Drenagem linfática manual associada à cinesioterapia em

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Drenagem linfática manual associada à cinesioterapia em pacientes
mastectomizadas com linfedema axilar
Helyane Lima Vinholth1
[email protected]
Dayana Priscila Maia Meija2
Pós-graduação em Fisioterapia em Dermato Funcional - Faculdade Cambury
Resumo
A neoplasia mamaria (câncer de mama) é a doença que mais acomete mulheres e a cada ano
vem aumentando mais e mais, isso devido ao diagnóstico tardio. O tratamento mais utilizado
é a mastectomia, que é retirada total ou parcial da mama, com isso pode ocorrer o
aparecimento do linfedema, que talvez seja a complicação mais comum pós-retirada da
mama. O linfedema pode causar diminuição da amplitude de movimento do membro superior,
redução da sensibilidade, causando transtornos nos pacientes afetando assim, o emocional, o
social e o físico. Este trabalho tem como objetivo principal buscar conhecimento sobre o
tema através de uma revisão de literatura, sua metodologia é de cunho Qualitativo e estudo
Bibliográfico, onde através de autores distintos da área relatam que a drenagem linfática
associado à Cinesioterapia é capaz de prevenir e tratar disfunções da mobilidade do membro
afetado.
Palavras-chave: Drenagem Linfática; Mastectomia; Linfedema Axilar.
1. Introdução
O presente artigo vem abordar estudos que tratam do tema “Drenagem linfática manual
associada à cinesioterapia em pacientes mastectomizados com lifedema axilar”. Seus
objetivos é buscar o conhecimento sobre o tema através de uma revisão de literatura,
verificando os benefícios da Drenagem Linfática Manual (DLM) associado à cinesioterapia e
identificando os efeitos que ocorrem em pacientes mastectomizados com linfedema.
O câncer de mama é uma patologia que mais acomete as mulheres, podendo ser benigno ou
maligno. O desenvolvimento do câncer de mama é decorrente de vários fatores sendo
biológicos e ambientais, é uma doença que apresenta uma evolução prolongada e progressiva,
podendo às vezes ser interrompido em uma de suas fases, ou seja, nada mais é do que a
sobreposição celular, sendo estas células anormais originadas de células normais.
Os principais fatores associados a um risco aumentado de desenvolver o câncer de mama são:
sexo feminino, menarca precoce (antes dos 11 anos), menopausa tardia (após os 55 anos),
nuliparidade, primeira gestação após os 30 anos, ciclo menstruais menores que 21 dias,
história da doença na família, alimentação inadequada, obesidade, radiações ionizantes,
etilismo, padrão socioeconômico elevado e cor branca (MEIRELES, 1998).
O tratamento cirúrgico para o câncer de mama tem como objetivo controlar localmente a
patologia através da remoção de todas as células malignas, proporcionando maior sobrevida,
identificando também o risco de metástase, neste caso se inclui o esvaziamento axilar para
controlar a doença (BLACK & ESTHER, 1996).
É notório afirmar que a mastectomia depende muito do estágio e grau de avanço da doença, a
cirurgia é realizada de acordo com o diagnóstico clínico e o tipo histopatológico deve conter
1-
Pós-graduanda em Fisioterapia Dermato-Funcional.
Professora-orientadora, Especialista em Metodologia do Ensino Superior e Mestre em bioética e direito em
saúde.
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todos os elementos necessários para prognóstico e terapêutico, apresentando a descrição das
características da neoplasia, do estado linfonodal, do comprometimento das margens
cirúrgicas de ressecção, tendo como o tratamento conservador Hormonioterapia,
Quimioterapia, Radioterapia e tratamento cirúrgico, cirurgias radiais e cirurgias
conservadoras.
Com a retirada da mama pode ou não ocorrer o linfedema, que é o acumulo da linfa fora do
vaso linfático. A dessecação axilar é importante uma vez que demonstrará comprometimento
dos linfonodos e a possibilidade de metástase no controle local da doença e no planejamento
dos tratamentos complementares, uma vez que se os gânglios axilares já contiverem células
tumorais será necessário um tratamento sistêmico com quimioterapia. Este esvaziamento tem
possíveis complicações como o edema do braço ou linfedema, parestesia e alterações nos
movimentos do ombro (COSTA, 2000).
Neste sentido, se a patologia estiver alojada não pode regredir de forma espontânea, existem
vários recursos fisioterapêuticos que são utilizados na busca do controle do linfedema.
A drenagem linfática é um método de massagem manual realizada sobre o trajeto linfático
que estimula a circulação linfática induzindo a retirada de macromoléculas do interstício
direcionando os para a circulação sanguínea.
O fisioterapeuta é um profissional capacitado em tratar pacientes com as mais diversas
patologias, neste sentido, o tema escolhido surgiu devido à preocupação com os problemas
relacionados às neoplasias e em especial a neoplasia mamaria. Diante do exposto, a atuação
do fisioterapeuta deve ter início no pré-operatório para identificar os fatores de riscos e assim,
evitar complicações pós-cirúrgicas.
Portanto, o tratamento fisioterapêutico do câncer de mama se torna importante para evitar
problemas como o linfedema principal complicação estudada neste artigo, que com as
técnicas corretas haverá diminuição do inchaço, aumento da amplitude de movimento
realizando exercícios cinesioterapêuticos e impedindo a imobilização do membro afetado.
2 Fisiologia e Anatomia da mama
A função fisiológica das mamas é a produção de leite para a amamentação. A superfície
cutânea da mama é fina, elástica e mais clara, podendo ser dividida em três regiões: periférica,
areolar e papilar.
Região Periférica: encontra-se as glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, pelos e aonde as
veias superficiais podem ser visualizadas.
Região Areolar: é uma região circular de coloração rósea ou acastanhada, onde existem
glândulas sudoríparas e sebáceas, responsáveis pela hidratação dessa área.
Região Papilar: é desprovida de glândulas sebáceas, de onde desembocam de quinze a vinte
orifícios ductais dos respectivos lobos da glândula mamária ou lobos mamários. As glândulas
mamária são suscetíveis ao câncer, devido aos tecidos que as compõem serem constituídos
por células de metabolismo altamente ativo, além de serem sensíveis a substancias químicas e
agentes carcinogêneos. (DANGELO, 2005).
2.1 Neoplasia Mamaria
A mama é um órgão característico e simbólico da feminilidade, responsável pela
amamentação, a distorção desse órgão podem causar problemas emocionais, psíquicos e
físicos. A Neoplasia Mamaria (câncer de mama) vem aumentado nos dias atuais isso devido o
diagnostico tardio, é responsável pelo maior número de morte por câncer nas mulheres. O
câncer de mama é a neoplasia de maior ocorrência entre as mulheres de países desenvolvidos
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ou em desenvolvimento, no Brasil é a primeira ou a segunda mais frenquente (GUIRRO &
GUIRRO, 2004).
Segundo Camargo e Marx (2000), o câncer de mama hoje é responsável por 12% de mortes
no mundo, com aproximadamente 6 milhões de pessoas atingidas, sendo a terceira principal
causa de morte. É uma doença complexa e heterogênea, de evolução lenta ou rapidamente
progressiva, dependendo do tempo de duplicação celular e outras formas biológicas de
progressão, sendo a neoplasia mais comum nas mulheres.
O auto-exame das mamas é feito através da palpação verificando a presença de nódulos, isso é
realizado pela própria paciente, a ultrassonografia e a mamografia são exames clínicos que
auxiliam no diagnostico.
Realizando os exames de mama anualmente pode-se detecta o aparecimento de nódulos
mamários, por meio deste exame e diagnóstico precoce pode-se evitar que o câncer de mama
se torne maligno.
A importância do diagnostico precoce do câncer está em tentar evitar a disseminação das
células malignas pelo corpo, proporcionando maiores opções de tratamento e boa chance de
recuperação completa as pacientes (CAMARGO & MARX, 2000).
O câncer de mama é caracterizado por desregulação da proliferação e apoptose celular,
desaparecimento de células mioepiteliais, transformações epitélio-mesênquima, instabilidade
genômica (mutações, deleções, amplificações, rearranjos cromossômicos), perda da
organização e compartimentalização. (FERREIRA & ROCHA, 2004).
O tratamento do câncer de mama vem sofrendo mudanças importantes na vida de paciente
mastectomizadas, com técnicas mais conservadoras, estéticas e menos agressivas e
mutiladoras, devido às alterações funcionais, sociais e psicológicas que algumas técnicas
poderiam causar as pacientes, modificando sua auto- estima (MARINHO & MACEDO,
2006).
2.2 Mastectomia
A Mastectomia é a remoção total ou parcial do órgão mamário. A mulher que fez a
mastectomia necessita de um trabalho de apoio pós-cirúrgico deve-se considerar a
possibilidade de realizar a reconstrução da mama imediata. Após a mastectomia pode ou não
ocorrer o linfedema, que é o excesso de linfa acumulada fora dos vasos linfáticos, é mais
comum entre 2 a 5 anos após a cirurgia de retirada da mama. Ocorre devido à retirada dos
gânglios linfáticos axilares.
A mastectomia é um procedimento cirúrgico dominante, este tipo de cirurgia foi desenvolvido
e implantado por William Stewart Halsted, em 1882, sendo conhecida como, mastectomia
radical de Halsted, que consistia na remoção total da mama, bem como dos músculos peitorais
(grande e pequeno peitoral), da pele e dos gânglios linfáticos axilares. Halsted publicou os
resultados dos seus primeiros casos, relatando que a taxa de sobrevivência, cinco anos após a
cirurgia era de 40%. Apesar do seu sucesso terapêutico, a mastectomia radical era uma
cirurgia muito extensa, encontrando-se associada a um risco elevado de linfedema e a
inúmeros outros efeitos secundários, tais como deformação do peito e do ombro. Desde modo
ao longo do tempo, foi-se procurando desenvolver técnicas cirúrgicas que permitissem uma
maior preservação dos músculos peitorais, bem como dos gânglios linfáticos axilares e da
própria mama, sempre que fosse possível. (CANAVARRO, 2012 in Turkington & Krag,
2005).
Para Guirro & Guirro (2004) após a cirurgia de retirada da mama (mastectomia), existe uma
retirada de nodos linfáticos axilares, em maior ou menor número, dependendo da técnica
cirúrgica utilizada, e com isto, há uma interrupção da circulação linfática do membro superior,
podendo aparecer um linfedema deste membro.
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Smeltzer & Bare (2000) citam quatro tipos de procedimentos cirúrgicos: mastectomia parcial,
a quadrantectomia, mastectomia radical modificada e mastectomia radical.
“[...] As técnicas aplicada irão depender de cada caso, avaliando-se as características do tumor
e o estagio da doença, as cirurgias podem ser conservadoras ou radicais. As cirurgias
conservadoras são indicadas quando os tumores apresentam ate 3 cm [...]” (BORGES, p. 417,
2010).
As Cirurgias Conservadoras consiste de cirurgia para remoção do tumor primário com
margens de tecido normal, histologicamente negativas e disseccao axilar, sendo a radioterapia
complementar obrigatória na mama submetida à cirurgia, para controle da doença, podendo
ser do tipo Tumorectomia e Quadrantectomia ou segmentectomia
Tumorectomia: é um procedimento cirúrgico conservador que consiste na remoção do tumor
com margens de tecido circunjacente de 1cm, sendo necessário que estas margens estejam
histologicamente negativas, este procedimento é indicado para tumores de ate 1,5 cm de
diâmetro Quadrantectomia: é na remoção de uma quadrante ou segmento da glândula
mamaria onde se localiza um tumor maligno, e as margens circunjacente de tecido normal
entre 2 e 2,5 cm, sendo que em conjunto com o esvaziamento axilar radical e a radioterapia
proporciona melhores resultados em tumores de ate 2 cm, mas dependendo do tamanho da
mama podendo ser usado em tumores de ate 3 cm de diâmetro.
Cirurgias Radicais são: Mastectomia radical clássica ou método de Halsted, Mastectomia
radical modificada Patey, Mastectomia radical modificada Tipo Madden, Mastectomia
subcutânea e Linfadenectomia axilar.
Mastectomia radical Halsted: extirpação da mama, músculo grande, músculo pequeno peitoral
e esvaziamento axilar radical.
Mastectomia radical modificada Patey: É a remoção da glândula mamaria e músculo pequeno
peitoral de suas inserções na apófise coracoide, terceiro, quarto e quinto espaços intercostais,
em monobloco, com esvaziamento axilar radical, linfonodos interpeitorais, aponeurose
anterior e posterior do músculo grande peitoral.
Mastectomia radical modificada tipo Madden: consiste na remoção da glândula mamaria,
juntamente com a aponeurose anterior e posterior do músculo grande peitoral e no
esvaziamento axilar (níveis I, II e III) e linfonodos interpeitorais, sendo preservado o músculo
grande e pequeno peitoral.
Mastectomia subcutânea: constitui na retirada da glândula mamaria, conservando os músculos
peitorais e suas aponeuroses pelo e complexo aureolo papilar (FRANCO, 1997).
Portanto, o tratamento cirúrgico para o câncer de mama tem como objetivo controlar
localmente a patologia através da remoção de todas as células malignas, proporcionando
maior sobrevida, identificando também o risco de metástase, neste caso se inclui o
esvaziamento axilar para controlar a doença.
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Figura: Paciente mastectomizada
Fonte Disponível : www.ipressglobal.com
2.3 Complicações pós-cirurgia em pacientes mastectomizadas com linfedema
Os programas de reabilitação foram se modificando com o passar dos anos, e deixaram de ser
apenas voltados para uma reabilitação e passaram a pensar em prevenção de complicações.
(BARACHO,1997).
O linfedema é um problema quantitativo entre o fluxo produzido e a capacidade de transporte.
Se os mecanismos de compensação forem insuficientes, o equilíbrio entre a produção e o
transporte estará arruinado; se a produção normal de proteínas linfáticas for maior que a
capacidade de transporte, o linfedema aparecera imediatamente.
A intervenção fisioterapêutica deve ser realizada o mais rápido possível, para prevenir as
possíveis complicações da cirurgia. Após a retirada da mama pode surgir algumas
complicações como: fibrose na cicatriz, desvios de postura, disfunção no ombro, dor,
alterações circulatórias e linfedema.
Principais causam que levam a disfunção dos movimentos do membro superior é a dor nessa
etapa da cirurgia, podendo levar a vários graus de imobilidade, devido ao medo de realizar os
movimentos, o que poderá intervir diretamente com a dificuldade da movimentação
espontânea no decorrer do tratamento, além de contribuir com o aparecimento de linfedema
(GUIRRO & GUIRRO, 2004).
Diante do exposto, o linfedema pode causar sérios problemas, entre eles, a diminuição da
amplitude de movimento no membro superior, redução da sensibilidade e processos
inflamatórios e infecciosos, causando transtornos em pacientes na parte estética, psíquica e
física.
De acordo com Camargo & Marx (2000), o linfedema pós-cirurgia de mama não é uma
situação normal e deve ser evitado ao máximo, pois é uma patologia crônica que tem
tratamento. No entanto, o linfedema instalado rapidamente, ou surgido antes da cirurgia,
normalmente indica a presença de metástase que invadem ou bloqueiam o sistema linfático. É
causado pela redução do transporte do sistema linfático e alterações em seu fluxo. Ocorre
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Edema e inflamação crônica de uma extremidade causada pela perca do sistema linfático em
remover líquidos e substâncias que por ele normalmente são drenadas.
3. Sistema linfático
O Sistema Linfático é uma via auxiliar de drenagem que funciona em conjunto com o sistema
vascular numa constante mobilização de líquidos e exerce a função de manter o equilíbrio
hídrico e protéico tissular. Segundo Borges (2010), o sistema linfático é uma via unidirecional
de drenagem que tem por finalidade livrar os tecidos de materiais indesejados e excesso
fluido.
O sistema linfático segue uma via de Mao única que previne a formação de edema, porém,
algumas ações podem interferir na sua motilidade como o bombeamento do sistema arterial e
dos músculos, os movimentos respiratórios diafragmáticos, o peristaltismo intestinal, a
massagem d drenagem linfática e os enfaixamento e contensão elástica, a importância do
sistema linfático para o organismo uma vez que desempenha funções como retorno do liquido
intersticial para a corrente sanguínea, destruição de microorganismo e partículas estranhas da
linfa, resposta imunes especificas, como a produção de anticorpos. (GUIRRO & GUIRRO,
2004).
A função imunológica é dividida em dois mecanismos. A primeira imunidade humoral, em
que os anticorpos podem ser acionados por meio de antígenos de várias substâncias estranhas
ao nosso corpo, responsável pela destruição de células tumorais, manutenção das defesas. O
outro mecanismo, chamado de imunidade celular, é responsável carrear as imunoglobulinas
em sua superfície (BORGES, 2010).
Dentre suas funções estão a de reabsorver e encaminhar para a circulação tudo aquilo que o
capilar não consegue recuperar do desequilíbrio entre a filtração e a reabsorção e a produzir
linfócitos, células presentes na linfa que não são originárias nem da corrente sanguínea, nem
do espaço intersticial, mas sim dos gânglios linfáticos, do baço e da medula óssea (MARX e
CAMARGO Apud CEOLIN, 2006).
Guyton; Hall (1996) refere-se ao Sistema Linfático como uma via acessória pela qual o
líquido pode fluir dos espaços intersticiais para o sangue, realizando o transporte de proteínas
e material em grandes partículas para fora dos espaços teciduais; função que o sistema
sanguíneo não pode realizar, em razão de seus vasos não fornecerem passagem para tal
tamanho.
Para Guirro & Guirro (2004), o Sistema Linfático é um sistema vascular constituído por um
conjunto de capilares linfáticos, troncos linfáticos, vasos coletores, e órgãos linfóides. São três
as funções do sistema linfático: ativação da resposta inflamatória com o objetivo de controlar
as infecções e defender contra agentes invasores, o retorno do excesso do liquido intersticial e
das proteínas à corrente sanguínea e a absorção de lipídios.
No membro superior, tanto os vasos linfáticos superficiais como os profundos atingem os
linfonodos axilares. No membro inferior os vasos superfiais e profundos fluem para o
linfonodos inguinais superficiais. Toda a linfa do organismo acaba retornando ao sistema
vascular sanguíneo através de dois grandes troncos, o ducto torácico e o ducto linfático
direito. O ducto torácico recebe proveniente dos membros inferiores, do hemicorpo esquerdo,
do pescoço e da cabeça e do membro superior esquerdo e se origina na cistema do quilo. Já o
ducto linfático direito recolhe a linfa proveniente do membro superior, do hemetórax direito,
do pescoço e da cabeça. Os dois ductos recolhem a linfa e o sistema linfático filtra e lança na
corrente sanguínea, onde recomeçará como plasma sanguíneo.
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Fonte: Cruz (2000)
Figura 2 – Esquema do Sistema Linfático
4. Metodologia
Este trabalho é de cunho qualitativo, foi realizado através de uma revisão bibliográfica, onde
foram utilizados artigos científicos e livros que abordassem sobre: mastectomia, linfedema,
drenagem linfática e cinesioterapia.
É o primeiro passo de todo o trabalho científico, sobre tudo pela exploração que é feita em
texto e através desta Revisão de literatura e de autores será possível tirar dúvidas sobre o tema
e assim, dar ênfase no assunto.
Segundo Lakatos e Marconi (2001, p. 83) “abrange toda a bibliografia já tornada pública em
relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros,
pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, os meios de comunicação oral e visual”.
5. Resultados e Discussão
A drenagem linfática manual (DLM) é uma técnica de massagem manual, realizado com
pressões suaves, lentas e relaxantes, que segue o trajeto do sistema linfático, manobras visam
drenar o excesso de líquido reunido nos tecidos e dentro dos vasos, removendo o excesso de
proteína e restaurando o equilíbrio entre a carga protéica e capacidade de transporte do
sistema linfático.
A drenagem linfática manual foi criado em 1936 pelo biólogo Dinamarquês Emil Vodder e
sua esposa Estrid vodder, vários adeptos passaram a difundi-la, tornando-a um dos principais
pilares no tratamento do linfedema. (GODOY & GODOY, 2004).
Segundo Barros (2001), a drenagem linfática manual foi descrita, como um método para
tratamento de edemas, em especial o linfedema. Sua principal finalidade é esvaziar os líquidos
exsudados e os resíduos metabólicos por meio de manobras nas vias e nos linfonodos.
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A DLM produz melhora local da oxigenação e circulação nos tecidos, na aceleração da
cicatrização de ferimentos, no aumento da capacidade de absorção de hematomas e equimoses
e melhora no retorno da sensibilidade. Alem disso, estimula a contração da musculatura lisa
dos vasos linfáticos, estimula o trofismo na região aplicada, melhora a capacidade linfática
visando o restabelecimento da corrente circulatória periférica da lesão (CEOLIN, 2006).
Os objetivos da drenagem linfática manual são recolocar em movimento o liquido intersticial
e permitir uma maior reabsorção dos excessos de liquido e da macromoléculas por intermédio
do sistema linfático, favorecer a abertura dos capilares linfáticos e, com isso, a eliminação dos
resíduos provenientes do metabolismo celular, aumentar a regeneração celular e estimular o
sistema imunológico. (FARRAPEIRA & JUNIOR, 2006).
A DLM pelo método de Leduc em linfedemas de membros superiores causados por
complicação do câncer de mama pode ser constatada grande melhora de edema quando a
drenagem manual foi feita seguida do enfaixamento. Na pós-cirurgia deve-se realizar a
intervenção fisioterapêutica, onde através de manobras de drenagem associado a exercícios
cinesioterapêuticos possibilita maior funcionalidade do membro afetado, prevenindo
complicações procedentes da imobilização causada pela dor, linfedema e aderência cicatricial
entre outros. A DLM age ativando a circulação linfática, o propicia a redução do linfedema e
a regeneração do sistema linfático uma técnica especifica de massagem manual que exige uma
formação adequada. Esta técnica caracteriza-se por uns movimentos muito suaves e precisos,
todos em forma circular e espiral e por um trabalho intensivo realizado nos centros de
gânglios linfáticos. Procurando aliviar os sintomas, primeiro trata o sistema linfático superior,
ou seja, a zona do coração, as zonas dos gânglios linfáticos do pescoço, da garganta, e dos
ombros, evoluindo depois, de forma progressiva, para as zonas afetadas, mais afastadas do
coração. Na maioria dos casos este tratamento tem a duração de1 hora. Estimula a circulação
linfática nos vasos linfáticos ao acelerar a absorção de líquidos e das macros-moléculas do
tecido intersticial, pela ativação da capacidade peristáltica destes vasos. Por isso, a Drenagem
Linfática Manual faz absorver inúmeras formas de edemas. Não só absorve formas de edemas
aparentes, como também o faz a formas menos visíveis, como por exemplo; os edemas pósoperatório dos membros, o edema do braço depois de uma mastectomia. A Drenagem
Linfática Manual é indicada de forma indiscutível em todos os casos de linfedemas, ou seja,
de edemas resultantes de uma debilidade ou de uma diminuição da capacidade de transporte
do sistema linfático. (BORGES 2010).
A Drenagem linfática atua na otimização ou restauração de sistema linfático deficiente,
impulsionando a linfa que está acumulada constituída de resto de acúmulo anormal de líquido
e proteínas, além de resto de células, bactérias, com a drenagem linfática, ocorre um impulso
maior dessa linfa, fazendo o descongestionamento da via reestabelecimento do fluxo linfático
(CAMARGO & MARX, 2000).
A Drenagem linfática pós-cirurgia é complexa devido à retirada dos vasos e ao seu potencial
de disseminação à distância, e pelo seu valor prognóstico e terapêutico na evolução da
doença. Uma rede linfática é formada sobre a superfície inteira do tórax, pescoço e abdômen e
se torna densa sob a aureola. Há origens dos vasos linfáticos da glândula nos espaços
interlobulares e pré-lobulares, seguindo ao longo dos ductos e terminando em uma rede
subareolar de linfáticos da pele, por isso a drenagem deve ser realizada de maneira global,
atingindo os ductos torácicos direito e esquerdo para se obter um resultado positivo.
(BARACHO, 1997).
Para Camargo & Marx (2000), na maioria dos casos a fisioterapia é o tratamento de escolha
do linfedema, pois não é invasiva e é isenta também porque não é necessário o uso de
medicações.
O tratamento de câncer de mama tem priorizado o tratamento de linfedema e a prevenir a
diminuição da função da extremidade superior. A fisioterapia pode estar auxiliando as
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pacientes no pós-operatório utilizando recursos fisioterapêuticos como drenagem linfática que
ajuda a diminuir o edema (STEPHENSON & LINDA, 2004).
Neste sentido, a mobilização intra-articular também age na prevenção e tratamento do
linfedema, pois através dela ocorre a movimentação do líquido sinovial, ajudando desta forma
a drenar o líquido acumulado e a levar nutrientes para aquela região (KISNER & COLBY,
1998).
Cinesioterapia: são movimentos usados com o objetivo de restaurar a amplitude de
movimentos, tendo como objetivo prevenir, eliminar ou diminuir os distúrbios de movimento
e função (KISNER & COLBY, 1998).
A cinesioterapia é fundamental, para a redução do linfedema. Para Baracho (1997), a
cinesioterapia favorece a redução do linfedema devido a contração muscular estimula o
funcionamento linfático aumentando a absorção e potencialização da circulação de retorno.
A cinesioterapia como tratamento fisioterapêutico é indispensável para restabelecer os
movimentos do braço, e a drenagem linfática, aliada a procedimentos de contenção elástica
como luvas de compressão ou enfaixameto, agirá sobre o linfedema, eliminando ou reduzindo
este a níveis aceitáveis (GUSMÃO, 2010).
As contrações musculares mais utilizadas são as isodinâmicas que são movimentos ativorepetitivos na máxima amplitude possível. A falta de mobilização do membro acometido tem
que ser evitada, pois altera significativamente o mecanismo do sistema linfático favorecendo a
perpetuação de edema (BRENNAM & MILLER, 1998).
O programa de exercícios deve estar fundamentado nos movimentos em que os músculos do
peitoral maior e menor tenham importante participação, ou seja, rotação, flexão, extensão,
abdução, anteversão, elevação e abaixamento do braço, retroversão e circundação. Assim, nos
primeiros dias de pós-mastectomia recomenda-se a realização dos exercícios, cujo movimento
exija uma menor força ou participação dos músculos peitorais e gradualmente deve-se
aumentar a frequência e complexidade, evitando dessa forma, bloqueios articulares, distensão
e dor. Aos exercícios de alongamento devem ser estimulados, os quais melhoram ou previnem
fibrose muscular e aderência tecidual da área cirúrgica. (MAMEDE, 1991).
A Mobilização Articular é usada para tratar disfunções articulares como rigidez,
hipomobilidade articular reversível ou dor; é realizada de forma passiva pelo fisioterapeuta
com baixa velocidade, para que o paciente seja capaz de interromper o movimento. A
mobilização articular pode ser aplicada com um movimento oscilatório ou um alongamento
mantido de modo a diminuir a dor ou aumentar a mobilidade. Ela age de forma profilática e
curativa e seus procedimentos são importantes para o aumento da amplitude de movimento
(VEADO & FLORA, 1994).
As técnicas de mobilização usadas para o alívio e prevenção da dor será a técnica de
mobilização intra-articular leve, que auxiliam na manutenção das trocas de nutrientes,
prevenindo desta forma os efeitos dolorosos e degenerativos da estase quando uma articulação
está edemaciada ou dolorida, impedindo que seja realizado o seu movimento ao longo de sua
amplitude, já a hipomobilidade articular reversível pode ser tratada com técnicas
progressivamente vigorosas para alongamento conectivo capsular e ligamentar hipomovel
(KISNER & COLBY, 1998).
O alongamento são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, as quais
foram encurtadas e desta forma aumentar a amplitude de movimento, é uma pratica
fundamental para o bom funcionamento do corpo, proporcionando maior agilidade e
elasticidade e prevenir lesões. O alongamento no processo de cicatrização promove melhoras
no quesito elasticidade e força dos tecidos, este deve ser realizado durante a fase subaguda e
crônica, porem deve ser realizado com cautela, de acordo com a progressão da cicatrização,
pois força excessiva durante o início desse processo pode prejudicá-lo. (GUIRRO &
GUIRRO, 2004).
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O exercício tem um papel importante na prevenção do linfedema, pois os exercícios corretos
no pós-operatório podem ajudar a desenvolver canais linfáticos colaterais nos ombros e
escápula, assumindo o trabalho dos canais danificados pela cirurgia. Os exercícios também
podem funcionar como bomba nestes canais e ajudar a recuperara força motora do braço,
estes podem ser iniciados no primeiro dia de pós-operatório, os quais podem dirigir-se para o
cotovelo, pulso e mão do lado operado, no segundo dia podem ser realizados movimentos de
ombro, cujo ângulo de flexão deve ir somente à 90 graus. Após a retirada do dreno, pode-se
iniciar movimentos ativos além de 90 graus de flexão (PRICE; PURTELL, 1997).
Os exercícios ativos durante a fase pós-operatório é importante para bom desenvolvimento de
normalização da força muscular, mantendo elevado o braço do lado operado desde o período
de pós-operatório imediato. As cicatrizes que se retraem diminuem a elasticidade da pele
local, o que dificulta a movimentação do membro superior, podendo causar encurtamento da
musculatura. (MOORE, 1994).
Portanto, a prática dos exercícios deve ser uma das medidas preventivas e curativas para a
prevenção do linfedema, podendo-se iniciar com os movimentos respiratórios para ampliar o
tórax, rotação do ombro, recomendando que os exercícios sejam de acordo com a limitação
individual, não forçando qualquer tipo de exercício, assim, a recuperação das pacientes terá
pontos positivos.
6. Conclusão
Tratar da neoplasia mamaria é um assunto que requer muitos conhecimentos, pois se as
pacientes detectarem precocemente terá mais chances de se curar e assim evitar a retirada da
mama. Deste modo, as pacientes acham necessário um esclarecimento sobre todo o processo
fisiopatológico do lifedema, o conhecimento da cirurgia e tratamento adjuvantes e suas
consequências e os fatores físicos, emocionais e sociais que predispõem o linfedema.
Através de leituras em artigos pôde-se perceber que a mastectomia radical modificada a
Madden é a cirurgia mais observada, segundo pesquisas é o tipo que oferece melhor resultado
estético e melhor amplitude de movimentos do membro homolateral á cirurgia, e por isso, a
mais indicada pelos cirurgiões.
Quanto às técnicas fisioterapêuticas empregadas no tratamento do linfedema, a drenagem
linfática manual e a cinesioterapia foram as mais citadas dando maior ênfase neste trabalho.
Por meio de muitos autores se chegou ao resultado dos objetivos e verificou que muitos são os
benefícios da Drenagem Linfática Manual (DLM) associado à cinesioterapia no tratamento de
pacientes mastectomizados com linfedema e os resultados desta pesquisa (artigo) comprovam
que a fisioterapia influencia diretamente na redução do linfedema com a diminuição o edema
do membro afetado, e atua no aumento da amplitude de movimento, otimizando, assim a
qualidade de vida das pacientes.
Neste sentido, a fisioterapia dermato-funcional vem ganhando espaço embasado em literaturas
cientifica, e os estudos se multiplicam, a orientação do fisioterapeuta qualificado é
importante, pois trás benefícios propondo a paciente que retome as suas atividades de vida
diária e a aceitação de como se apresenta a nova forma do seu corpo.
Portanto, este artigo veio abordar esse assunto, afim de, ajudar não apenas profissionais de
fisioterapia que querem trabalhar nessa área como também todas as mulheres que passam ou
já passaram pelo problema. Sabe-se, que são muitos os aspectos importantes sobre as
vantagens da drenagem linfática manual juntamente com a cinesioterapia, que é um método
simples, de baixo custo e que não faz o uso de aparelhos e nem de materiais, é um
procedimento não invasivo, exigindo apenas conhecimento e prática dos profissionais que a
utilizarem.
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