Biopotenciais. Tecido condutor (nervo) Correlação clínica

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Biopotenciais. Tecido condutor (nervo)
Correlação clínica. Hipoglicemia
História clínica: Trata-se de um cão boxer de 8 anos, cujo dono se queixa que o animal
apresenta acessos, fraqueza e “confusão” próximo das refeições.
Exame clínico: O exame físico do cão, incluindo exame neurológico, estava dentro dos
limites normais. O nível sérico de glicose era 29mg/dl (normal é 70-110mg/dl) e a relação
entre insulina e glicose séricas era bastante elevada.
Comentários: Os neurônios são primariamente dependentes de oxigênio e glicose como
metabólitos para a produção de energia (ATP), e estas células não estocam quantidades
apreciáveis de glicose. O ATP é necessário para a manutenção do potencial de membrana
em repouso. Privado de suprimento de glicose adequado e, conseqüentemente de ATP, o
cérebro funciona mal e o animal apresenta acessos, fraqueza e confusão. Estes sinais eram
mais comuns no horário das refeições porque a liberação de insulina é estimulada, tanto
pela refeição quanto psicologicamente em antecipação à refeição.
Neste caso, a relação insulina/glicose é elevada, provavelmente pela presença de
um tumor das células secretoras de insulina no pâncreas. Como a insulina facilita o
transporte de glicose através da membrana celular, maior quantidade de insulina resulta em
maior transferência de glicose para o citoplasma de outras células do corpo, privando,
assim, os neurônios do cérebro deste metabólito essencial.
Tratamento: Insulinomas podem ser usualmente encontrados e removidos cirurgicamente
do pâncreas. Entretanto, metástases podem levar ao surgimento de outros sítios do tumor,
no fígado ou outro lugar e superproduzir insulina.
Referência: Cunningham, J.G. Fisiologia Veterinária. Guanabara Koogan, 2009.
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