INFLUÊNCIA DA LOGÍSTICA NA RELAÇÃO COMERCIAL BRASIL

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INFLUÊNCIA DA LOGÍSTICA NA RELAÇÃO
COMERCIAL BRASIL - CHINA
Adriana Chia Montilha1, Célio Daroncho2
Faculdade de Tecnologia da Zona Leste - FATECZL
[email protected] - [email protected]
1,2
1. Introdução
4. Relação Comercial
Para o Brasil, atualmente, a China é um dos maiores
mercados para exportações, não só na Ásia, mas
também em termos globais, o que torna este país o
maior atrativo para o Brasil intensificar suas relações
por esta região do globo [1].
Nos últimos 5 anos houve um grande aumento na
relação comercial entre Brasil e China, e a logística
possui papel fundamental nesta relação, pois é
responsável
pelo
escoamento
dos
produtos
comercializados, de forma a garantir a integridade,
qualidade, baixo custo e lead-time adequado, sendo que,
um grande fator de competitividade é a escolha do
modal adequado para o transporte, com o menor custo e
sem perda de eficiência e qualidade [1].
Atualmente a relação entre esses dois países está
passando por uma transformação, pois por muitos anos
o Brasil exportou commodities, que são essenciais para
a economia de um país em grande expansão como a
chinesa, porém o Brasil não exporta a quantidade de
produtos suficientes para abastecer a economia chinesa,
apesar de produzir o suficiente, tal fato se dá devido ao
governo chinês limitar a presença de empresas
estrangeiras [6]. Entretanto, o comércio entre esses dois
países em 2005 ultrapassou os 9 bilhões de dólares,
sendo um saldo positivo para o Brasil de 1,7 bilhões de
dólares [6].
Os principais produtos exportados para a China são
a soja, o minério de ferro, a madeira e o petróleo,
enquanto que o Brasil importou principalmente produtos
eletrônicos, carvão e têxteis [6].
2. Logística no Brasil
Atualmente, o setor de transportes brasileiro está
passando por reformas estruturais, onde o setor privado
está responsável pelos investimentos nas ferrovias,
hidrovias, rodovias e portos, o que antes era realizado
pelo governo [2].
E é a partir destas privatizações, que estão
ocorrendo mudanças gradativas na matriz de transportes
do país, num processo que deverá se acentuar nos
próximos anos, com outros modais assumindo a carga
do modal rodoviário, que hoje representa 60% da matriz
de transporte no Brasil [3].
Com essas mudanças o custo do transporte poderá
ser reduzido significativamente, aumentando a
competitividade dos produtos brasileiros no mercado
externo, já que em países desenvolvidos o custo com
frete pode chegar até a 10% do PIB [4].
5.Conclusões
Para o completo desenvolvimento do comércio entre
Brasil e China é primordial que ambos os países
possuam uma logística bem desenvolvida e estruturada.
Para tanto são necessários investimentos na infraestrutura dos modais de transporte, e mudanças na
cultura de utilização dos modais, tirando o foco do
transporte rodoviário e distribuindo a carga para modais
de menor custo e maior capacidade como hidroviário e
ferroviário, e também investindo na cabotagem e na
melhoria dos portos de forma a reduzir o custo do frete,
e garantir o completo escoamento das mercadorias, e
assim, aumentar a competitividade dos produtos no
mercado internacional.
6. Referências
3. Logística na China
A logística na China ainda se encontra muito pouco
desenvolvida e mostra altos níveis de ineficiência, sendo
que o custo logístico atinge cerca de 20% do PIB
chinês. Assim como no Brasil, a China enfrenta o baixo
desenvolvimento das infra-estruturas, excesso de
burocracia, falta de interligação entre os modais de
transporte e baixa qualidade nos serviços oferecidos.
Porém a China possui uma vantagem sobre o Brasil. O
transporte hidroviário representa cerca de 50% do
transporte doméstico [5].
A armazenagem, outra função logística, também é
pouco desenvolvida na China, principalmente porque a
maioria das instalações está nas mãos do governo,
porém zonas de livre comércio como Shangai, possuem
sistemas modernos de picking e de controle de estoque
[5].
[1] SANCHEZ, M. R. Relações Sul – Sul: Países da
Ásia e o Brasil. 2004.
[2] SILVA, C. F; PORTO, M. M., Transporte, Seguros e
a Distribuição Física Internacional de Mercadoria.
2005
[3] KEEDI, S. Logística de Transporte Internacional.
2004
[4] RODRIGUES, P. R. A . Introdução aos sistemas de
Transporte no Brasil e à Logística Internacional.
2005.
[5] ICEX. El mercado de la Logística en China.
Disponível em: http:\www.icex.es/icex/controller/html.
Acesso: set.2006.
[6] ANÁLISE COMÉRCIO EXTERIOR. Anuário
Comércio Exterior 2005-2006. p 45-65. 2006.
1
Aluna do curso de Logística.
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