Terapia genética pode bloquear prazer provocado pela

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Terapia genética pode bloquear
prazer provocado pela nicotina
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Com o tratamento, testado em ratos, fígado produz anticorpos que impedem
que a nicotina 'ligue' os receptores de prazer do cérebro
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Uma nova terapia genética desenvolvida na Universidade de Cornell, nos Estados
Unidos, e testada por enquanto em ratos, pode representar um grande passo para a
cura para o vício em cigarro. O tratamento altera os genes do fígado do paciente, para
que ele passe a produzir anticorpos que "atacam" a nicotina, impedindo que ela ligue
os receptores de prazer do cérebro. A pesquisa foi publicada na revista Science
Translational Medicine.
Após chegar aos pulmões, a nicotina atinge a corrente sanguínea. Em menos de 20
segundos, a droga acaba chegando até o cérebro, onde se liga a receptores específicos
e dá início ao processo de recompensa, produzindo as sensações prazerosas que levam
os dependentes a desejarem acender outro cigarro.
Os cientistas têm pesquisado uma vacina que bloqueie a entrada da nicotina no
cérebro. Infelizmente, o sucesso não tem sido considerável. Com a injeção de formas
alteradas da nicotina no sangue de voluntários, os pesquisadores conseguiram
produzir anticorpos contra a substância, mas eles duram pouco tempo e não são
produzidos na quantidade necessária.
Por isso, a equipe de cientistas liderada por Martin Hicks resolveu tentar outra
abordagem: a terapia genética. Eles descobriram qual a sequência genética necessária
para produzir um anticorpo antinicotina e injetaram em um vírus, que serviu de vetor
para o tratamento.
Ao ser injetado em ratos, o vírus introduziu seu DNA nas células do fígado do animal,
que começaram a produzir o anticorpo continuamente. Essas células imunológicas
passaram a percorrer o sangue e a se ligar a qualquer vestígio de nicotina, impedindo
sua chegada ao cérebro.
Como resultado, os ratos que passaram pelo tratamento apresentaram no cérebro
apenas 15% da nicotina usada nos exames. Além disso, o tratamento diminuiu as
alterações na pressão arterial e na atividade locomotiva. Agora, os cientistas querem
repetir o processo em primatas antes de testá-lo em humanos.
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