IV Seminário de Iniciação Científica www.prp.ueg.br www.ueg.br A VARIAÇÃO DE NÚMERO NA FORMA VERBAL E NA ANÁFORA PRONOMINAL COM SUJEITO COLETIVO Shirley Eliany Rocha Mattos 1 ; André Marques do Nascimento 2 RESUMO: Esta pesquisa trata de demonstrar uma sistematicidade lingüística subjacente à variação de número na forma verbal e na anáfora pronominal relativas a sujeito coletivo singular como o pessoal, a turma, todo mundo, a gente, coletados em revistas brasileiras direcionadas ao público juvenil tipo Capricho, Atrevida, Toda Teen. Por meio do referencial teórico- metodológico da Sociolingüística Variacionista confirmaram-se os resultados de Mattos (2003) que apresentam as variáveis lingüísticas saliência fônica e tipo de sujeito como as mais relevantes no entendimento do fenômeno em questão. PALAVRAS-CHAVE: Variação lingüística; concordância; sujeito coletivo; saliência fônica; sujeito nulo. 1- Introdução É fato facilmente observável em qualquer língua natural a existência de mais de uma forma lingüística para a expressão de um mesmo conteúdo, ou seja, formas distintas que possuem o mesmo valor de verdade num mesmo contexto interacional (Labov, 1972: 188). Tal fenômeno é conhecido como variação lingüística e a sistematização dos fatores, tanto lingüísticos como sociais, que operam na “seleção” de uma ou outra das alternativas que o falante tem à sua disposição é uma das principais tarefas do modelo teórico-metodológico conhecido como Teoria da Variação ou Sociolingüística Variacionista. Para esse modelo de análise lingüística, a heterogeneidade é natural e inerente a todo sistema lingüístico efetivamente usado em situações reais de interação. Na busca por romper com a identificação entre estrutura lingüística e homogeneidade a teoria para a variação e mudança lingüísticas postula que a ausência da heterogeneidade num sistema lingüístico concreto é que seria disfuncional e descarta as idéias de que estruturas heterogêneas refletem multidialetalismo ou situam-se apenas no nível do desempenho lingüístico de seus usuários (Weinreich, Labov, Herzog, 1968: 100-101; Labov, 1972: 203). Dessa forma, estabelecem-se como os principais objetivos da Sociolingüística Variacionista perceber e interpretar a sistematicidade subjacente à variação lingüística, relacionando-a a fatores tanto lingüísticos quanto sociais, bem como legitimar as variantes lingüísticas adotadas pelos usuários de uma língua. Coerentemente com os postulados acima expostos, o presente estudo visa analisar a variação no verbo relacionado a sujeitos coletivos do tipo a gente, todo mundo, o grupo, a equipe, a banda, a galera, o pessoal, entre outros, ou à sua representação anafórica pronominal em português brasileiro (PB). A possibilidade de expressão de singular ou de plural no verbo ou na anáfora pronominal desse tipo de sujeito remete a exemplos como esses: (1) Como em tudo o que se METERAM nestes sete meses, a galera Capricho MANDOU muito bem na modinha anos 50. (Capricho n. 948. 5 de setembro de 2004. p. 6) (2) Todo mundo DIZIA que a gente combinava, VIVIAM perguntando se não rolava nada, diz Max. (Capricho n. 947. 22 de agosto de 2004. p. 26) 1 2 Pesquisadora – Orientadora Voluntário Iniciação Científica PVIC/UEG. 730 IV Seminário de Iniciação Científica www.ueg.br www.prp.ueg.br (3) O trio se CONHECEU na escola e, desde pequenos, não se SEPARAM. (Capricho n.947. 22 de agosto de 2004. p.83) (4) O povo croata ENFRENTOU essa barra durante seis anos. Hoje, ELES reconstroem o país e sonham com o futuro. (Atrevida n.44. Abril 1998. p.102) De acordo com as prescrições gramaticais tradicionais (GT), o verbo que concorda com um sujeito coletivo formalmente singular deve permanecer no singular (Cunha e Cintra, 1985: 172; Mesquita, 1999: 511). No caso de retomada anafórica pronominal explícita do sujeito, não há regra específica, mas é previsível que o pronome deva manter-se, também, no singular. A GT registra a possibilidade de pluralização verbal nos casos de sujeito adjacente ao verbo e no caso de retomadas anafóricas com sujeito nulo designando-a como silepse de número, ou concordância ideológica, isto é, “a concordância que se faz não com a forma gramatical das palavras, mas com seu sentido, com a idéia que elas expressam” (Cunha e Cintra, 1985: 614). Ressaltam ainda esses autores que a silepse de número pode ocorrer particularmente com coletivos devido à idéia de plural que carregam tais substantivos e que a tendência à pluralização do verbo tende a aumentar à medida que o verbo distancia-se do sujeito coletivo. Faz-se importante destacar que a pluralização verbal com coletivo singular é recurso estilístico previsto para o texto literário ; sob licença poética, pois. Uma outra explicação que tradicionalmente é dada para o fenômeno em foco é a de se tratar de um caso de hipercorreção, ou seja, uma preocupação excessiva em “falar bem” que gera formas “erradas” 3 , preocupação essa, obviamente, atribuída a falantes de classes socioeconomicamente inferiores. De acordo com Labov (1972: 126) a hipercorreção ocorre quando falantes de classe socioeconômica mais baixa exacerbam no uso de uma forma lingüística, por considerarem- na correta e apropriada para contextos formais, chegando a superar a tendência de uso do grupo de status mais elevado. Mattos (2003) analisou o mesmo fenômeno na modalidade oral do PB, mais especificamente nas variedades de Fortaleza e do Rio de Janeiro. De acordo com a autora, tal fenômeno variável é bastante antigo, remontando sua origem ao latim popular. Ao investigar as variáveis lingüísticas que atuam na ocorrência de uma ou outra variante, a autora destaca, amparada pelo suporte estatístico da sociolingüística variacionista, duas variáveis extremamente influentes na ocorrência da pluralização verbal com sujeito coletivo singular: a saliência fônica e o tipo de sujeito (Mattos, 2003: 81). Apesar de o vernáculo ser a modalidade privilegiada de dados para a análise sociolingüística variacionista (Labov, 1972: 208) por ser produzido em situações espontâneas de interação cotidiana, com um mínimo grau de monitoração por parte dos falantes, o estudo que ora se apresenta dedica-se a modalidade escrita da língua, veiculada em revistas orientadas para o público juvenil brasileiro. A expectativa era a de que a escrita, mais monitorada e geralmente mais revisada, fosse uma modalidade lingüística a apresentar menor variação quanto aos aspectos analisados. Os dados, porém, deixam claro que as tendências lingüísticas encontradas parecem atuar abaixo do nível de percepção dos usuários. Pretende-se, assim, comparar os resultados desta pesquisa aos de Mattos (2003) e verificar se o comportamento variável do verbo e da anáfora pronominal explícita atua a partir de fatores semelhantes nas duas modalidades, fala e escrita. 3 Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI. 731 IV Seminário de Iniciação Científica www.ueg.br www.prp.ueg.br Agenda privilegiada em uma análise sociolingüística é, como já afirmado acima, a legitimação de variantes lingüísticas desprestigiadas socialmente. No caso do fenômeno aqui analisado, a demonstração da sistematicidade dos fatores estruturais influentes no uso do singular ou do plural pretende contribuir com a discussão sobre estigmas lingüísticos e sociais, bem como sobre o ensino institucionalizado da língua portuguesa no Brasil. 2- Material e métodos Conforme o modelo teórico- metodológico adotado, de acordo com o qual o ponto de partida para qualquer análise lingüística é o próprio fato lingüístico (Tarallo, 2001: 18), seja ele oral ou escrito (Sankoff, 1988a: 141) o estudo sobre a concordância com sujeitos coletivos teve como base de dados a modalidade lingüística veiculada por revistas brasileiras impressas direcionadas ao público juvenil. A preferência por esse segmento da mídia impressa deveu-se inicialmente à suposição de que as revistas utilizariam uma variedade lingüística menos formal e termos que refletiriam a própria variedade utilizada por adolescentes, como, no caso, o uso de coletivos indicando principalmente os grupos com os quais os jovens estão habituados: a galera, a turma, o pessoal, a gente, todo mundo, o casal, a banda etc. Essa hipótese inicial foi confirmada já na etapa inicial de coleta dos dados para a organização do corpus. Foram utilizadas 34 revistas 4 , das qua is foram extraídas 896 ocorrências, que serviram de base empírica para a análise variacionista. No estudo em questão, a variável dependente tem caráter binário, isto é, possui duas variantes, a saber, a possibilidade de verbo, relacionado a sujeito coletivo, pluralizado ou no singular. Já as variáveis independentes apresentam-se num conjunto bem mais amplo, como tipo de sujeito, configuração do sintagma nominal (SN) sujeito, partículas adjacentes ao verbo, mudança de pessoa na morfologia verbal, distância entre o núcleo do sujeito e verbo, posição relativa do sujeito em relação ao verbo, tempo verbal, saliência fônica, tipo de estrutura sintática, tipologia das coordenadas e polaridade da estrutura. Cada um destes grupos conta com vários fatores que podem estar atuando na seleção de uma ou outra forma em variação. A postulação de variáveis independentes exclusivamente lingüísticas deu-se por se tratar de um corpus de língua escrita, para o qual nenhuma estratificação social seria possível. A Sociolingüística Variacionista, também conhecida como Sociolingüística Quantitativa, opera com um tratamento estatístico baseado na teoria da probabilidade aplicada aos dados para que deles se extraia a sistematicidade da variação. A análise quantitativa fornece um suporte estatístico importante para a investigação do peso relativo de cada um dos fatores propostos como variáveis independentes. Tais pesos indicam ao pesquisador os contextos que favorecem ou desfavorecem o uso de uma ou de outra variante em análise. Para essa função, a Sociolingüística Variacionista conta com um conjunto de programas computacionais, o pacote Varbrul 2S (Pintzuk, 1988; Sankoff, 1988b). Apesar de contar fundamentalmente com o suporte quantitativo estatístico, a análise sociolingüística variacionista entende como fundamental a interpretação do pesquisador sobre os resultados obtidos. Sabe-se que os números podem dizer muito a respeito de um fenômeno variável, porém, sem o conhecimento lingüístico do analista os resultados quantitativos tornam-se obsoletos, pois são apenas um instrumento para auxiliar o pesquisador a compreender o comportamento dos fenômenos lingüísticos (Scherre & Naro, 2003: 162). 3- Resultados e discussão 4 Foram utilizadas as seguintes revistas de circulação nacional: Atrevida; TodaTeen; MTV; Capricho; Contigo! E Trip. 732 IV Seminário de Iniciação Científica www.prp.ueg.br www.ueg.br Dos 896 dados iniciais, restaram 218 dados – trata-se de uma variação de baixa ocorrência na língua - para análise estatística devido à retirada ou ao rearranjo dos caso de categoricidade no singular. Foram então analisadas pelo conjunto de programas com o resultado de 17% de pluralização verbal relacionada com sujeitos coletivos. As variáveis estatisticamente relevantes foram saliência fônica, tipo de sujeito, partículas adjacentes ao verbo e tipologia das coordenadas. Confirmaram-se os resultados de Mattos (2003) também para a escrita monitorada. Quanto às demais variáveis selecionadas, não configuram uma interpretação segura uma vez que os pesos relativos situam-se na zona de neutralidade estatística de 0.50. As grandezas referentes aos grupos de fatores estatisticamente selecionados na análise são apresentados na tabela 1 a seguir. VARIÁVEIS SALIÊNCIA FÔNICA FATORES + SALIENTE - SALIENTE TOTAL SUJEITO NULO ANAFÓRICO DE A GENTE FREQÜÊNCIA DA FORMA PLURAL 29/73 = 40% 5/143 = 3% 34/216 = 16% PARTÍCULAS ADJACENTES TIPOLOGIA DAS COORDENADAS 0.75 7/57 = 12% 0.39 34/216 = 16% --- PRONOME OBLÍQUO REFLEXIVO ADJACENTE AO VERBO 1/7 = 14% 0.44 QUE RELATIVO ANTES DO VERBO 4/14 = 29% 0.53 PRONOME NÃO REFLEXIVO ADJACENTE AO VERBO TOTAL 1/4 = 25% 6/25 = 24% 0.53 --- COORDENADA ASSINDÉTICA 15/71 = 21% 0.62 COORDENADA SINDÉTICA 9/65 = 14% 0.37 24/136 = 18% --- TOTAL TOTAL INPUT5 0.93 0.21 --- 27/137 = 20% SUJEITO NULO ANAFÓRICO TIPO DE SUJEITO PESOS RELATIVOS 0.35 Tabela 1 – Uso da forma verbal pluralizada em concordância com sujeito coletivo singular 3.1 – A variável saliência fônica - Saliência fônica é uma categorização do verbo baseada na diferença entre as formas de terceira pessoa singular e as de plural. Assim, a saliência fônica para formas como escreve/escrevem é menor que, por exemplo, entre as formas olhou/olharam. Em Mattos (2003) temos a revelação de que a possibilidade de pluralização no verbo ligado a coletivo singular está de alguma forma vinculada à categoria de formas verbais mais salientes. O exemplo (1) acima, do corpus, pode ser apresentado. Em termos de freqüências brutas, a influência da variáve l saliência fônica no presente estudo apresenta os seguintes resultados quantitativos: dos 216 dados analisados, 73 apresentaram alto grau de saliência; desses 29 verbos estavam na forma plural, representando 40% das 5 Medida da probabilidade de aplicação do plural quando o efeito de todos os fatores de todas as variáveis é neutro. 733 IV Seminário de Iniciação Científica www.ueg.br www.prp.ueg.br ocorrências, num nível percentual muito acima da média para o total de dados do grupo de fator, de 16% como se vê na tabela 1. Aos verbos cuja saliência se apresentou mais marcada foi atribuído o peso relativo 0.93, que em termos estatísticos significa altíssima influência no fenômeno variável. Este valor apresentou-se ainda como o mais alto em relação a todos os outros pesos relativos apresentados para análise. O peso relativo para contextos em que o verbo apresentava saliência menos marcada foi de 0.21, estatisticamente baixo para estar influenciando a variação e bastante distante, em termos escalares, do peso para a saliência mais marcada. Dos 34 verbos que apresentaram-se no plural, apenas 5 demonstravam saliência não marcada. Tais resultados estatísticos confirmam, assim, as análises já realizadas sobre o fenômeno em questão, de acordo com as quais há uma tendência muito forte de contextos de maior saliência fônica contribuírem para a pluralização verbal (Mattos, 2003). 3.2 - A variável tipo de sujeito - Para a variável tipo de sujeito, Mattos (2003) verifica que a retomada anafórica por meio de sujeito nulo favorece o aparecimento da pluralização verbal, como temos em (2) e em (3), por exemplo. Tais resultados levaram-na a refutar a hipótese de hipercorreção, uma vez que trata-se “de uma variação de cunho lingüístico mais que social” (Mattos, 2003: 94). Os números apresentados na tabela 1 fornecem uma informação bastante relevante para a interpretação do fenômeno variável em questão. A pluralização verbal ocorre mais quando o sujeito coletivo com o qual se relaciona não está explícito formalmente. A análise dos pesos relativos confirma a maior influência da retomada de sujeito nulo anafórico, com o peso 0.75, como a força mais atuante na pluralização verbal, uma vez que há uma grande diferença entre esse peso e os demais: 0.39 para a retomada de sujeito nulo anafórico de coletivos e 0.07 para sujeito coletivo nomeado. Tais resultados referentes à modalidade escrita da língua corroboram os resultados obtidos por Mattos (2003) na análise da modalidade oral do português brasileiro, para quem a alta freqüência de plural em verbos cuja referência era uma anáfora zero, ou sujeito nulo, ao invés de indicar uma discordância morfossintática entre sujeito e verbo, assegura a referência ao sujeito coletivo, cuja carga semântica é de plural (Mattos, 2003: 91). 4- Considerações finais A análise das relações entre sujeito coletivo singular e o verbo em uma variedade escrita do português brasileiro demonstrou que à aparente heterogeneidade da variação subjaz uma sistematização. No presente caso, o uso da forma verbal pluralizada dá-se em contextos em que a saliência fônica é mais acentuada e quando a relação de concordância verbal é feita com um sujeito anafórico nulo. Como conseqüências desse estudo é possível refutar a idéia simplista disseminada pela GT de que a pluralização se dá quando o verbo está distante do núcleo do sujeito e assumir a pluralização como uma forma de marcação da idéia de plural contida nos coletivos formalmente singulares. A idéia de hipercorreção também não se sustenta, uma vez que a análise variacionista demonstrou que os fatores atuantes na variação são de ordem essencialmente lingüística, muito mais que social, apontando uma tendência estrutural da língua portuguesa. Outro ponto fundamental é a rejeição de estereótipos e preconceitos. Acredita-se, assim, que resultados como os aqui apresentados possam, além de esclarecer e rejeitar estigmas, contribuir para a reformulação dos parâmetros lingüísticos utilizados como norteadores do ensino formalizado de língua portuguesa no Brasil, em pontos referentes, por exemplo, à concordância verbal, à concordância verbo- nominal, à semântica dos substantivos coletivos e aos processos 734 IV Seminário de Iniciação Científica www.ueg.br www.prp.ueg.br discursivo-textuais como a referenciação através de anáforas. Só assim se alcançará a compreensão de que toda e qualquer manifestação lingüística é legítima e digna de respeito. 5- Referências bibliográficas CUNHA, C.; CINTRA L. 1985. Nova gramática do português contemporâneo. 2.ed.Rio de Janeiro: Nova Fronteira. Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI. 1999. Versão 3.0. Lexikon informática. LABOV, W. 1972. The study of language in its social context. In _____ Sociolinguistic patterns . Philadelphia. 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