre a importância da mastigação para o bom desempenho da comunicação, este poderá desenvolver estratégias para mudar hábitos alimentares de seus alunos e orientar outros colegas da área também; isto é realmente ações preventivas necessárias ao cotidiano escolar. Isto comprova a eficácia de o profissional d comunicação atuar em escolas tanto para promover a saúde fonoaudiológica na educação, como também para prevenir e intervir nos distúrbios da comunicação. É válido ressaltar que o fonoaudiólogo deve ter perspicácia para o tipo de trabalho que é realizado na escola, compreendendo sua dinâmica escolar, e ter também uma certa experiência com a área educacional em geral, isto esclarecerá melhor a conduta de seu trabalho e onde poderá melhor orientar para que o trabalho se realize em parceria entre professores – alunos – família – profissionais. A relação professor aluno em nosso cotidiano escolar deveria ser algo melhor planejado, estruturado e mais afetivo, visto que as crianças em processo de desenvolvimento necessitam de pessoas que conheçam como se estruturam os processos psíquicos e como estes podem interferir no ensino e aprendizagem das crianças. Isso possibilitou a obtenção de um ponto de partida para a realização do nosso trabalho, tornando-o mais efetivo, fornecendo dados principalmente da relação afetiva entre professor – aluno e a interferência deste relacionamento na aprendizagem. Verificou-se que existe um vinculo afetivo favorável e que merece destaque não só entre professor – aluno – família, mas também entre a direção da escola e todos os outros membros. De acordo com os estudos que analisam e discutem as idéias e proposições de FREUD, pode-se verificar e relevância significativa do relacionamento entre professor aluno no âmbito escolar e como este poderá contribuir para o crescimento do outro ou às vezes, ocorrer ao contrário por causas inexplicáveis relacionadas ao nosso inconsciente. Encontra-se neste contexto, também, a discussão de um ser humano que no início seria puro prazer e de acordo com o amadurecimento e evolução este se constrói superando fases, que será importante uma vivência com boas experiências para que o indivíduo se constitua de maneira saudável e seja agente no meio em que vive; mas sempre estará em contradições com si mesmo. O indivíduo em determinadas situações desviará suas energias para a aprendizagem intelectual, momento este que o educador poderá obter maiores resultados atuando com um ensino que tenha significado e seja de interesse para o aluno. O ser humano se forma a partir das relações afetivas, principalmente, na primeira infância com os pais e depois transpõe suas experiências ao professor. FREUD (1913-1914, p. 247-250) relatou sobre este aspecto, ressaltando que os nossos relacionamentos humanos são marcados nas primeiras relações da vida, no entanto seria difícil dizer até que ponto os professores foram importantes aos conteúdos ou a forma de suas personalidades. HELLMAN (1973, p. 61-79) mencionou que apesar do aluno transpor para o professor a figura dos pais; o professor age com menos emoção e que isto ajuda a criança a crescer e construir-se emocionalmente e a caminhar mais independente. Segundo WINNICOTT (1999, p. 139-152) torna-se relativo classificar a normalidade para uma criança, mas é essencial ensinar com significado, demonstrar e conquistar a confiança dos pais e alunos, incentivar a brincadeira dentro de um contexto que vá contribuir para desenvolver a capacidade emocional e intelectual da criança. O aluno irá aprender quando confiar e identificar com o que o mestre quer ensinar, o domínio afetivo sobressairá neste processo por uma questão de a criança autorizar e projetar qualidades que, às vezes, o professor nem tem, mas ele a projetou. Entender melhor esta relação entre afetividade dentro do contexto escolar pode sensibilizar e fazer refletir o educador sobre modo de ver e de entender sua prática educativa, não se preocupando tanto com métodos, mas desenvolvendo interesses nos alunos para a aprendizagem. Entendendo o aluno que tem e o próprio eu do professor para que assim possa desenvolver melhores relações de afetividade e relacionamento no cotidiano escolar e aguçar o interesse do aluno ao que é ensinado, tornando-se essencial conhecer o ser humano em sua dimensão emocional para trabalhar com este. Na escola atual não está ocorrendo o envolvimento do professor na relação afetiva com o aluno, o sistema faz com que tenha um excesso de preocupação com as metodologias, conteúdos, exames e se esquece de investir mais na dimensão afetiva. Na qual teria maiores rendimentos, uma vez, falando a mesma língua e abordando os interesses do aluno ocorreria um ensino com significado e consequentemente haveria aprendizagem satisfatória; relação esta que foi comprovada através das observações em salas de aulas na escola R, local em que os professores estavam preocupados em conhecer e entender seus alunos. Do ponto de vista das observações realizadas junto a crianças do maternal ao pré – escolar da escola (R), verificou-se uma diversidade de brincadeiras com musicas, dramatizações, jogos de faz – de – conta que são realizados na escola, tendo horários e dias programados para tais atividades, o que enriquece muito para a maturação das ações e melhora o desempenho das atividades escolares e no cotidiano como seres participativos e ativos de suas próprias ações. Segundo LIMA (2002, p. 45); OLIVEIRA (1999, p. 64-70), VYGOSTSKY (1991) considera limitada a definição de brinquedo como algo que expresse só prazer à criança. Esta satisfaz algumas de suas necessidades através do brinquedo e estas necessidades constituem num processo de maturação e desenvolvimento. Faz ressalva a esta situação com o início da fase pré – escolar. Relata que no início da idade pré – escolar tem desejos que não podem ser satisfeitos de imediato, havendo uma tendência para satisfação imediata o comportamento da criança muda. Diante desta situação e na tentativa de resolver tal tensão, a criança envolve – se num mundo ilusório i imaginário, em que a criança pode realizar os desejos não realizáveis – a este mundo que atribui o nome de brinquedo. A imaginação é o brinquedo em ação, o brinquedo envolvendo uma situação imaginária é um brinquedo com regras. Pois, é neste que os objetos perdem a sua forma determinadora. A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação aquilo que ela vê. Exemplo: a criança imagina como mãe, boneca, o pai. Na idade pré – escolar ocorre pela primeira vez uma divergência entre os campos do significado e da visão. No brinquedo e na brincadeira o pensamento está separado dos objetos e as ações surgem de ideias e não das coisas. Exemplo: dois lápis tornam dois amigos dentro de uma escola, um pedaço de pau vira um carrinho que aposta corridas, o cabo da vassoura torna-se o cavalinho; passando a agir nestas atividades de acordo com as regras e normas sociais como lhes foram apresentadas de acordo com o seu meio social. Neste sentido, as interações do sujeito com a cultura e o fornecimento de pistas de seus pares através da escolarização família e outros, são de extrema importância para a construção desta forma de ação. Que seria uma forma de “faz – de – conta”, onde o indivíduo lida com sua imaginação, criatividade, dificuldades e constrói significados. Estes, por sua vez, não são elementos estáticos, mas dinâmicos, abertos a interações e modificações. Foram realizadas orientações aos professores, tendo como objetivo informar aos professores sobre o que vem a ser a fonoaudiologia, esclarecendo ou ampliando seus conhecimentos sobre as áreas de atuação (voz, fala, linguagem, audição) ressaltando principalmente, que o trabalho fonoaudiológico na escola é de caráter preventivo. Visou ainda, orientá-los quanto ao desenvolvimento normal da criança nas áreas da comunicação oral e gráfica, bem como orientá-los quanto ao aspecto da voz, uma vez que eles a utilizam como instrumento de trabalho e possibilitando ainda, discussões e trocas de conhecimentos sobre os aspectos fonoaudiológicos e as experiências demonstraram, relatadas interesse pelos nos professores. assuntos A maioria abordados, dos realizando professores perguntas interessantes sobre os temas, observando que a maioria nunca tinha ouvido falar sobre as abordagens em voz, fala e linguagem. Considerando que a brincadeira seja algo necessário e importante para o bom desenvolvimento afetivo, cognitivo e consequentemente escolar, este aspecto também foi priorizado durante as orientações aos professores principalmente no nível pré – escolar, apesar de se realizar muitas atividades lúdicas na escola. Sobre um olhar Winnicotiano ao brincar este ressaltou que o brincar é além de uma busca de prazer uma forma de lidar com a angústia. É uma necessidade para o desenvolvimento de uma personalidade sadia. Segundo FONTANA & CRUZ (1997, p. 110) nas interações cotidianas, o adulto participa espontaneamente do processo de utilização e de elaboração da linguagem pela criança. Ele e a criança compartilham palavras, utilizando – as nas situações imediatas em que estão envolvidos, aplicando – as a elementos nelas presentes. Neste momento a atenção de ambos não está centrada na atividade intelectual, mas na situação que vivenciam. Nessas condições, cabe ao adulto, como professor, possibilitar à criança o acesso aos conceitos sistematizados, procurando desenvolver nela o raciocínio com significado. E a criança como aluno deve realizar as atividades, de acordo com as orientações e direcionamentos do professor. (...) Na realidade, fonoaudiologia e escola, através da linguagem, tornam-se complementares a ação da primeira justifica-se pela presença, na escola, de indivíduos doentes com problemas de linguagem que impedem ou prejudicam o trabalho pedagógico; está isenta a segunda de buscar em si própria motivos que acarretam o fracasso das crianças consideradas doentes. (SCAVAZZA,1991 apud ROCHA & MACEDO 1997, p. 102) Isto demonstra que o corpo docente da escola deve conhecer um pouco mais da fonoaudiologia podendo compartilhar com este profissional as diferentes práticas que levam a um melhor desenvolvimento de linguagem e consequentemente, um melhor desenvolvimento escolar. Um trabalho para ser efetivo não pode ser unilateral, isolado e, principalmente, remediador. A orientação aos pais teve como objetivo, desenvolver algumas estratégias, juntamente com o professor da classe, fornecendo modelos que poderiam ser um ponto de partida para o desenvolvimento de um trabalho mais afetivo. Visaram ainda, aprimorar os aspectos que foram detectados como as alterações durantes as triagens, minimizando assim, problemas futuros quanto aos distúrbios da comunicação. Em depoimentos com os pais, vários foram os que se manifestaram agradecendo ou relatando sobre a importância deste tipo de trabalho realizado na escola, entre eles segue-se a transcrição de alguns: “... meu filho chegou em casa e disse que a professora de voz, falou que não pode gritar, falar alto, porque se não vai machucar a garganta e a voz ficará rouca” ... (M) “... acho que este trabalho veio esclarecer o que eu já havia percebido no meu filho, mas não sabia porque ele não conseguia falar o / r / e agora já sei o que devo fazer” ... (M) “Achei importante à avaliação feita pela fonoaudióloga nos alunos da escola, podendo ter orientação do desenvolvimento da linguagem oral dos alunos. Às vezes a criança está com déficit na linguagem e passa despercebido por nós pais, só mais tarde que percebemos problemas na fala, que poderiam ter sido resolvido com antecedência para melhorar o desenvolvimento da linguagem oral e linguagem escrita. Com a orientação e encaminhamentos necessários pela fonoaudióloga, a escola poderá enriquecer a aprendizagem de nossos filhos” ... (R.M.C.) Sabe-se que o trabalho do fonoaudiólogo em escolas não pode ser limitado a realização de triagens, deve ir além da simples aplicação de testes, o fonoaudiológico deve realmente ser um agente multiplicador e promoção da saúde fonoaudiológica e contribuir para que a educação se realize de maneira mais eficaz possível; podendo ser verificado durante o contato com o corpo docente e com os discentes que foi de fundamental importância esclarecer dúvidas dos professores e expor sobre assuntos como higiene vocal, funções corretas de fala, deglutição, mastigação, respiração e hábitos, para que estes se conscientizassem da importância de realizarem de maneira correta e os cuidados que devem terem para prevenção dos distúrbios da comunicação. Vários dados encontrados nesta pesquisa são comprovados também em uma pesquisa realizada na rede privada de ensino em Belo Horizonte, concluído em três escolas, verificou-se que os professores tornaram-se mais atentos as possíveis dificuldades apresentadas pelos alunos, passando a prevenir alterações; os problemas vocais muitas vezes passam despercebidos, aspecto este que também foram observados nesta pesquisa e além destes observou-se uma participação efetiva dos pais colocando em prática as orientações e em alguns casos procurarem outros especialistas, as quais as crianças foram encaminhadas. Segundo RIBEIRO (2002, p. 125-134) no nível pré – escolar é fundamental que o professor receba orientações quanto ao desenvolvimento de linguagem da criança e formas de propiciar seu melhor desenvolvimento. Os professores devem ser orientados pelos fonoaudiólogos a realizar exercícios que propiciem o desenvolvimento da audibilização, motricidade oral, fala e linguagem. Estas atividades devem ter um caráter lúdico e serem estimulantes para as crianças. É nesta etapa que as intervenções podem ter resultados mais produtivos. De acordo com esta autora é no primeiro grau durante o ensino fundamental, que aparecem manifestações de dificuldades na aprendizagem da leitura e escrita. A atuação neste nível deve enfatizar o acompanhamento do processo formal da aquisição da língua escrita, esclarecendo aos professores sobre a valorização de atividades que estimulem a linguagem oral, leitura de livros que favorece o enriquecimento das produções de texto, valorização das diferentes experiências, conteúdos e criatividade das crianças. Com relação ao papel do professor VIGOSTSKY destaca que este não implica em ensinar ou explicar diretamente o significado de uma palavra à criança. O que a criança precisa, é de oportunidades para aprender novos conceitos e palavras na dinâmica das interações verbais mediadas pelo professor. (VIGOSTSKY apud FONTANA & CRUZ, 1997, p. 111). Os professores como companheiros sociais das crianças, devem tomar contato com os sentidos e saberes que ela traz para a escola (sala de aula), levando em consideração o que elas sabem; este participará ativamente dos seus processos de conhecimentos e de desenvolvimento. Com isso será destacado outros significados e sentidos, além dos que já conhece, outros modos de organizar e articular os conhecimentos, tendo em vista chegar ao conhecimento sistematizado. Levando em consideração a importância da socialização na vida escolar da criança COSTA (2000, p. 17) ressaltou que este é um processo contínuo, não termina quando a criança torna-se participante ativo da sociedade. O alcance e a intensidade da socialização continuam depois da primeira infância. Esta envolve modificações na esfera da vida e das relações humanas habilitando a pessoa para viver em interação com o contexto social. De acordo com alguns estudos a pedagogia progressista refere-se a uma maior participação do aluno nas atividades e o professor é um mediador nestas. Pois relaciona a prática vivida pelos alunos com conteúdos propostos pelo professor; espera-se que a aprendizagem ocorra a partir do momento que o aluno supera sua visão parcial e confusa e adquire uma visão mais clara e unificadora. Esta pedagogia progressista foi a que a direção mencionou usar como apoio pedagógico na escola R. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho obteve resultados benéficos à comunidade de Monte Carmelo em geral sobre a atuação fonoaudiológica na escola, visto que após a realização desta pesquisa houve maior conscientização sobre o trabalho da fonoaudiologia escolar e clínica. O que foi observado através de relatos na comunidade dos pais e professores, os quais alguns desconheciam a existência deste profissional, aos 26 anos de profissão reconhecida no Brasil. Infelizmente ainda não temos um esclarecimento cultural do que é e o que faz cada profissional (fonoaudiólogo, psicopedagogo entre outras). Através do levantamento bibliográfico realizado no decorrer da pesquisa, foi possível conhecer e aprimorar os conhecimentos sobre os assuntos abordados em cada tópico discutido, fornecendo maior subsídios para a prática profissional tanto na que já atuo como fonoaudióloga e também aprendendo sobre as ações psicopedagógicas possíveis de serem realizadas no âmbito escolar. Ainda não é realidade em ter todos os profissionais ligados a educação dentro da instituição escolar, fazendo parte da equipe. Quando isto ocorrer, é que este trabalho poderia ser mais abrangente, quanto a todas as áreas de atuação. Teria maiores benefícios a toda comunidade escolar, estes seriam mais palpáveis e com resultados em longo prazo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CALHEIRO, M.T.P. et al. Discutindo a Fonoaudiologia na Escola. In: FERREIRA, L.P. (org). 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