o livro do filósofo - Free

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FRIEDRICH NIETZSCHE
O LIVRO DO FILÓSOFO
TEXTO INTEGRAL
TRADUÇÃO
ANTONIO CARLOS BRAGA
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FRIEDRICH NIETZSCHE
O LIVRO DO FILÓSOFO
TITULO ORIGINAL ALEMÃO
DAS PHILOSOPHENBUCH
DIAGRAMAÇÃO: CIBELE LOTITO LIMA
REVISÃO: PATRICIA DE FÁTIMA SANTOS
CAPA: CIBELE LOTITO LIMA E MARCELO SERIKAKU
COLABORADOR: LUCIANO OLIVEIRA DIAS
COORDENAÇÃO EDITORIAL: CIRO MIORANZA
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................6
VIDA E OBRAS DO AUTOR ...........................................................8
O ÚLTIMO FILÓSOFO O FILÓSOFO CONSIDERAÇÕES
SOBRE O CONFLITO ENTRE A ARTE E
CONHECIMENTO .......................................................10
NOTAS PARA O PREFÁCIO ...........................................65
PARA O PLANO: "O ÚLTIMO FILÓSOFO" ..................67
II O FILÓSOFO COMO MÉDICO DA CIVILIZAÇÃO ................69
III INTRODUÇÃO TEORÉTICA SOBRE A VERDADE E A
MENTIRA NO SENTIDO EXTRA—MORAL...........79
DISPOSIÇÃO PARA AS PARTES ULTERIORES..........92
ESBOÇOS ..........................................................................93
IV A CIÊNCIA E A SABEDORIA EM CONFLITO ...................100
APÊNDICE - SOBRE OS HUMORES..........................................116
APRESENTAÇÃO
Apesar de incompleto, com várias passagens simplesmente
esboçadas para futura elaboração, O livro do filósofo é uma obra marcante
para a história da filosofia e especialmente para o que vem a ser a filosofia
em si. As linhas mestras do texto tocam os próprios fundamentos da
filosofia, tais como a teoria do conhecimento, a importância central da
intenção, a falência da verdade e as chances que o homem ainda possui
para se construir. Este pequeno-grande livro é uma exposição das relações
da filosofia com a arte, com a ciência e com a civilização, privilegiando o
ser em si, o ser artista, o devir nos valores humanos, porquanto a arte
transporta e alimenta a ilusão que ressalta a vida pelo aflorar dos instintos,
dos desejos e dos sonhos; contrariamente à ciência (hoje se diria a
tecnologia) que escraviza e destrói, aliena e estimula a mentira em
detrimento da verdade, supervaloriza o ter e menospreza o ser, além de
relegar a filosofia a um plano insignificante. A denúncia do trabalho
mortífero da ciência não pretende eliminar a pesquisa científica da vida do
homem, mas submetê-la aos valores da arte de viver e crescer como ser
humano. Por isso o filósofo não deve procurar a verdade, mas as
transformações do mundo nos homens como decorrência da ciência que
corrói a civilização.
Na realidade, Nietzsche julga a ciência, mas não se define por
aniquilá-la, mas dirigi-la sem a dominar, invertendo a ordem de
dependência que a certeza científica insinua na vida do homem. Ele vê na
atividade científica a manifestação de um verdadeiro instinto de
conhecimento sem freios e que obedece unicamente à própria vontade.
Compete à filosofia determinar o valor da ciência, procurando concentrar e
unificar o instinto desenfreado do saber. Ciência e saber estão, portanto,
em conflito na civilização. Enquanto a ciência impele o indivíduo a
procurar uma compensação ou seu próprio interesse, o saber ou a sabedoria
relaciona seus resultados à vida, ressaltando a importância do espírito, da
alma.
O que pode ocorrer com a civilização perante essa visão utilitarista
que a leva a descambar no interesse puro e simples, desprovida de valores
de alçada superior, sem aquele ideal que possa significar a civilização
plena baseada nos valores do homem-indivíduo, da sociedade-individual,
da sociedade em geral como somatória das unidades sociais que a
compõem? Nietzsche propõe a reforma do espírito, a busca da verdade e a
eliminação da mentira, a visão da arte como forma suprema de restabelecer
a velha ordenação social que os gregos haviam alcançado por meio da
produção artística, reflexo da vida, do culto e dos mitos, espelho dos
instintos e dos sonhos do homem, do saber e da cultura como meios de
elevar o ser humano e a sociedade aos patamares da conexão ideal de todos
os ramos do conhecimento humano.
Tarefa impossível, poder-se-ia dizer, ante a constatação dos nãovalores que parecem guiar a humanidade de hoje, diante dos despropósitos
que idéias e religiões procuram inculcar nos homens. Nietzsche, porém,
responde: "É no impossível que a humanidade se perpetua."
O tradutor
VIDA E OBRAS DO AUTOR
Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em Röcken, Alemanha, no dia
15 de outubro de 1844. Órfão de pai aos 5 anos de idade, foi instruído pela
mãe nos rígidos princípios da religião cristã. Cursou teologia e filologia
clássica na Universidade de Bonn. Lecionou Filologia na Universidade de
Basiléia, na Suíça, de 1868 a 1879, ano em que deixou a cátedra por
doença. Passou a receber, a título de pensão, 3.000 francos suíços que lhe
permitiam viajar e financiar a publicação de seus livros. Empreendeu
muitas viagens pela Costa Azul francesa e pela Itália, desfrutando de seu
tempo para escrever e conviver com amigos e intelectuais. Não
conseguindo levar a termo uma grande aspiração, a de casar-se com Lou
Andreas Salomé, por causa da sífilis contraída em 1866, entregou-se à
solidão e ao sofrimento, isolando-se em sua casa, na companhia de sua mãe
e de sua irmã. Atingido por crises de loucura em 1889, passou os últimos
anos de sua vida recluso, vindo a falecer no dia 25 de agosto de 1900, em
Weimar. Nietzsche era dotado de um espírito irrequieto, perquiridor,
próprio de um grande pensador. De índole romântica, poeta por natureza,
levado pela imaginação, Nietzsche era o tipo de homem que vivia
recurvado sobre si mesmo. Emotivo e fascinado por tudo o que resplende
vida, era ao mesmo tempo sedento por liberdade espiritual e intelectual;
levado pelo instinto ao mundo irreal, ao mesmo tempo era apegado ao
mundo concreto e real; religioso por natureza e por formação, era ao
mesmo tempo um demolidor de religiões; entusiasta defensor da beleza da
vida, era também crítico feroz de toda fraqueza humana; conhecedor de si
mesmo, era seu próprio algoz; seu espírito era campo aberto em que
irromperam as mais variadas tendências, sob a influência de sua agitada
consciência.
Espirito irrequieto e insatisfeito, consciência eruptiva e critica,
vivia uma vida de lutas contra si mesmo, de choques com a humanidade,
de paradoxos sem limite. Assim era Nietzsche.
PRINCIPAIS OBRAS
A gaia ciência (1882)
A genealogia da moral (1887)
Além do bem e do mal (1886)
A origem da tragédia (1872)
Assim falava Zaratustra (1883) Aurora (1881)
Ecce Homo (1888)
Humano, demasiado humano (1878)
O anticristo (1888)
O caso Wagner (1888)
Crepúsculo dos ídolos (1888)
Opiniões e sentenças misturadas (1879)
O viajante e sua sombra (1879)
Vontade de potência (1901)
O ÚLTIMO FILÓSOFO
O FILÓSOFO
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONFLITO
ENTRE A ARTE E CONHECIMENTO
(outono-inverno de 1872)
161
A certa altitude tudo é um: todos reunidos os pensamentos do
filósofo, as obras do artista e as boas ações.
17
É preciso mostrar como a vida inteira de um povo reflete de forma
impura e confusa a imagem que seus maiores gênios apresentam: estes não
são o produto da massa, mas a massa mostra sua repercussão.
Ou melhor, qual é a relação?
Há uma ponte invisível de um gênio a outro — aí está a verdadeira
"história" objetiva de um povo; qualquer outra é variação inumerável e
fantástica numa matéria inferior, cópias de mãos inábeis.
São igualmente as forças éticas de uma nação que se manifestam
em seus gênios.
18
No mundo esplêndido da arte — como puderam filosofar? Quando
se atinge um aprimoramento da vida, cessará o filosofar? Não, é então
No decorrer deste livro, pode-se observar como algumas partes são simplesmente esboçadas, carecendo
de uma elaboração posterior; lacunas e pontos incompletos, bem como cortes, constam do próprio texto
de Nietzsche que, certamente, pretendia aprimorar e ampliar suas reflexões (NT).
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