Immanuel Kant

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Immanuel Kant
Como é possível o
conhecimento?
“O conhecimento é
possível porque o
homem possui
faculdades que o
tornam possíveis".
Em Kant, há duas principais fontes de
conhecimento no sujeito:
A sensibilidade, por meio da qual
os objetos são dados.
O entendimento, por meio do qual
os objetos são pensados.
Assim, apreendemos daqui duas
coisas: primeiro, o conhecimento só é
possível se os objetos da experiência
forem dados no espaço e no tempo; e,
segundo, espaço e tempo são
propriedades subjetivas, isto é,
atributos do sujeito e não do mundo.
É impossível conhecer os
objetos externos sem ordenálos em uma forma espacial.
Nossa percepção interna
destes mesmos objetos fica
impossível sem uma forma
temporal.
Chegamos, portanto, a uma síntese
que Kant faz entre racionalismo e
empirismo. Sem o conteúdo da
experiência, dados na intuição, os
pensamentos são vazios de mundo
(racionalismo); por outro lado, sem
os conceitos, eles não têm nenhum
sentido para nós (empirismo).
Filosofia Moral – O imperativo categórico.
A primeira formulação (a fórmula da lei universal) diz: "Age somente
em concordância com aquela máxima através da qual tu possas ao
mesmo tempo querer que ela venha a se tornar uma lei universal".
A segunda fórmula (a fórmula da humanidade) diz: "Age por forma a
que uses a humanidade, quer na tua pessoa como de qualquer outra,
sempre ao mesmo tempo como fim, nunca meramente como meio".
A terceira fórmula (a fórmula da autonomia) é uma síntese das duas
prévias. Diz que deveremos agir por forma a que possamos pensar de
nós próprios como leis universais legislativas através das nossas
máximas. Podemos pensar em nós como tais legisladores autônomos
apenas se seguirmos as nossas próprias leis.
Friedrich
Nietzsche
Individualismo e
"vontade de poder"
Nietzsche tornou-se filósofo,
segundo ele mesmo devido à
leitura que fez de
Schopenhauer. Concorda com a
visão de mundo deste filósofo em
três questões essenciais: a) a
inexistência de Deus; b) a
inexistência de alma; c) a falta de
sentido da vida, que se constitui de
sofrimento e luta, impelida por
uma força irracional, que podemos
chamar de vontade.
Considera que este mundo é a única
realidade e que não devemos rejeitá-lo
ou nos afastarmos dele, mas viver nele
com plenitude. Como, porém, fazer
isso num mundo sem Deus e sem
sentido?
Nietzsche começa a resolver o problema
fazendo um ataque à moral e aos
valores existentes na sociedade que lhe é
contemporânea. Segundo o filósofo, esses
valores derivam de civilizações já inexistentes,
como a grega e a judaica, e de religiões em que
muitos - senão a maioria - já não têm fé.
Precisamos, portanto, de uma nova
base para assentar nossos valores.
Justiça dos fracos
A civilização, de acordo com o Nietzsche,
foi criada pelos fortes, pelos inteligentes,
pelos homens competentes, os líderes que
se destacaram da massa. Moralistas
como Sócrates e Jesus, porém, negaram
essa realidade em nome dos fracos.
Propagando uma moral que protegia os fracos
dos fortes, os mansos dos ousados, que
valorizava a justiça em vez da força, eles
inverteram os processos pelos quais o homem
se elevou acima dos animais e exaltaram como
virtudes características típicas de escravos:
abnegação, auto-sacrifício, colocar a vida a
serviço dos outros.
"Super-Homem"
Considerando que tais valores não têm origem
divina ou transcendente, Nietzsche afirma que
somos livres para negá-los e escolher nossos
próprios valores. Ao "tu deves" devemos
responder com o "eu quero". É a vontade de
poder que permite ao indivíduo que se autoelege desenvolver seu potencial máximo de
modo a tornar-se um super-homem ou um ser
além-do-homem - isto é, que se coloca acima
da massa.
Nietzsche identifica o "super-Homem" em
personagens como Napoleão, Lutero,
Goethe e até mesmo Sócrates (não por
suas idéias, mas pela coragem de levá-las
às últimas conseqüências). Enfim, no líder
que tem vontade de poder, que ousa
tornar-se o que realmente é. É assim que
se afirma a vida e se pode atingir a autorealização.
Naturalmente, o filósofo sabe que isso
não vai abolir os conflitos e nem se
preocupa com isso, pois considera os
conflitos como um estímulo. De
resto, querer abolir a competição, a
derrota e o sofrimento é o mesmo que
pretender abolir a lei da gravidade.
Desafio e resposta
O pensamento nietzschiano pode ser
avaliado sob duas perspectivas. Por um
lado, ele postula um supremo desafio
ético ao propor uma reavaliação radical
dos valores morais da humanidade. Nesse
sentido, ele apresentou o problema sobre
o qual iriam se debruçar muitos filósofos
do século 20, a partir dos existencialistas.
Por outro, a resposta que ele propõe a
esse desafio - marcada pelo
individualismo e pela "lei do mais
forte" (que pode ser também o mais
inteligente ou o mais talentoso) desaguou no nazi-fascismo, que se
apropriou de suas idéias e o usou em sua
propaganda. No encontro histórico de Mussolini
e Hitler, em 1938, o líder alemão presenteou o
italiano com uma coleção das obras de
Nietzsche.
Escola de Frankfurt
Crítica à sociedade de
comunicação de massa
Indústria cultural
Em um texto clássico escrito em 1947,
"Dialética do Iluminismo", Adorno e
Horkheimer definiram indústria cultural
como um sistema político e econômico que
tem por finalidade produzir bens de cultura
- filmes, livros, música popular, programas
de TV etc. - como mercadorias e como
estratégia de controle social.
Dominação política
Nas mãos de um poder econômico e político, a tecnologia e a ciência seriam
empregadas para impedir que as pessoas tomassem consciência de suas condições
de desigualdade. Um trabalhador que em seu horário de lazer deveria ler bons livros,
ir ao teatro ou a concertos musicais, tornando-se uma pessoa mais culta,
questionadora e engajada politicamente, chega em casa e senta-se à frente da TV
para esquecer seus problemas, absorvendo a mesmos valores que predominam em
sua rotina de trabalho. É desta forma que a indústria cultural exerceria controle
sobre a massa. Como resultado, ao invés de cidadãos conscientes, teríamos apenas
consumidores passivos.
Existencialismo
O homem está
condenado a ser
livre
Existencialismo é um conjunto de
doutrinas filosóficas que tiveram como
tema central a análise do homem em
sua relação com o mundo.
Jean-Paul Sartre
O homem primeiro existe no mundo - e
depois se realiza, se define por meio de
suas ações e pelo que faz com sua vida.
Assim, os existencialistas negam que haja algo como uma natureza
humana - uma essência universal que cada indivíduo compartilhasse -,
ou que esta essência fosse um atributo de Deus. Portanto, para um
existencialista, não é justo dizer "sou assim porque é da minha
natureza" ou "ele é assim porque Deus quer".
Primeiro existimos, e só depois
constituímos a essência por intermédio
de nossas ações no mundo. O
existencialismo, desta forma, coloca no
homem a total responsabilidade por
aquilo que ele é.
Eu não escolho nascer no Brasil ou nos EUA, pobre ou rico,
branco ou preto, saudável ou doente: sou "jogado" no
mundo. Existo. Mas o que eu faço de minha vida, o
significado que dou à minha existência, é parte
da liberdade da qual não posso me furtar.
Posso ser escritor, poeta ou músico. No
entanto, se sou bancário, esta é minha
escolha, é parte do projeto que eliminou
todas as outras possibilidades (escritor, poeta,
músico) e concretizou uma única (bancário).
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