síntese arte 02 - Colégio Dom Bosco

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História dos Maias
Conheça a história da Civilização Maia,
aspectos culturais, economia, religião,
calendário, trabalho no campo, o
imperador, escrita e arquitetura
Calendário Maia: exemplo da cultura maia
Introdução
A civilização maia habitou a região das florestas tropicais das atuais
Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (sul do atual México).
Este povo nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os
séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a
civilização maia.
Organização e sociedade
Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a
invasão e domínio de outros povos vizinhos. As cidades formavam o
núcleo de decisões e práticas políticas e religiosas da civilização e eram
governadas por um estado teocrático.O império maia era considerado
um representante dos deuses no Planeta Terra. A zona urbana era
habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis
pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e administradores do
império (cobradores de impostos). Os camponeses, que formavam a
base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das
camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.
Economia e agricultura
A economia era baseada na agricultura, principalmente de milho,
feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação do solo eram muito
avançadas para a época. Praticavam o comércio de mercadorias com
povos vizinhos e no interior do império.
Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande
avanço arquitetônico. O artesanato também se destacou: fiação de
tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.
Religião
A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses
ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo calendário
que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.
Escrita
Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e
desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem
de impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes.
Matemática maia
Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção
das casas decimais e o valor zero.
Para saber mais (livros):
- Annequim, Guy. Religião e Ciência entre os Maias. In: A Civilização
dos Maias. Rio de Janeiro: Otto Pierre Editores, 1977.
- Daniken, Erich von. O que teria acontecido em 11 de Agosto de 3114
a.C.?. In: O dia em que os deuses chegaram. São Paulo: Círculo do
Livro, 1986.
Astecas
O povo asteca foi uma civilização mesoamericana, pré-colombiana,
que se desenvolveu principalmente entre os séculos XIV e XVI, no
território correspondente ao atual México. Era um povo guerreiro.
Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual
Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago
Texcoco. A sociedade asteca era hierarquizada e rigidamente dividida.
Era comandada por um imperador, chefe do exército. Desenvolveram
muito as técnicas agrícolas e construíram obras de drenagem. O
artesanato deste povo era riquíssimo, destacando-se a confecção de
tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas. Ficaram
conhecidos como um povo guerreiro.
A sociedade era hierarquizada e rigorosamente dividida. Era liderada
por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada
por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e
trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta
camada mais inferior da sociedade era coagida a exercer um trabalho
compulsório para o imperador, quando este os convocava para
trabalhos em obras públicas como canais de irrigação, estradas,
templos, pirâmides, entre outros.
Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI),
o império asteca chegou a ser formado por quase 500 cidades e estas
pagavam altos impostos para o imperador. O império asteca começou
a ser arrasado em 1519 a partir das invasões espanholas. Os
espanhóis dominaram os astecas e se apropriaram de grande parte
dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda
escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de
ouro e prata da região.
Arte e arquitetura: pirâmide da civilização asteca
Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo
obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde
plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes
de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.
O artesanato a era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos,
objetos de ouro e prata e artigos com pinturas. A religião era
politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol,
Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente
Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O
calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas.
Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.
Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos
religiosos e sacrifícios humanos. Estes eram realizados em datas
específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam que com os
sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.
A religião
Eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e acreditavam que
se o sangue humano não fosse oferecido ao Sol, a engrenagem do
mundo deixaria de funcionar.
Sacrifícios feitos:


Dedicado a Huitzilopochtli ou Tezcatlipoca: o sacrificado era colocado
em uma pedra por quatro sacerdotes, e um quinto sacerdote extraía,
com uma faca, o coração do guerreiro vivo para alimentar seu deus;
Dedicado a Tlaloc: anualmente eram sacrificados crianças no cume da
montanha. Acreditava-se que quanto mais as crianças chorassem,
mais chuva o deus proveria.
No seu panteão havia centenas de deuses. Os principais eram
vinculados ao ciclo solar e à atividade agrícola. Observações
astronômicas estudo dos calendários fazia parte do conhecimento dos
sacerdotes. O deus mais venerado era Quetzalcóatl, a serpente
emplumada. Os sacerdotes eram um poderoso grupo social,
encarregado de orientar a educação dos nobres, fazer previsões e
dirigir as cerimônias rituais. A religiosidade asteca incluía a prática de
sacrifícios. Segundo o divulgado pelos conquistadores o
derramamento de sangue e a oferenda do coração de animais e de
seres humanos eram ritos imprescindíveis para satisfazer os deuses,
contudo se considerarmos a relação da religião com a medicina
encontraremos um sem número de ritos. Há referências a um deus
sem face, invisível e impalpável, desprovido de história mítica para
quem o rei de Texoco, Nezaucoyoatl mandou fazer um templo sem
ídolos, apenas uma torre. Esse rei o definia como "aquele, graças a
quem nós vivemos".
História dos Incas
Conheça a história do Império Inca,
cultura, economia, religião, trabalho,
organização social, o imperador: sapainca, Machu Picchu, o quipo, escrita e
arquitetura
Machu Picchu: cidade sagrada dos incas
Introdução
A Civilização Inca desenvolveu-se na região da Cordilheira dos Andes
(América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram
no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram
conquistados e dominados pelos espanhóis no ano de 1532.
Governo
O imperador, conhecido por Sapa Inca, era considerado um deus na
Terra. A sociedade era extremamente hierarquizada e formada por:
nobres ( governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada
média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe
mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava
altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras
públicas.
Cultura Inca
Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos
de pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de
Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a
eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era
extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços
(degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam
feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de
irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacouse pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias.
Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram
como meio de transporte, além de retirar a lã , carne e leite deste
animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.
A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti ). Porém,
cultuavam também animais considerados sagrados como o condor e o
jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha
(criador de tudo).
Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem: o quipo.
Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor
representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e
somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo
desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.
Para saber mais:
- Baudin, Louis - A vida quotidiana no tempo dos últimos Incas, Edições
"livros
do
Brasil",
Lisboa,
s/d.
- Galeano, Eduardo - As veias abertas da América Latina, Editora Paz
e
Terra,
Rio
de
Janeiro,
1978
- Séjouné, Laurette - América Latina I: antiguas culturas
precolombianas
Siglo
XXI,
México,
1978,
8ª
ed.
- Wasserman, Claudia (coordenação) - História da América Latina:
cinco séculos, Editora da Universidade Federal do RG do Sul, P. Alegre,
1996
Olmecas
Olmeca é a denominação que se dá ao povo que esteve na origem
da cultura olmeca, a antiga cultura pré-colombiana da Mesoamérica
que se desenvolveu nas regiões tropicais do centro-sul do atual
México durante o período pré-clássico, aproximadamente onde hoje
se localizam os estados mexicanos de Veracruz e Tabasco, no Istmo
de Tehuantepec, numa zona designada área nuclear olmeca.
Há milhares de anos, entre as fronteiras do México e dos Estados
Unidos, os olmecas fundaram uma civilização que influenciou a
formação cultural de outros povos que habitaram o espaço
americano. Antes disso, essa localidade mesoamericana se resumia a
presença de algumas populações entre as regiões de pântano e
montanha que dominavam uma rudimentar economia agrícola.
O desenvolvimento da civilização olmeca, dado após o período entre
1500 e 1200 a.C., ocorreu graças ao aprimoramento destas técnicas
agrícolas, assim puderam vencer as hostilidades do meio e sustentar
grandes populações. A partir desse quadro de desenvolvimento, a
expansão das áreas ocupadas e o surgimento de núcleos urbanos
aconteceram paulatinamente.
A sustentação de muitos desses centros urbanos, erguidos em zonas
atingidas por grandes enchentes e secas, ocorreu graças à invenção
de um sistema de aquedutos que canalizavam as águas para serem
consumidas nas épocas mais quentes. Além disso, podemos observar
que a expansão desta civilização também esteve ligada ao
desenvolvimento de atividades comerciais, que integraram várias
regiões americanas.
A antiga cidade de San Lorenzo é considerada um dos mais
significativos polos irradiadores do povo olmeca. Algumas pesquisas
sugerem que o processo de desenvolvimento dessa cidade aconteceu
graças à vastidão dos recursos hídricos. Além disso, acredita-se que
uma elite tenha dominado politicamente o local, tendo em vista a
grande quantidade de artefatos luxuosos identificados na região.
Uma das mais eminentes provas desse requinte material de San
Lorenzo se atesta na existência de um grande templo repleto de
grandes cabeças esculpidas em pedra basalto. Ainda hoje, não se
sabe qual o exato significado dessas representações no contexto
cultural olmeca. Entretanto, a presença de visíveis traços negroides
remonta uma possível e indecifrável presença africana nas Américas.
O esplendor e alto grau de desenvolvimento de San Lorenzo foram
perdendo o seu espaço entre os anos de 950 e 900 a.C.. As
esculturas foram sendo depredadas e as residências abandonadas.
Apesar de não existirem justificações precisas sobre esse episódio da
história olmeca, alguns historiadores suspeitam que um conflito
interno tenha impulsionado esta debandada.
Na mesma época em que San Lorenzo entrou em visível declínio, a
cidade de La Venta se transformou no mais centro aglutinador da
cultura olmeca. Até o século IV a.C., esta cidade teve grande
importância para tal civilização. Depois disso, talvez pela ação de
grandes transformações climáticas, esta região foi sendo desabitada
até a extinção definitiva do povo olmeca.
Mesmo com a sua extinção e os limites dos artefatos encontrados, a
cultura olmeca impressiona por várias de suas conquistas.
Escavações recentes descrevem que este teria sido o primeiro povo a
criar um código escrito em todo o mundo Ocidental. Além disso,
outras especulações sugerem a criação de uma bússola e a adoção do
número “zero” no desenvolvimento de operações
matemáticas. Dentre os exemplos significativos, vale a pena lembrar os
astecas e os maias, que serão herdeiros capazes de repensar o calendário e
a escrita olmeca.
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