qwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq wertyuiopasdfghjklzxcvbnmqw ertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwer tyuiopasdfghjklzxcvbnmqwerty uiopasdfghjklzxcvbnmqwertyui opasdfghjklzxcvbnmqwertyuiop asdfghjklzxcvbnmqwertyuiopas dfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdf ghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfgh jklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjkl zxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzx cvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcv bnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbn mqwertyuiopasdfghjklzxcvbnm qwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq wertyuiopasdfghjklzxcvbnmqw Resumo Princípios de Linguísticas Descritiva. Introdução ao Pensamento Gramatical – PERINI, Mario A. 16/09/2013 Elisabeth Lorena Alves 1 Princípios de Linguísticas Descritiva – Introdução ao Pensamento Gramatical - Mario A. Perini A descrição de uma Língua é a clareza – no original, explicitação – da relação que existe entre os significados e as formas dela. As formas são perceptíveis aos sentidos externos (olhos, ouvido) e os significados são percebidos pelo cérebro - devido o conhecimento prévio adquirido. Nisto consiste a Língua, em um relacionamento entre o que é algo e o seu significado. Vale lembrar quem em cada Língua há formas e significados próprios, uma vez que as palavras podem ter sentidos diferentes, mesmo as cognatas e de múltiplos sentidos, uma vez que podem ter sentido principal diferente de uma Língua para outra, por exemplo: o adjetivo “Exquisite” em Inglês significa - belo, refinado, já na nossa Língua, “Esquisito” é estranho. O linguista estuda as afirmações gramaticais, partindo do pressuposto que existem apresentações diversas da Língua: Formais = Significados; Semânticas = Associação da forma; Associação entre formas e significados = Simbólicas ou Signos. Afirmações estas que são utilizadas em sua plenitude pelos falantes da Língua. Quando uma pessoa ouve ou fala uma palavra, descortina todo uma base de conhecimento e as informações saem todas, em gênero, número e grau. Conhecer o enunciado, faz com que o falante vá além e saiba reconhecer o tempo da ação, agente, tempo, ordem dos elementos e outros fatores que compõem uma frase ou enunciado. Verificar a diferença entre afirmações formais e semânticas com pessoas que não conhecem determinada Língua, por não conhecer as regras específicas desta. Apesar de a Descrição de uma Língua ser constituída de regras, o linguista o que é a Língua e não como deveria ser, uma vez que observa a forma que o falante a utiliza e não o modo como alguns acreditam que seria o modo correto de utilizá-la. Estudar as regras descritivas faz com que o falante identifique o posicionamento frasal, descobrindo quem é quem em determinado enunciado. Quando estudamos as formas, descobrimos que algumas – terminações verbais, preposições – não possuem significados, mas coexistem e precisam ser descritas, uma vez que dão sentido ao enunciado. Já em outros casos – como a desinência ‘s’ – mudam a forma, uma vez que a sua existência nos mostra uma outra realidade – pluraliza o enunciado – mas que nem sempre é necessário para denominar um conjunto: bando de lobo = alcateia, bando de ovelhas = rebanho. O que não se sabe, em uma Língua, é a proporção de formas com e sem significados, mas elas existem. Mas a 2 Língua não é algo fechado, sendo assim, pode-se sempre fazer descobertas sobre ela. Outro modo de verificar o enunciado, é observar a Sintaxe Residual: que consiste em reconhecer as 1motivações semânticas às ocorrências linguísticas; na ausência dessas, assinala-se uma situação em que deve ser proposta uma descrição exclusivamente em termos de traços formais não associados a traços semânticos” A fala é composta de uma formação inconsciente, mas verificável: conjuntos e subconjuntos. Assim, quando vemos um enunciado ou produzimos uma construção frasal, reproduzimos conhecimentos prévios que estão implícitos na fala, por exemplo, ao dizer falar sobre um profissional da saúde, especializado em Geriatria, dependendo de como dizemos, conseguimos fazer com que se entenda em poucas palavras, muito conhecimento. Veja: Médico Geriatra. Ao ouvir, o receptor entende que: Trata-se de um Médico; Que é homem (desinência ‘O’ no final da Palavra); Tem especialização (em Geriatria); Que é uma pessoa apenas. Estas informações tem uma sequência, ele Primeiro é médico e em Segundo lugar é Geriatra, uma vez que nem todo é Médico é Geriatra. Então, o nominal ‘Médico’ é um conjunto principal e ‘Geriatra’ é subconjunto. Os conjuntos são formados de uma forma simples: Elementos menos restritivos aparecem primeiro na fala (Queijo) e os mais restritivos aparecem depois (Muçarela). A isto chama-se Fórmula de Lógica. Vale lembrar que em alguns casos, a mudança dos fatores mudam o resultado, mas é correta e plenamente aceita pelos falantes da Língua como nos casos de: Vestido Novo/ Vestido Importado Novo, onde os nominais (Vestido) tratam da mesma peça do vestuário feminino, mas tem qualitativos diferentes (Nacional/Importado – Nacional subtendido, uma vez que não está escrito) e (Novo/Importado Novo – a pessoa não quer um vestido novo qualquer, quer um vestido novo importado). O que ativa a compreensão de Conjunto e Subconjunto é o conhecimento Prévio 2(Kleiman). Ao verificar um enunciado, analisa-se para chegar a uma regra que de valor geral, que seja usada em um grande número de casos, por exemplo: Regra do ‘ção’: O sufixo ‘ção’, acrescentado a um verbo no infinitivo sem o ‘r’ final, significa Ação frequente, no entanto em ‘nomeação’ não se aplica a regra, quando aplicado no seguinte enunciado: ‘A sua nomeação só sai em julho. Já em: ‘O Partido precisa parar com esta nomeação boba de parentes e amigos’ a regra funciona perfeitamente. Sendo assim, o melhor é analisar o enunciado conforme ele se apresenta. A propósito, uma regra é um hipótese e deve ser pesquisada sempre que ela aparece. E uma regra tem suas exceções. Observe aqui os exemplos de ser e estar usando a regra do ‘ção’, embora as palavras seção e estação 3 já existam... Neste caso ocorre a filtragem semântica. Como ocorre quando o enunciado apresenta um referencial de ‘proveniência’, onde, por exemplo, ‘um relógio japonês é bom’ é correto, mas não é correto dizer: ‘Aquele japonês relógio é muito bom’. Assim, nenhum restritivo de ‘proveniência’ pode ocorrer antes do referencial, assim como de ‘autoria’, ‘agente’ ou ‘posse’ – outra regra. Vale salientar que os fatores semânticos interferem na construção formal das expressões da Língua. 1 1 NE - A motivação semântica é um tipo de expressão figurativa em que se nomeia um referente a partir de outro já existente, por meio de uma transferência de sentido. 2 (Kleiman, Angela B., O Conhecimento Prévio da Leitura, São Paulo, Moderna, 2001, p.16-26, Capítulo 1, TEXTO E LEITOR: aspectos cognitivos da leitura).