Departamento de Física CARACTERIZAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS MAGNÉTICAS UTILIZANDO MAGNETÔMETRO VERSÁTIL DE EFEITO HALL Aluno: Mateus Carvalho Costa Orientador: Sônia Renaux Wanderley Louro Co-orientador: Jefferson Ferraz Damasceno Félix Araújo Introdução Nanopartículas são importantes ferramentas utilizadas na medicina, tanto como diagnóstico, quanto no tratamento de diversas doenças. Ensaios imunológicos em amostras biológicas, por exemplo, são baseados em métodos que quantificam a ligação antígenoanticorpo através de um marcador ligado ao anticorpo. Métodos magnéticos de detecção têm sido desenvolvidos recentemente. Eles se baseiam na utilização de marcadores associados a nanopartículas magnéticas. É muito importante no processo de fabricação e utilização de nanopartículas o conhecimento de suas propriedades magnéticas. Essas propriedades, porém, podem sofrer alterações devido ao recobrimento com surfactantes ou marcadores que as nanopartículas recebem. Para estudar essas propriedades, usamos um magnetômetro de Efeito Hall [1] desenvolvido no próprio Laboratório de Ensaios Magnéticos Não Destrutivos. Magnetômetros são instrumentos usados para medir a intensidade, direção e sentido de campos magnéticos ou ainda, através dessas medidas, para obter a magnetização de materiais magnéticos. São dotados de um eletroímã que gera um campo magnético conhecido e de sensores que medem a resposta de uma amostra a esse campo. Com a ajuda de um modelo matemático, esses dados são analisados e obtemos o momento magnético das amostras. Os sensores de campo magnético utilizados neste projeto exploram o efeito Hall. Eles funcionam baseados na diferença de potencial transversal a um fluxo de corrente elétrica, que surge na presença de um campo magnético perpendicular à corrente. É importante ressaltar que existem diversos métodos para análise da magnetização de uma amostra. O objetivo deste trabalho é desenvolver um magnetômetro versátil e testar seu funcionamento para obter curvas de magnetização de nanopartículas magnéticas. Para isso, vamos fabricar nanopartículas magnéticas de óxido de ferro, recobri-las e analisar o efeito do recobrimento sobre suas propriedades magnéticas utilizando o magnetômetro desenvolvido. Materiais e Métodos Experimentais a. Fabricação de nanopartículas magnéticas Foi uma necessidade para o projeto obter um método simples e eficaz para fabricar nanopartículas. Usamos o método da co-precipitação. Ele fornece nanopartículas de tamanho e formato homogêneos, além de possuir baixo custo. Foram utilizados os seguintes reagentes [1]: • FeSO4.7H2O (Sulfato de Ferro II heptahidratado P.A.) MM=278, N°Cas:10028-22-5. • FeCl3.6H2O (Cloreto Férrico hexahidratado P.A.) MM=270, N°Cas: 10025-77-1. • NH4OH (Hidróxido de Amônia 28% P.A.) MM=35, N°Cas: 1336-21-6. Foi realizado o procedimento a seguir: • Dissolvemos 1,25 g de sulfato ferroso em 20 ml de água destilada. • Dissolvemos 2,43 g de cloreto férrico em 20 ml de água destilada. Departamento de Física Misturamos as duas soluções (razão molar ferro(II):ferro(III) igual a 1:2) em um béquer e esperamos sua homogeneização em um equipamento de ultrassom. Adicionamos a mistura a um béquer maior contendo 25 ml de hidróxido de amônia. Imediatamente a solução torna-se preta. Esperamos que as nanopartículas precipitassem e descartamos o excesso de hidróxido de amônia. O processo de precipitação pode ser acelerado com o auxílio de um ímã. Realizamos a lavagem das nanopartículas com álcool e água, alternadamente. Após cada procedimento, é necessário verificar o pH da solução. Finalizamos o processo quando o pH fica neutro. • • • • b. Recobrimento das nanopartículas Para analisar o efeito que o recobrimento causa nas propriedades magnéticas das nanopartículas, recobrimos as amostras com diferentes quantidades do copolímero tribloco Pluronic F-127 (Sigma-Aldrich N°Cas: 9003-11-6). Foi realizado o procedimento a seguir: • Separamos quantidades iguais de nanopartículas (30 mg) em 3 béqueres diferentes. • Adicionamos 1 ml de álcool etílico em cada béquer. • Homogeneizamos as soluções no equipamento de ultrassom. • Adicionamos Pluronic F-127 nas seguintes proporções: ˗ 6,0 mg (20% da massa das nanopartículas) no béquer 1. ˗ 15,0 mg (50% da massa das nanopartículas) no béquer 2. ˗ 30,0 mg (100% da massa das nanopartículas) no béquer 3. c. Equipamento Usamos um magnetômetro de Efeito Hall desenvolvido no próprio Laboratório de Ensaios Magnéticos Não Destrutivos (Fig. 1). a b d c Figura 1: (a) Suporte acrílico equipado com os sensores Hall; (b) fonte de corrente; (c) módulo de aquisição de dados; (d) equipamento completo. Departamento de Física Utilizamos sensores de efeito Hall da marca Melexis modelo MLX 90215 e um eletroímã alimentado por uma fonte de corrente GMW modelo 3470. Todos os componentes do magnetômetro foram controlados utilizando a linguagem LabView. A interface com o usuário é extremamente versátil e é realizada através de um arquivo texto onde pode ser especificada qualquer sequência de campos magnéticos a ser aplicados à amostra (de 0,2 mT a 1T). Finalmente, como exemplo de aplicação, nanopartículas de óxido de ferro com momento magnético da ordem de 10-7 Am2 foram fabricadas e sua caracterização foi realizada utilizando o magnetômetro construído. O magnetômetro consiste de um eletroímã, alimentado por uma fonte de corrente de alta precisão, e um suporte de acrílico posicionado entre seus polos e equipado com quatro sensores de efeito Hall. Os sensores ficam dispostos de modo que dois deles ficam com seus eixos de sensibilidade alinhados na mesma direção do eixo do campo magnético aplicado pelo eletroímã (sensores 3 e 4), enquanto os outros dois são responsáveis pela leitura do campo da amostra analisada (sensores 1 e 2). As leituras dos sensores são transmitidas ao LABVIEW através de um sistema de aquisição de dados. Os sensores 3 e 4 foram programados para captarem campos magnéticos em apenas um sentido. Quando o eletroímã é ligado, apenas o sensor 4 faz a leitura do campo, enquanto o sensor 3 está saturado. Quando a corrente elétrica é invertida e o sentido do campo magnético muda, o sensor 4 satura e o sensor 3 passa a fornecer os valores. O porta-amostra fica posicionado logo acima do sensor 2, pois ele é o responsável pela leitura do campo magnético gerado pela amostra. Os sensores 1 e 2 ficam posicionados em um plano perpendicular ao plano dos sensores 3 e 4, para não detectarem o campo magnético gerado pelo eletroímã. Isso não é de todo possível, pois é muito difícil garantir a perpendicularidade. Então, a tarefa do sensor 1 é verificar o quanto do campo magnético do eletroímã estes sensores ainda conseguem captar. d. Programação dos Sensores A programação dos sensores foi feita utilizando o equipamento Melexis (Fig. 2), que nos fornece diferentes possibilidades de combinação entre valores de offset e sensibilidade. Cada sensor é programado individualmente de acordo com a necessidade de precisão de suas leituras. a b Figura 2: (a) Equipamento para programação dos sensores Hall; (b) Sensor posicionado no equipamento. A primeira etapa para calibrar os sensores é preencher os dados requeridos pelo programa para se escolher os valores de offset e sensibilidade desejados. Então, se deve Departamento de Física posicionar o sensor no equipamento e aplicar uma corrente elétrica. Desta forma obtém-se o valor de offset. Depois, se aplica um campo magnético de 9.9 mT, fornecido pelo ímã do equipamento, e se registra o valor de voltagem lido pelo sensor. Repete-se o procedimento depois de inverter os polos do ímã. Para encontrar o valor da sensibilidade do sensor basta usar a seguinte expressão: = ç9,9 − ç − 9,9 9,9 − −9,9 Na Tabela 1 seguem os valores colhidos durante a calibração dos sensores. Constam os valores de saída (Offset) e as leituras de voltagem na presença dos campos magnéticos gerados pelo ímã. Tabela 1: Valores obtidos durante a programação dos sensores Hall. Sensor Offset (V) 1 2 3 4 2.396 2.320 4.115 0.077 Leitura na presença de 9.9 mT (V) 3.069 3.079 4.152 0.111 Leitura na presença de -9.9 mT (V) 1.735 1.763 4.085 0.044 É possível observar que as leituras condizem com as sensibilidades desejadas. Os sensores 1 e 2 apresentam uma variação de tensão visível na presença de campos magnéticos diferentes, além disso, fornecem dados de voltagem próximos um do outro para os mesmos valores de campo magnético. O sensor 3 foi calibrado com um offset elevado, pois na presença de campos magnéticos positivos, o sensor deve continuar com valores de tensão próxima ou igual à de saturação (5 V). No sensor 4, ocorre o inverso, o offset é baixo para que ele não apresente grande variação de tensão para campos magnéticos negativos. Estes sensores não são bipolares, ou seja, não realizam leituras abaixo de 0 V, também não fazem leituras acima de 5 V (valor de saturação). Os sensores 3 e 4 foram programados desta forma para que fosse possível prever os campos magnéticos do eletroímã em ambos sentidos. Na Tabela 2 seguem os dados da programação de cada sensor. Tabela 2: Dados da programação dos sensores Hall. Sensor 1 2 3 4 Offset (V) 2.396 2.320 4.115 0.077 Sensibilidade (mV/mT) 67.37 66.46 3.38 3.38 e. Calibração dos sensores Para transformar os valores de voltagem em valores de campo magnético em Tesla basta dividir o valor em Volts pela sensibilidade do sensor. é = Para encontrar o valor do campo magnético gerado pela amostra na presença do campo magnético aplicado pelo eletroímã é necessário primeiro encontra a relação de voltagem do Departamento de Física sensor 2 através da leitura do sensor 1, para eliminar a interferência do campo magnético gerado pelo eletroímã. Porém, como se pode observar na Tabela 2, as sensibilidades dos sensores 1 e 2 não são iguais. Logo, é necessário estabelecer uma relação entre os dois. Para isso, foi feita uma leitura de vários valores de campo magnético sem a presença de amostra (Fig. 3); foram colhidas as leituras feitas pelos sensores 1 e 2 e foi encontrada uma equação que fornece um valor mais adequado para o sensor 2 a partir do sensor 1. a b Figura 3: (a) Curva fornecida pelo MatLab que relaciona os valores obtidos no sensor 1 com os valores do sensor 2; (b) Programa que fornece uma equação para a curva. Concluída esta etapa, foi utilizada uma esfera calibradora de níquel (o níquel satura com aproximadamente 0,5 T e tem valor o valor de 55 Am2/Kg em temperatura ambiente [2]). Para calibrar o equipamento e obter o momento magnético utilizamos o modelo de um dipolo magnético localizado no eixo x [3]. As medições foram feitas em dias diferentes para garantir que o resultado não fosse alterado por flutuações no equipamento. Estes resultados foram comparados a outros, previamente realizados no magnetômetro Hall de Baixas Temperaturas do próprio laboratório e outros feitos no magnetômetro Quantum Design modelo P525 do IF/UFRJ (Fig. 4). Figura 4: Curvas de magnetização da esfera calibradora. Departamento de Física As informações de voltagem adquiridas pelos sensores são passadas ao LABVIEW e ao MATLAB que,, utilizando o modelo teórico do campo magnético gerado por um dipolo [1], traça a curva de magnetização da amostra. Analisando a Fig. 4 é possível ver que os resultados obtidos pelo Magnetômetro Melexis foram satisfatórios satisfatórios, já que as curvas de magnetização foram muito parecidas com as fornecidas por outros equipamentos. f. Obtenção da Curva de Magnetização Uma medição da curva de magnetização é dividida em três etapas: • Etapa 1: a corrente elétrica vai de 3 A a 0 A. • Etapa 2: a corrente elétrica vai de 0 A a -3 A e volta a 0 A. • Etapa 3: a corrente elétrica vai de 0 A a 3 A. Ao começar uma medição medição, a corrente que passa pelo eletroímã é igual a 3 ampères (Fig. 5). Ela é programada para diminuir até se extinguir. A partir daí, deve-se deve inverter a corrente manualmente utilizando uma cchave have posicionada atrás do equipamento (Fig. 6). A chave possui duas posições: para cima e para baixo. A polaridade do eletroímã de acordo com a posição da chave está indicada na própria estrutura. No início de cada medição a chave deve estar sempre para ba baixo. ixo. Para auxílio, o magnetômetro também possui uma indicação de polaridade, ou seja, no começo da medição ass polaridades indicadas na chave e no magnetômetro devem ser iguais. Figura 5: Etapas de um processo de medição. a b Figura 6:: (a) Chave d dee inversão de corrente elétrica; (b) Vista de magnetômetro. Departamento de Física Foram feitas diversas medições sem a presença da amostra para verificar a flutuação do equipamento (Fig. 7). Estas medições foram feitas em dias diferentes, assim fatores externos como o posicionamento dos sensores, por exemplo, foram levados em conta. a b Figura 7: (a) Curvas levantadas sem a presença de amostra; (b) Detalhe ampliado. Foi possível observar que o equipamento se comportou muito bem. Os valores apresentados pelos sensores variaram muito pouco ao decorrer dos dias, tornando os resultados confiáveis. Fazendo um cálculo aproximado para o desvio = 2.362 − 2.359 ∗ 100 = 0.1271% 2.362 − 2.359/2 Resultados e Conclusões a. Magnetização de nanopartículas de óxido de ferro nuas As medições foram feitas com nanopartículas de óxido de ferro produzidas por nós e outras fabricadas previamente e disponíveis no laboratório (Fig. 8). Foi observada uma diferença entre as curvas de magnetização dessas amostras. Uma provável causa desta diferença é a oxidação das amostras mais antigas, que apresentavam uma coloração próxima do marrom, enquanto as novas ainda eram pretas. Figura 8: Curvas de magnetização das nanopartículas de óxido de ferro. Departamento de Física Para verificar o funcionamento do magnetômetro versátil (Melexis), foi levantada a curva de magnetização das amostras de nanopartículas de óxido de ferro oxidadas usando outro magnetômetro de efeito Hall do laboratório, porém com sensibilidade de 10-7 Am2, superior à do magnetômetro Melexis que possui sensibilidade de 10-6 Am2. Verificou-se que o resultado foi próximo ao obtido no magnetômetro Melexis (Fig. 9). Nanopartículas Magnéticas Oxidadas (PUC-Rio) Magnetômentro Hall Magnetômetro Melexis Magnetização (Am2/kg) 40 20 0 -20 -40 -60 -1 -0.5 0 0.5 Campo Aplicado (T) 1 Figura 9: Curvas de magnetização de nanopartículas de óxido de ferro A partir de então, novas medições foram feitas com as amostras mais antigas. Os resultados foram comparados com outros obtidos pelo magnetômetro Hall do laboratório (Criostato) e pelo magnetômetro do IF/UFRJ. Assim como os resultados obtidos com a esfera de níquel, os obtidos com óxido de ferro também foram próximos (Fig.10). Figura 10: Curvas de magnetização de amostras de óxido de ferro. b. Curvas de Magnetização de Estapor 176 Estapor (Fig. 11 a) é um tipo de nanopartícula comercial com as seguintes características: ˗ Diâmetro das partículas: 176 nm. ˗ Cobertura de Látex. ˗ Razão em massa de magnetita na partícula: 52,1% Departamento de Física ˗ Formato aproximadamente esférico. Observamos que a curva de magnetização (Fig. 11 b) apresentou um aspecto esperado. Assim como as curvas de magnetização das amostras fabricadas no laboratório, as curvas do Estapor também apresentaram saturação. Uma possível causa para a diferença nos valores de magnetização pode ser a quantidade de material magnético presente durante a medição, visto que as amostras de Estapor possuem recobrimento de Látex. a b Figura 11: (a) Nanopartículas Estapor 176; (b) Curva de magnetização do Estapor. c. Curvas de Magnetização com Ferrofluido O Ferrofluido é um líquido que apresenta grande magnetização na presença de um campo magnético. Eles são formados por nanopartículas magnéticas suspensas em um fluido, geralmente um solvente orgânico ou água. A curva de magnetização também apresentou um aspecto esperado (Fig. 12), mostrando que ocorre saturação a uma magnetização próxima de 30 Am²/kg. Logo, concluímos que o equipamento é capaz de obter resultados confiáveis com este tipo de amostra. Ferro Fluido 30 Magnetômetro Sensor Melexis Magnetização (Am 2/kg) 20 10 0 -10 -20 -30 -1 -0.5 0 Campo Aplicado (T) 0.5 Figura 12: Curva de magnetização do ferro fluido. Departamento de Física d. Magnetização de nanopartículas recobertas com TEOS As curvas de magnetização da amostra recoberta com TEOS (Fig. 13) foram feitas no magnetômetro Melexis e comparadas a um resultado obtido no magnetômetro Hall. O resultado foi satisfatório, pois as curvas possuem aspecto similar. NP Recobertas Com Sílica Método de Stöber Magnetômetro Sensor Melex Magnetômetro Sensor Hall 25 20 Magnetização (Am2/kg) 15 10 5 0 -5 -10 -15 -20 -25 -1 -0.5 0 Campo Aplicado (T) 0.5 1 Figura 13: Curvas de magnetização das nanopartículas recobertas com TEOS e. Magnetização de nanopartículas recobertas com Pluronic F-127 As medições foram feitas usando amostra nua e três amostras recobertas com Pluronic, mas com quantidades diferentes de recobrimento, mostradas na Tabela 3. Desta forma foi possível analisar o efeito do recobrimento na curva de magnetização. Tabela 3: Proporção de massa de Pluronic 127 por amostra Porcentagem 0% 20% 50% 100% Massa das nanopartículas (mg) 29,0 29,5 30,4 Massa de Pluronic F127 (mg) 0 6,00 15,2 29,6 Massa total no porta-amostra (mg) 24,3 22,6 21,4 23,5 As curvas foram levantadas no magnetômetro Melexis (Fig. 14) e comparadas a resultados obtidos no magnetômetro Hall de amostras com aproximadamente a mesma porcentagem de surfactante. Para as amostras recobertas com 50% e 100% de massa de Pluronic, além das nuas, as curvas foram próximas daquelas feitas com o Magnetômetro Hall, porém a amostra recoberta com 20% obteve um comportamento diferente. A possível causa é uma contaminação da amostra ou o efeito da oxidação, visto que as amostras recobertas foram fabricadas antes das nanopartículas nuas. A quantidade de Pluronic nela era baixa, apenas 20%, por isso o recobrimento pode não ter sido capaz de atenuar este efeito. Contudo, as outras curvas de magnetização foram próximas àquelas obtidas no magnetômetro Hall, logo o resultado foi considerado satisfatório. Departamento de Física Comparação entre Magnetômetros NP Puras Magnetômetro Hall 20% de Pluronic Magnetômetro Hall 50% de Pluronic Magnetômetro Hall 100% de Pluronic Magnetômetro Hall NP Puras Magnetômetro Melexis 20% de Pluronic Magnetômetro Melexis 50% de Pluronic Magnetômetro Melexis 100% de Pluronic Magnetômetro Melexis 40 Magnetização (Am 2/kg) 20 0 -20 -40 -60 -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 Campo Aplicado (T) 0.4 0.6 0.8 1 Figura 14: Curvas de magnetização das nanopartículas recobertas com Pluronic 127. Referências 1 - ARAÚJO, J. D. F.A. Construção de um magnetômetro Hall a baixas temperaturas para caracterização de nanopartículas magnéticas. Abril 2013. 122p. Tese de Doutorado. PUC-Rio. 2- Luiz C. Sampaio, Flávio Garcia, Geraldo R. C. Cernicchiaro e Armando Y. Takeuchi, Técnicas de Magnetometria, Revista Brasileira de Ensino de Física, vol.22, no. 3, Setembro, 2000. 3 - NUSSENZVEIG, H. Moysés . Eletromagnetismo. Curso de Física Básica, v.3, n.1, p. 135-136, jan./jun. 1997.