Problemas de Duas Partículas

Propaganda
Problemas de Duas Partículas
Química Quântica
Profa. Dra. Carla Dalmolin
 Massa reduzida
 Rotor Rígido
Problemas de Duas Partículas
 Partícula 1: coordenadas 𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1
 Partícula 2: coordenadas 𝑥2 , 𝑦2 , 𝑧2
 Coordenadas relativas:
coordenadas da Partícula 2 num
sistema em que a origem são as
coordenadas da Partícula 1
𝑥 ≡ 𝑥2 − 𝑥1
𝑥2 , 𝑦2 , 𝑧2 = (x, y, z)
𝑦 ≡ 𝑦2 − 𝑦1
𝑧 ≡ 𝑧2 − 𝑧1
(0,0,0)
 Energia potencial
 Depende apenas das coordenadas relativas do sistema
 Para partículas que apresentam carga elétrica, 𝑉 é a energia de interação
das partículas e é dada pela Lei de Coulomb
 Depende da carga e da distância 𝑟 entre as partículas: 𝑟 =
𝑥2
+
𝑦2
1
+
𝑧2 2
Centro de Massa e Massa Reduzida
 Em um tratamento de sistemas de massas pontuais o centro de massa é o ponto
onde se supõe concentrada toda a massa do sistema.
 O conceito utilizado para análises físicas nas quais não é importante considerar a
distribuição de massa.
 O conceito de massa reduzida (𝜇) surge a partir de resultados matemáticos
associados à análise da dinâmica de dois corpos com massas 𝑚1 e 𝑚2 que, devido
à interação entre eles, gravitam mutuamente o centro de massa do sistema que
constituem.
𝑚 𝑚
 𝜇 = 𝑚 1+𝑚2
1
2
Um sistema de duas partículas
pode ser reduzido a um
sistema de uma partícula de
igual centro de massa e massa
reduzida
Tratamento Clássico
 A energia do sistema de duas partículas é dado pela soma da energia
cinética de translação do sistema, da energia cinética do movimento de uma
partícula em relação a outra e da energia potencial de interação entre as
partículas
 A energia cinética de translação depende do movimento do centro de massa, que
tem a massa total do sistema: 𝑀 = 𝑚1 + 𝑚2 e coordenadas 𝑋, 𝑌, 𝑍
 As energias relativas entre as duas partículas dependem do movimento da
partícula fictícia de massa reduzida 𝜇
𝐻=
1 2
1
𝑝𝑥 + 𝑝𝑦2 + 𝑝𝑧2 + 𝑉(𝑥, 𝑦, 𝑧) +
𝑝𝑋2 + 𝑝𝑌2 + 𝑝𝑍2
2𝜇
2𝑀
Translação do centro de massa
Movimento relativo das partículas
Separação de Variáveis
1 2
1
2
2
𝐻=
𝑝𝑥 + 𝑝𝑦 + 𝑝𝑧 + 𝑉(𝑥, 𝑦, 𝑧) +
𝑝𝑋2 + 𝑝𝑌2 + 𝑝𝑍2
2𝜇
2𝑀
Partícula fictícia de massa 𝑀 e 𝑉 = 0
Partícula fictícia de massa 𝜇 e
energia potencial 𝑉(𝑥, 𝑦, 𝑧)
 Não existe termo para qualquer interação entre as duas partículas fictícias
 O hamiltoniano pode ser separado: 𝐻𝜇 e 𝐻𝑀
 A energia total do sistema é a soma das energias descritas por cada
hamiltoniano:
𝐸 = 𝐸𝜇 + 𝐸𝑀
 O mesmo tratamento pode ser feito para a mecânica quântica:
𝐻𝜇 𝜓𝜇 (𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝐸𝜇 𝜓𝜇 (𝑥, 𝑦, 𝑧)
𝐻𝑀 𝜓𝑀 (𝑋, 𝑌, 𝑍) = 𝐸𝑀 𝜓𝑀 (𝑋, 𝑌, 𝑍)
Rotor Rígido de Duas Partículas
 Duas partículas de massa 𝑚1 e 𝑚2 confinadas a permanecerem a uma
distância 𝑟 fixa uma da outra
 Rotação de moléculas diatômicas
 A energia do sistema é totalmente cinética e 𝑉 = 0
 A energia cinética do sistema é a soma da energia translacional e do movimento
interno (rotacional) das partículas: 𝐾 = 𝐸 = 𝐸𝜇 + 𝐸𝑀
 O movimento interno é a rotação de duas partículas com distância fixa entre elas
e pode ser reduzido ao problema de uma partícula de massa 𝜇 girando em uma
esfera de raio 𝑟
Coordenadas Esféricas
 Sistemas com simetria esférica são mais
convenientes de serem trabalhados usando
coordenadas esféricas
 Raio (𝑟): distância até o centro (origem) da esfera;
pode variar de 0 a ∞
 Colatitude (𝜃): ângulo definido com o eixo z; pode
variar de 0 a 𝜋
 Ângulo azimutal (𝜙): ângulo definido no plano xy;
pode variar de 0 a 2𝜋
 Relação entre os sistemas de coordenadas:
𝑥 = 𝑟 sin Θ cos 𝜙
𝑦 = 𝑟 sin Θ sin 𝜙
𝑧 = 𝑟 cos 𝜃
Elemento de volume (𝑑𝜏)
𝑑𝜏 = 𝑟 2 sin 𝜃 𝑑𝑟𝑑𝜃𝑑𝜙
Coordenadas Esféricas
 Laplaciano (𝛻 2 ) transformado para coordenadas esféricas:
2
𝜕
2 𝜕
1 2
2
𝛻 = 2+
+ Λ
𝜕𝑟
𝑟 𝜕𝑟 𝑟 2
 Onde o operador legendriano (Λ2 ) é definido como:
2
1
𝜕
1 𝜕
𝜕
Λ2 =
+
sin
𝜃
sin2 𝜃 𝜕𝜙 2 sin 𝜃 𝜕𝜃
𝜕𝜃
 Para o modelo esférico: 𝑟 é constante
 𝜓 varia apenas com θ e 𝜙 e as derivadas em relação a 𝑟 são zeradas
𝛻2 =
1 2
Λ
𝑟2
 Equação de Schrödinger:
𝐻𝜓 = 𝐸𝜓 onde 𝑉 = 0
ℏ2 1 2
−
Λ 𝜓 = 𝐸𝜇 𝜓
2𝜇 𝑟 2
Resolução
 Equação de Schrödinger para o rotor rígido:
ℏ2 1 2
−
Λ 𝜓 = 𝐸𝜇 𝜓
2𝜇 𝑟 2
Como 𝐼 = 𝜇𝑟 2
Λ2 𝜓 = −𝜀𝜓, onde 𝜀 =
2𝐼𝐸
ℏ2
 Separação de variáveis: 𝜓 𝜃, 𝜙 = Θ(𝜃)Φ(𝜙)
𝑑 2 Φ sin 𝜃 𝑑
𝑑Θ
2𝜃 = 0
Φ
+
sin
𝜃
+
𝜀
sin
𝑑𝜙 2
Θ 𝑑𝜃
𝑑𝜃
Rotor no plano xy
(partícula no anel)
Funções associadas de Legendre
Dependem de 𝑙
Depende de 𝑚𝑙
𝑙 = 0,1,2 …
𝑚𝑙 = 𝑙, 𝑙 − 1, … , 0, … , −𝑙 + 1, −𝑙
Funções de Onda
 As funções associadas de Legendre são
tabeladas para cada função de onda resultante
da Equação de Schrödinger
 Dois números quânticos
 Número quântico do momento angular orbital
(𝑙): 𝑙 = 0, 1, 2, 3 …
 Número quântico magnético ou azimutal (𝑚𝑙 ):
𝑚𝑙 = 𝑙, 𝑙 − 1, … , 0, … , −𝑙
 Harmônicos Esféricos: 𝑌𝑙,𝑚𝑙 (𝜃, 𝜙)
 Energia (𝐸𝜇 ou 𝐸𝑟𝑜𝑡 )
ℏ2
𝐸 =𝑙 𝑙+1
; 𝑙 = 0,1,2, …
2𝐼
 Os números quânticos 𝑙 e 𝑚𝑙 determinam a função
de onda rotacional, mas 𝐸𝑟𝑜𝑡 depende apenas de 𝑙
 Cada nível rotacional é (2𝑙 + 1) vezes degenerado
 Não existe energia rotacional no ponto zero
Probabilidades (𝜓 ) e Energia
2
2
𝜓𝑙,𝑚𝑙
 𝐸𝑟𝑜𝑡 não depende do 𝑚𝑙
 Funções com mesmo 𝑙 e 𝑚𝑙 diferentes são
degeneradas
𝐸𝑟𝑜𝑡
ℏ2 2𝐼
12
6
2
0
Momento Angular
 De maneira análoga ao modelo da partícula no anel, o momento angular
também é quantizado:
𝐽 = 2𝐼𝐸
1
2
= 𝑙 𝑙+1
1
2
 As funções 𝑌𝑙,𝑚𝑙 (harmônicos esféricos) são autofunções do operador de
momento angular ao longo do eixo z, com a parte Θ(𝜃) constante:
𝐽𝑧 =
ℏ 𝜕
𝑖 𝜕𝜙
𝐽𝑧 = 𝑚𝑙 ℏ
 Para um dado valor de 𝑙, o vetor momento angular assume algumas
orientações definidas ao longo do eixo z: quantização espacial
Quantização Espacial
 O operador 𝐽𝑧 não comuta com os operadores 𝐽𝑥 e 𝐽𝑦
 Princípio da incerteza: conhecendo 𝐽𝑧 com exatidão, é impossível determinar 𝐽𝑥 e
𝐽𝑦 .
Cada folha cônica representa um
estado com 𝑚𝑙 definido, tendo a folha
cônica projeção no eixo z de módulo
𝑚𝑙 ℏ.
Projeções em x e y são indefinidas
Download