Caracterização meiótica de Vriesea friburgensis (LB Sm.) e Dyckia sp.

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
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Palavras-chave: Vriesea friburgensis, Dyckia sp., Bromeliaceae, número cromossômico
Domingues, R1; Ribeiro, PCC1; Peixoto, PHP 2 ; Forzza, RC 3; Viccini, LF 1
Departamento de Biologia, 2 Departamento de Botânica, Universidade Federal de Juiz de Fora – MG, 3 Jardim Botânico
do Rio de Janeiro – RJ. Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia, Universidade Federal de Juiz de Fora.
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Caracterização meiótica de Vriesea
friburgensis (L. B. Sm.) e Dyckia sp.
(Bromeliaceae) do Parque
Estadual do Ibitipoca
A família Bromeliaceae, de distribuição essencialmente neotropical, conta atualmente com 56 gêneros
e cerca de 3270 espécies. Aproximadamente 40% de sua diversidade genética é encontrada no
Brasil. Informações citogenéticas têm contribuído em análises taxonômicas, uma vez que o cariótipo
é praticamente insensível às variações ambientais ou fisiológicas, sendo uma característica muito
mais constante da espécie do que a maioria dos parâmetros morfológicos ou bioquímicos. As análises
citogenéticas na família Bromeliaceae estão limitadas a apenas 9% das espécies conhecidas, ocorrendo
ainda grandes controvérsias com relação ao número cromossômico de algumas espécies. Tal variação
pode ser atribuída às diferentes interpretações do número básico na família bem como às dificuldades
metodológicas relacionadas ao desenvolvimento floral e ao tamanho dos cromossômicos, que são
pequenos e que muitas vezes coram-se com dificuldade. Além disso, não é rara a contagem de artefatos
da preparação citogenética como cromossomos. Para a análise das PMC’s foram coletados botões jovens
no Parque Estadual do Ibitipoca – MG e fixados em metanol:ácido-acético (3:1). Posteriormente, as
anteras foram retiradas e submetidas à digestão enzimática. As PMC’s foram, então, extraídas por
meio de maceração sobre tela de poliéster (60 µm), formando uma suspensão celular. Tal suspensão foi
gotejada em lâminas e, então, coradas com GIEMSA 5%. A análise meiótica permitiu a documentação
de células em diferentes estágios de divisão bem como a determinação do número cromossômico
para as duas espécies. Para a espécie Vriesea friburgensis foram documentadas células nos estágios de
leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno, diacinese, prometáfase, metáfase I, anáfase I, telófase I,
anáfase II e telófase II. O tamanho dos botões variou entre 2,6mm a 3,2 mm. Para Dyckia sp. foram
documentados zigóteno, paquíteno, diplóteno, diacinese, metáfase I, anáfase I, telófase I e telófase
II. O tamanho dos botões variou entre 2,4mm a 2,8 mm. As espécies apresentaram comportamento
meiótico normal com número cromossômico 2n=50. Tal dado reforça a hipótese de que o número
básico da família seja n=25.
Apoio financeiro: FAPEMIG.
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