INDEPENDÊNCIA DO BRASIL Prof. Victor Creti Bruzadelli Era das Revoluções Conceito de Eric Hobsbawn: Processo amplo de decadência do Antigo Regime e da ascensão de novos modelos políticos e grupos sociais (burgueses); Revoluções: Independência dos EUA (1776); Revolução industrial inglesa (1760-1850); Revolução francesa (17891799)... A liberdade guiando o povo, Eugène Delacroix (1830) Europa em contexto de Revolução Revolução Francesa: Desenvolvimento do capitalismo na França; Bloqueio Continental (1806): Decretado por Napoleão Bonaparte; Impedia os países europeus de manterem relações econômicas com a Inglaterra; Acordos comerciais entre Portugal e Inglaterra e a manutenção das relações econômicas; Fuga da família real (1808). Período Joanino Primeiras medidas: Abertura dos portos às nações amigas (1808); Liberação das manufaturas (1808); Tratados de 1810: Países de origem Taxa de importação Inglaterra 15% Portugal 16% Demais países 24% Período Joanino Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815): Rio de Janeiro como sede do Império; Reformas: Casa da Moeda e Banco do Brasil; Jardim Botânico; Academia Militar; Biblioteca Real, Liberação da tipografia e fundação da Imprensa Régia; Escola de Belas Artes: Missão artística francesa (1816); Missão científica austríaca. Período Joanino Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios: Artistas renomados no Brasil; Jean-Baptiste Debret publica “Viagem pitoresca e histórica ao Brasil”: Relato de Debret do período em que esteve no Brasil por 21 anos; Diversas aquarelas demonstrando o cotidiano no Império e suas interpretações; Grande importância histórica. Período Joanino “No Rio, como em todas as outras cidades do Brasil, é costume, durante o “tete-à-tete” de um jantar conjugal, que o marido se ocupe silenciosamente com seus negócios e a mulher se distraia com os negrinhos que substituem os doguezinhos, hoje quase completamente desaparecidos na Europa. Esses molecotes mimados até a idade de cinco ou seis anos, são em seguida entregues à tirania dos outros escravos que os domam a chicotadas e os habituam assim a compartilhar com eles das fadigas e dissabores do trabalho” (DEBRET, Jean-Baptiste. Viagem pitoresca e histórica ao Brasil) Período Joanino Índios e caboclos Negros africanos Período Joanino Cotidiano do Rio de Janeiro Período Joanino Cortina do palco do Teatro Tribunal por ocasião da coroação de D. Pedro I Pintura oficial: D. João VI Período Joanino Expansão territorial: Aproveitando-se das Guerras de Independência D. João inicia um processo de expansão; Invasão da Guiana Francesa (1809); Invasão da Cisplatina (1811-12). Período Joanino Insurreição Pernambucana (1817): Revolta de cunho separatista, influenciada pelo iluminismo e pela Era das Revoluções; Aliança da elite com as camadas populares; Fatores: Aumento de impostos a partir de 1808; Miséria da população; Desvalorização dos produtos nordestinos; Período Joanino Insurreição Pernambucana (1817): Liderança: Domingos José Martins (comerciante) e os padres João Ribeiro e Miguel Joaquim; O problema da abolição, fim do apoio das elites; Pouco tempo no poder, sendo sufocado pelas tropas de D. João VI; Todos os líderes mortos. Revolução Liberal do Porto (1820) Motivações: Fim da Era Napoleônica e permanência da Família real no Brasil; Presença Militar inglesa; Fragilidade econômica; Influência das ideias iluministas e da Era das Revoluções; Convocação das Cortes: Elaboração de uma constituição. “A ambiguidade política de D. João contribuía para manter aquela situação anormal, pois, mesmo após a libertação de Portugal do domínio napoleônico, o soberano continuava no Brasil. Além disso, as medidas de D. João que deram ampla liberdade econômica ao Brasil estavam causando sérios prejuízos ao comércio português, levando a economia a uma situação crítica. Esse quadro, em meio a um cenário europeu de movimentos liberais, propiciou a eclosão do movimento” (KOSHIBA, Luiz; MANZI, Denise Manzi. História do Brasil no contexto da história ocidental) Revolução Liberal do Porto (1820) Cordel sobre a Independência, de Dimas Mateus: Viajou um mensageiro Com carta da Imperatriz Dom Pedro abriu e leu Na carta a esposa diz Separemos de Portugal Fazer um Brasil Feliz Dezoito e Vinte Dois (1822) Sete de Setembro o mês Um feriado Nacional Foi isto que o tempo fez O Brasil se libertava Do domínio português Retorno apressado de D. João VI e permanência de D. Pedro de Alcântara no Brasil; Propostas: Elaborar uma constituição; Liberalismo em Portugal; Recolonização do Brasil; Regresso do príncipe regente. Independência do Brasil (1822) Formação do Partido Brasileiro: ]Formado por aristocratas rurais, burocratas e comerciantes; Defesa da autonomia brasileira; Busca de aliança com D. Pedro; Dia do Fico (1822); Elaboração de um Ministério brasileiro: José Bonifácio; Convocação de eleições para a Constituinte; Grito do Ipiranga; Obs.: A independência não significou mudanças profundas na estrutura social brasileira. Independência do Brasil (1822) Independência ou morte, de Pedro Américo (1888) “A imagem de D. Pedro I desembainhando a espada no alto do Ipiranga é uma das representações mais populares da história do Brasil. [...] Diante dela temos a impressão de sermos testemunhas do evento histórico, aceito naturalmente como “marco zero” da fundação da nação. No entanto, essa imagem é fruto da imaginação de um artista que nem mesmo tinha nascido no momento em que o episódio ocorreu.” (MATTOS, Cláudia Valladão. A invenção do grito)